O que deve saber sobre todos os lugares que o Papa visitará no Iraque
BAGDÁ, 26/02/2021 (ACI).- Em uma semana, o Papa Francisco deve fazer história ao se tornar o primeiro Papa a viajar ao Iraque. Sua visita de 5 a 8 de março o levará de escavações de sítios bíblicos históricos, que datam de milhares de anos, a igrejas onde os católicos sofreram terríveis ataques terroristas alguns anos atrás.
Com reuniões planejadas com líderes políticos iraquianos e clérigos muçulmanos proeminentes, o Papa percorrerá 1.450 quilômetros pelo Iraque em pouco mais de três dias.
A seguir, os lugares que o Papa Francisco pretende visitar no Iraque:
Sexta-feira, 5 de março: Bagdá
Discurso no Palácio Presidencial
Ao chegar ao Aeroporto Internacional de Bagdá, o Papa tem previsto se encontrar com o primeiro-ministro do Iraque, Mustafa Al-Kadhimi, no próprio aeroporto antes de visitar o presidente iraquiano, Barham Salih, no palácio presidencial, onde o Papa fará um discurso às autoridades civis.
As reuniões do Papa com as autoridades iraquianas ocorrem em um momento em que o país enfrenta graves desafios políticos, socioeconômicos e de segurança, incluindo um movimento de protesto pedindo o fim da corrupção governamental, altos níveis de desemprego e divisões sectárias dentro do sistema político estabelecido, após a invasão do Iraque em 2003, liderada pelos EUA.
Catedral de Nossa Senhora da Salvação
A Catedral Católica Siríaca de Nossa Senhora da Salvação, também conhecida como Sayidat al-Nejat, foi alvo de um ataque suicida cometido pelo Estado Islâmico (ISIS) em 2010 durante uma Missa dominical na qual mais de 50 pessoas morreram.
Os terroristas mataram dois sacerdotes e fizeram mais de 100 reféns antes que as forças de segurança iraquianas invadissem a igreja com o apoio das forças norte-americanas. O processo de beatificação dos 48 católicos que morreram dentro da Igreja avançou da fase diocesana para o Vaticano em outubro de 2019.
A catedral também foi uma das seis igrejas bombardeadas em agosto de 2004, quando cinco carros-bomba em Bagdá e um em Mosul explodiram fora dos templos, matando 12 pessoas e ferindo mais de 70.
O Papa Francisco visitará a catedral e fará um discurso aos bispos locais, sacerdotes, religiosos e outros católicos iraquianos.
Em uma parede do lado de fora da catedral, um mural do Papa foi pintado com bandeiras do Vaticano e do Iraque, de acordo com fotos publicadas nas redes sociais.
Sábado, 6 de março: Najaf e a planície de Ur
Reunião com clérigo xiita em Najaf
Em seu segundo dia no Iraque, o Papa Francisco viajará em Iraqi Airways para Najaf para se encontrar com Ali al-Sistani, um líder influente dos muçulmanos xiitas no Iraque.
Najaf é considerado um dos locais de peregrinação mais sagrados do islamismo xiita, perdendo apenas para Meca e Medina. É o local do sepultamento do Imã Ali ibn Abi Talib, genro de Maomé e o primeiro Imã xiita. A questão do direito de Ali ao califado resultou no grande cisma com os muçulmanos sunitas.
Não muito longe de Najaf está o túmulo do profeta Ezequiel, em Al Kifl, onde a histórica sinagoga judaica agora se encontra dentro de uma mesquita xiita.
Encontro inter-religioso na planície de Ur
O Papa Francisco depois viajará para a Planície de Ur, no sul do Iraque, e que a Bíblia registra como o local de nascimento de Abraão. O sítio arqueológico de Ur, escavado no século XX, inclui um zigurate mesopotâmico e um antigo complexo de casas.
O Pontífice planeja fazer um discurso em um encontro inter-religioso em Ur devido à importância de Abraão para as três principais religiões monoteístas. No judaísmo, Abraão é reverenciado como o primeiro patriarca do povo judeu. Os muçulmanos acreditam que Maomé é um descendente do filho de Abraão, Ismael.
Catedral Caldéia de São José em Bagdá
O Papa Francisco terminará o dia com uma Missa na Catedral Católica Caldéia de São José, em seu retorno a Bagdá. A catedral, chamada Mar Yousef, foi construída na década de 1950. Foi recentemente restaurada pelo Patriarca Caldeu Louis Raphael Sako.
Os caldeus são uma das várias comunidades católicas orientais que estão no Iraque. Sua história remonta aos primeiros cristãos por meio de sua conexão com a Igreja Oriental. Os caldeus representavam dois terços dos cristãos iraquianos antes que a população diminuísse pela violência do Estado Islâmico. Outras comunidades de rito oriental no Iraque incluem católicos siríacos, católicos armênios e católicos gregos melquitas.
Domingo, 7 de março: Mosul e as planícies de Nínive
Memorial em Mosul
O Papa Francisco passará seu último dia completo no Iraque no norte do país, nas planícies do norte de Nínive, onde o Estado Islâmico realizou uma campanha genocida contra cristãos, yazidis e outros grupos minoritários depois de tomar Mosul em junho de 2014.
O Papa será recebido no aeroporto de Erbil pelas autoridades religiosas e civis do Curdistão iraquiano antes de viajar de helicóptero a Mosul, onde rezará pelas vítimas da guerra na praça Hosh al-Bieaa.
Catedral da Imaculada Conceição em Bakhdida
Em seguida, o Santo Padre viajará em helicóptero para visitar a comunidade cristã local em Bakhdida, também conhecida como Qaraqosh, na Catedral Católica Siríaca da Imaculada Conceição, onde rezará o Angelus.
A catedral, também conhecida como Catedral de Al-Tahira, foi profanada e seu interior carbonizado depois que o Estado Islâmico a incendiou após assumir o controle da cidade em 2014. A restauração do templo foi recentemente concluída pela fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre. Uma nova estátua mariana esculpida por um artista cristão local foi colocada no topo da torre do sino em janeiro.
Missa no Estádio de Erbil
Em sua última noite no Iraque, o Papa Francisco oferecerá uma Missa no Estádio Internacional Franso Hariri, em Erbil, em 7 de março. Espera-se que seja o maior encontro de católicos iraquianos com o Pontífice durante sua viagem.
As autoridades locais no Curdistão disseram que 4.500 pessoas se inscreveram para a Eucaristia. Um cartão de identificação especial emitido pela Universidade Católica de Erbil será necessário para entrar no estádio.
Segunda-feira, 8 de março: viagem de volta de Bagdá a Roma
Após a cerimônia de despedida no Aeroporto Internacional de Bagdá, o Papa Francisco voltará a Roma em Alitalia na manhã de segunda-feira, viajando cerca de 2.900 quilômetros em pouco mais de cinco horas. O Santo Padre responderá a perguntas de jornalistas durante uma coletiva de imprensa em seu voo de regresso.
O Arcebispo católico caldeu Bashar Warda disse à CNA – agência em inglês do grupo ACI- que a próxima visita do Papa Francisco à região pode representar uma mudança para a reduzida população cristã do país.
“Tem o potencial de mudar a trajetória da presença cristã no Iraque, de um povo desaparecido a um povo que sobrevive e prospera”, disse o Arcebispo de Erbil.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) February 18, 2021
Cidade destruída pelo Estado Islâmico espera visita do Papa Francisco
BAGDÁ, 26/02/2021 (ACI).- O sacerdote da Diocese Católica Síria de Mosul (Iraque), Pe. George Fahola, afirmou que os cristãos de Baghdeda (Qaraqosh), cidade destruída pelo Estado Islâmico, aguardam com alegria a visita do Papa Francisco.
De 5 a 8 de março, o Santo Padre viajará ao Iraque, o programa da visita inclui uma visita a Qaraqosh no domingo, 7 de março, para se encontrar com a comunidade local, pronunciar um discurso e presidir a oração do Angelus.
Em um vídeo da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), Pe. Fahola garantiu que a visita do Papa Francisco terá um grande impacto nos cristãos e no povo iraquiano.
“Para os cristãos, porque este povo está enraizado nesta terra que dá testemunho do Evangelho”, disse.
O sacerdote assinalou que os cristãos esperam com grande alegria o Santo Padre e lembrou que a cidade de Qaraqosh foi destruída pelo grupo terrorista Estado Islâmico (ISIS)
Em agosto de 2014, após tomar Mosul, o ISIS invadiu Qaraqosh, destruindo casas, igrejas, a biblioteca e outros pontos importantes da cidade. Dezenas de milhares de famílias tiveram que fugir de suas casas apressadamente e ir para Erbil, capital do Curdistão iraquiano.
Em outubro de 2016, depois de intensos combates, as forças iraquianas e seus aliados recuperaram esses territórios e aos poucos se trabalhou na reconstrução. Alguns cristãos voltaram.
De acordo com os últimos dados divulgados pela ACN, 43% das famílias cristãs que viviam em Qaraqosh antes da invasão do Estado Islâmico conseguiram regressar.
Pe. Fahola agradeceu às organizações que ajudaram em meio à situação crítica na qual a cidade se encontrava, entre as quais destacou o apoio da ACN, “que tanto nos ajudou a reparar as casas destruídas pelo ISIS”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Menina com leucemia realiza sonho e recebe Primeira Comunhão em hospital
SÃO PAULO, 26/02/2021 (ACI).- Mariana Tambasco, de 10 anos, está internada em um hospital de São Paulo (SP) em tratamento contra uma leucemia e aguardando para realizar um transplante de medula óssea; enquanto isso, pôde realizar um sonho no último sábado, 20, quando recebeu a Primeira Comunhão no centro médico.
A menina mora em Campinas (SP) com sua família e está internada desde o dia 27 de janeiro no IBCC Oncologia para o tratamento de uma Leucemia Linfoide Aguda. Ela, que já havia realizado todas as etapas e preparação para a Primeira Comunhão em sua cidade, teve, então, a graça de receber Jesus Eucarístico pela primeira vez, o que lhe dá força para seguir com o tratamento.
Mariana começou o seu tratamento contra a leucemia em 2017, quando tinha apenas 7 anos. Como recordou à ACI Digital a mãe da menina, Adriana Tambasco, a criança “teve febre, perda de apetite e perda de peso”, mas nenhum outro sintoma, “não tinha dor óssea, não tinha manchas pelo corpo”.
Após o diagnóstico da doença, começou o tratamento em 2017 e terminou em junho de 2020. Entretanto, “em agosto, ela começou a apresentar dor óssea e a doença tinha voltado e veio mais forte”.
Por isso, a menina teve que fazer “três blocos de quimioterapia forte e não conseguiu negativar a medula, a doença persistiu”. Em janeiro, realizou também “um mês de imunoterapia e também não teve resultado”.
Foi então que Mariana foi transferida em 27 de janeiro para o IBCC Oncologia, em São Paulo, onde “começaram um novo protocolo com ela e, graças a Deus, ela já apresentou melhora”, disse a mãe.
Adriana recordou ainda que, desde o ano passado, Mariana estava se preparando, fazendo a catequese para receber a Primeira Comunhão, em Campinas. Primeiramente “presencial e depois que começou a pandemia ela fez on-line”.
Quando a doença voltou, a família conversou com as catequistas e o padre da comunidade onde participam “e as catequistas fizeram uma preparação com ela para a Primeira Eucaristia, com o exame de consciência, para poder se confessar e receber a Eucaristia”.
Entretanto, contou a mãe, “a imunidade dela estava sempre baixa por causa do tratamento e frequentar a Missa em tempo de pandemia era muito improvável. Então, estávamos tendo essa dificuldade para ela receber a Primeira Eucaristia”.
Por isso, voltaram a conversar com o sacerdote e Mariana “chegou a receber a unção dos enfermos antes de ir para o tratamento de imunoterapia e a ideia era que daria tudo certo e ela poderia logo receber a Primeira Eucaristia na comunidade”.
Porém, a menina precisou ser transferida para São Paulo, onde faz as quimioterapias internada. Além disso, como assinalou Adriana, terminando a quimioterapia, “com a graça de Deus, ela vai realizar o transplante, e tem mais um tempo de internação”
“Então, víamos que estava muito difícil a realização desse sonho dela de receber a Primeira Eucaristia”, comentou.
Foi então que tiveram a oportunidade de conversar com o capelão do hospital, Padre Paulo Aniceto, bem como com a equipe médica e multidisciplicar. O sacerdote foi “bem receptivo para celebrar a Primeira Eucaristia da Mariana” e pediu a família falasse com seu “pároco para ver se havia alguma objeção”.
Com tudo resolvido, decidiu-se pela realização deste sonho de Mariana no hospital mesmo. “O pessoal do hospital foi muito acolhedor e tudo aconteceu de uma forma muito tranquila. O padre se dispôs a vir em um dia que não costuma estar aqui, que foi um sábado, pois seria o dia que eu e meu marido poderíamos estar aqui”, relembrou Adriana.
Foto: ACS IBCC Oncologia
“Foi lindo, foi um momento muito importante na vida dela, na nossa vida, porque nós cremos no poder da oração, nós cremos nesse Jesus vivo presente no Santíssimo Sacramento da Eucaristia”, expressou a mãe, acrescentando que a menina e sua família acreditam “que receber Jesus vai fortalecer ainda mais a Mariana, a confiança, a fé, a perseverança dela em lutar”.
A celebração, que seguiu os protocolos de segurança contra Covid-19, foi presidida pelo capelão, Pe. Paulo Aniceto. Além dos pais de Mariana, estiveram presentes também seu irmão Eduardo, o religioso camiliano Genildo Guarino e membros da equipe médica da Unidade de Hematologia.
Foto: ACS IBCC Oncologia
Para a pediatra oncologista, Dra. Luciana Domingues, a fé é um fator importante nesse processo. “A espiritualidade fortalece qualquer momento difícil. E sabemos que o acreditar e confiar ajuda”, declarou a médica.
Por sua vez, a mãe de Mariana assinalou que, como uma família católica, todo têm “muita fé em Deus, em Jesus Misericordioso, na Virgem Maria que intercede por nós e isso nos fortalece muito”.
“É o que nos dá a motivação e a força para continuar seguindo, continuar em busca da cura da Mariana. Só Deus mesmo na nossa vida, a força dela vem de Deus, a nossa força vem de Deus e muitas pessoas estão rezando pela Mariana e por nós. Então, não sei o que seria da nossa vida, da vida da Mariana se não estivéssemos tão amparados por Deus e pelo apoio das pessoas que estão ao nosso redor”, concluiu, expressando toda sua “gratidão”.
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FOTOS: Crianças com câncer recebem sua Primeira Comunhão em hospital do Paraguai https://t.co/rWd00OSbWq
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Permitem marchas feministas do 8M mas restringem cerimônias religiosas na Espanha
MADRI, 26/02/2021 (ACI).- Apesar da pandemia do coronavírus Covid-19, as autoridades espanholas permitirão as marchas feministas marcadas para 8 de março deste ano, enquanto mantêm fortes restrições sobre o deslocamento e reunião de pessoas, assim como sobre o culto religioso.
Várias organizações feministas já estão convocando manifestações em várias partes da Espanha. Na capital Madri, as passeatas foram autorizadas pedindo que não excedam 500 pessoas.
Enquanto a ministra da Saúde, Carolina Darias, desaconselha as marchas dizendo que "não há lugar", porque "a situação epidemiológica não permitiria ou não entenderia a realização desses atos", o epidemiologista Fernando Simón, diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências Sanitárias do Governo da Espanha, tem se mostrado favorável às convocatórias feministas e garantiu que, para ele, são menos arriscadas que as procissões da Semana Santa.
Para o especialista em saúde da gestão do socialista Pedro Sánchez “não é a mesma coisa estar debaixo de um andor de Semana Santa levado por muita gente, que em uma manifestação de 500 onde se podem manter as distâncias”.
O representante do governo em Madri, José Manuel Franco, disse à rádio pública Onda Madri que os pedidos que recebeu para realizar marchas na capital espanhola “não foram proibidos porque mantêm os parâmetros exigidos agora nesta situação de pandemia”.
Em várias comunidades autônomas espanholas, já foram anunciadas restrições importantes às celebrações da Semana Santa e outras celebrações tradicionais ligadas à Igreja.
Em declarações à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, Luis Losada, diretor de campanha do CitizenGO na América Latina, disse que fica indignado pois mesmo com diversas festas tradicionais e de devoção popular sendo canceladas, as “feministas insistam em sua celebração”.
“Continuamos com toques de recolher e fechamentos de perímetro. Os bares também sofrem restrições, quase 100 mil pessoas morreram, a economia caiu mais de 10%, centenas de milhares perderam seus empregos, mas as feministas têm outras prioridades”, criticou.
“É uma irresponsabilidade que me atreveria a qualificar de criminosa”, acrescentou.
Losada lembrou que “ficou demonstrado que o último dia 8 de março foi um fator grave na expansão do vírus. A própria vice-presidente, Carmen Calvo, e a ministra Irene Montero foram infectadas. E ainda assim insistem”.
Para Losada é “um sinal de que a ideologia é um valor absoluto para elas. Como dizia Chesterton, quando se deixa de acreditar em Deus, se termina acreditando em qualquer coisa”.
Por sua vez, o sacerdote espanhol Juan Manuel Góngora, que conta com mais de 31 mil seguidores na rede social Twitter, lamentou que “nestes dias estamos contemplando com espanto como, em meio a uma pandemia, a Delegação do Governo de Madri vai autorizar o 8M com medidas irrisórias”.
“A permissão destas concentrações é um escárnio para todos os cidadãos que cumprem as medidas impostas”, criticou.
“Ao mesmo tempo, já ouvimos 24 horas por dia, 7 dias por semana, que este ano devemos agir como se a 'Semana Santa não existisse'”, acrescentou.
O sacerdote indicou que “se no Domingo de Páscoa saio com a custódia com o Santíssimo nas mãos, pela porta do templo que administro enquanto os fiéis me acompanham devidamente separados, que autoridade tem o poder político de impor uma multa?".
“Os católicos devemos deixar de ser tímidos diante dos governantes sectários, agir com coragem e reivindicar nosso direito de expressar publicamente nossa fé, respeitando as medidas sanitárias. As que realmente respondem aos cuidados de saúde e nas quais outros se camuflam para restringir a liberdade", disse.
O também espanhol Pe. Francisco José Delgado denunciou que "todo esse tempo temos sofrido uma autêntica ‘demonização’ do culto católico, embora não haja nenhum foco conhecido na Espanha associado às atividades de culto".
“Ao mesmo tempo, vemos como os atos da religião estatal, já que as marchas dos 8M não são outra coisa, são descaradamente promovidas pelo governo”, disse.
“Como Igreja, é difícil distinguir que parte das nossas restrições autoimpostas pertencem à prudência e que parte corresponde a uma posição perante o mundo. Temos que obedecer, e na maioria dos lugares não teremos procissões, obedecendo aos bispos”, disse.
“Mas talvez a tarefa de reconstrução espiritual que deve vir depois de tudo isso deva ser planejada, porque a agenda ideológica do mundo não vai retroceder um milímetro, enquanto parecemos estar em recuo”, lamentou.
De acordo com a universidade norte-americana Johns Hopkins, especializada em medicina, até 25 de fevereiro, 3.180.212 casos de Covid-19 foram confirmados na Espanha, com 68.813 mortes.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Esposos renovam 45 anos de matrimônio após superar a Covid-19 https://t.co/6rhrlbCtO5
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Poder Judiciário em primeira instância ordena aplicar eutanásia a mulher no Peru
Lima, 26/02/2021 (ACI).- Em 25 de fevereiro, o Poder Judiciário ordenou que o Ministério da Saúde (MINSA) e o sistema de saúde social aplicassem a eutanásia a uma mulher que solicitou “colocar fim a sua vida” através desta prática.
Através de sua conta no Twitter, o Superior Tribunal de Justiça de Lima informou que o Décimo Primeiro Tribunal Constitucional ordenou “ao Ministério da Saúde e à EsSalud que respeitem a decisão de Ana Estrada Ugarte de colocar fim à sua vida por meio do procedimento técnico da eutanásia”.
No entanto, a resolução declarou improcedente o pedido de ordenar ao Ministério da Saúde que emita uma “portaria que regule o procedimento médico para a aplicação de eutanásia em situações semelhantes às da senhora Ana Estrada Ugarte”.
Ana Estrada é uma peruana de 44 anos que sofre de polimiosite - doença incurável que a deixou em uma cadeira de rodas - e que há alguns anos reclama ao Estado peruano, com o apoio jurídico da Defensoria Pública, o suposto direito à eutanásia.
A ação de amparo foi apresentada em fevereiro de 2020 pela Defensoria Pública contra o Ministério da Justiça e Direitos Humanos, o Ministério da Saúde e o Sistema Social de Saúde do Peru (EsSalud). Além disso, pedia que não condenem penalmente aqueles que pratiquem a eutanásia. A ação judicial e a posição do Estado Peruano foram sustentadas em janeiro de 2021.
O artigo 112 do Código Penal Peruano afirma que "o que, por misericórdia, mata um paciente incurável que lhe solicita de maneira expressa e consciente para colocar fim às suas dores intoleráveis, será reprimido com pena privativa de liberdade não maior de três anos”.
Nesse sentido, em sua resolução, o Juiz Jorge Luis Ramírez Niño de Guzmán ordenou que no caso de Ana Estrada “não se aplique o artigo 112 do atual Código Penal” e não sejam processados aqueles que executem a eutanásia.
Além disso, ordena que EsSalud forneça as condições administrativas e de saúde para que a eutanásia seja realizada, e que forme uma comissão médica interdisciplinar para que elabore o plano e o protocolo que deverá apresentar a uma comissão do Ministério da Saúde, para que realize o procedimento.
Em declarações recolhidas pelo jornal oficial El Peruano, o defensor de Justiça, Walter Gutiérrez, celebrou a sentença e afirmou que “é uma sentença em homenagem à liberdade e autonomia da vontade, é uma grande notícia”.
Além disso, afirmou que “parece-me que os ministérios não devem apelar, mas, no entanto, se apelarem, acredito que vamos ganhar a causa porque é uma causa de justiça e liberdade”.
O advogado Alberto González Cáceres, mestre em Bioética e presidente do Centro de Estudos Jurídicos Santo Tomás Moro recordou que “eutanásia é proibida pelo Código Civil, pelo Código Penal e pela Lei 26.842, que estabelece que a vida do ser humano deve ser respeitada desde a sua concepção até a sua morte natural. Ou seja, morte sem intervenção de terceiros ou da própria pessoa”, especificou.
Do mesmo modo, González advertiu que “seria um verdadeiro escândalo e uma falta grave, senão um crime, se o Ministério Publico do Estado não apresentar recurso.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Desenho de menina cristã síria de 11 anos mostra família sendo torturada por terroristas https://t.co/SKggG5prpJ
— ACI Digital (@acidigital) February 26, 2021
Análise: Maior parte dos encarregados da Cúria Romana tem idade para se aposentar e provém da Europa
Vaticano, 26/02/2021 (ACI).- Atualmente, a maioria dos chefes de dicastérios da Cúria Romana já tem idade para a aposentadoria, mas, seus mandatos foram estendidos pelo Pontífice "donec aliter provideatur", que em latim significa: “até que outra maneira seja providenciada”. Além disto, vale recordar que a grande maioria dos dicastérios está sendo atualmente presidida por prelados europeus.
De acordo com o regulamento, os chefes dos Dicastérios devem apresentar sua renúncia ao Pontífice aos 75 anos. E cabe ao Papa decidir se, como e quando aceitá-la e, consequentemente, prosseguir com a nomeação do sucessor.
Em 20 de fevereiro, o Santo Padre aceitou a renúncia do Cardeal Angelo Comastri, 77, e nomeou o Cardeal Mauro Gambetti, 55, seu vigário-geral para o Estado da Cidade do Vaticano, arcipreste da Basílica de São Pedro e Presidente da Fábrica de São Pedro. No mesmo dia, o Papa aceitou a renúncia do Cardeal Robert Sarah como prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, mas ainda não nomeou seu sucessor.
Sem levar em conta o atual cargo vago no Culto Divino, cinco das oito Congregações do Vaticano são presididas por prefeitos que têm um mandato estendido: a dos Bispos, com o Cardeal Marc Ouellet, de 76 anos; a das Igrejas Orientais, com o Cardeal Leonardo Sandri, 77 anos; Clero, com o Cardeal Beniamino Stella, 79; a Doutrina da Fé, sob os cuidados do Cardeal Luis Francisco Ladaria Ferrer, de 76 anos; e Educação Católica, com o Cardeal Giuseppe Versaldi, de 77.
Além disso, outros escritórios da Cúria Romana sob a jurisdição destas Congregações, como o Pontifício Conselho de Cultura, presidido pelo Cardeal Gianfranco Ravasi, de 78 anos; a Prefeitura do Estado da Cidade do Vaticano, com o Cardeal Giuseppe Bertello, 78; e a Penitenciaria Apostólica, com o Cardeal Mauro Piacenza, 76.
Por outro lado, quem olhar para a nacionalidade dos chefes da Cúria Romana, notará que 17 Dicastérios do Vaticano são guiados por europeus (11 italianos, 3 espanhóis, 1 francês, 1 suíço e 1 irlandês).
São eles: o Secretário de Estado, o Cardeal italiano Pietro Parolin; o Secretário da Economia, o jesuíta espanhol Juan Antonio Guerrero Alves; a Congregação para a Doutrina da Fé, com o Cardeal espanhol Luis Francisco Ladaria Ferrer; a Congregação para as Causas dos Santos, com o Cardeal italiano Marcello Semeraro; a Congregação para o Clero, com o Cardeal italiano Beniamino Stella; a Congregação para a Educação Católica, com o italiano Cardeal Giuseppe Versaldi; o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, com o Cardeal Kevin Farrell (nascido na Irlanda, mas serviu como bispo nos EUA); o Dicastério da Comunicação, com o leigo italiano Paolo Ruffini; a Penitenciaria Apostólica, com o Cardeal italiano Mauro Piacenza; e a Suprema Corte da Signatura Apostólica, com o Arcebispo francês Cardeal Dominique Mamberti.
Além disso, há o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, com o Cardeal suíço Kurt Koch; o Pontifício Conselho de Textos Legislativos, com o Arcebispo italiano Filippo Iannone; o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso, com o Cardeal espanhol Miguel Angel Ayuso Guixot; o Pontifício Conselho da Cultura, com o Cardeal italiano Gianfranco Ravasi; o Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, com o Arcebispo italiano Rino Fisichella; a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA), com o Bispo italiano Nunzio Galantino; o Governatorado do Estado da Cidade do Vaticano, com o Ccardeal italiano Giuseppe Bertello; e o Vicariato para o Estado da Cidade do Vaticano, com o recém-nomeado Cardeal italiano Mauro Gambetti (um dos mais jovens cardeais da Cúria, com 55 anos).
Pode-se dizer que a América do Norte tem dois representantes: o Cardeal canadense Marc Ouellet, à frente da Congregação para os Bispos; e o Cardeal Kevin Farrell – que também é camerlengo da Santa Igreja Romana e, na verdade, nasceu em Dublin, Irlanda, mas foi ordenado bispo auxiliar de Washington, nos EUA – à frente do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.
Já a América do Sul, por outro lado, tem o Cardeal argentino Sandri na Congregação para as Igrejas Orientais e o Cardeal brasileiro Braz de Aviz na Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.
A Ásia e a África têm cada um seu representante: a Congregação para a Evangelização dos Povos, com o Cardeal filipino Luis Antonio Tagle, e o Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, com o Cardeal ganês Peter Turkson.
No momento não há representantes da Oceania no comando de qualquer departamento do Vaticano, após a renúncia do Cardeal australiano George Pell ao comando da Secretaria para a Economia.
Vale recordar que o Santo Padre está preparando um documento sobre a Cúria Romana e que alterações na estrutura curial poderiam vir em breve. O documento é a Constituição Apostólica Praedicate Evangelium, que ainda não tem data de publicação.
Confira também:
O Papa aceitou a renúncia do Cardeal Robert Sarah https://t.co/g3mlXWjMtw
— ACI Digital (@acidigital) February 21, 2021
Rebelião no Equador: Bispos pedem para humanizar prisões após morte de 79 presos
QUITO, 26/02/2021 (ACI).- No dia 24 de fevereiro, o Conselho da Presidência da Conferência Episcopal Equatoriana expressou sua solidariedade às famílias dos presos que morreram em decorrência de uma recente onda de violência em vários presídios do país e exortou as autoridades do sistema penitenciário a humanizar os centros que foram criados para a reabilitação social.
Em 23 de fevereiro, uma série de rebeliões ocorreram nas prisões de Turi (Azuay), Guayas, Cotopaxi e na Penitenciária de Guayaquil. O órgão nacional encarregado das prisões indicou que pelo menos 79 prisioneiros morreram em quatro prisões como resultado da violência. Indicou que ainda estão investigando as causas dos eventos.
No dia seguinte, dezenas de familiares dos falecidos se reuniram na prisão de Guayaquil e no necrotério local para pedir os restos mortais de seus parentes.
Depois do ocorrido, oficiais da Polícia equatoriana foram às quatro cidades para retomar o controle das prisões. Além disso, o Ministério da Defesa do Equador ordenou um controle rigoroso de armas, munições e explosivos nos perímetros externos dos centros penitenciários.
Em seu comunicado, os bispos expressaram sua preocupação e consternação "pela situação dolorosa e crítica em que vivem as pessoas privadas de liberdade nos diversos centros de reabilitação social e pelos cruéis acontecimentos ocorridos na terça-feira, 23 de fevereiro".
Os bispos asseguraram que os trágicos acontecimentos no Equador “não são mais do que um reflexo da crise penitenciária, da decomposição social e da indiferença coletiva a esta dura realidade”. Além disso, fizeram referência às palavras que o Papa Francisco dirigiu aos funcionários do presídio “Regina Coeli” de Roma, em 2019, e fizeram um chamado para humanizar as prisões do país.
“Assumimos como nossas as palavras do Santo Padre Papa Francisco: 'As prisões precisam ser cada vez mais humanizadas e é doloroso escutar, por outro lado, que são consideradas locais de violência e ilegalidade, onde abundam as maldades humanas’”, disseram.
Nesse sentido, dirigiram-se às autoridades dos centros penitenciários e as exortaram a garantir a proteção dos direitos dos presidiários e a cumprir o objetivo das prisões, que é a reinserção social.
“Pedimos aos responsáveis pelo ‘sistema de reabilitação social’ no Equador que façam uma verdadeira avaliação do sistema penitenciário e desenvolvam programas plenamente humanos que permitam cumprir o propósito determinado por nossa Constituição”, afirmaram.
Recordaram que o artigo 201 da Constituição do Equador afirma que “o sistema de reabilitação social terá como objetivo a reabilitação integral das pessoas condenadas penalmente para a sua reinserção na sociedade, bem como a proteção das pessoas privadas de liberdade e a garantia de seus direitos”.
Os bispos também expressaram solidariedade para com as famílias dos presidiários falecidos, garantiram suas orações e se ofereceram para ajudar o governo a dar o apoio necessário para que as famílias possam enfrentar suas perdas.
“Estendemos a nossa solidariedade cristã às famílias dos nossos irmãos privados de liberdade que faleceram e asseguramos-lhes a nossa oração pelo seu descanso eterno invocando sobre eles a misericórdia divina, assim como pedimos a Deus a força e a paz que só Ele pode nos dar”, expressaram.
“A Conferência Episcopal Equatoriana expressa sua vontade de ajudar as autoridades e apoiar aqueles que hoje sofrem a perda de seus entes queridos no âmbito de sua missão pastoral a serviço da sociedade equatoriana”, concluiu o comunicado.
Onda de violência nas prisões do Equador
O diretor do Serviço Nacional de Atenção Integral às Pessoas Privadas de Liberdade (SNAI), Edmundo Moncayo, destacou que o que aconteceu no dia 23 de fevereiro seria um confronto entre organizações criminosas pela liderança, que ficou vacante após o assassinato de um líder em dezembro de 2020.
No entanto, afirmou que ainda estão trabalhando para "poder determinar que a nossa hipótese tenhas as premissas fortes que nos ajudem a que a Promotoria Nacional possa ter a maior informação que permita colocar a disposição das autoridades judiciais aqueles que foram os mandantes desta ação”.
Segundo o Presidente do Equador, Lenin Moreno, e o Ministro de Governo Patricio Pazmiño, as rebeliões foram coordenadas ao mesmo tempo por duas facções que, aparentemente, lutam pelo controle dos presídios.
Pazmiño disse no Twitter que a causa do problema seria "uma ação concertada de organizações criminosas para gerar violência nos centros penitenciários do país".
Em 24 de fevereiro, o presidente Moreno disse em um vídeo que os eventos estão relacionados ao crime organizado transnacional e ao tráfico de drogas. “Não é por acaso que foi organizado de fora dos presídios e orquestrado internamente por quem disputa a liderança e o tráfico de drogas no território nacional”, disse o presidente, que garantiu que combaterá o tráfico de drogas.
El martes 23 de febrero fue un día trágico para el país. En cuatro cárceles, simultánea y orquestadamente, se desató una ola de violencia jamás registrada en Ecuador. Esto no es coincidencia, es consecuencia. #SinTreguaContraLaViolencia pic.twitter.com/LroX5Jfm3e
— Lenín Moreno (@Lenin) February 24, 2021
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) February 26, 2021
Freiam temporariamente tentativa de despenalizar aborto até 12 semanas em estado mexicano
Cancun, 26/02/2021 (ACI).- A tentativa de despenalizar o aborto livre até as 12 semanas de gestação no estado mexicano de Quintana Roo foi temporariamente suspensa, depois que as comissões unidas que estavam debatendo uma possível decisão não tiveram o quorum de parlamentares que era necessário.
Após uma semana de fóruns abertos para ouvir as posições a favor do aborto, e sob pressão das violetas feministas que ocuparam as instalações do Congresso Quintana Roo de novembro de 2020 até o início de fevereiro deste ano, deputadas locais tomaram iniciativas para debater, em 24 de fevereiro, nas Comissões Unidas de Pontos Constitucionais, de Justiça, de Saúde e Assistência Social, de Direitos Humanos e para Igualdade de Gênero.
Se o parecer tivesse sido aprovado nas Comissões Unidas, a proposta de despenalizar o aborto livre até as 12 semanas de gestação teria chegado ao Plenário.
O artigo 13 da Constituição de Quintana Roo estabelece que o Estado “reconhece, protege e garante o direito à vida de todo ser humano, ao sustentar expressamente que desde o momento da concepção entra sob a proteção da lei e é considerado sujeito de direitos para todos os fins legais correspondentes, até a sua morte”.
De acordo com o Código Penal de Quintana Roo, o aborto é crime punível com até dois anos de prisão. Os profissionais de saúde que participam dessa prática podem ser suspensos do exercício da profissão por até cinco anos.
Em Quintana Roo, o aborto não é punível em caso de estupro, risco grave à vida da mãe e quando haja a possibilidade de o bebê nascer "com graves distúrbios físicos ou mentais". Atualmente, dois projetos de lei buscam a despenalização do aborto gratuito até a 12ª semana de gestação, promovendo reformas da Constituição de Quintana Roo, dos códigos penal e civil e da Lei de Saúde do Estado.
En el @CongresoQRoo no se han dictaminado las iniciativas sobre aborto. El motivo es que algunos diputados quieren legalizarlo en contra de la constitución local, sin modificarla. Lo intentan hacer así para necesitar menos votos para lograrlo. #QuintanaRooEsProvida
— ConParticipación (@ConParticipa) February 25, 2021
Em diálogo com ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, Marcial Padilla, diretor da plataforma mexicana pró-vida ConParticipación, explicou que “os promotores do aborto sabem que, para legalizá-lo, devem dar dois passos: primeiro, tirar o direito à vida na Constituição do Estado. E, depois, mudar o Código Penal para permiti-lo”.
“No dia 24 de fevereiro, os deputados promotores do aborto tentaram uma armadilha. O deputado José Luis Guillén tentou modificar apenas o Código Penal, sem votar a mudança na Constituição”, assinalou, pois “com isso precisariam de menos votos para legalizar ou despenalizar o aborto”.
No entanto, frisou, “os deputados a favor do direito à vida perceberam a armadilha e conseguiram detê-la”.
Para Padilla é “uma vitória temporária”, porque “momentaneamente foi mantida a proteção do direito à vida e a decisão que pretendia despenalizar o aborto não foi aprovada. Mas isso não acabou, o debate continua. Os deputados ainda continuam pendentes desta iniciativa”.
O diretor da ConParticipación destacou que é importante que “todos os cidadãos continuem pressionando os deputados para que se mantenha na Constituição do Estado a proteção ao direito à vida e se rejeite a decisão que visa despenalizar o aborto”.
“O aborto em Quintanas Roo não é uma questão de justiça e não é um tema de saúde. É um tema de ideologia, política e dinheiro. Podemos imaginar o que significará para um destino turístico como Cancún em Quintana Roo despenalizar o aborto. Agora não seria apenas um destino turístico, seria um turismo de morte”, afirmou.
Padilla disse que “os cidadãos devemos exigir que os deputados mantenham a proteção do direito à vida”, porque “as mulheres de Quintana Roo e seus filhos não precisam da morte, precisam de saúde, segurança e educação”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) February 23, 2021