14 de fevereiro: Igreja celebra os copatronos da Europa São Cirilo e São Metódio
REDAÇÃO CENTRAL, 14/02/2021 (ACI).- A Igreja universal recorda neste dia 14 de fevereiro os irmãos São Cirilo e São Metódio, copatronos da Europa, conhecidos como apóstolos dos escravos,
Antes de entrar na vida religiosa, São Cirilo se chamava Constantino e São Metódio tinha o nome de Miguel.
São Cirilo era monge e evangelizou a Rússia. Além disso, fundou a literatura eslava, escrevendo textos litúrgicos como o missal, o apostolário e outros livros litúrgicos em caracteres “cirílicos”.
No ano 863, dirigiu-se com seu irmão Metódio para evangelizar a Moravia. São Cirilo morreu em Roma em 14 de fevereiro de 896. É possível que tenha sido Bispo ou que tenha morrido logo depois de sua ordenação episcopal.
São Metódio chegou a ser ordenado bispo e desenvolveu um incansável trabalho evangelizador em Moravia, Bohemia, Panonia e Polônia. Em seguida, foi Arcebispo de Vellehrad (Eslováquia), onde foi preso em 870, devido à oposição do clero alemão.
Alguns o acusaram de herege, mas foi liberado de todas as acusações. Também traduziu a Bíblia à língua eslava. Faleceu em 6 de abril de 885, em Vellehrad.
Em 2004, São João Paulo II disse que “é impossível pensar na civilização europeia sem sua herança cristã”.
14 de fevereiro: Dia de São Valentim, padroeiro dos namorados
REDAÇÃO CENTRAL, 14/02/2021 (ACI).- Neste dia 14 de fevereiro, recorda-se a festa de São Valentim, padroeiro dos namorados. Segundo a tradição, durante a perseguição aos cristãos o santo arriscava a sua vida para unir os casais em matrimônio.
Todos os santos se caracterizam por ter amado Deus ao ponto de entregar a vida por Ele através do próximo. Inclusive algumas pessoas foram assassinadas por ódio a este amor a Jesus Cristo e a sua Igreja, por isto são chamados de mártires.
Entretanto, de todos eles, somente São Valentim costuma ser relacionado ao amor de casais. Sua celebração foi associada com a crença comum na Idade Média, principalmente na Inglaterra e na França, de que no dia 14 de fevereiro (ou seja, no meio do segundo mês do ano) as aves começam a acasalar.
Os três mártires São Valentim
Nos antigos martirológios menciona-se no dia 14 de fevereiro pelo menos três santos chamados Valentim, todos eles mártires.
Um deles é mencionado como sacerdote de Roma, outro como bispo em Interamna (atualmente Terni). Ambos aparentemente foram martirizados na segunda metade do século III e sepultados na Via Flaminiana, mas em diferentes locais da cidade.
De ambos se conserva algum tipo de registro, mas são de datas relativamente posteriores e sem valor histórico. Sobre o terceiro São Valentim, foi martirizado na África, junto com outros companheiros.
Sacerdote oferece 8 chaves para ser obediente como São José na vida cotidiana
, 14/02/2021 (ACI).- Por ocasião do Ano de São José convocado pelo Papa Francisco, Pe. Ronal Pulido Martínez, professor e formador do Seminário Inter-Missionário de São Luís Beltrão (Colômbia) e evangelizador em dois canais do YouTube, explicou como foi a obediência de São José e ofereceu conselhos sobre como imitar essa virtude na vida cotidiana.
Pe. Pulido baseou a sua reflexão no terceiro ponto da Carta Apostólica Patris corde (Coração do Pai), intitulada “Pai na obediência”.
O Papa Francisco escreveu a Patris corde pelos 150 anos da declaração de São José como o padroeiro da Igreja universal, e também convocou o Ano de São José de 8 de dezembro de 2020 a 8 de dezembro de 2021.
As oito chaves para ser obediente como São José são:
1. Exercitar a escuta da nossa consciência
Pe. Pulido disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que assim como “fez com a Santíssima Virgem Maria e com São José”, a todos “em seu momento Deus revela qual é a sua vontade”, e explicou que a forma como a comunica é através da consciência que nos deu. Porém, às vezes, as pessoas “fecham os olhos” e “acham difícil aceitar e acolher a vontade de Deus”.
“Deus nos fala por meio da nossa consciência todos os dias, mas se não fizermos esse exercício de escutá-la, nossa consciência passa despercebida e perdemos a oportunidade de escutar a vontade de Deus e poder obedecê-la”, afirmou e explicou como exercitar a consciência.
A primeira coisa a fazer é se interessar em saber o que é a consciência: “É o Sacrário onde Deus fala ao homem”, disse.
Depois, devemos receber catequese e fazer oração, porque “quando fazemos silêncio e meditamos, começamos a escutar a consciência. Quando começamos a rezar, fechamos a porta do barulho do mundo e nos abrimos a este lugar íntimo onde” Deus fala ao coração. Finalmente, é preciso seguir a “sugestão do Espírito Santo dentro de nós”, acrescentou.
2. Reconhecer que Deus nos revela a sua vontade na simplicidade
Pe. Pulido disse que é importante ter uma maior “atitude de fé” para aprender a ouvir e ver Deus nas coisas simples da vida como São José o fez. Explicou que embora o santo "pudesse ter exigido algo mais contundente para acreditar", como a aparição de um anjo como ocorreu com a Virgem Maria ou a aparição majestosa de Deus no Monte Sinai, ele acreditou em algo "simples e comum" como são os sonhos.
Explicou que "uma maneira muito natural de Deus se revelar aos israelitas" era por meio dos sonhos, embora hoje isso "não seja mais comum". O livro do Eclesiástico diz: “Tenham cuidado com os sonhos, porque muitos se perderam, mas sejam atentos porque alguns sonhos podem vir de Deus”, disse.
“Deus nos fala nas coisas simples ou comuns, não temos que esperar que aconteça algo grande”. Por exemplo, Deus nos fala em “um conselho que um amigo nos faz, um plano que eu tinha e que não deu certo; ou seja, coisas simples que parecem acidentes, mas não são”, disse.
“Parecia um acidente que quando Jesus ia nascer [José e Maria] tiveram que fazer esta viagem tão simples por causa de um censo", mas isso era parte fundamental do plano de Deus, disse. Animou a "ter mais fé" para poder reconhecer a sua vontade nos acontecimentos diários e saber “discernir” o que vem de Deus; ou seja, eleger o que não vai contra os meus valores ou de Deus.
3. Ser prontos e disponíveis para obedecer
“O Papa Francisco nos ensina como São José em quatro momentos concretos escuta a vontade de Deus por meio dos sonhos. No primeiro sonho Deus revela-lhe que não deve ter medo de tomar Maria por esposa, porque o Menino que carrega no ventre é obra do Espírito Santo”, disse.
“Depois, em outro sonho, Deus também o orienta a fugir para o Egito para que possam se livrar do perigo de morte para o Menino”, disse. Em seguida, diz a José que é hora de voltar a Nazaré e orienta-o para que volte "porque lá estarão mais seguros".
Nesse sentido, assegurou que “São José nos convida à prontidão. Nos quatro momentos, São José foi disponível para obedecer à vontade de Deus. Devemos ser como São José, prontos para a vontade de Deus e saber escutar essa vontade de Deus nas coisas simples da vida”.
4. Recordar que, obedecendo, deixamos Jesus crescer
Pe. Pulido recordou também que São José é um “grande exemplo de obediência para todos nós, cristãos, pela sua disponibilidade para obedecer à sua missão de pai adoptivo de Jesus”. Como propõe o Papa Francisco, São José é um pai exemplar "sendo pronto na obediência”, acrescentou.
“Todos nós somos chamados a imitar essas virtudes de São José, porque também fomos chamados a ser pais de Jesus. Cada vez que celebramos o Natal, Jesus se dá a nós, nasce em nossas casas, em nossos corações, mas não nasce grande” e “esse é o mistério do Deus Menino que entra em nossas vidas”, disse.
Nesse sentido, “a missão de todo cristão é cuidar e fazer crescer esse Menino. Como diz São João Batista: ‘Convém que Ele cresça e eu diminua’. Com essa virtude da obediência garantimos que Jesus, esse tesouro que carregamos em vasos de barro, estará seguro”.
5. Ser íntegros: obedecer a Deus e às leis civis
Pe. Pulido assinalou que “a obediência de São José é uma obediência íntegra, porque abrange a totalidade da existência: não só busca ser obediente a Deus, mas também obedece às autoridades civis”.
Explicou que “São José acolhe o censo que foi decretado para toda a região” e que “ao obedecer às autoridades civis, São José também faz a vontade de Deus, inclusive faz com que as profecias se cumpram”, como o nascimento de Jesus em Belém ou o retorno a Nazaré.
“São José nos oferece um exemplo de que a obediência deve ser integral em todos os aspectos da minha vida, não apenas nos aspectos da fé, mas em todos os aspectos civis, inclusive na amizade da vida cotidiana, pois a obediência deve estar tão profundamente enraizada no nosso coração que nos seja fácil obedecer a tudo o que nos é proposto na nossa vida cotidiana”.
“O plano de salvação está focado na obediência”, disse. "Uma definição simples de santidade é obedecer à vontade de Deus". Obediência é a rainha dentro das virtudes "que Deus quer dos cristãos", disse, e recomendou a leitura da vida dos santos que cultivam a obediência.
6. Recordar que ao obedecer somos precursores da fé
Pe. Pulido disse à ACI Prensa que “São José é proposto pelo Papa Francisco como aquele que educou Jesus na obediência”.
Por exemplo, disse que “podemos chegar a ouvir dos lábios de Jesus no Horto do Getsêmani: 'Pai, não se faça a minha vontade, mas a tua', porque Jesus aprendeu com seu Pai São José a obedecer. Ouvimos dos lábios de Jesus palavras como: ‘Meu alimento é fazer a vontade do Pai’; ou seja, obedecer. Aprendeu tudo isso em casa, também o aprendeu da Virgem”.
“Portanto, quando somos obedientes, não estamos apenas agradando a Deus, mas estamos educando aqueles que virão depois de nós. Somos precursores da fé para os nossos filhos e para os nossos amigos quando somos pessoas obedientes”, destacou.
7. Recordar sempre que ao obedecer voltamos ao Paraíso
Pe. Pulido disse que é importante e pode nos ajudar muito a desenvolver a virtude da obediência “recordar constantemente que quando obedecemos voltamos ao paraíso”.
Fomos expulsos do Paraíso "porque nossos primeiros pais desobedeceram", "mas quando um filho de Deus obedece, então voltamos ao Paraíso, estamos retornando a esse estado original em que Deus nos criou", disse.
Explicou que “os santos usaram frases curtas que deram força à sua vida. Às vezes uma jaculatória, às vezes um pensamento simples” que repetimos constantemente. Por exemplo, lembrou que quando São Paulo Miki e os mártires do Japão estavam morrendo, repetiam a jaculatória: "Jesus, Maria".
Para o Pe. Pulido, recordar que ao obedecer vamos ao paraíso “seria um pensamento simples para alimentar todos os dias e que nos ajudaria muito a obedecer”. Do mesmo modo, afirmou que qualquer pessoa também pode criar uma oração e sugeriu o seguinte: "Pai, faz-me obediente como o teu Filho."
8. Como desenvolver a virtude da obediência na família?
Por fim, Pe. Pulido recomendou duas chaves concretas às famílias para que possam desenvolver a virtude da obediência a partir dos papéis de esposos e filhos.
Quando Deus, através do anjo, diz a José: "Toma-a por esposa, porque [o Filho que carrega no ventre] é obra do Espírito Santo", São José "movido pelo amor que tem por sua esposa obedece a Deus imediatamente”, disse. O amor o move a não a denunciar ou repudiar, "apesar de tudo indicar que Maria o enganou", acrescentou.
Da mesma forma, “o amor forte do casal leva a obedecer facilmente a Deus e ao outro”, disse. “A relação de casal implica obedecer ao outro. Em muitos casos, trata-se do conselho ou sugestão que a esposa faz ao marido. Então, o que vai fazer os maridos obedecerem a Deus e viverem a obediência em casa? Que o amor seja forte”.
“Gostaria de convidar os casais a fortalecerem o amor para que obedecer seja muito fácil. Obedecemos facilmente a quem amamos muito, mas é difícil para nós obedecer a uma pessoa por quem não temos muito afeto. Portanto, cultivar o amor conjugal tornaria muito mais fácil obedecer”, disse ele.
No caso dos filhos, Pe. Pulido disse que é comum que lhes custe muito obedecer, por isso, disse que “o convite que São José nos faz é ser prontos. Às vezes, pensamos muito para obedecer e pensar e esperar muito dificulta a obediência. Como quem tem que se lançar na piscina para aprender a nadar, se você pensar muito nisso vai acabar se enchendo de medo e não conseguir”.
“Então, eu acho que para os filhos a prontidão ao obedecer é a chave. Os pais sabem bem o que estão pedindo e quando somos mais prontos e decididos a obedecer, vai ser mais fácil para nós (desenvolver esta virtude) que quando damos muitos rodeios e voltas para obedecer”, concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Papa Francisco convida a viver estas duas "transgressões" do Evangelho
Vaticano, 14/02/2021 (ACI).- O Papa Francisco presidiu a oração do Ângelus neste domingo, 14 de fevereiro, da janela do Palácio Apostólico do Vaticano e convidou os fiéis a viverem duas “transgressões” concretas que aparecem no Evangelho.
O Pontífice se referia à cena da cura do leproso por Jesus contida no Evangelho de São Marcos.
No tempo de Jesus, “os leprosos eram considerados impuros e, segundo as prescrições da Lei, deviam permanecer fora dos lugares habitados. Eram excluídos de toda relação humana, social e religiosa”.
Jesus, por outro lado, "deixa aquele homem se aproximar dele, comove-se, até estende a mão e o toca".
Deste modo, sublinhou o Papa, “realiza a Boa Nova que anuncia: Deus se fez próximo de nossas vidas, tem compaixão pelo destino da humanidade ferida e vem derrubar todas as barreiras que nos impedem de viver a nossa relação com Ele, com os outros e conosco mesmos”.
É precisamente aí que se encontram as duas “transgressões”: “O leproso que se aproxima de Jesus e Jesus que, movido pela compaixão, o toca para curá-lo”.
“A primeira transgressão é a do leproso: apesar das prescrições da Lei, ele sai do isolamento e se aproxima de Jesus. A sua doença era considerada um castigo divino, mas, em Jesus, ele pode ver outra face de Deus: não o Deus que castiga, mas o Pai da compaixão e do amor, que nos liberta do pecado e jamais nos exclui da sua misericórdia”.
Assim, “aquele homem pode sair do seu isolamento, porque em Jesus encontra Deus que compartilha sua dor. A atitude de Jesus o atrai, o leva a sair de si mesmo e a confiar a Ele a sua história dolorosa”.
A segunda transgressão “é a de Jesus: enquanto a Lei proibia de tocar os leprosos, Ele se comove, estende a mão e o toca para curá-lo. Alguns diriam: 'Ele pecou, ele o tocou, fez o que a lei proíbe. É um transgressor’. E sim, é verdade que era um transgressor. Deus é um grande 'transgressor' neste sentido”.
Jesus “não se limita às palavras, mas o toca. Tocar com amor significa estabelecer uma relação, entrar em comunhão, envolver-se na vida do outro a ponto de compartilhar inclusive as suas feridas”.
Com este gesto, “Jesus mostra que Deus não é indiferente, não mantém a ‘distância de segurança’; pelo contrário, se aproxima com compaixão e toca a nossa vida para curá-la”.
O Santo Padre lamentou que “ainda hoje no mundo tantos de nossos irmãos e irmãs sofram desta doença, ou de outras e condições às quais, infelizmente, se associam preconceitos sociais”.
Em alguns casos, “existe até discriminação religiosa. Mas pode acontecer a cada um de experimentar feridas, falências, sofrimentos, egoísmos que nos fecham a Deus e aos outro”.
Diante de tudo isso, “Jesus anuncia que Deus não é uma ideia ou uma doutrina abstrata, mas Aquele que se ‘contamina’ com a nossa humanidade ferida e não tem medo de entrar em contato com as nossas chagas”.
“Para cumprir as regras de boa reputação e costumes sociais, muitas vezes silenciamos nossa dor ou usamos máscaras para escondê-la. Para conciliar os cálculos do nosso egoísmo ou as leis internas dos nossos medos, não nos envolvemos muito nos sofrimentos dos outros”, assinalou.
Pelo contrário, “peçamos ao Senhor a graça de viver estas duas ‘transgressões’ do Evangelho de hojeAquela do leproso, para que tenhamos a coragem de sair do nosso isolamento e, ao invés de permanecer ali com pena de nós mesmos ou chorando nossas falências, ir até Jesus assim como somos”.
E depois “a transgressão de Jesus: um amor que leva a ir além das convenções, que faz superar os preconceitos e o medo de nos envolver na vida do outro. A Virgem Maria, que agora invocamos na oração do Ângelus, nos acompanhe neste caminho”, concluiu o Papa Francisco.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
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Papa Francisco: Cuidar dos doentes não é uma "atividade opcional" da Igreja https://t.co/wvwzRy1FGS
— ACI Digital (@acidigital) February 7, 2021