Esses monges faziam um jejum a base de cerveja durante a Quaresma
REDAÇÃO CENTRAL, 04/03/2021 (ACI).- Durante os 40 dias da Quaresma, os católicos fazem jejum e costumam se abster de doces, tecnologia, álcool e outros luxos. Entretanto, havia um grupo de monges que decidiu realizar durante este tempo litúrgico um jejum bastante peculiar, pois consistia em tomar somente cerveja.
A história é contada por Martin Zuber, o mestre cervejeiro e sommelier de cerveja da empresa alemã Paulaner, fundada em 1634. Esta empresa está presente em 70 países e é considerada uma das cervejarias mais importantes que participam da Oktoberfest, o festival da cerveja de Munique (Alemanha).
No século XVII, um grupo de monges da Ordem dos Mínimos (Paulaner monks, em alemão), fundada por São Francisco de Paula, mudou-se do sul da Itália para o mosteiro de Neudeck ob der Au, na Baviera (Alemanha).
Zuber comentou que durante a Quaresma, os monges não podiam consumir alimentos sólidos. Como eles precisavam de algo que tivesse mais sustância do que a água, adaptaram-se ao elemento da região que se encaixava nas suas necessidades: a cerveja.
Os monges decidiram fazer a sua própria cerveja, a qual continha uma grande quantidade de carboidratos e nutrientes que os ajudavam a suportar o jejum. Seu sabor era doce e o nível de álcool era baixo. Devido à sua consistência forte, chamavam-na de “pão líquido”. Este tipo de cerveja está catalogada no tipo doppelbock e a sua cor é escura.
Algum tempo depois, começaram a oferecer a sua cerveja ao público, inclusive, entregavam-na como um tipo de “esmola” aos mais necessitados. Depois, venderam-na à comunidade e se tornou um produto da cervejaria Paulaner.
Zuber comentou que a cerveja dos monges foi batizada com o nome de “Salvator”, este nome vem de “Sankt Vater”. A tradução dessas palavras é “a cerveja do Santo Padre”.
É possível fazer este jejum?
Muitos se perguntaram se realmente é possível fazer um jejum a base de cerveja. Em 2011, um jornalista leu a história dos monges e decidiu recriar o seu jejum.
J. Wilson, um cristão que trabalhava como editor de um jornal em Lowa (Estados Unidos). Conseguiu o apoio de uma cervejaria local e durante toda a Quaresma só bebeu a cerveja doppelbock.
Wilson esteve sob a supervisão de um médico e conseguiu uma autorização especial no seu trabalho para fazer este jejum. Ele tomava quatro cervejas de segunda à sexta-feira, dias nos quais trabalhava. Nos fins de semana, tomava cinco.
Ele contou a sua experiência em um post publicado no blog da CNN, no qual classificou como “transformadora” e não prejudicial à saúde.
Durante os primeiros dias de jejum, Wilson ficou com fome, mas, “então, o meu corpo mudou de marcha, a fome foi substituída pelo foco e eu me vi operando em um túnel de claridade diferente de tudo do que eu havia experimentado”, escreveu.
Wilson também indicou que percebeu que o corpo humano “é capaz de fazer muito mais do que acreditamos. Pode escalar montanhas, correr maratonas e, inclusive, pode funcionar sem comida por longos períodos de tempo”.
Como consequência do seu jejum a base de cerveja, Wilson perdeu aproximadamente 11 quilos. Também aprendeu a praticar a autodisciplina.
Durante a Quaresma também praticou outro jejum: afastar-se da mídia. Como escrevia no blog sobre o seu jejum, Wilson recebeu inúmeros pedidos de entrevistas. Entretanto, rechaçou a fim de se concentrar no propósito espiritual do seu jejum.
“A experiência provou que a história dos monges que faziam jejum com cerveja não só era possível, como também provável”, concluiu.
“Percebi que os monges deviam estar muito conscientes da sua própria humanidade e imperfeições. Para voltar a Deus, eles realizavam esta prática anualmente, este não era apenas um sacrifício, mas os ajudava a se focar e os ajudava a redescobrir as suas próprias falhas em um esforço para se aperfeiçoar continuamente”, manifestou.
Atualmente, durante os 40 dias da Quaresma, os católicos não são obrigados a deixar de consumir alimentos sólidos, mas devem fazer alguma penitência.
O jejum é para remover a refeição principal do dia (almoço) e substituí-la por pão e água. Se não for possível, por motivos de saúde ou faixa etária, é conveniente que as refeições sejam sóbrias.
Esta prática é obrigatória para todas as pessoas maiores de idade até os 59 anos.
A Igreja nos pede para jejuar durante o período do Advento e da Quaresma. Durante a Quaresma, pede-se fazer jejum todas as sextas-feiras. Também pede que os fiéis devem praticá-lo na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa.
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Covid-19 já atingiu 1.455 padres diocesanos no Brasil
BRASILIA, 04/03/2021 (ACI).- A Comissão Nacional de Presbíteros (CNP) divulgou na terça-feira, 2, que há confirmação de 1.390 doentes e 65 mortos por causa da Covid-19, totalizando 1455 casos da doença no país.
O levantamento realizado com base em informações dos Regionais foi publicado no site da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), instituição à qual a CNP é vinculada. A entidade ressalta que “são números aproximativos” já que “infelizmente, nem todas as dioceses passaram seus números reais”.
O relatório diz ainda que foram contabilizados apenas sacerdotes diocesanos. Os religiosos entrariam nas estatísticas da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB).
Segundo as estatísticas, o Regional Sul 1 da CNBB, que corresponde ao estado de São Paulo, é o que contabiliza o maior número de casos positivados, com 168 presbíteros. Em seguida, vem o Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal), com 136 casos positivos, e o Sul 2 (Paraná), com 134.
Quanto às mortes registradas, o maior número se deu nos Regionais Norte 2 (Pará e Amazonas) e Leste 1 (Rio de Janeiro), ambos com 12 sacerdotes falecidos devido à Covid-19.
Logo após, aparecem o Regional Sul 1, com 7 padres falecidos, e os Regionais Norte 1 (Amazonas e Roraima), Nordeste 2 (Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas e Pernambuco), e Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo), com 5 óbitos cada.
Especificamente em relação a cada Igreja Particular, os dados mostram que a Arquidiocese de Belém do Pará é a que conta com o maior número de sacerdotes positivados para Covid-19, com 42 presbíteros.
O maior número de mortes ocorreu na Arquidiocese do Rio de Janeiro, onde 8 sacerdotes diocesanos morreram em decorrência da Covid-19.
A pandemia também afetou o episcopado brasileiro, com diversos Bispos tendo testado positivo para a Covid-19. Além disso, foram confirmados três mortes de Prelados em razão da doença.
O caso mais recente foi o do Arcebispo emérito do Rio de Janeiro, Cardeal Eusébio Oscar Scheid, que morreu no dia 13 de janeiro de 2021, aos 88 anos.
No ano passado, morreram o Arcebispo emérito da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, aos 70 anos, em 14 de abril, e o Bispo de Palmares(PE), Dom Henrique Soares da Costa, aos 57 anos, no dia 18 de julho.
Para conferir todas as estatísticas da CNP, por Regionais e Dioceses, acesse AQUI.
Confira também:
Arcebispo lamenta restrição a atividades religiosas em Pernambuco https://t.co/0xCxjXL14P
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Cardeal Parolin sobre viagem ao Iraque: o Papa quer levar uma mensagem para o futuro do país
Vaticano, 04/03/2021 (ACI).- No Iraque o Papa Francisco levará "uma mensagem para o futuro", explicou o cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, na tradicional entrevista ao Vatican News, site oficial de notícias da Santa Sé, antes das viagens papais.
A 33ª viagem internacional do Papa Francisco é também a primeira desde o início da pandemia de COVID 19. O Cardeal Parolin enfatiza que é uma peregrinação que "tem como propósito e significado precisamente o de manifestar a proximidade do Papa com o Iraque e os iraquianos, e enviar uma mensagem importante: que todos devemos colaborar, todos devemos nos unir para reconstruir o país, curar todas essas feridas e iniciar uma nova etapa".
O Cardeal Parolin – que esteve no Iraque há três anos – também aborda o tema da fraternidade que "surge do fato de sermos filhos do mesmo pai” e recorda que o Patriarca Abraão, “nasceu no que território que hoje é o Iraque”.
O objetivo central da viagem, segundo o Secretário de Estado do Vaticano, é que "o Papa quer enviar uma mensagem para o futuro: este é o centro. Há situações e realidades que presenciam certo sofrimento, além de locais onde houve verdadeira perseguição e martírio. A própria Igreja vive uma situação difícil, o diálogo inter-religioso precisa ser promovido".
Portanto, a mensagem será: "não nos permitimos sermos bloqueados por tudo o que aconteceu, por mais negativo que tenha sido – e foi muito negativo – mas vamos olhar para o futuro com esperança e coragem para reconstruir a realidade do Iraque".
Falando sobre o encontro com o Grande Aiatolá al Sistani, o cardeal Parolin enfatiza que a autoridade xiita "sempre se manifestou a favor da convivência pacífica dentro do Iraque, dizendo que todos os grupos étnicos, grupos religiosos, fazem parte do país", e isso "é muito importante", porque vai na direção da construção "dessa fraternidade entre cristãos e muçulmanos, que deve caracterizar o país".
O desafio é reconstruir a unidade, assinalou o purpurado italiano.
"Para se unirem para colaborar - diz o Cardeal Parolin - para construir essa unidade, existe certamente a necessidade de perdão e reconciliação. Temos que superar o passado, olhar para a frente nesta nova e positiva direção”.
“Ao mesmo tempo, há também medidas a serem tomadas, por exemplo, contra o sectarismo, que infelizmente ainda caracteriza uma grande parte das margens da sociedade, contra a corrupção, contra as desigualdades e a discriminação, para que assim, todos possam ter seu lugar e todos sintam que são cidadãos do país, com os mesmos direitos, com os mesmos deveres e com o mesmo compromisso e responsabilidade de ajudar a construí-lo. Parece-me que essas devem ser as principais formas de tentar reconstruir o país", concluiu o Secretário de Estado.
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Papa sobre sua viagem ao Iraque: Não se pode desapontar o povo iraquiano https://t.co/hBpTIzxfFm
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Assim é a terra martirizada que o Papa Francisco encontrará no Iraque
BAGDÁ, 04/03/2021 (ACI).- De 5 a 8 de março, o Papa Francisco fará uma visita apostólica ao Iraque, país de maioria muçulmana onde os católicos representam apenas 1,5% da população e há poucos anos sofreram perseguições por parte do grupo terrorista Estado Islâmico.
Durante sua estadia no país árabe, o Pontífice fará uma visita à capital, Bagdá; à terra natal de Abraão, Ur; às cidades "mártires" de Qaraqosh e Mosul, marcadas pela violência do Estado Islâmico; e à capital do Curdistão iraquiano, Erbil.
Que país encontrará o Santo Padre quando desembarcar na capital Bagdá? Como é a Igreja no Iraque? A Sala de Imprensa do Vaticano divulgou nesta terça-feira, 2 de março, alguns dados que podem ajudar a ter uma imagem sobre a realidade desta nação.
O território iraquiano se estende por 438.317 quilômetros quadrados. Situado no Oriente Médio, faz fronteira com Turquia, Irã, Síria, Jordânia, Kuwait, Arábia Saudita e Golfo Pérsico, sua única saída para o mar. Banhado pelos rios Tigre e Eufrates, o Iraque ocupa a maior parte do território da Mesopotâmia histórica, onde se enraizaram as civilizações mais antigas.
Tem uma população de 38 milhões de 836 mil habitantes, a maioria muçulmanos (sunitas e xiitas). Os cristãos representam uma minoria, articulados nas comunidades caldeias, siríacas, armênias, latinas, melquitas, ortodoxas e protestantes. Os católicos são 590 mil fiéis, segundo dados do Escritório Central de Estatística da Igreja.
Além disso, existe uma minoria yazidi, que é uma religião sincrética monoteísta pré-islâmica com elementos do zoroastrismo, cristianismo e islamismo.
Etnicamente, a maioria dos iraquianos são árabes, mas há uma comunidade curda ao Norte, cujo território goza de autonomia política sob a soberania iraquiana.
A Igreja Católica no Iraque conta com 17 circunscrições eclesiásticas, 122 paróquias e 12 outros centros pastorais de vários tipos.
Os bispos católicos no Iraque são 19. Há 153 sacerdotes (113 diocesanos e 40 religiosos), 20 diáconos permanentes, 8 religiosos não sacerdotes, 365 religiosas e 4 missionários leigos.
Segundo as estatísticas divulgadas pela Sala de Imprensa do Vaticano, no Iraque há 3.856 católicos por sacerdote, 491 católicos por agente pastoral, 1,14 padres por centro pastoral e 14,3 sacerdotes por 100 pessoas envolvidas em atividades de apostolado.
Quanto às vocações sacerdotais, no Iraque há 11 seminaristas menores e 32 seminaristas maiores.
Além disso, a Igreja no Iraque tem 55 colégios de educação infantil e primária (com 5.464 alunos), 4 colégios de ensino fundamental e médio (com 770 alunos) e 9 centros de ensino superior e universitário (com 378 alunos).
Da mesma forma, a Igreja administra 7 hospitais, 6 ambulatórios, 5 casas de repouso para idosos e deficientes, 10 orfanatos e creches, 1 clínica familiar, 1 centro especial de educação e reeducação social e 5 instituições de diferentes naturezas.
Terra mártir
Após sua independência do Império Otomano, o Iraque esteve sob domínio britânico de 1920 a 1932. Primeiro foi um reino e depois uma república. Sua história recente é marcada pela longa ditadura de Saddam Hussein, de 1979 a 2003, ano em que foi derrubado durante a intervenção militar dos Estados Unidos.
A ditadura de Saddam Hussein, apoiada pelo partido nacionalista Baath de identidade sunita, foi caracterizada pelo rompimento da convivência entre muçulmanos sunitas e xiitas, pelas políticas governamentais que marginalizaram esta última comunidade muçulmana, pela violenta repressão da oposição e pela política externa agressiva.
Saddam Hussein envolveu o país em uma longa guerra contra o Irã, entre 1980 e 1988, que matou um milhão de pessoas. Depois, a invasão do Kuwait, em 2 de agosto de 1990, provocou a intervenção de uma coalizão militar internacional, em 26 de fevereiro de 1991, sob mandato da ONU e liderada pelos Estados Unidos, conhecida como a Primeira Guerra do Golfo, que resultou na rápida derrota militar do Iraque e sua retirada do Kuwait.
No entanto, a queda de Saddam Hussein em 2003 lançou o Iraque em uma nova espiral de instabilidade política, onde a violência sectária foi uma constante. A guerra civil na vizinha Síria, iniciada em 2011 e ainda em curso, desestabilizou ainda mais o país, criando o contexto favorável para a ofensiva do Estado Islâmico no verão de 2014, que assumiu o controle da Planície de Nínive, no norte do país, e outras áreas, e proclamou um califado islâmico nos territórios que controlava no Iraque e na Síria.
O Estado Islâmico impôs a lei islâmica no território sob seu controle, expulsou e assassinou opositores, não muçulmanos e aqueles que considerava infiéis. Cometeu crimes contra a humanidade, assassinatos em massa (especialmente contra cristãos, yazidis e xiitas), destruição do patrimônio histórico considerado idólatra (incluindo restos arqueológicos de milhares de anos de antiguidade), destruição de igrejas, sujeitou inúmeras pessoas à escravidão e obrigou os não muçulmanos que não conseguiram escapar a se converter.
Depois de uma longa guerra na qual participaram diversos atores nacionais e internacionais, o governo de Bagdá conseguiu retomar o controle do país em dezembro de 2017.
Embora o Estado Islâmico tenha sido eliminado e a presença política dos fundamentalistas seja agora uma minoria, a estabilidade política do Iraque continua muito frágil e submetida a grandes pressões. A isso se somam as consequências da crise econômica, endêmica no Iraque e agravada pela pandemia do coronavírus, com desemprego superior a 22% e índices de corrupção insustentáveis. O Iraque ainda tem hoje quase dois milhões de refugiados internos.
Uma igreja milenar
Nesse difícil contexto, que papel os cristãos desempenharam na história do Iraque? A presença do Cristianismo nestas terras remonta às origens da Igreja. O Evangelho chegou às margens do Eufrates e do Tigre já no século I, graças à pregação do Apóstolo Santo Tomé.
As comunidades cristãs iraquianas estão marcadas pelas perseguições, discriminação e martírio, o que forçou muitas famílias à emigração e exílio, um fenômeno que se intensificou após a queda de Saddam Hussein e após a ofensiva do Estado Islâmico em 2014.
Antes da intervenção militar internacional em 2003, os cristãos representavam 6% da população, entre 1 e 1,4 milhão de pessoas. Hoje esse número caiu para 400 mil habitantes, de acordo com as estimativas mais generosas oferecidas pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, um número ainda inferior ao oferecido pelo Serviço Central de Estatística da Igreja.
De acordo com dados divulgados pela Sala de Imprensa do Vaticano, no período entre 2003 e 2015, foram assassinados 1.200 cristãos e 62 igrejas foram danificadas ou destruídas.
Após a ocupação da planície de Nínive pelo Estado Islâmico, mais de 100 mil cristãos deixaram suas casas. A planície de Nínive, o berço do cristianismo iraquiano, foi esvaziada de cristãos. Muitos lugares e igrejas cristãos foram destruídos e casas cristãs ocupadas.
Muitos cristãos encontraram refúgio no Curdistão iraquiano. Outros, em campos de refugiados na Jordânia, Síria, Turquia e Líbano.
Depois da derrota do Estado Islâmico, algumas famílias cristãs começaram a voltar para suas casas na planície de Nínive, graças ao apoio da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, que promove inúmeros projetos de reconstrução de casas e igrejas.
De acordo com o documento divulgado pela Sala de Imprensa do Vaticano, em novembro de 2020 quase metade dos cristãos que escaparam do Estado Islâmico havia retornado à planície de Nínive, apesar das dificuldades que ainda persistem.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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04 de Março: A Igreja recorda São Casimiro, o patrono da juventude polonesa e lituana
REDAÇÃO CENTRAL, 04/03/2021 (ACI).- Nascido na Polônia, seu nome significa “aquele que impõe a paz”, o que resultou profético já que ao longo de sua vida Casemiro lutou para pacificar o seu país e levou uma vida exemplar de estudos, virtude e caridade. Ele renunciou ao trono e entregou sua vida a Cristo através de jejuns e penitência. Faleceu aos 23 anos e foi proclamado padroeiro da juventude da Polônia e também da Lituânia.
Casimiro era filho do rei da Polônia, nasceu com o título de grão-duque da Lituânia, sua terra natal, em 1458. De família real e Católica, Casimiro podia se envolver em perigos políticos por isso renunciou ao direito ao trono, acolheu a voz do Papa sobre a situação; livremente optou pelo celibato e com a ajuda da mãe e rainha começou a receber forte educação espiritual do cônego de Cracóvia.
São Casimiro com dezessete anos e debilitado pelo excesso de mortificações e penitência começou a ajudar o pai no governo da Lituânia, usando sempre da força da oração, prudência e tudo permeado pelo seu amor profundo ao Santíssimo Sacramento e a Nossa Senhora.
Admirado e amado pelo povo contraiu uma tuberculose que o vitimou quando tinha apenas 23 anos.
Conta-se que mais de 100 anos depois de sua morte seu corpo foi encontrado incorrupto e sua festa é celebrada no calendário litúrgico no 4 de março, dia em que faleceu.
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Papa Francisco em videomensagem ao Iraque: vou como peregrino da paz e da esperança
Vaticano, 04/03/2021 (ACI).- O Papa Francisco enviou uma mensagem de vídeo ao povo do Iraque por ocasião de sua próxima viagem apostólica entre os dias 5 e 8 de março, na qual indicou que está indo como peregrino da paz e da esperança e agradeceu aos cristãos pelo testemunho desta "Igreja mártir".
Depois de proferir a tradicional saudação em árabe "as-salāmu ʿalaykum" que significa “a paz esteja convosco”, o Santo Padre observou aos iraquianos que ele deseja "encontrá-los, ver seus rostos, visitar sua terra, um berço antigo e extraordinário da civilização".
"Eu vou como peregrino, como peregrino penitente para implorar ao Senhor por perdão e reconciliação após anos de guerra e terrorismo, para pedir a Deus o conforto dos corações e a cura das feridas", disse o Pontífice.
Além disso, o Papa enfatizou que ele vai "como um peregrino da paz, para repetir: Todos são irmãos" e acrescentou que ele vai até como um "peregrino da paz em busca de fraternidade, encorajado pelo desejo de orar juntos e caminhar juntos, também com irmãos e irmãs de outras tradições religiosas, no sinal do Padre Abraão, que une em uma família os muçulmanos, judeus e cristãos."
"Queridos irmãos e irmãs cristãos, que testemunharam a fé em Jesus no meio de provas muito duras, espero vê-los. Estou honrado em conhecer uma Igreja mártir: obrigado por seu testemunho!", disse o Papa.
Nesta linha, o Santo Padre pediu que os muitos mártires que conheceram "nos ajudem a perseverar no humilde poder do amor" e acrescentou que "eles ainda têm em seus olhos as imagens de casas destruídas e igrejas profanadas, e em seus corações as feridas dos afetos que deixaram para trás e das casas abandonadas".
"Eu gostaria de trazer a vocês a carícia afetuosa de toda a Igreja, que está perto de vocês e do Martirizado Oriente Médio e os encoraja a seguir em frente", enfatizou o Pontífice.
Ao final, Papa encoraja a não desistir "diante da propagação do mal: as antigas fontes de sabedoria de suas terras nos direcionam para outro lugar, para fazer como Abraão que, deixando tudo, nunca perdeu a esperança e confiando em Deus, deu vida a uma semente tão numerosa quanto as estrelas do céu" e convidou a olhar para as estrelas porque "nelas está nossa promessa".
"Queridos irmãos e irmãs, pensei muito em vocês nestes anos, vocês que sofreram tanto mas não se deixaram abater", acrescentou.
Nesse sentido, o Santo Padre enfatizou que agora vai até "vossa terra abençoada e ferida como peregrino da esperança" e lembrou que "em Nínive, a profecia de Jonas ressoou, o que impediu a sua destruição e trouxe uma nova esperança, a esperança de Deus. Deixemo-nos contagiar por essa esperança, que nos encoraja a reconstruir e recomeçar."
"Nestes tempos difíceis de pandemia, ajudemo-nos uns aos outros a fortalecer a fraternidade, a construir juntos um futuro de paz", o Papa invocou a paz e bênção do Altíssimo e pediu a todos que o acompanhassem com oração em sua peregrinação.
Esta viagem internacional será a 33ª. do pontificado de Francisco, que faz história ao tornar-se o primeiro Papa a visitar o Iraque.
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Igreja na Itália espera que celebrações da Páscoa sejam com os fiéis
Roma, 04/03/2021 (ACI).- O presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Cardeal Gualtiero Bassetti, destacou que a Igreja espera que as celebrações da Páscoa deste ano possam contar com a participação dos fiéis.
Assim afirmou em uma entrevista ao jornal Il Messaggero, em 2 de março.
Referindo-se ao acordo estabelecido durante o anterior Governo presidido por Giuseppe Conte, que descreve as normas para o culto, o Purpurado destacou que “de acordo com o regulamento estabelecido, as celebrações poderão ser com a participação do público e não on-line como no ano passado”.
Além disso, o Cardeal Bassetti destacou a importância do papel da Igreja na sociedade italiana, apesar da secularização e da diminuição da participação na Missa dominical.
“Apesar de todos os discursos sobre a secularização, a Igreja continua presente na sociedade e, acima de tudo, é claramente visível. Está presente nos povoados e cidades, nas periferias e centros históricos, nas escolas e no mundo do trabalho. Mas, acima de tudo, a Igreja está presente na alma de muitas mulheres e homens deste esplêndido país. E essa presença, principalmente em tempos de crise, é sentida”, afirmou.
No entanto, o Cardeal reconheceu que esta percepção em vários casos não se converte em "um testemunho de fé, mas é apenas um sentimento do coração", razão pela qual continua presente “a preocupação pastoral por muitos que já não participam na Eucaristia dominical”.
Sobre a crise social e econômica provocada pela Covid-19, o presidente do Episcopado Italiano afirmou que “em todos os momentos de crise, a Igreja sempre esteve presente e ainda hoje não se detém”, acrescentando que as duas colunas que animam o seu trabalho são “a caridade e a responsabilidade”.
“Qualquer um que esteja sofrendo e desamparado pode encontrar um refúgio seguro na Igreja; ao mesmo tempo, no entanto, deve ser responsável de suas ações, olhando, sobretudo, o futuro. Salvemos o futuro de nossos jovens!”, pediu o Purpurado.
Por último, o Cardeal Bassetti destacou que “é necessária uma campanha de vacinação que não seja apenas bem feita, mas também justa: primeiro vêm os mais frágeis, os mais necessitados, sem atalhos nem vias preferenciais para ninguém”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Bispo a Biden: Não pode “se gabar” de devoção à Virgem de Guadalupe e promover o aborto
WASHINGTON DC, 04/03/2021 (ACI).- Dom Richard Frank "Rick" Stika, Bispo de Knoxville (Estados Unidos), criticou o presidente norte-americano, Joe Biden, por recentemente "se gabar" sobre sua devoção à Virgem de Guadalupe e mostrar um terço na mão, ao mesmo tempo em que apoia e promove o aborto.
Pelo Twitter, Dom Stika lamentou que "o presidente goste de mostrar o seu terço e promover a sua devoção a Nossa Senhora de Guadalupe enquanto esquece outro dos títulos dela: ‘Nossa Senhora da Vida’”.
“Ele gosta de se gabar de sua formação católica quando é conveniente. Muito desonesto!”, expressou.
So sad that the President like to pull out his rosary and touts his devotion of Our Lady of Guadeloupe as he forgets another title for her: "Our Lady of Life? He likes to brag on his Catholic background when convenient. So very dishonest!
— Bishop Rick Stika (@BishopStika) March 3, 2021
Em uma reunião virtual realizada em 1º de março com o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador, Biden recordou uma visita que realizou à Basílica de Nossa Senhora de Guadalupe, na Cidade do México, em 5 de março de 2012, e o terço que um de seus filhos adquiriu lá.
“Durante minhas visitas, pude conhecer um pouco sobre o México e seu povo, e visitei a Virgem de Guadalupe”, disse.
“Na verdade, ainda tenho o terço que meu filho levava quando faleceu", disse ele, referindo-se a Joseph "Beau" Biden, seu filho falecido em 2015 aos 49 anos devido a um tumor cerebral.
O terço mencionado por Biden foi uma lembrança da Basílica de Guadalupe comprada por Hunter, o filho mais velho do presidente, para seu irmão Beau.
Apesar das contínuas referências à sua fé católica, Biden tem expressado repetidamente apoio institucional por parte de sua administração à agenda do aborto e à ideologia de gênero.
Através do Twitter, Dom Stika continuou: “Então, como podemos julgar o outro pelo seu compromisso com a Igreja Católica? Não julgamos suas palavras, mas suas ações”.
“O Sr. Biden promove o aborto sem restrições e o que faz hoje? Biden menciona Nossa Senhora de Guadalupe, mostra um terço em reunião com o presidente mexicano”, disse.
A Virgem de Guadalupe, padroeira e imperatriz das Américas, também é reconhecida como a padroeira dos nascituros.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Em reunião virtual com presidente mexicano Joe Biden recordou visita ao Santuário de Guadalupe https://t.co/LvFuQLqw57
— ACI Digital (@acidigital) March 2, 2021
Morreu Dom Sérgio Castriani, Arcebispo emérito de Manaus
MANAUS, 04/03/2021 (ACI).- O Arcebispo emérito de Manaus (AM), Dom Sérgio Eduardo Castriani, morreu aos 66 anos na noite de quarta-feira, 3 de março, no hospital Samel, onde estava internado por causa de uma infecção urinária.
Dom Castriani deu entrada no hospital no dia 26 de fevereiro e foi detectada uma infecção urinária. Na mesma noite, sofreu um infarto e o quadro se agravou, sendo necessário transferi-lo para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), onde permaneceu sedado e entubado.
No domingo, 28, devido à paralisação da função renal, precisou fazer hemodiálise. O quadro, porém, se agravou e Dom Castriani faleceu no dia 3 de março, às 19h.
Nesta quarta-feira, a partir das 10h, acontecerá o velório de Dom Sérgio Castriani, em frente à Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Conceição, em Manaus. A Arquidiocese informa que será tomado todo cuidado para evitar aglomeração.
Às 17h será celebrada a Missa de corpo presente na Catedral, com restrição de presença de fiéis. Entretanto, a celebração poderá ser acompanhada através da transmissão pela TV Encontro das Águas, pela Rádio Rio Mar e a Radio Castanho.
O sepultamento do Arcebispo emérito acontecerá também na Catedral Metropolitana.
Em nota de pesar, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) expressou sua solidariedade ao Arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, aos fiéis, amigos e familiares de Dom Castriani.
“Dom Sérgio marcou sua vida com boas experiências missionárias, assumindo diversos trabalhos no Centro-Sul do Brasil. Esforçou-se muito na organização e animação de diversas pastorais e movimentos”, recordou a presidência da CNBB, ao expressar também o agradecimento ao Arcebispo emérito por “seus serviços prestados à arquidiocese de Manaus, e sobretudo, à CNBB como delegado na Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho, em Aparecida”.
“Firmes na fé, roguemos a Deus pela alma desse nosso irmão, na esperança da ressurreição”.
Biografia
Dom Sérgio Castriani nasceu em Regente Feijó (SP), em 31 de maio de 1954. Formou-se na Congregação do Espírito Santo, tendo proferido seus primeiros votos religiosos em 2 de fevereiro de 1975. Foi ordenado sacerdote em 9 de dezembro de 1978, em São Paulo.
Como padre, seu primeiro trabalho foi realizado na cidade de Feijó (AC), em 1979, na Diocese de Cruzeiro do Sul. Depois foi diretor da casa de formação dos estudantes de Filosofia de sua congregação religiosa em São Paulo, na Vila Mangalot.
Também foi ecônomo da casa provincial em São Paulo e conselheiro geral de sua congregação, por 6 anos, época em que viveu em Roma, na Casa Generalícia.
Em 1998, o Papa João Paulo II o nomeou Bispo coadjutor para a Prelazia de Tefé (AM), da qual tornou-se Bispo titular no ano 2000.
Foi delegado pela CNBB na Quinta Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho, em Aparecida, em maio de 2007.
Também na Conferência dos Bispos, foi por oito anos Presidente da Comissão Episcopal para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial; coordenou a Comissão “Comunidades de Comunidade: Uma nova Paróquia, a Conversão pastoral da Paróquia”.
Em 12 de dezembro de 2012, foi nomeado pelo Papa Bento XVI como Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de Manaus e empossado no dia 23 de fevereiro de 2013. Quatro meses depois, em 29 de junho, recebeu o pálio das mãos do Papa Francisco, na Basílica de São Pedro.
Por causa das limitações físicas impostas pelo Mal de Parkinson, teve seu pedido de renúncia aceito pelo Papa Francisco no dia 27 de novembro de 2019, tornando-se, assim, Arcebispo emérito de Manaus.
Confira também:
Covid-19 já atingiu 1.455 padres diocesanos no Brasil https://t.co/FtJCahF9TC
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Cardeal brasileiro Sérgio da Rocha nomeado para a Congregação para os bispos no Vaticano
Vaticano, 04/03/2021 (ACI).- Nesta quinta-feira, 04, a Santa Sé anunciou que o Para Francisco nomeou dois novos membros para a Congregação para os bispos. São eles os cardeais William J. Tobin (nascido nos Estados Unidos) e Dom Sergio da Rocha, Arcebispo de Salvador (BA) e Primaz do Brasil.
O Cardeal Tobin, foi Superior Geral da Congregação do Santíssimo Redentor durante doze anos e Secretário da Congregação para Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica no Vaticano. Atualmente é Arcebispo de Newark, nos EUA.
Dom Sergio, que já era membro da Congregação para o Clero, assume agora uma nova responsabilidade junto à Santa Sé, como membro da Congregação para os bispos. Este dicastério é comandado pelo Cardeal canadense Marc Ouellet, de 76 anos, que já apresentou sua renúncia por motivo de idade conforme o Código de Direito, mas teve seu mandato estendido.
Dom Sérgio é brasileiro, nascido em Dobrada, no interior de São Paulo, e tem 62 anos de idade. Foi ordenado padre na Diocese de São Carlos (SP) em 1984 e posteriormente nomeado bispo auxiliar da Arquidiocese de Fortaleza (CE) em 13 de junho de 2001 por São João Paulo II. Em 2007 Bento XVI o transferiu a Teresina (PI) como coadjutor, assumindo o cargo de Arcebispo Metropolitano um ano depois.
Bento XVI o nomeou Arcebispo Metropolitano de Brasília em 2011 e foi criado cardeal pelo Papa Francisco no Consistório de 19 de novembro de 2016, recebendo o título da Basílica de Santa Cruz na Via Flaminia, em Roma. O cardeal foi presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de 2015 a 2019 e relator geral da XV Assembleia dos Bispos em 2018, ano em que o Sínodo tratou do tema da juventude.
Além de membro das Congregações para o Clero e para os Bispos, Dom Sergio faz parte do Conselho da Secretaria Geral do Sínodo dos Bispos e da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL). Desde março de 2020 é Arcebispo de Salvador na Bahia e Primaz do Brasil.
Confira:
Quem pode substituir o Cardeal Robert Sarah? https://t.co/kkhSq4AkaZ
— ACI Digital (@acidigital) March 1, 2021
Santiago do Chile amanhece com fotos do drama do aborto
SANTIAGO, 04/03/2021 (ACI).- No dia 3 de março, as ruas do centro de Santiago (Chile) amanheceram com cartazes que mostram a realidade crua do aborto.
Os cartazes colocados no entorno do Palácio da Justiça e do prédio do antigo Congresso Nacional, mostravam imagens de fetos de 12 e 14 semanas de gestação que foram abortados acompanhados da hashtag #EstoEsUnAborto (em português, #IssoÉUmAborto).
ADVERTÊNCIA: As imagens a seguir podem ferir a sensibilidade do leitor.
Os cartazes continham frases que denunciam o eufemismo de "interrupção voluntária da gravidez", utilizado pelas organizações abortistas para promover a legalização dessa prática.
Mis felicitaciones a los valientes que hicieron esta notable campaña. Así amaneció el centro de Santiago. #EstoEsUnAborto @PublimetroChile @latercera @aciprensa @Emol @CNNChile @chilevision pic.twitter.com/kGuBk7Vn1z
— constanza saavedra ن (@ConiscSaavedra) March 3, 2021
A campanha anônima coincidiu com o dia em que a Comissão de Mulher, Equidade e Gênero da Câmara dos Deputados do Chile retomou o debate do projeto para modificar o Código Penal e ampliar o acesso ao aborto até a 14ª semana de gravidez, sem estabelecer qualquer causa.
No Chile, desde setembro de 2017, existe uma lei de aborto sob a justificativa de inviabilidade fetal, risco de vida da mãe e por estupro até a 12ª semana de gestação. Neste último caso, quando se trata de uma menina com menos de 14 anos, o prazo é estendido para 14 semanas de gestação.
Ao iniciar o debate em janeiro de 2021, Maite Orsini, presidente da comissão de Mulher, Equidade e Gênero e integrante do partido da Revolução Democrática, pediu “cuidado com a linguagem e evitar chamar o feto ou zigoto de criança ou bebês".
“´Há muitas pessoas olhando e alguém poderia pensar que aqui estamos legislando para matar crianças e bebês e não é o caso”.
Organizações como ‘Mulheres Reivindica’ e ‘Frente de Defesa pela Vida’ qualificaram as declarações como uma “forte tentativa de censura” que afetará a discussão.
Constanza Saavedra, porta-voz do Coletivo pelas Duas Vidas, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que “essa é a realidade do aborto, o que não se vê, o que não se diz”.
As organizações reunidas no Coletivo pelas Duas Vidas esperam que haja honestidade e transparência por parte dos políticos que discutem o tema.
“Quando começou a discussão sobre o aborto em três causas, a (então) presidente Michelle Bachelet começou a dizer que o aborto era chegar tarde e uma falha como sociedade. Mas, tentou-se fazer acreditar que em três situações bem concretas e pontuais o aborto seria despenalizado”.
“Hoje vemos que isso está muito longe da realidade porque não foi apenas despenalizado, mas também legalizado. Hoje o aborto em três causas é exigível a tal ponto que um médico ou uma instituição que se recuse a fazê-lo podem ser perseguidos judicialmente”.
Além disso, “pretende-se ampliar o aborto livre. Lembremos que estamos falando de mulheres saudáveis, com filhos saudáveis e com relações sexuais consentidas e que desejam passar o aborto livre como um direito reprodutivo”.
Saavedra garantiu que para "realmente evitar o aborto" é urgente uma discussão sobre políticas educacionais para evitar a gravidez e "políticas públicas que apoiem a maternidade e os filhos pequenos", desta forma se ajudará "as mulheres que por algum motivo têm alguma dificuldade em enfrentar a gravidez que já é uma realidade”.
“O aborto abandona a criança, ao eliminar a sua vida, e abandona a mulher ao não lhe oferecer nenhuma solução concreta que a ajude a sair da situação na qual se encontrava antes da gravidez”, afirmou Saavedra.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Oferecem suicídio assistido a pacientes que não querem morrer no Canadá https://t.co/VIf0QtSeQl
— ACI Digital (@acidigital) March 2, 2021
Secretaria de Culto na Argentina repudia profanação de catedral
Buenos Aires, 04/03/2021 (ACI).- A Secretaria de Culto da Nação da Argentina expressou seu repúdio à profanação e aos ataques contra a Catedral de Nossa Senhora da Paz, da Diocese de Lomas de Zamora.
Na madrugada da terça-feira, 2 de março, o Sacrário com o Santíssimo Sacramento foi profanado e as hóstias consagradas foram jogadas pelo local.
Além disso, roubaram as coroas da imagem da Virgem da Paz e do Menino Jesus, que estão no centro do altar; jogaram ao chão uma imagem do Senhor dos Milagres de Salta e destruíram a cruz do cinerário paroquial que fica ao lado do templo.
“A Secretaria de Culto da Nação repudia a profanação e o vandalismo que ocorreram na catedral”, expressou a mensagem nas redes sociais assinada pelo titular, Guillermo Oliveri.
“Da mesma forma, manifesta a sua solidariedade aos fiéis da catedral e a toda a comunidade diocesana cujos sentimentos religiosos foram feridos, bem como ao bispo diocesano Dom Jorge Lugones SJ e seu auxiliar Dom Ignacio Medina”, finalizou.
A Delegação de Associações Israelitas Argentinas (DAIA) também condenou a profanação do Sacrário, o roubo das coroas e a destruição da cruz.
Enquanto a polícia investiga o ocorrido, Dom Jorge Lugones convocou os fiéis da diocese para participar nesta sexta-feira, 5 de março, em uma Missa de desagravo às 19h e em uma Adoração ao Santíssimo como forma de reparação pelo ataque.
Devido às medidas sanitárias para evitar infecções por coronavírus, os interessados em participar pessoalmente devem se inscrever com antecedência. Também é possível acompanhar a transmissão on-line AQUI.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Catedral é profanada na Argentina e coroas de Maria e do Menino Jesus são roubadas https://t.co/uvAhsfzqUR
— ACI Digital (@acidigital) March 2, 2021
Papa Francisco se dirige à basílica de Santa Maria Maior para rezar por sua viagem ao Iraque
Vaticano, 04/03/2021 (ACI).- A Santa Sé informou que o Papa Francisco dirigiu-se nesta quinta-feira, 04, à Basílica de Santa Maria Maior para rezar durante uns momentos diante do ícone de Santa Maria Salus Populi Romani (a Protetora do Povo Romano), como de costume antes de iniciar e após concluir suas viagens internacionais.
This afternoon, on the eve of his departure for #Iraq, #PopeFrancis went to the Basilica of St Mary Major for a moment of prayer before the icon of the Virgin Salus Populi Romani, entrusting his coming apostolic journey to her protection. pic.twitter.com/O9H6atO4Le
— Holy See Press Office (@HolySeePress) March 4, 2021
“Esta tarde, na véspera de sua partida para o Iraque, o Papa Francisco foi até a Basílica de Santa Maria Maior para um momento de oração diante do ícone da Virgem Salus Populi Romani, confiando sua próxima viagem apostólica à sua proteção”, informa a Sala de Imprensa da Santa Sé através de sua conta oficial no twitter.
Dentro de poucas horas Francisco se tornará o primeiro Papa a viajar ao Iraque e quis entregar as intenções desta importante jornada à Virgem Maria, invocada na Basílica como “Saúde do Povo Romano”, a quem levou um ramo de flores.
Na quinta-feira, o Vaticano também divulgou uma mensagem em vídeo do Papa para o Iraque, na qual ele disse que vija como um peregrino penitente, da paz e da esperança e agradeceu o testemunho cristão desta "Igreja mártir".
O Papa Francisco observou aos iraquianos que deseja "encontrá-los, ver seus rostos, visitar sua terra, um berço antigo e extraordinário da civilização".
"Eu vou como peregrino, como peregrino penitente para implorar ao Senhor por perdão e reconciliação após anos de guerra e terrorismo, para pedir a Deus o conforto dos corações e a cura das feridas", disse o Pontífice.
Confira:
Papa Francisco em videomensagem ao Iraque: vou como peregrino da paz e da esperança https://t.co/jCYso1HZSB
— ACI Digital (@acidigital) March 4, 2021
Deputados democratas pedem a Biden fim de restrição de dinheiro público para aborto
WASHINGTON DC, 04/03/2021 (ACI).- Congressistas democratas pediram ao presidente Biden nesta semana para retirar proteções orçamentárias contra aborto do Orçamento Federal de 2022.
Líderes da bancada pró-aborto do Congresso americano, da bancada de Mulheres Democrratas e outros membros da Câmara dos Deputados e do Senado enviaram carta ao presidente John Biden na terça-feira pedindo que ele eliminasse as emendas Hyde, Weldon e Helms, que restringem o uso de dinheiro público para abortos eletivos.
As emendas Hyde e Helm proíbem o uso dos pagadores de imposto americanos para abortos eletivos nos EUA e no exterior respectivamente. A emenda Weldon restringe o financiamento de Estados que discriminem contra instituições de assistência médica que se opõem ao aborto.
Essas emendas vêm sendo aplicadas há anos. As emendas Hyde e Helms desde os anos 1970. O Instituto Charlotte Lozier, pró-vida, calcula que a Emenda Hyde salvou a vida de mais de 2,4 milhões de pessoas desde que começou a ser adotada em 1976.
Nos últimos anos, um número crescente de Democratas tem feito pressão para que a emenda Hyde seja derrubada, incluindo o presidente Biden, que antes a apoiava.
O deputado Jim Banks (Republicano de Indiana) liderou um grupo de parlamentares que enviou uma carta a Biden pedindo a manutenção das emendas. Banks disse à CNA na quarta-feira que a emenda Hyde “é apoiada por uma avassaladora maioria de eleitores, foi apoiada pelo Presidente Biden tão recentemente quanto 2019 e passa todo ano apoiada pelos dois partidos sem controvérsia há décadas.”
“O Partido Democrata atual adotou completamente um radicalismo contra a vida, mas o Comitê de Estudo Republicano (maior bancada conservadora do Congresso americano) está igualmente decidido a garantir que emenda Hyde continue salvando vidas não-nascidas”, disse Banks.
Deputados pró-aborto disseram em sua carta a Biden que a pandemia em curso “mostrou mais uma vez o persistente racismo estrutural e as desigualdades de nosso sistema de saúde, com comunidades de cor, especialmente as comunidades negras, latinx e das ilhas do Pacífico e povos indígenas enfrentando altas taxas de infecção e morte pela Covid-19.”
“Estamos preparados para trabalhar com a administração Biden para desfazer políticas prejudiciais de acesso ao aborto que só foram exacerbadas pela pandemia de Covid-19.”
A emenda Hyde barra subsídios para “pessoas matriculadas nos planos Medicaid e Medicare, servidores federais e seus dependentes, voluntários dos Corpos de Paz, indígenas, mulheres em prisões federais e centros de detenção de imigrantes e moradores do Distrito de Columbia (onde fica Washington, a capital federal dos EUA)”, alegam.
“Estamos comprometidos a assegurar que todas as pessoas possam ter acesso a cuidados de saúde reprodutiva não importa o quanto ganhem, onde nasceram ou vivam, sua idade, sua situação como imigrante, sua raça ou seu sexo incluindo orientação sexual e identidade de gênero”, escreveram.
Publicado originalmente em CNA.
Confira também:
Bispo a Biden: Não pode “se gabar” de devoção à Virgem de Guadalupe e promover o aborto https://t.co/rWOU4NbId5
— ACI Digital (@acidigital) March 4, 2021
Papa Francisco exorta a escolher São José como guia nos momentos de dificuldade
Vaticano, 04/03/2021 (ACI).- O Papa Francisco exortou a escolher São José como intercessor, amparo e guia nos momentos de dificuldade.
Assim disse o Santo Padre durante a Audiência Geral de quarta-feira, 3 de março, quando saudou os fiéis de língua portuguesa.
“A todos vos saúdo e animo a venerar São José, o homem da presença quotidiana discreta e escondida, tomando-O como intercessor, amparo e guia nos momentos de dificuldade, vossos e dos vossos familiares, para que nunca se acabe o óleo da fé e da alegria, que brota da vida em comunhão com Deus!”, afirmou o Papa.
No dia 8 de dezembro, o Papa Francisco convocou o Ano de São José para comemorar os 150 anos do Decreto Quemadmodum Deus, com o qual o beato Pio IX declarou São José Padroeiro da Igreja universal.
Durante o Ano de São José, que termina em 8 de dezembro de 2021, será possível lucrar a indulgência plenária de diversas maneiras.
O Santo Padre indicou que convocou este ano para “que todos os fiéis com o seu exemplo (de São José) possam fortalecer diariamente a sua vida de fé em plena realização da vontade de Deus”.
“Todos podem encontrar em São José – o homem que passa despercebido, o homem da presença quotidiana discreta e escondida – um intercessor, um amparo e uma guia nos momentos de dificuldade”, escreveu o Papa na carta apostólica Patris corde.
Confira também:
Papa convoca um Ano de São José: Assim será possível lucrar a indulgência plenária https://t.co/eacFfefmy8
— ACI Digital (@acidigital) December 8, 2020
Cristãos são considerados “a flor do Iraque”, afirma Arcebispo
Roma, 04/03/2021 (ACI).- O arcebispo caldeu de Erbil (Iraque) Dom Bashar Warda, falou recentemente sobre as expectativas dos cristãos no Iraque sobre a próxima visita do Papa Francisco que tem início nesta sexta-feira, 05, e afirmou que, devido aos sofrimentos e perseguições, os cristãos são com frequência considerados as flores do Iraque.
"Às vezes as pessoas dizem que somos as flores do Iraque; Vocês são os melhores! Dizem em palavras gentis... É compreensível, já que os cristãos aqui enfrentaram muitos desafios", afirmou Dom Warda.
Na véspera da viagem do Papa em uma entrevista ao canal EWTN, o prelado partilhou também suas esperanças para a visita: "Minhas esperanças e orações de uma visita bem-sucedida é que o Iraque será visto desde todo o mundo como uma terra de pessoas de boa fé, pessoas que amam a paz e pessoas que apresentaram para o mundo inteiro um grande pai Abraão”.
“Espero que essa visita possa deixar boas memórias e cenas onde todos começarão a pensar: por que devemos seguir o caminho da violência se existe outra estrada? E ela está aberta!”, comentou.
“O Iraque é rico e com essa diversidade temos culturas, línguas, costumes. E essa riqueza deve ser uma responsabilidade para oferecermos ao mundo como fizemos durante séculos", pontou ainda o prelado iraquiano.
Por sua parte, a Sra. Regina Lynch, Diretora de Projetos Internacionais da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre, quem viajará com o séquito do Papa Francisco ao Iraque, afirmou à EWTN: "Acho que aquilo ao qual a viagem deve apontar, e que aparentemente já o alcanou, é, antes de tudo, uma maior consciência sobre o cristianismo no Iraque”, afirmou.
“O que estamos ouvindo é que há mais presença na mídia. Há mais consciência sobre o cristianismo; as pessoas agora estão falando sobre quem são os cristãos. Que há um certo mal-entendido talvez por parte do povo iraquiano de que o cristianismo é algo que vem do Ocidente, quando na verdade os cristãos estão lá desde o primeiro século”, comentou.
“Então eu acho que é a conscientização e espero, especialmente para os cristãos, que eles não sejam apenas considerados uma minoria. Os cristãos se consideram iraquianos e meu verdadeiro desejo é que isso finalmente seja reconhecido por todos, que os cristãos sejam tão cidadãos do Iraque como o resto da população", concluiu Lynch.
Confira:
Assim é a terra martirizada que o Papa Francisco encontrará no Iraque https://t.co/lpOK92BwN5
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