O Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, lançou esta semana uma agressiva campanha de anticoncepção maciça para difundir massivamente –através de subsídios e inclusive distribuição gratuita- os métodos mais conhecidos de controle natal.

Conforme informou a imprensa local, a campanha inclui a redução de até 90% do preço dos anticoncepcionais, através do programa Farmácia Popular, também se distribuirão gratuitamente 50 milhões de caixas de dose mensais de pílulas e 4 milhões de ampolas injetáveis. Além disso, será promovida a vasectomia no sistema de saúde pública.

O governo anunciou que a campanha também inclui a difusão de materiais em escolas, centros comunitários e centros de saúde.

Durante um evento em São Paulo, com motivo do Dia internacional da Saúde da Mulher, Lula demandou "retirar a carga ideológica" do debate sobre "planejamento familiar" e argüiu que seu objetivo é ajudar à população mais pobre que não pode decidir "quantos filhos quer ter e quando os tiver".

A Secretária de Direitos da Mulher, Nilcea Freire, respaldou a decisão de Lula e disse que o Brasil "não pode apoiar seu programa de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis e da AIDS recomendando castidade", em alusão à mensagem que o Papa Bento XVI deixou no Brasil.

Além disso, nos dias anteriores, Lula criticou o rechaço da Igreja a seu plano e disse que quem se opõe manifestam "hipocrisia porque muitas vezes deixamos de debater os temas na forma que verdadeiramente devem ser discutidos por puro prejuízo, porque a minha mãe não gosta, porque ao padre não gosta, à Igreja não gosta e não sei quem não gosta".