A Conferência Episcopal Boliviana (CEB) através de seu secretário geral, o Bispo de Alto, Dom Jesús Juárez Párraga; informou que "a Igreja não pode deixar de opinar sobre problemas sociais", e que "não pode renunciar à promoção humana porque é parte essencial de sua missão".

"Um dos traços essenciais da vida democrática é a liberdade de expressão, no marco da responsabilidade, sentido de oportunidade e bem comum", comentou Dom Juárez, confirmando que o Episcopado boliviano quer seguir exercendo seu direito a opinar, pois "quanto corresponde às obras e instituições da ordem temporária, o ofício da Hierarquia eclesiástica é ensinar e interpretar autenticamente os princípios morais que terá que seguir nos assuntos temporários".

"A Igreja não pode deixar de opinar sobre problemas sociais, e sua voz é esperada porque é reflexiva orientadora" afirmou o Prelado logo que o Presidente boliviano Evo Morais insistisse a Igreja a eleger entre "rezar ou fazer política".

Por sua parte o Bispo Militar, Dom Gonzalo del Castillo Crespo, indicou que "a Igreja se preocupa com o bem-estar de cada cidadão e de sua vida espiritual, mas não por isso deve apartar-se da política e das gestões que impulsiona cada governo"

Segundo o comunicado da CEB, a comunidade política e a Igreja católica "são independentes e autônomas embora ambas estejam, a título diverso, ao serviço da vocação pessoal e social do homem".