Gracia de Villeda, Diretora Executiva da Associação Educação e Família de Honduras, advertiu que a ideologia de gênero "nos levou a inimizar-nos com família".

Em declarações a ACI Digital, a especialista hondurenha no tema da mulher e família assinalou que a "ideologia de gênero levou a contrapor à mulher contra si mesmo, porque levou a desprezo da maternidade que é uma condição e uma característica inerente à nossa natureza e nos levou a nos inimizar com a família".

"Vendo o reducionismo que existe na realidade sobre o conceito amor, as famílias devem trabalhar para verdadeiramente ensinar aos filhos a reconhecer a diferença entre esse amor barato que nos vende através dos meios, que canta em todas as canções. O verdadeiro amor que é um amor de entrega e de compromisso", afirmou Villeda.

A especialista centro-americana que participa da V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e do Caribe explicou que "a ideologia de gênero expôs, em boa parte, uma confrontação entre a mulher que tem essa inclinação natural, esse desejo de ser mãe, de ser esposa, de formar uma família, porque nos tem feito sentir que nos aliena, que tudo o que tenha que ver com filhos e família assim como dizem algumas radicais, idiotiza, embrutece e escraviza à mulher".

"Os filhos e a família são justamente o contrário, são uma maravilhosa realidade que dão sentido a nossa vida e que de nenhuma forma impedem o que nós possamos desenvolver uma série de capacidades e qualidades para as quais logicamente faz falta uma ordem, um saber priorizar e hierarquizar nas distintas etapas da vida", acrescentou.

Em seguida, Gracia de Villeda particularizou que "dentro da 'teologia de gênero' se fala que o sexo está biologicamente definido enquanto que o gênero é um construção social, o qual é falso, porque o biológico define e marca, assim como geneticamente cada nossa célula está impressa com um código genético, da mesma forma que a feminilidade marca a personalidade, o modo de ser e de fazer da mulher e do homem".

Villeda também destacou que a ideologia de gênero agride à família "porque a mulher se inimizou com os filhos e com o trabalho do lar que se vê como uma carga, que não se vê como uma realidade assumida por uma decisão livremente adotada".

Finalmente, a perita hondurenha advertiu que a ideologia de gênero integrada em manuais de educação sexual escolar gera um grande dano porque significa promover "uma perda de identidade sexual, gerar uma confusão de identidade na personalidade e isto é uma irresponsabilidade que nenhum autoridade pública de governo tem o direito a introduzir. Esse tipo de elemento causa distorção no  processo de formação das crianças".