O presidente dos Médicos Cristãos da Catalunha, Josep Maria Simón, classificou de “incoerência sanitária” a distribuição da ‘pílula do dia seguinte’, que será distribuída gratuitamente e sem necessidade de receita médica nos centros de saúde da Generalitat a partir do próximo mês de outubro.

Simón argumentou que, por um lado, pretende-se evitar a gravidez de menores e, por outro, facilita-se o aumento da transmissão de enfermidades como o AIDS.

O presidente da associação médica afirmou que a Generalitat deu "um passo atrás na educação sexual dos jovens". Do ponto de vista epidemiológico, Simón ressaltou que é um "perigo" confiar no Anticoncepcional Oral de Emergência (AOE) para reduzir risco de gravidez, posto que "aumenta o risco de infecção".

Do mesmo modo, o doutor Simón declarou que no caso de chegar à fase que prevê facilitar a pílula em farmácias sem necessidade de receita médica "romperia-se a forte tradição sanitária de distribuir fármacos importantes sem receita".

Por último, Simón assegurou que a distribuição do AOE vulnera quatro direitos fundamentais como são a vida do embrião –se está formado-, a saúde –dado os efeitos secundários da pílula que se poderiam evitar com a regulação da gravidez através dos métodos naturais-, a educação integral da pessoa e a igualdade de sexos –nos métodos naturais a decisão e cooperação  entre o homem e a mulher.