4 iniciativas para viver a Quaresma durante quarentena por coronavírus
REDAÇÃO CENTRAL, 11/03/2021 (ACI).- Diante do avanço do da Covid-19, muitos católicos buscam iniciativas para poder viver bem o tempo da Quaresma em sua própria casa, devido às restriçõesimpostas pela pandemia a fim de evitar a propagação do coronavírus.
Com a Semana Santa tão próxima, propomos quatro ideias para poder ter uma boa preparação e viver a Quaresma em quarentena:
1. Praticar as obras de misericórdia espirituais e a caridade
Sem violar as normas estabelecidas pelo governo, é possível ter iniciativas de caridade com os mais necessitados e vulneráveis ao vírus, como oferecer ajuda aos idosos para comprar alimentos e remédios de que precisam.
Além disso, é um bom momento para praticar as obras de misericórdia espirituais dentro das famílias ou com os vizinhos mais próximos, ao conversar com eles, dando-lhes conselhos e animando-os neste período difícil.
2. Viver on-line a Santa Missa e a Exposição do Santíssimo
A quarentena não é uma desculpa para descuidar da vida espiritual. Diferentes paróquias ao redor do mundo tomaram a iniciativa de transmitir ao vivo a celebração da Santa Missa em diferentes horários, dando a possibilidade aos fiéis de escutar o Evangelho de casa.
Da mesma forma, a Exposição do Santíssimo Sacramento, especialmente às quintas-feiras, está sendo transmitida pelas redes sociais e ajuda as pessoas a continuar fortalecendo a oração, apesar de não poder sair de suas casas.
3. Evangelizar a família
A quarentena é um momento especial para poder se aproximar e evangelizar os membros da família.
Por meio de recursos digitais, diferentes paróquias e basílicas oferecem cursos e catequese para a Quaresma.
Além disso, as redes sociais de sacerdotes são uma fonte de ajuda.
4. Fortalecer a devoção a Nossa Senhora
Ao romper com a rotina diária, esse tempo de confinamento pode ser um motivo para começar a rezar o Ângelus ou o Santo Terço em família.
Além disso, é possível acompanhar a Nossa Senhora de Lourdes, na França, através de uma novena de oração especial, que está sendo realizada de terça-feira, 17 de março, até o próximo domingo, 25 de março, dia no qual a Igreja celebra a festa da Anunciação e aniversário da aparição número 16 de Nossa Senhora de Lourdes.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz
Confira também:
Vaticano oferece recomendações para as celebrações da Semana Santa 2021 https://t.co/5T7ZE7dLdk
— ACI Digital (@acidigital) February 17, 2021
Bispo de Fátima após suspender peregrinação: irei sozinho rezar pelo fim deste flagelo
FATIMA, 11/03/2021 (ACI).- Este ano, devido às restrições para conter a pandemia de Covid-19 em Portugal, a peregrinação anual da Diocese de Leiria-Fátima será feita de maneira virtual, e seu bispo, o Cardeal Antonio Marto pediu aos diocesanos “generosa adesão” e “empenho” para viver uma peregrinação autenticamente espiritual mesmo sem estar presentes na Cova da Iria. Entretanto, o bispo prometeu que irá sozinho rezar aos pés da Virgem de Fátima pelo fim do “flagelo da pandemia”.
“No último dia, irei ao Santuário de Fátima levando-vos a todos no coração e ali rezarei por vós e pelo fim do flagelo da pandemia, confiando-nos a todos à proteção da Mãe do Céu e nossa Padroeira”, prometeu o cardeal Dom António Marto na nota pastoral ‘Oito dias de peregrinação espiritual ao Santuário de Fátima’.
No documento, publicado no site da Diocese e enviado à Agência ECCLESIA do episcopado português, o bispo de Leiria-Fátima assinala que a impossibilidade da diocese realizar a peregrinação à Cova da Iria, “por razões de preservação do bem comum da saúde”, faz “sofrer e sentir saudade” do santuário e da comunidade ali reunida em oração.
“Peço-vos a generosa adesão à proposta e o empenho em viver esta extraordinária peregrinação espiritual ao Santuário de Nossa Senhora em Fátima. Envolvei também as crianças, nesta caminhada diocesana com sabedoria pedagógica e ternura comunicativa”, pede Dom António Marto.
“Os diocesanos são convidados a realizar ‘oito dias de peregrinação espiritual ao Santuário de Fátima’, entre 14 e 21 de março, onde vão ser “ajudados” por vídeos publicados nas redes sociais da Diocese de Leiria-Fátima, na véspera de cada dia a que dizem respeito”, informa agência ECCLESIA.
A “peregrinação espiritual” da Diocese de Leiria Fátima encerra, no dia 21 de março, com a oração do rosário (10h15) e a Eucaristia (11h00) presididas pelo bispo diocesano na basílica de Nossa Senhora do Rosário, no Santuário de Fátima, onde estará apenas um “pequeno grupo de pessoas” representantes do clero, escuteiros, família, jovens e vigararias da diocese.
Confira:
Em 19 de março Papa dará mensagem para iniciar Ano da Família
Vaticano, 11/03/2021 (ACI).- O Papa Francisco enviará uma mensagem de vídeo pelo Ano dedicado à Família que terá início no dia 19 de março, festa de São José, padroeiro da Igreja.
O Ano da Família foi convocado pelo Santo Padre no dia 27 de dezembro de 2020, por ocasião do quinto aniversário da publicação da Exortação Apostólica Amoris Laetitia, “para amadurecer os frutos da Exortação Apostólica Pós-Sinodal e aproximar a Igreja às famílias de todo o mundo, postas à prova neste último ano pela pandemia”.
O Ano da Família será coordenado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, e terminará em 26 de junho de 2022, com o décimo Encontro Mundial das Famílias que será realizado em Roma.
Nesse sentido, o Dicastério vaticano informou no dia 10 de março que está organizando o encontro online “Nosso amor cotidiano” para abrir as iniciativas dedicadas ao Ano da Família.
O evento online será na sexta-feira, 19 de março, às 15h (hora de Roma). É organizado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, juntamente com a Diocese de Roma e o Pontifício Instituto Teológico João Paulo II.
O evento terá duas partes. O primeiro se concentrará no “quinto aniversário da Amoris laetitia” e o segundo nas “perspectivas teológicas”.
Segundo indica o programa da iniciativa, além da mensagem de vídeo do Papa Francisco, participarão do evento o prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Kevin Joseph Farrell; o Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Angelo De Donatis; e o grão-chanceler do Pontifício Instituto Teológico João Paulo II, Dom Vincenzo Paglia.
Do mesmo modo, participarão o presidente do Pontifício Instituto Teológico João Paulo II, Pierangelo Sequeri; e o casal Giuseppina De Simone e Franco Miano, que participaram nos sínodos sobre a família.
Anúncio do Papa
Na última festa da Sagrada Família, no domingo, 27 de dezembro, o Papa Francisco anunciou após a oração do Ângelus dominical que o Vaticano dedicará um Ano da Família em simultâneo com o Ano de São José, no quinto aniversário da exortação apostólica pós-sinodal Amoris laetitia.
“A festa de hoje chama-nos ao exemplo da evangelização na família, propondo-nos o ideal do amor conjugal e familiar, como se destaca na Exortação Apostólica Amoris Laetitia”, afirmou naquele dia o Papa.
O Papa indicou que será um ano de reflexão sobre Amoris laetitia, cinco anos depois de sua publicação, e "será uma oportunidade para aprofundar no conteúdo do documento”.
Por isso, o Santo Padre convidou “a aderir às iniciativas que serão promovidas ao longo do ano e que serão coordenadas pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida”, que consistirão em “propostas e instrumentos pastorais, que serão postos à disposição das comunidades eclesiais e famílias, para acompanhá-los em seu caminho”.
“Confiemos à Sagrada Família de Nazaré, em particular à São José, esposo e pai solícito, este caminho com as famílias de todo o mundo”, concluiu o Papa.
Confira também:
Estas são algumas das iniciativas do Vaticano para o Ano da Família https://t.co/iZwPyKB4XB
— ACI Digital (@acidigital) December 28, 2020
Qual a importância da visita da Imagem Peregrina de Fátima a Armênia, Azerbaijão e Geórgia?
FATIMA, 11/03/2021 (ACI).- A pedido do núncio apostólico na Arménia e na Geórgia, Dom José Bettencourt, a imagem peregrina de Fátima fará uma visita inédita ao Cáucaso e visitará a Armênia, Geórgia e Azerbaijão onde se rezará especialmente pela paz na região. Esta semana jornalistas católicos reafirmaram a importância desta peregrinação em territórios da ex-União Soviética.
Segundo o representante do Papa, que manifestou sua "alegria" em declarações reunidas pelo site oficial do Santuário Mariano português, esta será a primeira vez que a imagem visita estes territórios que pertenceram à ex-União Soviética, passando ainda pelo Azerbaijão.
“Os católicos do Cáucaso alegram-se pela notícia da visita da Imagem de Nossa Senhora de Fátima à região”, refere o arcebispo, nascido nos Açores, em depoimento enviado ao jornal Voz de Fátima.
A imagem vai passar pelas paróquias e comunidades católicas dos três países, onde se rezará especificamente pela reconciliação e a paz, numa reigão onde ainda existem conflitos, instabilidade e insegurança.
“Rezemos pela paz de mente e de espírito com Deus e com o próximo durante este tempo de bênção” referiu ainda D. José Bettencourt à Voz de Fátima.
Para José Milhazes, jornalista e autor do livro “A mensagem de Fátima na União Soviética-Rússia”, a presença de Fátima no Cáucaso “é particularmente importante numa região do Continente Europeu fustigada, há muitos anos, por guerras e graves crises políticas, pois a mensagem emanada da Cova da Iria é de paz entre os homens”.
“Certamente que a imagem da Virgem Maria será recebida por corações e braços abertos na Arménia, primeiro país a proclamar o Cristianismo como sua religião no longínquo ano de 301. A Arménia está envolvida numa guerra com o vizinho Azerbaijão desde 1989 e estes dois países precisam de paz, de uma reconciliação que tarda em chegar” destaca o jornalista.
Em relação à situação na Geórgia e a visita da imagem, Milhazes afirma: “A presença de Fátima na Geórgia contribuirá para tornar os corações mais pacíficos, mais abertos ao diálogo. Irá certamente recordar-lhes o contributo dos missionários portugueses para o resgaste dos restos mortais da mártir georgiana Santa Ketevan, cujo suplício está representado em azulejos nas paredes do Convento da Graça, em Lisboa”.
E, conclui: “Em boa hora a imagem de Fátima passará pelo Cáucaso, reforçando a sua mensagem de paz e amor” refere.
Também a jornalista Aura Miguel, vaticanista da Rádio Renascença, indica que a presença da Imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima na região do Cáucaso pode ajudar a “consolidar a paz e unidade” entre os cristãos e a “reforçar o diálogo com o Islão”, nesta zona estratégica entre a Europa e a Ásia.
“Os apelos à paz e conversão que brotam de Fátima, assumem especial atualidade nesta região, ainda instável, e com feridas abertas causadas pelo mais recente conflito fronteiriço sobre Nagorno-Karabakh, que opõe a Arménia cristã ao Azerbaijão muçulmano. E o mesmo se diga da Geórgia, maioritariamente ortodoxa, a braços com revoltas independentistas nas regiões de Ossétia do Sul e Abkhazia”, refere Aura Miguel no texto publicado pelo site do Santuário de Fátima (www.fatima.pt)
Falando que existe um caminho para a paz na região, a jornalista sublinha: “Trata-se de um caminho de conversão(...), que se consolida na livre adesão aos pedidos da Senhora de Fátima. A começar no coração de cada um, mas com potencial para mudar o rumo da história, incluindo a destas três repúblicas da ex-URSS”.
“De Fátima, nasce continuamente um convite a construir a paz, no coração de cada um e à nossa volta. Por isso, esta Mensagem é mais um incentivo aos que vivem sinceramente este desejo de paz e de verdade, independentemente do seu contexto, cultura e religião”.
“Eu própria o testemunhei, ao acompanhar São João Paulo II, e mais recentemente Francisco, a estes três países do Cáucaso” refere para concluir que “não duvido que a presença da Imagem peregrina de Fátima será uma ocasião privilegiada para reforçar este anseio de paz e de diálogo, e “sem qualquer distinção de carácter étnico, linguístico, político ou religioso”, como diz o Papa Francisco”, destacando que é também este o espírito da Fratelli Tutti.
Confira:
Peregrinação anual a Fátima será online mas Cardeal Marto promete: irei sozinho rezar pelo fim deste flagelo https://t.co/OA7D5QJAqd
— ACI Digital (@acidigital) March 11, 2021
Arcebispo responde a feministas que vandalizaram catedral
BOGOTÁ, 11/03/2021 (ACI).- O Arcebispo de Ibagué (Colômbia), Dom Orlando Roa Barbosa, condenou o atentado cometido contra a catedral local no dia 8 de março por um grupo de feministas e afirmou que a Igreja “continuará com voz profética, denunciando tudo aquilo que com aparência de direito vá realmente contra a integridade, a natureza e a dignidade das mulheres”.
Em 8 de março, Dia Internacional da Mulher, um grupo de feministas vandalizou a Catedral. Várias mulheres chutaram a porta do templo e picharam as paredes com escritos como “8M” e “estupradores”.
Segundo a mídia local, a violência feminista ocorreu devido à postura da Igreja “em relação a temas delicados como o aborto. Muitas delas pedem que seja livre e sem nenhum tipo de controle do Estado”.
As mulheres também vandalizaram monumentos no centro de Ibagué, capital do departamento de Tolima. Um fotojornalista foi atacado pelas feministas, pois o Dia das Mulheres só “poderia ser coberto por mulheres”.
“A Igreja de Ibagué lamenta e chora pelo vandalismo contra a sua Catedral, um lugar sagrado que está destinado ao encontro com Deus e que testemunhou o desenvolvimento do povo de Tolima, um patrimônio cultural que deve ser valorizado, preservado e guardado”, escreveu a Arquidiocese em um comunicado publicado em 9 de março em sua página do Facebook.
A Arquidiocese de Ibagué destacou que “o direito canônico considera este tipo de atentados como uma profanação de lugares sagrados e indica que devem ser reparados com um ato penitencial”.
“Neste sentido, com toda a comunidade católica de Tolima, acudindo à proteção da Virgem Imaculada, padroeira da Catedral, modelo de mulher e nossa advogada, pediremos ao Senhor que tenha misericórdia de seu Povo, conceda a conversão dos corações altivos e nos mostre luzes para continuar defendendo a dignidade da mulher segundo a lei de Cristo, que é a lei da liberdade e do amor”, acrescentou o comunicado assinado por Dom Roa Barbosa.
O texto afirmou que a Igreja reconhece que “não foi fácil para as mulheres se destacarem como atores essenciais da vida social”. No entanto, “a hostilidade e agressividade manifestadas na segunda-feira passada promovem a violência e a violação não só das estruturas arquitetônicas, mas da própria dignidade das mulheres”.
Neste sentido, assegurou que “a exemplo de Jesus, que sempre soube rodear-se de mulheres que o ajudaram de perto na sua missão evangelizadora”, a Igreja continuará “a defender a dignidade da mulher”, reconhecendo “a sua importância papel na vida eclesial”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Caso de ex-freira na Corte Interamericana ameaça a liberdade religiosa na América Latina https://t.co/nmGS6J5pqa
— ACI Digital (@acidigital) March 10, 2021
Golpista que tentou vender basílica é preso
ISTAMBUL, 11/03/2021 (ACI).- As autoridades turcas prenderam um golpista que teria tentado reivindicar como sua propriedade e depois vender a Basílica Menor de Santo Antônio de Pádua, um dos maiores, mais históricos e importantes templos católicos da capital Istambul.
A organização humanitária International Christian Concern (ICC) informou em 6 de março que Sebahattin Gök e uma "grande rede de cúmplices" haviam coletado e falsificado documentos para afirmar que eram os proprietários da basílica.
Além disso, a organização assinala que essas pessoas já haviam praticado “fraudes e falsificações imobiliárias, especificamente entre grupos religiosos e de minorias étnicas”.
“No ano passado, a Igreja pediu medidas de segurança adicionais para preservar o local de culto. Durante esta investigação, o golpe foi descoberto, junto com outros 34 casos de tentativas de obter locais religiosos de comunidades armênias, cristãs, judaicas e de outras comunidades minoritárias”, informou ICC.
Para a organização humanitária “a preservação desta igreja e a proteção que obteve é uma vitória da comunidade cristã minoritária na Turquia”, já que recentemente “houve muitos casos de saques, conversões de igrejas em museus ou mesquitas e danos a igrejas históricas”.
As reconversões mais lembradas são as ocorridas nos dias 24 de julho e 21 de agosto de 2020, quando a Basílica de Santa Sofia e a antiga Igreja Ortodoxa de San Salvador de Cora passaram de museus a mesquitas.
Sobre a basílica menor de Santo Antônio de Pádua
A Igreja Sent Antuan, como também é conhecida, está localizada na Avenida İstiklal, no bairro-distrito de Beyoğlu.
Sua construção começou em 1906 e terminou em 1912. Foi projetada no novo estilo gótico por dois renomados arquitetos do início do século, Giulio Mongeri e Eduardo de Nari.
Em 15 de fevereiro de 1912, os sacerdotes mudaram-se para a nova igreja, que foi consagrada e aberta ao culto público.
Em 1932, o Papa Pio XI elevou-a a basílica menor.
O templo é atualmente administrado por padres italianos, que celebram a missa em italiano, polonês, inglês e turco.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
A reconversão de Santa Sofia em mesquita "reabrirá feridas", diz Cardenal https://t.co/NBGNm4TmE2
— ACI Digital (@acidigital) July 27, 2020
Após “ano de prova” para os Lugares Santos, Cardeal pede generosidade
Vaticano, 11/03/2021 (ACI).- A situação dos cristãos nos Lugares Santos já de por si desafiante se viu agravada pela falta de peregrinos e demais dificuldades surgidas a partir da pandemia do novo coronavírus. Para dificultar ainda mais a situação, a tradicional coleta, principal fonte de ingressos para muitos projetos solidários, não pôde ser realizada na Sexta-feira Santa em 2020. À luz desta situação o Cardeal Sandri, Prefeito para as Igrejas Orientais no Vaticano, escreveu uma carta aos bispos de todo o mundo pedindo que os fiéis sejam generosos com seus irmãos e irmãs na Terra Santa este ano.
“As estradas desertas em torno do Santo Sepulcro e da Jerusalém Antiga tiveram eco na Praçade São Pedro deserta e banhada pela chuva, atravessada pelo Santo Padre Francisco a 27 de Março de 2020, a caminho do Crucifixo”, recorda o prelado encarregado das Igrejas Orientais em comunhão com Roma.
Como se estas dificuldades causada pela ausência de peregrinos não bastassem, Dom Sandri assinalou ainda que “diminuiu a ajuda económica que a colecta pro Terra Sancta, garantia cada ano, por causa das dificuldades de realiza-la em muitos Países em 2020”.
Recorda-se que muitos países, entre eles Brasil e Portugal, optaram pelo fechamento das igrejas durante a Semana Santa e a Páscoa de 2020, o que impediu a realização da tradicional coleta que se faz na sexta-feira santa. A coleta terminou realizando-se no domingo 13 de setembro e o dinheiro recolhido não bastou para as muitas necessidades das comunidades atendidas pela Custódia Franciscana da Terra Santa, a instituição encarregada de destinar a projetos solidários os recursos recolhidos em dioceses de todo o mundo.
Ainda segundo o apelo do Cardeal Sandri, “o Papa Francisco ofereceu a todos os cristãos a figura do Bom Samaritano como modelo de caridade activa, de amor empreendedor e solidário. Ele nos estimulou também a reflectir sobre diversos comportamentos das personagens da parábola para superar a indiferença de quem vê o irmão ou a irmã em dificuldade e passa adiante: «Com quem te identificas? Esta pergunta é dura, directa e decisiva. A qual deles te assemelhas?”
“Devemos reconhecer a tentação que nos circunda de nos desinteressarmos pelos outros, especialmente pelos mais frágeis”, aponta o Cardeal.
“Não se pode, enfim, renunciar a cuidar dos Lugares Santos que são o testemunho concreto do mistério da Encarnação do Filho de Deus e da oferta da sua vida feita por nosso amor e para a nossa salvação”.
O Cardeal recorda ainda as palavras de São Paulo Apóstolo aos Coríntios “e que dispensam qualquer comentário”: «Tende presente isto: quem semeia pouco, recolherá pouco e quem semeia com abundância, recolherá com abundância. Cada qual dê segundo o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento, pois Deus ama quem dá com alegria. De resto, Deus tem o poder de cumular-vos com toda a espécie de benefícios, para que tendo sempre e em todas as coisas o necessário, possais cumprir generosamente toda a espécie de boas obras» (2. Cor. 9,6-8).
“A Vós, aos Sacerdotes, aos Religiosos, às Religiosas, e aos Fiéis, que se empenham para o bom êxito da Colecta, em fidelidade a uma obra que a Igreja pede a todos os seus filhos que se cumpra segundo as modalidades conhecidas, tenho a alegria de transmitir o vivo reconhecimento do Santo Padre Francisco. E invocando abundantes graças divinas sobre esta Diocese, lhe mando uma fraterna saudação no Senhor Jesus”, conclui a missiva.
Para que serve o dinheiro recolhido na Coleta da Sexta-feira Santa?
Recordemos primeiramente o contexto: A Coleta acontece durante a Sexta-Feira Santa, e é a principal fonte para o sustento da vida que ocorre ao redor dos lugares sagrados. É o instrumento desejado pelos Papas para testemunhar de forma concreta o vínculo entre os cristãos do mundo e os Lugares Sagrados, e estabelecido precisamente em favor da Terra Santa pelo estatuto "Nobis in Animo" que São Paulo VI promulgou em 1976.
Como, então, os fundos da Coleta são distribuídos?
A custódia franciscana recebe 65%, e a Congregação para as Igrejas Orientais 35%. A Congregação utiliza o dinheiro da arrecadação para a formação de candidatos ao sacerdócio, o sustento do clero e a atividade escolar.
Este ano, a Congregação recebeu US$ 9.775.603,58. Eles foram usados para formação e atividades escolares, também financiando instituições de estudos superiores e escolas, como o Pontifício Instituto Oriental e a Universidade de Belém. Mas US$ 2,4 milhões foram para ajuda extraordinária, especialmente em regiões vivendo em estabilidade e tensão, enquanto US$ 500.000, retirados do Fundo da Terra Santa, ajudaram a financiar 303 projetos em 24 países para enfrentar a emergência do COVID 19.
Entre as obras financiadas pela Custódia, que incluem tanto os recursos da Coleta da Sexta-feira Santa, mas também as atividades de arrecadação de fundos da Associação Pró Terra Sancta e da Fundação Franciscana para a Terra Santa, a conclusão da restauração da Igreja da Natividade em Belém, feita em colaboração com a Autoridade Nacional Palestina, a consolidação da rocha da caverna da Elevação da Santa Cruz, a construção de cinco salas educativas multimídia para peregrinos dedicados ao conhecimento do Santo Sepulcro, e até mesmo a construção de um moderno centro museológico para o aprimoramento do patrimônio artístico, arqueológico e cultural franciscano, uma área de 2500 metros quadrados que também incluirá o Convento da Flagelação e o Convento de San Salvatore.
Mas não só isso. Há diversas obras em prol da comunidade local, como a Casa da Criança de Belém, o centro paroquial da mesma cidade, e as bolsas universitárias (490 já foram concedidas). Assim também os fundos foram destinados a aluguéis para casais carentes e jovens, várias obras culturais, incluindo o Studium Biblicum Franciscanum, ajuda às famílias de deslocados e refugiados na Síria, Jordânia e Líbano, e ajuda através das paróquias de Aleppo, Damasco, Knayeh, Yakoubich e Latakieh.
Somam-se a isso os salários dos funcionários da Custódia: são cerca de 1020 funcionários, divididos entre 15 escolas, 4 Casas para peregrinos, 80 santuários, 25 paróquias e diversas atividades. Durante a pandemia, esses funcionários puderam se beneficiar de uma forma de fundo de emergência.
Os territórios de Jerusalém, Palestina, Israel, Jordânia, Chipre, Síria, Líbano, Egito, Etiópia, Eritreia, Turquia e Irã se beneficiam todos os anos dos fundos da coleta.
Confira:
Peregrinações à Terra Santa são afetadas por quarentena em Israel https://t.co/HRUiBzfqLx
— ACI Digital (@acidigital) March 13, 2020
Franciscanos assumem Santuário de Frei Galvão
GUARATINGUETÁ, 11/03/2021 (ACI).- A Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil assumirá no próximo dia 11 de abril o Santuário de Frei Galvão, em Guaratinguetá (SP), em um convênio assinado com a Arquidiocese de Aparecida, atual responsável pelo santuário, com duração de 30 anos.
Desde 2016, o Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, já vinha sugerindo que os franciscanos deveriam assumir os cuidados pastorais deste Santuário Arquidiocesano, por considerar que a presença dos frades da mesma Ordem e Província a que pertenceu Frei Galvão seria o mais adequado para este lugar de fé e devoção.
O convite foi oficializado aos franciscanos em 2018 e, após um período de conversas e adequação do convênio, no último dia 5 de março foi oficializada a proposta para que a Província assumisse o Santuário.
A assinatura do convênio ocorrerá na Missa das 18h do dia 11 de abril, que marcará também a posse do novo reitor, Frei Diego Melo, e do colaborador, Frei Roberto Ishara, os quais já estão há cerca de seis meses atuando no Santuário.
O Santuário de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, mais conhecido como São Frei Galvão, foi criado em 8 de dezembro de 2010. “bem antes disso, o Seminário Frei Galvão já recebia muitos romeiros, como também a Casa de Frei Galvão e a Igreja Santo Antônio, ambos em Guaratinguetá, e, mais ainda, o Mosteiro da Luz, em São Paulo, local construído por Frei Galvão e onde está o seu túmulo”, recordou ao site da Província o ministro provincial, Frei César Külkamp.
Para Külkamp, trata-se de um momento histórico e de revigoramento da evangelização franciscana da Província, uma vez que “este Santuário já é um espaço querido e buscado pelo povo por sua devoção” ao primeira santo nascido no Brasil.
“Frei Galvão, como homem da paz e da caridade, nos oferece a oportunidade de cultivo das dimensões da nossa missão e de nossas frentes de evangelização”, assinalou.
Além disso, recordou que “o Santuário é Arquidiocesano, então também nos provoca à comunhão eclesial, o que já foi sendo conquistado com a Igreja Local de Aparecida”.
Por sua vez, Frei Diego Melo sublinhou que “esse Santuário pode se tornar uma fonte de irradiação do Carisma Franciscano e é por isso que aqui estamos”.
O futuro reitor expressou também a gratidão a Deus e pediu “a intercessão de São Frei Galvão para que sejamos não somente devotos de Frei Galvão, mas principalmente imitadores das suas virtudes e apaixonados por Cristo e pelos pobres, especialmente os enfermos, assim como ele foi”.
Confira também:
Hóstias encontradas intactas após enchente cobrir totalmente o sacrário de uma igreja https://t.co/MO6CgqSfPT
— ACI Digital (@acidigital) February 22, 2021
Sacerdote explica por que São José é a "sombra" de Deus Pai
PARANÁ, 11/03/2021 (ACI).- O sacerdote argentino Leandro Bonnin, autor de livros sobre espiritualidade católica, aprofundou-se na carta apostólica Patris corde para explicar por que São José, pai adotivo de Jesus, foi um “pai na sombra” ou a “sombra de Deus Pai”.
Na terça-feira, 8 de dezembro de 2020, o Papa Francisco publicou sua carta apostólica Patris corde, com a qual convocou o Ano de São José para comemorar os 150 anos do decreto Quemadmodum Deus do Beato Pio IX, que declarou o pai adotivo de Jesus como padroeiro da Igreja Universal.
Em uma carta enviada à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, por ocasião do Ano de São José, Pe. Bonnin comentou o ponto sete da carta apostólica. Ele disse que a palavra "sombra" usada pelo Papa Francisco admite várias interpretações para a pessoa de São José.
“José é um ícone visível, humano e sensível do amor infinito que Jesus recebe do Eterno Pai desde toda a eternidade. Logicamente, não pode igualar à Primeira Pessoa da Trindade em sua infinidade, mas pode encarnar - de forma humana - seus atributos e perfeições, através de sua força serena que protege, seu amor fiel que inspira segurança, sua bondade superabundante que estimula o bem”.
O presbítero da Arquidiocese de Paraná (Argentina) indicou que nas Sagradas Escrituras “a sombra evoca a proteção do sol escaldante do deserto, e por isso é uma imagem de uma presença constante que acompanha em todos os lugares protegendo de tudo que pode causar danos e prejudicar".
No caso de São José, sua missão foi "proteger o Menino e a sua Mãe". Ele “foi uma força no silêncio que protegeu os inícios da Redenção, que se deu na fragilidade e na vulnerabilidade”.
Pe. Bonnin acrescentou que a imagem de José como “sombra do Pai” é inspirada no “livro encantador e profundo 'A sombra do Pai', (do escritor católico polonês Jan Dobraczyński) que considero uma leitura obrigatória para quem quer entrar no coração de José de modo mais profundo”.
São José não buscou protagonismo e permaneceu na "sombra"
O sacerdote argentino destacou que o Papa Francisco quis sublinhar “como José é capaz de resistir à tentação de ‘decidir a vida dos filhos’ e, pelo contrário, exerce sua paternidade com grande respeito por sua liberdade e sua própria missão”.
“José soube amar de maneira extraordinariamente livre. Nunca se colocou a si mesmo no centro; soube descentralizar-se, colocar Maria e Jesus no centro da sua vida”, foram as palavras do Papa em Patris corde.
Para o Pe. Bonnin é “particularmente interessante –e até mesmo um novidade– a forma como Francisco fala da castidade de José”, virtude que considera necessária para ter a humildade que o levou a estar na “sombra”.
“Esta virtude - quando entendida unida à caridade, molde de todas as virtudes - permite amar de forma ordenada e saudável, com um amor que não gera dependência e que nunca procura dominar. João Paulo II costumava ensinar que o oposto do amor é o uso, e a castidade preserva - precisamente - do risco de 'usar os outros' como objetos pelos quais me 'promovo' e me 'exalto'”, refletiu.
À luz desta reflexão, assinala o padre, “poderíamos dizer que o momento em que Jesus aos 12 anos de idade fica no Templo de Jerusalém é uma dor imensa para São José - imaginemos a sua angústia ao procurá-lo - mas ao mesmo tempo é a máxima satisfação que experimentou como pai”.
“A maturidade do seu Filho para descobrir e abraçar a própria missão ('cuidar dos assuntos do meu Pai') foi a melhor 'medalha' que José poderia receber em reconhecimento pela sua tarefa de educar”, acrescentou.
São José ama de forma ordenada na "sombra"
Pe. Bonnin recorda que no ponto sete da carta, o Papa Francisco denuncia que hoje existe uma “incapacidade de amar de forma ordenada” devido a uma “atitude narcisista que praticamente faz com que as relações humanas se tornem relações de poder”.
“A reflexão sobre a castidade que permite um amor ordenado - nem dominante nem dependente, mas de autêntica afirmação do outro em sua livre originalidade - é um antídoto necessário para as tendências culturais que hoje podem afetar muitos cristãos”, afirmou.
Ao contrário de como José agiu diante de Jesus e Maria, o padre argentino teme que os pais se deixem levar pelo “narcisismo”, que poderia “levá-los a deixar de criar os filhos para seguir seus próprios projetos pessoais de estudo ou trabalho; mas também poderia gerar uma forma de se relacionar com eles na qual se busque ‘promover’ o filho como se fosse mais uma realização no seu currículo”.
“Não seria um bom ‘pai’ quem impusesse aos seus filhos os seus próprios sonhos - não realizados - ou quisesse moldá-los exatamente a sua ‘imagem e semelhança’, como um prolongamento seu, em detrimento de sua identidade original”, comentou.
Do mesmo modo, afirmou que tentações muito semelhantes "aparecem na vida sacerdotal e consagrada" e, portanto, "é eloquente que o Santo Padre, ao falar da paternidade na 'sombra', mencione explicitamente padres e bispos".
A relação entre São José, Jesus e Maria
Pe. Bonnin assegurou que “José era belo, tanto de corpo como de alma”.
“Ele era certamente um homem cheio de virilidade, que emanava força e gerava respeito e admiração, mas não medo. A sua força era a de um rio impetuoso que nunca saiu do seu curso com violência ou prepotência, mas sempre ‘deu vida’ ao longo de sua passagem: a Mãe, o Menino e todos os que o conheceram”, disse.
Neste contexto, acredita que “é totalmente legítimo pensar que Maria Santíssima estava completamente cativada pela beleza do coração de José, e que seu amor virginal de esposa e de irmã era de uma intensidade e pureza muito semelhantes às das origens".
“A feminilidade de Maria torna-se cada vez mais clara e bela na relação harmoniosa com a masculinidade de José, renovando em ambos o desígnio original do Criador”, afirmou o presbítero.
Por outro lado, o sacerdote argentino assinala que “o Menino Jesus admirava profundamente seu pai José, amava-o com ternura, disfrutava de cada minuto que passava com ele”. “Jesus aprendeu a ser homem contemplando e interagindo com seu pai, brincando com ele, usando as ferramentas de trabalho, aprendendo a ser filho, esposo e pai no contato íntimo”, disse.
E acrescentou: “Como devem ter sentido a falta de José depois da sua morte! É provável que a sua lembrança habitou os seus corações até o dia da sua subida ao céu, e que na eternidade ambos - Jesus e Maria - cantem ao Pai com gratidão por tê-lo dado a sua Sagrada Família”.
Ao concluir a carta, o Pe. Bonnin assegurou que na história da Sagrada Família “a lei do Evangelho se cumpre ao pé da letra”: “Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado."
“José escolheu a suprema humildade e por isso foi tendo a máxima consideração por sua Esposa e Filho, que o consultavam para tudo, apoiavam-se nele, buscavam-no continuamente”, acrescentou.
“Neles descobrimos o restabelecimento do vínculo saudável e ordenado entre homens e mulheres e entre pais e filhos. Neles se manifesta o poder transformador da graça, que ‘faz novas todas as coisas’ e permite também que cada família sonhe com a felicidade”, concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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China pratica genocídio, diz novo relatório
WASHINGTON DC, 11/03/2021 (ACI).- Os abusos da China contra os Uigures violam todos os artigos da definição de genocídio da Organização das Nações Unidas (ONU), afirma um relatório recém publicado nos Estados Unidos.
O relatório de 55 páginas do Newlines Institute for Strategy and Policy (Instituto Newlines para Estratégia e Política), um centro de pensamento sobre política internacional com sede em Washington, é um dos primeiros levantamentos independentes sobre as ações do Partido Comunista Chinês na província de Xinjiang.
Com o título “O Genocídio Uigur: Um Exame das Violações da China à Convenção sobre Genocídio de 1948”, confirma que as autoridades chinesas criaram uma massiva rede de campos de concentração em Xinjiang alegadamente para “reeducação” e “prevenção do terrorismo”. Os uigures são uma minoria étnica majoritariamente muçulmana que vive ao lado de outras minorias étnicas e religiosas na região.
“Este relatório conclui que a República Popular da China é responsável por cometer genocídio contra os uigures em violação à Convenção sobre Prevenção e Punição do Crime de Genocídio de 1948 com base em uma extensa revisão das provas disponíveis e aplicação da lei internacional às provas dos fatos no local”, diz o documento.
Em 1948, a Convenção sobre Genocídio da ONU designou cinco atos que constituiriam “genocídio”. Segundo o relatório, a China, signatária da convenção, cometeu todos os cinco atos. Cometer apenas um deles “com a intenção requerida pode sustentar uma acusação de genocídio”, segundo a convenção.
Os atos são “matar membros do grupo”, “Causar danos corporais ou mentais sérios a membros do grupo”, “infligir deliberadamente ao grupo condições de vida calculadas para levar à sua destruição física no todo ou em parte.”, “impor medidas voltadas a evitar nascimentos dentro do grupo” e “transferir à força crianças do grupo para outro grupo”.
Relatos de sobreviventes dos campos de Xinjiang detalham histórias de estupro sistemático e esterilização de mulheres uigures. Uma ex-prisioneira contou como as pessoas são regularmente espancadas e sodomizadas com uma vara elétrica.
Controle de natalidade forçado por meio do uso de dispositivos intrauterinos (DIU) cresceu significativamente em Xinjiang ao mesmo tempo em que declinou no resto da China. Mulheres uigures, que tinham uma das mais altas taxas de fecundidade do país, viram a fertilidade cair abruptamente nos últimos anos.
Manuais dos campos vazados para fora descrevem como alguns prisioneiros são detidos pelo “crime” de usar roupas tradicionais, entre outras coisas.
Funcionários do governo chinês negaram acusações de genocídio e insistem na afirmação de que os campos ajudaram a prevenir o terrorismo na região.
O Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi chamou as acusações de genocídio de “ridículas”, e disse que o relatório é “um rumor fabricado com outras intenções e uma mentira completa.”
Em 19 de janeiro último, o então Secretário de Estado Mike Pompeo declarou que as autoridades chinesas cometeram genocídio contra os uigures e outras minorias étnicas e religiosas em Xinjiang. Pompeo citou trabalhos forçados, tortura, abortos forçados, esterilizações e controle de natalidade entre os abusos que sustentavam sua declaração.
Durante sua audiência de confirmação, o atual Secretário de Estado Antony Blinken disse concordar com a avaliação de Pompeo.
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Feministas argentinas tentam destruir imagem do Senhor do Milagre
Salta, 11/03/2021 (ACI).- Feministas tentaram destruir a imagem do Senhor do Milagre durante o ataque à catedral de Salta (Argentina) durante a manifestação pelo Dia da Mulher em 8 de março.
Desde o início da pandemia da Covid-19, uma réplica da imagem do Senhor do Milagre e outra da Virgem do Milagre foram colocadas no átrio do templo, para a devoção dos fiéis e transeuntes.
Na segunda-feira, 8, quando a Missa estava prestes a terminar, aproximadamente às 19h30, um grupo numeroso de feministas se aproximou da igreja e retirou à força as barreiras de segurança que protegiam o templo.
Quisieron Quemar la Catedral #Salta #Argentina #8M pic.twitter.com/4kVKQKZARQ
— Mario Jose (@OkkMarito) March 9, 2021
Segundo a rede de TV Multivisión, as mulheres enfrentaram o grupo policial que protegia a igreja. Em meio à desordem, picharam a fachada, jogaram tinta, pedras, gasolina e garrafas com urina. Depois, tentaram incendiar a catedral.
Como consequência, as imagens do Senhor do Milagre e da Virgem do Milagre foram danificadas. Não houve feridos entre os fiéis.
Na terça-feira, 9, o Arcebispo de Salta, Dom Mario Antonio Cargnello, disse em entrevista que o ataque à imagem do Senhor do Milagre é o que “mais nos dói. É como se tivessem atacado o coração do ser do saltenho”. "Estamos perplexos porque não podemos entender uma reação como essa do povo de Salta", expressou.
“Não dá para entender e dói, porque a ofensa é contra Deus, Nosso Senhor em sua imagem e contra os irmãos”, assegurou.
O Arcebispo de Salta disse que durante a pandemia muitos devotos vieram ao átrio da catedral para “pedir forças” ao Senhor do Milagre. As agressoras “não percebem que não estão nos ofendendo, mas ofendem o Senhor e o povo, isso é o que eu não consigo entender”, enfatizou.
Ao ser perguntado sobre os slogans lançados pelas feministas, relacionados aos abusos sexuais cometidos por membros da Igreja, Dom Cargnello disse que “nisso só posso pedir perdão ao Senhor pelas ofensas que podemos ter cometido e devemos reparar, mas ofender o Senhor dessa forma, isso é demais".
Da mesma forma, disse confiar na "capacidade de reflexão dos jovens" que cometeram esses atos criminosos e pediu que "as leis não permitam esses ultrajes". “Aqueles que têm de fazer as leis, legisladores provinciais e municipais, olhem para o que está acontecendo” na comunidade, concluiu.
Além disso, na cidade de San Luis, grupos feministas foram à catedral, na segunda-feira, para cometer excessos e jogaram tinta na polícia feminina que protegia o local.
O jornal El Chorrillero noticiou que também picharam a fachada da Clínica Rivadavia, que se declarou objetora de consciência diante da lei do aborto, assim como atacaram a igreja de Santo Domingo, uma igreja evangélica, uma sede da polícia turística e um edifício do poder judicial.
A este respeito, a Diocese de San Luis afirmou em um comunicado de 9 de março que “a comemoração foi ofuscada pelo vandalismo de um setor pequeno e violento de mulheres que violou os direitos de muitos cidadãos. É claro que muitas mulheres não se sentem representadas por esses pequenos e violentos setores”.
“Repudiamos e lamentamos os danos, mas acima de tudo nos solidarizamos com as policiais agredidas, rezamos para que possam recuperar logo a saúde, perdida pelas agressões”, concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Arcebispo responde a feministas que vandalizaram catedral https://t.co/Uy8pdjEz6Y
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França: Apesar de protestos, capela de São José é demolida
Roma, 11/03/2021 (ACI).- Uma capela do final do século XIX dedicada a São José foi demolida na cidade de Lille, na França, em pleno ano que a Igreja recorda especialmente este santo, com a finalidade de dar lugar a um novo campus universitário. Apesar de manifestações contra a destruição do templo, a demolição acabou sendo concluída em fevereiro deste ano. A Chapelle St. Joseph não existe mais e outras igrejas simbólicas na França correm o risco de terminar em escombros.
No dia 21 de fevereiro deste ano, quando praticamente todo o trabalho na região de Hauts-de-France havia cessado devido devido à nevasca, construtores começaram o que parecia ser uma obra urgente: a demolição da Chapelle St. Joseph, uma capela do final do século XIX construída pelo célebre arquiteto Auguste Moureau. A igreja já havia sido desativada, e foi objeto de uma licença de demolição emitida em 2019 pelo município de Lille para a construção de uma parte do novo campus da escola de engenharia.
Na terra da laicidade, a memória dos edifícios religiosos também se converteu em algo a ser apagado para dar lugar a novos edifícios. E não é de surpreender-se, considerando que os franceses já chegaram a considerar a possibilidade de acabar com a Catedral de Notre-Dame quando estava em mal estado, antes da grande renovação realizada por Viollet le Duc, no século XIX, que conferiu ao templo a imagem que hoje conhecemos.
O projeto que substitui a Capela de São José inclui 40 mil metros quadrados de instalações educativas, dos quais 22 mil são instalações novas. Com um investimento de 128 milhões de euros, o campus deverá receber um total de 5 mil a 8 mil alunos. Para salvar a capela, foi solicitado ao Ministério da Cultura que reclassifique o prédio. O Ministério da Cultura rejeitou o pedido, ressaltando que "impedir a demolição da capela resultaria no abandono de um importante projeto para o desenvolvimento do ensino superior, que representa um investimento de 120 milhões de euros", e que o projeto do campus inclui "a restauração completa do Palácio Rameau", o prédio localizado exatamente ao lado da capela, também projetado pelo arquiteto Moureau.
Resta saber por que a capela teve de ser demolida e o palácio preservado. Já que, segundo Etienne Poncelet, inspetora-geral honorária dos monumentos históricos, "não é verdade que a capela estivesse em más condições", como afirmou o Ministério da Cultura. Pelo contrário, afirma Poncelet, era "um edifício em bom estado, um exemplo arquitetônico único, com um claustro suspenso" e que também representava um testemunho histórico da presença dos jesuítas em Lille.
A destruição teve início apesar da oposição de muitas figuras políticas e culturais, e de uma petição de 12.400 assinaturas lançada por Urgence Patrimoine. A associação também reclamou que o trabalho começou às pressas, e não durante as férias escolares como de costume, por supostas razões de segurança.
Há mais igrejas em risco na França e o destino de outra capela, a igreja de Sainte-Germaine-Cousin, em Calais, poderia ser o mesmo da capela de Lille.
Em agosto de 2020, a Diocese de Arras havia afirmado que queria se desfazer da igreja por causa do alto custo de manutenção do templo. Mais tarde foi descoberto que a diocese estava presumivelmente em negociações com agentes imobiliários, que pretendiam construir uma residência com vários apartamentos, onde uma nova capela seria construída e dada em concessão à diocese.
O problema é que vinte e oito vitrais da igreja de Sainte-Germaine-Cousin, assinados pelo mestre Louis Barillet, estão registrados desde 1997 no inventário de monumentos históricos, e, portanto, é um patrimônio tombado.
Mas não são só as janelas que tornam a igreja relevante. A capela preserva outros tesouros artísticos, como um mosaico do Caminho da Cruz, provavelmente obra de Barillet; os pilares brancos com decorações neo-bizantinas; e outros pequenos arranjos arquitetônicos realizados pelo artista Louis Barbier, a tornam uma das igrejas mais simbólicas de Calais.
A destruição ocorreria a custos muito altos e injustificados, considerando que a igreja, apesar da umidade, está em bom estado e que, portanto, demoli-la também implicaria remover os fundamentos que a sustentam para depois substituí-los.
O futuro da igreja de Saint-Èloi em Trith-Saint-Léger du Poirier também é incerto. Mas, nesse caso, as perspectivas são melhores já que Xavier Bertrand, presidente da região, abordou o assunto, e talvez seja possível superar o impasse devido ao desinteresse do Município.
Segundo a Prefeitura, a reforma da igreja custaria 800 mil euros. A estimativa foi feita por um arquiteto há dez anos atrás e o município insiste que demolir a igreja é bastante mais barato que renová-la. Entretanto, o presidente regional Xavier Bertrand não se convence, e encarregou seu Conselheiro Regional e Presidente da Comissão de Conscientização de interceder junto ao vice-presidente da região de Hauts de France e salvar a igreja.
Além das demolições por parte das prefeituras, as igrejas na França têm sofrido ataques por ódio à fé cristã, e um grande incêndio destruiu parcialmente o mais simbólico templo do país, a Catedral de Notre-Dame, na capital Paris.
Texto originalmente publicado em ACI Stampa, traduzido e adaptado por Rafael Tavares.
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Arkansas proíbe maioria dos abortos em desafio a Roe x Wade
REDAÇÃO CENTRAL, 11/03/2021 (ACI).- O Arkansas é o mais novo Estado dos EUA a aprovar lei proibindo quase todos os abortos, num esforço para provocar a Suprema Corte a revisitar e derrubar Roe x Wade, a decisão judicial que legalizou o aborto no país.
O Governador Asa Hutchinson assinou no dia 9 a Lei de Proteção à Criança Não-nascida, que proíbe aborto exceto quando medicamente necessário para preservar a vida da mãe.
A lei comina penas de multa de até US$ 100.000 e dez anos de prisão para quem quer que pratique um aborto sem razões médicas.
A nova lei não pune as mães de bebês abortados ilegalmente.
Catherine Phillips, diretora de Respeito à Vida da Diocese de Little Rock, disse que a diocese, que cobre todo o Estado do Arkansas, apoiou a legislação e que o Bispo Anthony Taylor divulgou uma declaração de apoio no mês passado.
Phillips disse que a nova lei move o Estado numa direção pró-vida ao proteger os direitos dos bebês inocentes não-nascidos.
Ela também ressaltou que a lei chamou atenção pela ausência de exceção para estupro ou incesto. “Mulheres ou crianças que são vítimas desses atos violentos e deploráveis devem receber cuidado e apoio compassivos”, disse, mas acrescentou que “é um grave mal moral matar a criança” concebida como resultado.
O Estado já havia adotado uma lei proibindo o aborto se Roe x Wade for revertido, uma chamada “proibição-gatilho” que também foi adotada por vários outros Estados.
O Arkansas já tem uma proibição de abortos depois da 20 semana, adotada em 2013, que ainda não foi desafiada na Justiça.
O gabinete do Governador Hutchinson disse em um comunicado que a lei que ele acabou de assinar tem o objetivo explícito de desafiar Roe x Wade, o caso que legalizou o aborto nos EUA em 1973.
“A lei contradiz precedentes vinculantes da Suprema Corte dos EUA, mas é a intenção da legislação armar o palco para a Suprema Corte reverter a jurisprudência vigente.”
Tribunais dos EUA derrubaram leis semelhantes em outros Estados nos últimos anos, incluindo uma lei semelhante à do Arkansas aprovada em outubro de 2019 no Alabama.
Confira também:
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Não há fundamento legal para o suicídio assistido, advertem bispos da Irlanda
DUBLIN, 11/03/2021 (ACI).- Tramita na Irlanda um projeto de lei com o nome “Morrer com Dignidade”, que, na verdade é um eufemismo para a legalização do suicídio assistido por profissionais da saúde. Os bispos católicos da Irlanda rechaçaram a proposta em um comunicado emitido nesta quinta-feira, 11, assinalando que um projeto de lei com este teor é "fundamentalmente falho" e atenta contra o bem comum.
Em uma declaração conjunta após a sua costumeira reunião plenária de março, os bispos declararam que o Projeto de Lei de Morrer com Dignidade estava "em desacordo com o bem comum".
"Este projeto de lei é fundamentalmente falho. Não pode ser reparado ou melhorado e pedimos aos católicos que peçam aos seus representantes eleitos que o rejeitem completamente".
O projeto de lei foi apresentado à câmara baixa irlandesa em setembro de 2020. Ele busca permitir que os médicos "forneçam assistência a uma pessoa que esteja qualificada para acabar com sua própria vida".
Uma "pessoa qualificada", segundo o projeto, deve estar em estado terminal, ter pelo menos 18 anos de idade, ser residente na Irlanda, e ter "uma clara e estabelecida intenção de acabar com sua própria vida", expressa em uma declaração.
Os bispos ofereceram uma extensa crítica ao projeto de lei em fevereiro, submetido ao Comitê de Justiça da câmara de representantes irlandesa.
Nesta nova declaração, os bispos disseram: "Este projeto de lei deve ser descrito como o que ele é: 'suicídio assistido', porque envolve uma pessoa tirando a própria vida, com a participação ativa de outra."
"Acreditamos que toda vida tem um valor inerente, que deve ser endossado pela sociedade. Essa lei, se aprovada, seria um triste reflexo da relutância da sociedade em acompanhar pessoas com doenças terminais. Isso refletiria uma falha de compaixão”, expressaram.
Em setembro de 2020, a Congregação para a Doutrina da Fé no Vaticano reafirmou o ensino perene da Igreja sobre o pecado da eutanásia e do suicídio assistido.
A Congregação para a Doutrina da Fé relatou ainda como defensores da eutanásia e do suicídio assistido ganharam espaço em partes da Europa.
Vale recordar que a suprema corte da Áustria decidiu em dezembro de 2020 que o suicídio assistido não deveria mais ser um crime, ordenando ao governo que suspenda a sua proibição em 2021.
O parlamento de Portugal apoiou um projeto de lei que aprova a eutanásia em janeiro. Se o projeto for assinado em lei, Portugal se tornará o quarto país da Europa a legalizar a prática, ao lado dos Países Baixos, Bélgica e Luxemburgo.
Os bispos irlandeses disseram que, embora o Projeto de Lei de Morte com Dignidade apresente suicídio assistido em termos de autonomia pessoal, o mesmo teria consequências de longo alcance para a sociedade como um todo.
"O projeto de lei prevê que médicos e enfermeiros, cuja vocação e propósito é servir a vida, agora estejam preparados para se envolver em acabar com a vida. Isso representaria uma transformação radical do significado da saúde", asseveram os bispos da Irlanda.
"Embora o projeto de lei, teoricamente, preveja objeção de consciência, ainda exige que os profissionais de saúde encaminhem seus pacientes para outros médicos que realizarão seus desejos. Isso significa que, de uma forma ou de outra, os profissionais de saúde são obrigados a se envolver em algo que eles acreditam ser contrário à moralidade e às melhores práticas médicas”.
“Isso, em nossa opinião, é inaceitável", conclui o comunicado.
Confira:
Portugal: Médicos católicos apelam ao veto presidencial após parlamento aprovar eutanásia https://t.co/vsqnk0gUHy
— ACI Digital (@acidigital) February 21, 2020
Governo de São Paulo suspende atividades religiosas por pandemia
SÃO PAULO, 11/03/2021 (ACI).- O governo de São Paulo anunciou nesta quinta-feira, 11 de março, uma fase emergencial do plano de combate à pandemia de Covid-19 que suspende as celebrações religiosas coletivas. As atividades religiosas haviam sido classificadas como essenciais por decreto do governador João Dória no início do mês.
De acordo com o governo, a implantação da Fase Emergencial do Plano SP conta com o aumento das restrições em 14 atividades, colocando mais 4 milhões de pessoas em restrições adicionais. Além de excluir serviços da lista de essenciais, a nova fase instituiu ainda um toque de recolher das 20h às 5h.
As medidas restritivas passam a valer na segunda-feira, 15 de março, e seguem até o dia 30.
Entre as novas restrições estão as atividades religiosas coletivas, como Missas e cultos. Entretanto, as igrejas poderão permanecer abertas para atendimento individual aos fiéis.
“Eu quero lembrar que nós não estamos fazendo lockdown, nós estamos fazendo uma fase emergencial. Lockdown é a última das últimas medidas, aquela em que você não pode sair de casa em nenhuma circunstância”, advertiu João Doria durante coletiva de imprensa.
Antes do anúncio das novas restrições, o governador tinha afirmado em um vídeo que tomaria uma “decisão impopular, difícil e dura”.
A decisão sobre a fase emergencial foi tomada em reunião com integrantes do Centro de Contingência do Coronavírus. Dias antes, o procurador-geral de Justiça, Mario Luiz Sarrubbo, havia recomendado ao governador a suspensão das atividades religiosas coletivas e também de todos os eventos esportivos.
“Diferentemente do atendimento, assistência ou visita particular e individual, cultos, missas e outros eventos religiosos de caráter coletivo, mesmo observados os protocolos sanitários, podem gerar aglomeração incompatível com o atual estágio da pandemia”, considerou Sarrubbo.
As atividades religiosas tinham sido incluídas na lista de serviços essenciais no estado de São Paulo por meio de decreto publicado no dia 2 de março no Diário Oficial.
O decreto assinado por Doria estabelecia um acréscimo “ao rol de atividades consideradas essenciais, previsto no §1º do artigo 2º do Decreto nº 64.881, de 22 de março de 2020”.
Dessa forma, passaram a ser consideradas atividades essenciais “atividades religiosas de qualquer natureza, obedecidas as determinações sanitárias”.
O estado de São Paulo contabiliza 2.164.066 casos confirmados de Covid-19 e 63.010 mortes em decorrência da doença. Além disso, segundo dados da secretaria de Saúde, atualmente, 86,7% dos leitos de UTI estão ocupados em todo o estado e 87,6% na região metropolitana.
Confira também:
Atividades religiosas são classificadas como essenciais pelo governo de São Paulo https://t.co/oXEvlDOiDk
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