12 de fevereiro: Santa Eulália, menina mártir espanhola dos primeiros séculos
REDAÇÃO CENTRAL, 12/02/2021 (ACI).- A Igreja celebra neste dia 12 de fevereiro Santa Eulália, uma mártir da Igreja que nasceu em Mérida (Espanha) no final do século III e que morreu aos 12 anos, depois de ser torturada por se recusar e renegar sua fé cristã.
Naquela época, um decreto emitido pelo imperador Diocleciano proibia os católicos de cultuar Jesus Cristo e exigia que adorassem ídolos pagãos. Precisamente no “Martirológio romano”, onde se encontra uma lista muito antiga dos mártires da Igreja, há uma frase que diz: “em 12 de fevereiro comemora-se Santa Eulália, mártir da Espanha, morta por proclamar sua fé em Jesus Cristo”.
A mártir se tornou prontamente uma das santas mais famosas da Espanha e hoje ostenta o título de prefeita perpétua de Mérida e padroeira desta cidade.
Os dados sobre sua vida e sua morte se encontram em um hino feito em sua honra pelo poeta Prudencio no século IV.
Neste poema, narra como Eulália decidiu protestar ante o governador Daciano contra as leis que proibiam o cristianismo. Do mesmo modo, conta os terríveis métodos de tortura empregados contra ela.
Eulália foi levada à prisão, acorrentaram-na, rasgaram com ganchos seus seios, ombros, todo seu corpo virginal.
Mas, com grande paz e alegria, dizia: “Veja Senhor, que escrevem teu nome em meu corpo. Quão agradável é ler estas letras que assinalam a vitória de Jesus Cristo, que o meu sangue proclame o teu nome!”.
Como último tormento, queimaram-na com tochas acesas. A tradição assinala que seus carrascos viram uma pomba branca sair de sua boca e voar para o céu.
O que você deve saber sobre a Quarta-feira de Cinzas
REDAÇÃO CENTRAL, 12/02/2021 (ACI).- No próximo dia 17 de fevereiro, a Igreja celebra a Quarta-feira de Cinzas, dando início à Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa. Recordamos algumas coisas essenciais que todo católico precisa saber para poder viver intensamente este tempo.
1. O que é a Quarta-feira de Cinzas?
É o primeiro dia da Quaresma, ou seja, dos 40 dias nos quais a Igreja chama os fiéis a se converterem e a se prepararem verdadeiramente para viver os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo durante a Semana Santa.
A Quarta-feira de Cinzas é uma celebração que está no Missal Romano, o qual explica que no final da Missa, abençoa-se e impõe-se as cinzas obtidas da queima dos ramos usados no Domingo de Ramos do ano anterior.
2. Como nasceu a tradição de impor as cinzas?
A tradição de impor a cinza é da Igreja primitiva. Naquela época, as pessoas colocavam as cinzas na cabeça e se apresentavam ante a comunidade com um “hábito penitencial” para receber o Sacramento da Reconciliação na Quinta-feira Santa.
A Quaresma adquiriu um sentido penitencial para todos os cristãos por volta do ano 400 d.C. e, a partir do século XI, a Igreja de Roma passou a impor as cinzas no início deste tempo.
3. Por que se impõe as cinzas?
A cinza é um símbolo. Sua função está descrita em um importante documento da Igreja, mais precisamente no artigo 125 do Diretório sobre a piedade popular e a liturgia:
“O começo dos quarenta dias de penitência, no Rito romano, caracteriza-se pelo austero símbolo das Cinzas, que caracteriza a Liturgia da Quarta-feira de Cinzas. Próprio dos antigos ritos nos quais os pecadores convertidos se submetiam à penitência canônica, o gesto de cobrir-se com cinza tem o sentido de reconhecer a própria fragilidade e mortalidade, que precisa ser redimida pela misericórdia de Deus. Este não era um gesto puramente exterior, a Igreja o conservou como sinal da atitude do coração penitente que cada batizado é chamado a assumir no itinerário quaresmal. Deve-se ajudar os fiéis, que vão receber as Cinzas, para que aprendam o significado interior que este gesto tem, que abre a cada pessoa a conversão e ao esforço da renovação pascal”.
4. O que as cinzas simbolizam e o que recordam?
A palavra cinza, que provém do latim “cinis”, representa o produto da combustão de algo pelo fogo. Esta adotou desde muito cedo um sentido simbólico de morte, expiração, mas também de humildade e penitência.
A cinza, como sinal de humildade, recorda ao cristão a sua origem e o seu fim: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra” (Gn 2,7); “até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn 3,19).
5. Onde podemos conseguir as cinzas?
Para a cerimônia devem ser queimados os restos dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. Estes recebem água benta e logo são aromatizados com incenso.
6. Como se impõe as cinzas?
Este ato acontece durante a Missa, depois da homilia, e está permitido que os leigos ajudem o sacerdote. As cinzas são impostas na fronte, em forma de cruz, enquanto o ministro pronuncia as palavras Bíblicas: “Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás” ou “Convertei-vos e crede no Evangelho”.
7. O que devem fazer quando não há sacerdote?
Quando não há sacerdote, a imposição das cinzas pode ser realizada sem Missa, de forma extraordinária. Entretanto, é recomendável que antes do ato participem da liturgia da palavra.
É importante recordar que a bênção das cinzas, como todo sacramental, somente pode ser feita por um sacerdote ou um diácono.
8. Quem pode receber as cinzas?
Qualquer pessoa pode receber este sacramental, inclusive os não católicos. Como explica o Catecismo (1670 ss.), “sacramentais não conferem a graça do Espírito Santo à maneira dos sacramentos; mas, pela oração da Igreja, preparam para receber a graça e dispõem para cooperar com ela”.
9. A imposição das cinzas é obrigatória?
A Quarta-feira de Cinzas não é dia de preceito e, portanto, não é obrigatória. Não obstante, nesse dia muitas pessoas costumam participar da Santa Missa, algo que sempre é recomendável.
10. Quanto tempo é necessário permanecer com a cinza na fronte?
Quanto tempo a pessoa quiser. Não existe um tempo determinado.
11. O jejum e a abstinência são necessários?
O jejum e a abstinência são obrigatórios durante a Quarta-feira de Cinzas, como também na Sexta-feira Santa, para as pessoas maiores de 18 e menores de 60 anos. Fora desses limites, é opcional. Nesse dia, os fiéis podem ter uma refeição “principal” uma vez durante o dia.
A abstinência de comer carne é obrigatória a partir dos 14 anos. Todas as sextas-feiras da Quaresma também são de abstinência obrigatória. As sextas-feiras do ano também são dias de abstinência. O gesto, dependendo da determinação da Conferência Episcopal de cada país, pode ser substituído por outro tipo de mortificação ou oferecimento como a oração do terço.
Confira também:
Quarta-feira de Cinzas 2021: Vaticano indica como distribuir cinzas sem infectar por Convid-19 https://t.co/vQ1AttxXZO
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Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2021
Vaticano, 12/02/2021 (ACI).- O Vaticano publicou nesta sexta-feira, 12 de fevereiro, a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2021, intitulada “‘Vamos subir a Jerusalém...’ (Mt 20, 18). Quaresma: tempo para renovar fé, esperança e caridade”.
No texto, dirigido a todos os fiéis católicos do mundo, o Santo Padre convidou a “viver a Quaresma como percurso de conversão, oração e partilha dos nossos bens”, assim como a viver “uma Quaresma de caridade significa cuidar de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia por causa da pandemia de Covid-19”.
“Na Quaresma, estejamos mais atentos a ‘dizer palavras de incentivo, que reconfortam, consolam, fortalecem, estimulam, em vez de palavras que humilham, angustiam, irritam, desprezam’. Às vezes, para dar esperança, basta ser ‘uma pessoa amável, que deixa de lado as suas preocupações e urgências para prestar atenção, oferecer um sorriso, dizer uma palavra de estímulo, possibilitar um espaço de escuta no meio de tanta indiferença’”, advertiu o Papa.
A seguir, a mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2021:
“Vamos subir a Jerusalém...” (Mt 20, 18). Quaresma: tempo para renovar fé, esperança e caridade.
Queridos irmãos e irmãs!
Jesus, ao anunciar aos discípulos a sua paixão, morte e ressurreição como cumprimento da vontade do Pai, desvenda-lhes o sentido profundo da sua missão e convida-os a associarem-se à mesma pela salvação do mundo.
Ao percorrer o caminho quaresmal que nos conduz às celebrações pascais, recordamos Aquele que «Se rebaixou a Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz» (Flp 2, 8). Neste tempo de conversão, renovamos a nossa fé, obtemos a «água viva» da esperança e recebemos com o coração aberto o amor de Deus que nos transforma em irmãos e irmãs em Cristo. Na noite de Páscoa, renovaremos as promessas do nosso Batismo, para renascer como mulheres e homens novos por obra e graça do Espírito Santo. Entretanto o itinerário da Quaresma, como aliás todo o caminho cristão, já está inteiramente sob a luz da Ressurreição que anima os sentimentos, atitudes e opções de quem deseja seguir a Cristo.
O jejum, a oração e a esmola – tal como são apresentados por Jesus na sua pregação (cf. Mt 6, 1-18) – são as condições para a nossa conversão e sua expressão. O caminho da pobreza e da privação (o jejum), a atenção e os gestos de amor pelo homem ferido (a esmola) e o diálogo filial com o Pai (a oração) permitem-nos encarnar uma fé sincera, uma esperança viva e uma caridade operosa.
1. A fé chama-nos a acolher a Verdade e a tornar-nos suas testemunhas diante de Deus e de todos os nossos irmãos e irmãs
Neste tempo de Quaresma, acolher e viver a Verdade manifestada em Cristo significa, antes de mais, deixar-nos alcançar pela Palavra de Deus, que nos é transmitida de geração em geração pela Igreja. Esta Verdade não é uma construção do intelecto, reservada a poucas mentes seletas, superiores ou ilustres, mas é uma mensagem que recebemos e podemos compreender graças à inteligência do coração, aberto à grandeza de Deus, que nos ama ainda antes de nós próprios tomarmos consciência disso. Esta Verdade é o próprio Cristo, que, assumindo completamente a nossa humanidade, Se fez Caminho – exigente, mas aberto a todos – que conduz à plenitude da Vida.
O jejum, vivido como experiência de privação, leva as pessoas que o praticam com simplicidade de coração a redescobrir o dom de Deus e a compreender a nossa realidade de criaturas que, feitas à sua imagem e semelhança, n'Ele encontram plena realização. Ao fazer experiência duma pobreza assumida, quem jejua faz-se pobre com os pobres e «acumula» a riqueza do amor recebido e partilhado. O jejum, assim entendido e praticado, ajuda a amar a Deus e ao próximo, pois, como ensina São Tomás de Aquino, o amor é um movimento que centra a minha atenção no outro, considerando-o como um só comigo mesmo [cf. Enc. Fratelli tutti (= FT), 93].
A Quaresma é um tempo para acreditar, ou seja, para receber a Deus na nossa vida permitindo-Lhe «fazer morada» em nós (cf. Jo 14, 23). Jejuar significa libertar a nossa existência de tudo o que a atravanca, inclusive da saturação de informações – verdadeiras ou falsas – e produtos de consumo, a fim de abrirmos as portas do nosso coração Àquele que vem a nós pobre de tudo, mas «cheio de graça e de verdade» (Jo 1, 14): o Filho de Deus Salvador.
2. A esperança como «água viva», que nos permite continuar o nosso caminho
A samaritana, a quem Jesus pedira de beber junto do poço, não entende quando Ele lhe diz que poderia oferecer-lhe uma «água viva» (cf. Jo 4, 10-12); e, naturalmente, a primeira coisa que lhe vem ao pensamento é a água material, ao passo que Jesus pensava no Espírito Santo, que Ele dará em abundância no Mistério Pascal e que infunde em nós a esperança que não desilude. Já quando preanuncia a sua paixão e morte, Jesus abre à esperança dizendo que «ressuscitará ao terceiro dia» (Mt 20, 19). Jesus fala-nos do futuro aberto de par em par pela misericórdia do Pai. Esperar com Ele e graças a Ele significa acreditar que, a última palavra na história, não a têm os nossos erros, as nossas violências e injustiças, nem o pecado que crucifica o Amor; significa obter do seu Coração aberto o perdão do Pai.
No contexto de preocupação em que vivemos atualmente onde tudo parece frágil e incerto, falar de esperança poderia parecer uma provocação. O tempo da Quaresma é feito para ter esperança, para voltar a dirigir o nosso olhar para a paciência de Deus, que continua a cuidar da sua Criação, não obstante nós a maltratarmos com frequência (cf. Enc. Laudato si’, 32-33.43-44). É ter esperança naquela reconciliação a que nos exorta apaixonadamente São Paulo: «Reconciliai-vos com Deus» (2 Cor 5, 20). Recebendo o perdão no Sacramento que está no centro do nosso processo de conversão, tornamo-nos, por nossa vez, propagadores do perdão: tendo-o recebido nós próprios, podemos oferecê-lo através da capacidade de viver um diálogo solícito e adotando um comportamento que conforta quem está ferido. O perdão de Deus, através também das nossas palavras e gestos, possibilita viver uma Páscoa de fraternidade.
Na Quaresma, estejamos mais atentos a «dizer palavras de incentivo, que reconfortam, consolam, fortalecem, estimulam, em vez de palavras que humilham, angustiam, irritam, desprezam» (FT, 223). Às vezes, para dar esperança, basta ser «uma pessoa amável, que deixa de lado as suas preocupações e urgências para prestar atenção, oferecer um sorriso, dizer uma palavra de estímulo, possibilitar um espaço de escuta no meio de tanta indiferença» (FT, 224).
No recolhimento e oração silenciosa, a esperança é-nos dada como inspiração e luz interior, que ilumina desafios e opções da nossa missão; por isso mesmo, é fundamental recolher-se para rezar (cf. Mt 6, 6) e encontrar, no segredo, o Pai da ternura.
Viver uma Quaresma com esperança significa sentir que, em Jesus Cristo, somos testemunhas do tempo novo em que Deus renova todas as coisas (cf. Ap 21, 1-6), «sempre dispostos a dar a razão da [nossa] esperança a todo aquele que [no-la] peça» (1 Ped 3, 15): a razão é Cristo, que dá a sua vida na cruz e Deus ressuscita ao terceiro dia.
3. A caridade, vivida seguindo as pegadas de Cristo na atenção e compaixão por cada pessoa, é a mais alta expressão da nossa fé e da nossa esperança
A caridade alegra-se ao ver o outro crescer; e de igual modo sofre quando o encontra na angústia: sozinho, doente, sem abrigo, desprezado, necessitado... A caridade é o impulso do coração que nos faz sair de nós mesmos gerando o vínculo da partilha e da comunhão.
«A partir do “amor social”, é possível avançar para uma civilização do amor a que todos nos podemos sentir chamados. Com o seu dinamismo universal, a caridade pode construir um mundo novo, porque não é um sentimento estéril, mas o modo melhor de alcançar vias eficazes de desenvolvimento para todos» (FT, 183).
A caridade é dom, que dá sentido à nossa vida e graças ao qual consideramos quem se encontra na privação como membro da nossa própria família, um amigo, um irmão. O pouco, se partilhado com amor, nunca acaba, mas transforma-se em reserva de vida e felicidade. Aconteceu assim com a farinha e o azeite da viúva de Sarepta, que oferece ao profeta Elias o bocado de pão que tinha (cf. 1 Rs 17, 7-16), e com os pães que Jesus abençoa, parte e dá aos discípulos para que os distribuam à multidão (cf. Mc 6, 30-44). O mesmo sucede com a nossa esmola, seja ela pequena ou grande, oferecida com alegria e simplicidade.
Viver uma Quaresma de caridade significa cuidar de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia por causa da pandemia de Covid-19. Neste contexto de grande incerteza quanto ao futuro, lembrando-nos da palavra que Deus dera ao seu Servo – «não temas, porque Eu te resgatei» (Is 43, 1) –, ofereçamos, juntamente com a nossa obra de caridade, uma palavra de confiança e façamos sentir ao outro que Deus o ama como um filho.
«Só com um olhar cujo horizonte esteja transformado pela caridade, levando-nos a perceber a dignidade do outro, é que os pobres são reconhecidos e apreciados na sua dignidade imensa, respeitados no seu estilo próprio e cultura e, por conseguinte, verdadeiramente integrados na sociedade» (FT, 187).
Queridos irmãos e irmãs, cada etapa da vida é um tempo para crer, esperar e amar. Que este apelo a viver a Quaresma como percurso de conversão, oração e partilha dos nossos bens, nos ajude a repassar, na nossa memória comunitária e pessoal, a fé que vem de Cristo vivo, a esperança animada pelo sopro do Espírito e o amor cuja fonte inexaurível é o coração misericordioso do Pai.
Que Maria, Mãe do Salvador, fiel aos pés da cruz e no coração da Igreja, nos ampare com a sua solícita presença, e a bênção do Ressuscitado nos acompanhe no caminho rumo à luz pascal.
Roma, em São João de Latrão, na Memória de São Martinho de Tours, 11 de novembro de 2020.
Francisco
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Quaresma 2021: Papa Francisco pede jejuar do que atravanca para abrir o coração a Deus
Vaticano, 12/02/2021 (ACI).- O Papa Francisco pede para jejuar nesta Quaresma, libertando “a nossa existência de tudo o que a atravanca, inclusive da saturação de informações – verdadeiras ou falsas – e produtos de consumo” para abrir o coração a Deus.
Assim escreveu o Santo Padre na sua mensagem para a Quaresma de 2021, intitulada: “Vamos subir a Jerusalém...” (Mt 20, 18). Quaresma: tempo para renovar fé, esperança e caridade”, publicada pelo Vaticano, em 12 de fevereiro.
“A Quaresma é um tempo para acreditar, ou seja, para receber a Deus na nossa vida permitindo-Lhe ‘fazer morada’ em nós”, disse o Papa.
Nesse sentido, “jejuar significa libertar a nossa existência de tudo o que a atravanca, inclusive da saturação de informações – verdadeiras ou falsas – e produtos de consumo, a fim de abrirmos as portas do nosso coração Àquele que vem a nós pobre de tudo, mas ‘cheio de graça e de verdade’ (Jo 1, 14): o Filho de Deus Salvador”, advertiu.
Além disso, o Santo Padre sublinhou que “o jejum, vivido como experiência de privação, leva as pessoas que o praticam com simplicidade de coração a redescobrir o dom de Deus e a compreender a nossa realidade de criaturas que, feitas à sua imagem e semelhança, n'Ele encontram plena realização”.
“O jejum, a oração e a esmola – tal como são apresentados por Jesus na sua pregação (cf. Mt 6, 1-18) – são as condições para a nossa conversão e sua expressão. O caminho da pobreza e da privação (o jejum), a atenção e os gestos de amor pelo homem ferido (a esmola) e o diálogo filial com o Pai (a oração) permitem-nos encarnar uma fé sincera, uma esperança viva e uma caridade operosa”, destacou o Papa.
Da mesma forma, o Santo Padre convidou a “viver uma Quaresma de caridade significa cuidar de quem se encontra em condições de sofrimento, abandono ou angústia por causa da pandemia de Covid-19” e acrescentou que “neste contexto de grande incerteza quanto ao futuro, lembrando-nos da palavra que Deus dera ao seu Servo – ‘não temas, porque Eu te resgatei’ (Is 43, 1) –, ofereçamos, juntamente com a nossa obra de caridade, uma palavra de confiança e façamos sentir ao outro que Deus o ama como um filho”.
Desta forma, o Papa destacou que “a caridade é dom, que dá sentido à nossa vida e graças ao qual consideramos quem se encontra na privação como membro da nossa própria família, um amigo, um irmão”.
“O pouco, se partilhado com amor, nunca acaba, mas transforma-se em reserva de vida e felicidade... O mesmo sucede com a nossa esmola, seja ela pequena ou grande, oferecida com alegria e simplicidade”, explicou.
O Santo Padre exortou também a que esta Quaresma seja “um tempo de conversão” para renovar a fé e disse que “acolher e viver a Verdade manifestada em Cristo significa, antes de mais, deixar-nos alcançar pela Palavra de Deus, que nos é transmitida de geração em geração pela Igreja".
Neste sentido, o Papa destacou que “esta Verdade não é uma construção do intelecto, reservada a poucas mentes seletas, superiores ou ilustres, mas é uma mensagem que recebemos e podemos compreender graças à inteligência do coração, aberto à grandeza de Deus, que nos ama ainda antes de nós próprios tomarmos consciência disso”.
“Queridos irmãos e irmãs, cada etapa da vida é um tempo para crer, esperar e amar. Que este apelo a viver a Quaresma como percurso de conversão, oração e partilha dos nossos bens, nos ajude a repassar, na nossa memória comunitária e pessoal, a fé que vem de Cristo vivo, a esperança animada pelo sopro do Espírito e o amor cuja fonte inexaurível é o coração misericordioso do Pai”, indicou o Papa.
Para ler a mensagem completa do Papa Francisco, clique AQUI.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Pandemia altera celebrações da Quarta-Feira de Cinzas no Santuário Nacional de Aparecida
APARECIDA, 12/02/2021 (ACI).- Devido à pandemia de Covid-19, as celebrações de Quarta-feira de Cinzas no Santuário Nacional de Aparecida (SP) se adaptarão às exigências sanitárias e seguirão as orientações do Vaticano.
Neste ano, a fim de evitar a infecção por coronavírus, o Vaticano determinou mudanças no rito de imposição das cinzas. Para a colocação das cinzas na cabeça dos fiéis, os sacerdotes devem higienizar as mãos antes do rito e utilizar máscara de proteção. Ao contrário de anos anteriores, nada será dito durante a distribuição do sinal.
Habitualmente, o rito dispõe que o padre, ao impor as cinzas sobre a cabeça dos fiéis diga: “Convertei-vos e crede no Evangelho”, ou “Lembra-te que és pó e ao pó retornarás”. Desta vez, uma das frases será dita apenas uma única vez, de modo geral, no altar, longe dos fiéis.
No Santuário de Aparecida, tais orientações serão seguidas em todas as celebrações, isto é, às 6h45, 9h, 12h e 16h. Em todas, haverá o rito de imposição das cinzas.
A principal Missa do dia acontecerá às 9h e será presidida pelo Arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes.
A participação dos fiéis nas missas está condicionada à capacidade máxima da Basílica neste período, limitada a até mil pessoas. O acesso acontece próximo à Capela da Ressurreição, na Esplanada João Paulo II. No local, será realizada a aferição de temperatura corporal e higienização das mãos. O uso de máscaras é obrigatório em todo o território do Santuário.
As confissões, costumeiramente procuradas pelos católicos durante o período quaresmal, estão acontecendo no Santuário de forma comunitária. Na Quarta-Feira de Cinzas, os ritos acontecem nas capelas do subsolo da Basílica às 10h30, 11h, 14h30 e 15h. O acesso também é controlado e condicionado à capacidade do espaço.
Confira também:
O que você deve saber sobre a Quarta-feira de Cinzas https://t.co/WFt6XOZNJ1
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Autoridade vaticana responde a teólogo alemão que apoia dar Comunhão a protestantes
BERLIM, 12/02/2021 (ACI).- O Cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, respondeu a um teólogo alemão que o criticou por se opor à proposta para a "Irmandade da mesa eucarística" entre católicos e protestantes, ou seja, que estes últimos tenham acesso ao sacramento da Comunhão.
A carta de seis páginas, datada de 8 de fevereiro, é dirigida a Volker Leppin, professor de história da Igreja na Universidade de Tübingen e diretor acadêmico da seção protestante do Grupo de Estudo Ecumênico de Teólogos Protestantes e Católicos (ÖAK, por sua sigla em alemão).
Em uma entrevista de 3 de fevereiro ao site katholisch.de, da Igreja Católica na Alemanha, Leppin lamentou o que chamou de "descarte abrupto" do Cardeal da declaração de 26 páginas do OAK, de 24 de janeiro.
No mês passado, o Cardeal Kock disse à CNA Deutsch, agência em alemão do Grupo ACI, que ficou surpreso com o tom e as palavras escolhidas para a declaração, bem como por seu conteúdo e pelo momento da publicação.
Em sua declaração, os teólogos respondem a uma avaliação crítica feita pela Congregação para a Doutrina da Fé (CDF) sobre a proposta do grupo para uma "hospitalidade eucarística recíproca" entre católicos e protestantes.
O OAK foi estabelecido em 1946 para fortalecer os laços ecumênicos. É independente da Conferência Episcopal Alemã e da Igreja Evangélica na Alemanha (EKD), organização que congrega 20 denominações protestantes, embora informe ambas as instituições sobre suas deliberações.
CNA Deutsch já informou que o OAK adotou o documento sobre a intercomunhão ou a possibilidade de dar a Comunhão aos protestantes sob a liderança de Dom Georg Bätzing, que agora é presidente da Conferência Episcopal Alemã, e do bispo luterano aposentado Martin Hein.
Em maio de 2020, uma associação de membros do EKD e do Episcopado concluiu que “o estudo desenvolve um marco teológico para a decisão individual de consciência, a respeito da participação recíproca na Eucaristia/Mesa do Senhor”.
Uma nota do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos afirma que a intervenção da CDF foi “necessária porque o estudo do OAK recebeu o status de opinião de especialista da DBK (Conferência Episcopal Alemã), com base em que cada bispo individualmente poderia tomar uma posição em relação à doutrina”.
Os bispos alemães deveriam votar sobre a avaliação no final de setembro, mas isso foi adiado devido à intervenção da CDF.
Em uma carta enviada a Dom Bätzing, a CDF indicou que a proposta do OAK não faz justiça ao entendimento católico da Igreja, da Eucaristia e das Ordens Sagradas.
A CDF alertou diante de qualquer passo em direção à intercomunicação entre católicos e membros da EKD.
Em sua carta aberta, o Cardeal Koch negou que rejeitasse os argumentos do OAK, mas notou uma "séria discrepância" entre as reivindicações do grupo e a prática comum das igrejas protestantes.
O Cardeal suíço deu como exemplo a Igreja Protestante em Hesse e Nassau (EKHN), membro da EKD, e destacou que a EKHN convida pessoas não batizadas a participarem do serviço na Mesa do Senhor.
Esta prática, especificou o presidente do Pontifício Conselho, contradiz a afirmação do OAK de que existe um "entendimento básico" a respeito de um reconhecimento "análogo" do batismo também nas "respectivas formas litúrgicas da celebração da Mesa do Senhor".
“Por um lado, o batismo e o reconhecimento mútuo do batismo são considerados a base do ecumenismo. Se, por outro lado, um companheiro ecumênico relativiza o batismo de tal forma que não é mais nem mesmo um pré-requisito para a participação na Mesa do Senhor, o assunto deve ser entendido como algo que questiona as bases do ecumenismo”, escreveu o Cardeal em sua carta.
O Purpurado também disse que estava surpreso que "tais discrepâncias entre o consenso ecumênico e as realidades factuais nas igrejas protestantes não sejam notadas pelos membros do OAK e, se forem, então ocorre de maneira mínima".
O Cardeal também agradeceu ao grupo de estudos ecumênicos por ter dedicado "muita energia e paixão" para abordar as questões que dividem católicos e protestantes, mas destacou que esses passos só podem ter sucesso se confrontados com a "realidade concreta".
Finalmente, alentou a que os temas por resolver sejam comentados publicamente e depois debatidos.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Cardeal alemão afirma que dar Comunhão a protestantes significa não respeitar a fé https://t.co/IOcG2ERJjb
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No atual contexto falar de esperança poderia parecer uma provação, adverte o Papa
Vaticano, 12/02/2021 (ACI).- Em sua mensagem para a Quaresma de 2021, o Papa Francisco encorajou a renovar a esperança, a fé e a caridade, apesar das preocupações no atual período incerto causado pela Covid-19.
“No contexto de preocupação em que vivemos atualmente onde tudo parece frágil e incerto, falar de esperança poderia parecer uma provocação. O tempo da Quaresma é feito para ter esperança, para voltar a dirigir o nosso olhar para a paciência de Deus, que continua a cuidar da sua Criação, não obstante nós a maltratarmos com frequência”, disse o Papa.
A mensagem do Papa para a Quaresma de 2021 intitula-se: “Vamos subir a Jerusalém...” (Mt 20, 18). Quaresma: tempo para renovar fé, esperança e caridade” e foi publicada pelo Vaticano em 12 de fevereiro.
No texto, o Santo Padre convidou nesta Quaresma a estar “mais atentos a dizer palavras de incentivo, que reconfortam, consolam, fortalecem, estimulam, em vez de palavras que humilham, angustiam, irritam, desprezam”.
“Às vezes, para dar esperança, basta ser uma pessoa amável, que deixa de lado as suas preocupações e urgências para prestar atenção, oferecer um sorriso, dizer uma palavra de estímulo, possibilitar um espaço de escuta no meio de tanta indiferença", acrescentou.
Além disso, o Pontífice destacou que “viver uma Quaresma com esperança significa sentir que, em Jesus Cristo, somos testemunhas do tempo novo em que Deus renova todas as coisas”, acrescentando que “significa acolher a esperança de Cristo, que dá a sua vida na cruz e Deus ressuscita ao terceiro dia, sempre dispostos a dar a razão da [nossa] esperança a todo aquele que [no-la] peça”.
Esperança na reconciliação
Neste sentido, o Santo Padre animou a ter esperança na reconciliação com Deus porque “recebendo o perdão no Sacramento que está no centro do nosso processo de conversão, tornamo-nos, por nossa vez, propagadores do perdão: tendo-o recebido nós próprios, podemos oferecê-lo através da capacidade de viver um diálogo solícito e adotando um comportamento que conforta quem está ferido”, por isso “o perdão de Deus, através também das nossas palavras e gestos, possibilita viver uma Páscoa de fraternidade”.
“Que Maria, Mãe do Salvador, fiel aos pés da cruz e no coração da Igreja, nos ampare com a sua solícita presença, e a bênção do Ressuscitado nos acompanhe no caminho rumo à luz pascal”, concluiu o Papa.
Para ler a mensagem completa do Papa Francisco, clique AQUI.
Publicado originalmente por ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma 2021 https://t.co/lqlPKWCTeP
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Apresentam ao Papa livro sagrado resgatado da destruição em Qaraqosh
Vaticano, 12/02/2021 (ACI).- O Papa Francisco pôde apreciar no Vaticano um livro sagrado escrito em aramaico, resgatado da invasão do Estado Islâmico à cidade de Qaraqosh, no Iraque, e que foi restaurado recentemente na Itália.
Este é o livro sagrado "Sidra", escrito em aramaico por volta do século XIV ou XV, que contém orações litúrgicas para a festa da Páscoa e da Santa Cruz.
O livro sagrado pertence à Igreja siro-cristã da cidade de Qaraqosh, na planície de Nínive, que o Papa visitará no próximo mês de março.
O encontro com um pequeno grupo de restauradores da Federação das Organizações Cristãs de Serviço Voluntário Internacional (FOCSIV) aconteceu na quarta-feira, 10 de fevereiro, após a Audiência Geral.
O manuscrito foi resgatado graças "à astúcia de alguns sacerdotes daquela cidade" diante da "fúria iconoclasta e anticristã" do Estado Islâmico que invadiu aquela terra de 2014 a outubro de 2016.
Em janeiro de 2017, os jornalistas Laura Aprati e Marco Bova encontraram o livro sagrado que estava em Erbil, depois foi entregue ao Arcebispo de Mosul, Dom Yohanna Butros Mouché, pelas mãos dos voluntários do LA FOCSIV.
Em seguida, o livro foi levado para a Itália para a sua restauração, que durou cerca de 10 meses, já que estava em condições de conservação muito críticas, por isso foi necessário um exame preliminar e uma comparação linguística com alguns volumes do mesmo período conservados na Biblioteca Apostólica Vaticana.
Em breve, o livro sagrado será devolvido à Igreja Siro-Cristã em Qaraqosh.
A presidente da FOCSIV, Ivana Borsotto, destacou que “a recuperação do livro sagrado de Qaraqosh faz parte do compromisso que a Federação fez com a reconstrução do tecido social de um território como o do Curdistão iraquiano e do Iraque” e acrescentou que a possibilidade que as pessoas na planície de Nínive possam continuar cantando em aramaico com este livro irá lembrar a todos "que outro futuro ainda é possível".
Publicado originalmente em ACI Stampa.
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Papa visitará uma igreja que foi incendiada pelo Estado Islâmico no Iraque https://t.co/zpuS99cfUD
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Derrubam e danificam estátuas religiosas do lado de fora de paróquia
EL PASO, 12/02/2021 (ACI).- Durante a noite de terça-feira, três estátuas de anjos que estavam localizadas no terreno da paróquia São Pio X, no centro da cidade de El Paso, Texas, nos Estados Unidos, foram derrubadas e danificadas.
A Diocese de El Paso confirmou esta notícia na tarde de 10 de fevereiro através de seu site e redes sociais. Além disso, informou que não houve danos dentro dos edifícios nos terrenos da paróquia.
Por enquanto, a Igreja local apresentou a denúncia no Departamento de Polícia de El Paso para encontrar os responsáveis.
Após o incidente, a Diocese assinalou que as medidas de segurança já foram implementadas no terreno da paróquia e que esta está cooperando com as autoridades policiais para identificar possíveis suspeitos.
O Bispo de El Paso, Dom Mark Seitz, declarou que se entristeceu “com os estragos causados em São Pio X” e que “estas imagens sagradas são importantes para nós porque servem como sinais e lembretes da proximidade de Deus e do cuidado de Deus por nós”.
“Ao mesmo tempo, reconhecemos que essas são coisas que podem ser reparadas e substituídas. Agradecemos a Deus que ninguém ficou fisicamente ferido nesta violenta agressão, porque os seres humanos são as imagens mais belas e insubstituíveis de Deus. Rezamos para que aqueles que realizaram este ato insensato recebam a ajuda que precisam”, concluiu Dom Seitz.
Este ato de vandalismo é o último de uma série de eventos destrutivos em propriedades da Igreja. Em setembro de 2020, uma pessoa desconhecida destruiu uma estátua de 90 anos do Sagrado Coração de Jesus na Catedral de St. Patrick, no Texas.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Apresentam ao Papa livro sagrado resgatado da destruição em Qaraqosh https://t.co/eAFz1byZe7
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Em um dia como hoje, Pio XI inaugurou a Rádio Vaticano há 90 anos
Vaticano, 12/02/2021 (ACI).- Em 12 de fevereiro de 1931, exatamente às 16h30, o Papa Pio XI inaugurou a Rádio Vaticano pronunciando diante de seus microfones, em latim, a primeira mensagem pontifícia de rádio da história, na presença do inventor da rádio e realizador da emissora, o cientista italiano Guilherme Marconi.
Portanto, hoje completa 90 anos desde a primeira transmissão de rádio de um Papa e o início das emissões da rádio do Vaticano.
Além de Marconi, também estavam presentes na inauguração o então Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Eugênio Pacelli, que 8 anos depois se tornaria o Papa Pio XII; e o sacerdote jesuíta Giuseppe Gianfranceschi, primeiro diretor da Rádio Vaticano.
Por ocasião dos 90 anos da rádio vaticana, começa nesta sexta-feira a ser transmitida através de uma rádio web. O projeto será realizado inicialmente em italiano, francês, inglês, espanhol, português, alemão e armênio, mas o Dicastério para a Comunicação prevê que durante o ano “sejam criados quase 30 horários de programação ao vivo correspondentes a outros tantos idiomas que poderão ser escutados tanto no site da rádio como através do app atual da Rádio Vaticano”.
Foi o próprio Marconi quem anunciou a mensagem do Papa Pio XI, pronunciada em latim, cuja primeira parte estava dirigida a toda a criação:
“Sendo, pelo misterioso desígnio de Deus, Sucessores do Príncipe dos Apóstolos, isto é, daqueles cuja doutrina e pregação por ordem divina é destinada a todos os povos e a toda criatura (Mt 28, 19; Mc 16, 15), e podendo nos valer por primeiro desta admirável invenção de Marconi, Nos dirigimos antes de tudo a todos os homens, dizendo-lhes, aqui e agora, com as mesmas palavras da Sagrada Escritura: ‘Estai atentos, ó céus, eu vou falar. E a terra ouça as palavras de minha boca'”.
Dirigindo-se depois aos aflitos e perseguidos, o Papa Pio XI exprimiu o seu desejo de que “a nossa palavra chegue quando estiverem doentes, na dor, nas tribulações e nas adversidades, especialmente a vocês que padecem tais coisas por parte dos inimigos de Deus e da sociedade humana”.
“Enquanto oferecemos nossas orações por vocês e, na medida do possível, a nossa ajuda, enquanto os confiamos à caridade de todos, dizemos-lhes em nome de Cristo, a quem representamos: ‘Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei’”.
A Rádio Vaticano ganhou muita influência durante a Segunda Guerra Mundial. Começou a transmitir em nove línguas e se tornou um dos poucos meios de comunicação que superavam a censura da época, além de difundir mensagens de familiares que buscavam pessoas desaparecidas ou prisioneiros que estavam em campos de concentração.
Agora, a Rádio Vaticano transmite sua programação em 40 idiomas e em seus estúdios trabalham jornalistas de até 60 países.
A Rádio Vaticano faz parte atualmente da nova estrutura comunicativa denominada Vatican News, razão pela qual está imersa em um processo de reestruturação em vista da unificação dos meios de comunicação da Santa Sé.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Rádio Vaticano transmitirá em web rádio ao completar 90 anos de fundação https://t.co/Myh3hhaTGW
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Santuário de Fátima celebrará Dia dos Pastorinhos com programação virtual
FATIMA, 12/02/2021 (ACI).- No próximo dia 20 de fevereiro, serão celebrados os santos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto, mas, por causa das restrições impostas pela pandemia de Covid-19, o Santuário de Fátima, em Portugal, irá marcar esta data apenas com programação virtual.
As celebrações já tiveram início no dia 11 de fevereiro com a novena dos santos pastorinhos, mas haverá também programação especial nos dias 19 e 20.
Segundo informou o Santuário de Fátima, “dada à impossibilidade de uma participação presencial por parte dos peregrinos”, será dado destaque à preparação desta celebração por meio de alguns sinais concretos a serem transmitidos nas redes sociais.
O primeiro deles é que na Capelinha, serão colocadas as duas esculturas dos santos, o que permitirá sensibilizar visualmente quem acessar ao Streaming da Capelinha. Já na Basílica do Rosário, serão colocados os ícones dos santos Francisco e Jacinta.
Além disso, nas celebrações, sobretudo no terço das 18h30 e das 21h30, diariamente, haverá sempre um cuidado especial na evocação dos Santos Francisco e Jacinta Marto.
De acordo com a programação, no dia 19 de fevereiro, haverá a vigília, às 21h30, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, que constará de duas partes: depois do lucernário, será rezado o terço; a segunda parte será a veneração aos túmulos dos dois Santos.
No dia 20 de fevereiro, festa litúrgica de São Francisco e Santa Jacinta Marto, os canais digitais do Santuário – Youtube e Facebook – transmitirão o terço, às 10h; a Missa, às 11h, presidida pelo Bispo de Leiria-Fátima, Cardeal António Marto; e um documentário sobre os irmãos pastorinhos, às 14h.
Este documentário é uma das novidades para a festa deste ano, intitulado ‘Santos Vizinhos- duas crianças que se fizeram candeias da humanidade a partir de Fátima’. É uma produção do Santuário de Fátima que conta a história de vida desses que são os dois primeiros santos de desta cidade portuguesa, a partir do olhar de historiadores, teólogos e religiosas.
Entre os testemunhos apresentados no documentário estão o da ex-postuladora da Causa de Canonização, Irmã Ângela Coelho; da religiosa carmelita que pediu a intercessão dos santos na cura do menino brasileiro Lucas; e do próprio miraculado e da sua família.
Exemplo dos santos pastorinhos frente à pandemia
Conforme ressalta o Santuário de Fátima, no atual contexto em que o mundo enfrenta a pandemia de Covid-19, o Dia dos Pastorinhos “é uma oportunidade para pensar melhor a vida e o exemplo destes dois santos, sobretudo o de Jacinta, que faleceu justamente a 20 de fevereiro de 1920”.
Afetada pela “gripe espanhola”, em 1918, Jacinta vê o seu irmão morrer em abril de 1919; foi tratada em Ourém, onde recebe a visita de Lúcia, sua prima, vidente de Fátima, que diz tê-la encontrado feliz por poder oferecer este sofrimento a Deus.
Em janeiro de 1920, Jacinta Marto foi levada para Lisboa, para ser tratada no Hospital D. Estefânia, onde faleceu no dia 20 de fevereiro daquele ano.
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Vítimas da Covid-19 são recordadas em Missa pelo Dia do Doente no Santuário de Fátima https://t.co/yTToUoTqeI
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Papa Francisco condena o uso de crianças-soldado
Vaticano, 12/02/2021 (ACI).- O Papa Francisco aderiu à condenação global da exploração de crianças para usá-las como soldados e advertiu que é um crime contra a humanidade.
O Santo Padre aderiu ao Dia Mundial contra o Uso de Crianças-Soldado por meio de uma mensagem publicada na rede social Twitter e afirmou que “quem coloca armas nas mãos das crianças, em vez de pão, livros e brinquedos, comete um crime não só contra os pequenos, mas contra toda a humanidade”.
Quem coloca armas nas mãos das crianças, em vez de pão, livros e brinquedos, comete um crime não só contra os pequenos, mas contra toda a humanidade. #ChildrenNotSoldiers
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) February 12, 2021
O Dia Mundial contra o Uso de Crianças-Soldado, também conhecido como Dia da Mão Vermelha, é comemorado todos os anos para aumentar a conscientização contra o sequestro de crianças em várias partes do mundo em conflito para usá-las como soldados.
De acordo com a ONU, dezenas de milhares de meninos e meninas são recrutados como crianças-soldado nas forças armadas e grupos armados em conflito em 20 países de todo o mundo.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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No atual contexto falar de esperança poderia parecer uma provação, adverte o Papa https://t.co/44xr3ZZO5y
— ACI Digital (@acidigital) February 12, 2021