Papa pede proteger a vida em todas as suas etapas e alerta sobre inverno demográfico
Vaticano, 07/02/2021 (ACI).- Por ocasião do Dia pela Vida celebrado na Itália, em 7 de fevereiro, o Papa Francisco encorajou as pessoas a ajudar a sociedade a se recuperar dos "ataques à vida" para proteger todas as etapas da vida.
“Hoje, na Itália, celebra-se o Dia da Vida com o tema 'Liberdade e vida'. Uno-me aos bispos italianos para recordar que a liberdade é o grande dom que Deus nos deu para buscar e realizar o nosso bem e o dos demais, começando pelo bem primário da vida”, disse o Papa.
Neste sentido, o Santo Padre sublinhou que devemos “ajudar nossa sociedade a se recuperar de todos os ataques à vida, para que esteja protegida em cada etapa”.
Oggi in Italia si celebra la Giornata per la Vita, sul tema “Libertà e vita”. Mi unisco ai Vescovi italiani nel ricordare che la libertà è il grande dono che Dio ci ha dato per ricercare e raggiungere il bene proprio e degli altri, a partire dal bene primario della vita.
— Papa Francesco (@Pontifex_it) February 7, 2021
Além disso, o Papa disse estar preocupado com "o inverno demográfico italiano" e acrescentou que "na Itália, os nascimentos diminuíram e o futuro está em perigo".
“Assumamos esta preocupação e procuremos fazer com que termine este inverno demográfico e floresça uma nova primavera de meninos e meninas”, convidou o Santo Padre.
Dia pela Vida 2021
O 43º Dia pela vida nacional na Itália pretende ser “uma oportunidade preciosa para sensibilizar todos sobre o valor da liberdade autêntica, para exercê-la a serviço da vida”.
“Dizer 'sim' à vida é a concretização de uma liberdade que pode mudar a história. Todo homem merece nascer e existir. Todo ser humano tem, desde a concepção, um potencial de bondade e beleza que espera ser expresso e transformado em ato concreto; um potencial único e irrepetível, intransferível. Somente considerando a pessoa como o 'fim último' será possível regenerar o horizonte social e econômico, político e cultural, antropológico, educacional e midiático”, indicou a Conferência Episcopal Italiana (CEI).
Por sua vez, o Arcebispo de Milão, Dom Mario Delpini, nos encorajou a celebrar o Dia da Vida “para cantar nossa alegria de estarmos vivos, nossa gratidão por termos sido gerados, nosso assombro por cada anúncio que revela o sentido da vida” e acrescentou "por isso agradecemos a Deus e aos nossos pais".
Neste sentido, Dom Delpini exortou a renovar o compromisso para “vencer os obstáculos, impedimentos, adversidades que dificultam a vida e a geração de vida: as condições sociais, a mentalidade abortista, o medo da responsabilidade, a intolerância diante do cansaço de viver e cuidar dos irmãos e irmãs que pedem ajuda”.
“Celebremos este Dia para enviar uma mensagem de gratidão às mães e aos pais que oferecem um futuro à sua família e à nossa sociedade com a sua alegria, com a sua generosidade e porque também enfrentam com coragem as provações e as tribulações”, encorajou o Arcebispo de Milão.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Papa Francisco presidirá Missa de Quarta-feira de Cinzas com participação limitada de fiéis https://t.co/KRhN2h4s6U
— ACI Digital (@acidigital) February 5, 2021
Papa Francisco: Cuidar dos doentes não é uma "atividade opcional" da Igreja
Vaticano, 07/02/2021 (ACI).- O Papa Francisco explicou que cuidar dos doentes não é uma “atividade opcional” da Igreja, mas sim parte integrante de sua missão.
Assim indicou o Santo Padre no dia 7 de fevereiro, antes da oração do Ângelus dominical, que voltou a conduzir da janela do Palácio Apostólico diante dos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, devido à diminuição das restrições sanitárias por parte das autoridades italianas.
Neste sentido, o Papa expressou sua alegria por poder recitar a oração mariana com as pessoas presentes na praça, apesar da forte chuva.
Refletindo sobre a passagem do Evangelho dominical na qual São Marcos narra quando Jesus curou a sogra de Pedro, o Santo Padre destacou os gestos “emblemáticos” de Jesus nesta cura física “a mulher estava de cama com febre ... ‘Aproximando-se, Ele a tomou pela mão e a fez levantar-se’. Há tanta doçura neste ato simples, que parece quase natural: ‘A febre a deixou e ela se pôs a servi-los’", frisou.
Nesse sentido, o Papa explicou que “o poder de cura de Jesus não encontra nenhuma resistência; e a pessoa curada retoma sua vida normal, pensando imediatamente nos outros e não em si mesma - e isso é significativo, é um sinal de verdadeira ‘saúde’”.
Em seguida, o Pontífice sublinhou que Jesus continuou curando os doentes e endemoninhados e, assim, mostrou “sua predileção pelas pessoas que sofrem no corpo e no espírito: é a predileção do Pai, que Ele encarna e manifesta com obras e palavras”.
“Isso é importante, cuidar dos doentes de todo tipo não é uma ‘atividade opcional’, algo acessório; não, é parte integrante de sua missão, como era da missão de Jesus: levar a ternura de Deus à humanidade”, advertiu o Papa.
Por isso, o Santo Padre destacou que Jesus não queria seus discípulos apenas como "espectadores de sua missão", mas "envolveu-os, enviou-os, deu-lhes também o poder de curar os doentes e expulsar os demônios. E isso continuou sem interrupção na vida da Igreja até hoje”.
“A realidade que estamos vivendo em todo o mundo por causa da pandemia torna esta mensagem particularmente atual”, acrescentou o Papa, recordando que no dia 11 de fevereiro será celebrado o Dia Mundial do Doente.
Por fim, o Papa destacou que a passagem do Evangelho também mostra que o estilo de Deus é “proximidade, ternura e compaixão” e descreveu que “esta compaixão tem suas raízes na relação íntima com o Pai” porque “Jesus se retirava e permanecia sozinho para rezar. Daí tirava as forças para cumprir o seu ministério, pregando e curando”.
“A Santíssima Virgem nos ajude a permitir que sejamos curados por Jesus - precisamos disso sempre, todos - para que, por nossa vez, possamos ser testemunhas da ternura regeneradora de Deus”, convidou o Pontífice.
A seguir, o Evangelho comentado pelo Papa Francisco:
São Marcos 1,29-39
Naquele tempo, 29Jesus saiu da sinagoga e foi, com Tiago e João, para a casa de Simão e André. 30A sogra de Simão estava de cama, com febre, e eles logo contaram a Jesus. 31E ele se aproximou, segurou sua mão e ajudou-a a levantar-se. Então, a febre desapareceu; e ela começou a servi-los.
32À tarde, depois do pôr do sol, levaram a Jesus todos os doentes e os possuídos pelo demônio. 33A cidade inteira se reuniu em frente da casa. 34Jesus curou muitas pessoas de diversas doenças e expulsou muitos demônios. E não deixava que os demônios falassem, pois sabiam quem ele era.
35De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus se levantou e foi rezar num lugar deserto. 36Simão e seus companheiros foram à procura de Jesus. 37Quando o encontraram, disseram: “Todos estão te procurando”. 38Jesus respondeu: “Vamos a outros lugares, às aldeias da redondeza! Devo pregar também ali, pois foi para isso que eu vim”. 39E andava por toda a Galileia, pregando em suas sinagogas e expulsando os demônios.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Papa pede proteger a vida em todas as suas etapas e alerta sobre inverno demográfico https://t.co/rEzLMP5j0l
— ACI Digital (@acidigital) February 7, 2021
Papa Francisco reza pelo povo de Mianmar em meio aos protestos pelo golpe militar
Vaticano, 07/02/2021 (ACI).- Ao concluir a oração do Ângelus deste domingo, o Papa Francisco rezou pelo povo de Mianmar e pediu para promover "a justiça social e a estabilidade nacional, para uma convivência harmoniosa".
“Nestes dias acompanho com grande preocupação a evolução da situação que se criou em Mianmar, um país que, desde a minha visita apostólica de 2017, carrego no coração com muito afeto”, disse o Papa.
Além disso, o Santo Padre acrescentou “neste momento tão delicado quero assegurar mais uma vez minha proximidade espiritual, minha oração e minha solidariedade com o povo de Mianmar. E rezo para que todos aqueles que têm responsabilidades no país se coloquem com sincera disponibilidade a serviço do bem comum, promovendo a justiça social e a estabilidade nacional, para uma convivência harmoniosa”.
Por isso, o Pontífice pediu "Rezemos por Mianmar" e permaneceu um breve momento em silêncio para oração.
A República da União de Mianmar (ex-Birmânia) é um país localizado no sudeste asiático limitado a noroeste pela Índia e Bangladesh, a leste pela Tailândia e Laos, a nordeste pela China e ao sul pela Baía de Bengala e o Mar Andamão.
Em 1º de fevereiro, houve um golpe contra a líder Aung San Suu Kyi e os chefes militares declararam estado de emergência por um ano e que o país seria liderado pelo general Min Aung Hlaing.
Dois dias depois, o Conselho de Segurança das Nações Unidas pediu "a libertação de todos os detidos, o respeito aos direitos humanos evitando o uso da violência e a restauração do processo democrático".
Segundo informou Vatican News, a mensagem do Papa neste domingo acontece no dia em que a Conferência Episcopal de Mianmar fez "um apelo aos fiéis para participarem de um dia de oração pela paz" e acrescentou que "os bispos em suas homilias continuaram a apelo ao diálogo, à não violência e ao retorno da democracia”.
Por sua vez, o presidente da Conferência Episcopal, Cardeal Charles Maung Bo, disse em 4 de fevereiro que “a paz é o único caminho e a democracia é a luz deste caminho”.
Menores migrantes
Em seguida, o Santo Padre fez um apelo "a favor dos menores migrantes não acompanhados".
"São tantos! Infelizmente, entre aqueles que por motivos diversos são obrigados a abandonar a sua pátria, existem sempre dezenas de crianças e jovens sozinhos, sem família e expostos a muitos perigos”, alertou.
Neste sentido, o Santo Padre sublinhou que nos últimos dias foi informado sobre "a dramática situação de quem se encontra na chamada rota dos Balcãs" e acrescentou "mas existem em todas as rotas".
“Asseguremos que a estas criaturas frágeis e indefesas não faltem cuidados adequados e canais humanitários preferenciais”, pediu o Papa.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Papa Francisco: Cuidar dos doentes não é uma "atividade opcional" da Igreja https://t.co/wvwzRy1FGS
— ACI Digital (@acidigital) February 7, 2021
Papa pede para confiar a Santa Josefina Bakhita a luta contra o tráfico de pessoas
Vaticano, 07/02/2021 (ACI).- Ao concluir a oração do Angelus dominical, o Papa Francisco encomendou as vítimas do tráfico de pessoas a Santa Josefina Bakhita e encorajou a economia a "nunca fazer do homem e da mulher uma mercadoria".
O Santo Padre lembrou que no dia 8 de fevereiro a Igreja celebra a memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita "uma religiosa sudanesa que viveu a humilhação e o sofrimento da escravidão" e que é também o dia de oração e reflexão contra o tráfico de pessoas.
“Este ano o objetivo é trabalhar por uma economia que não favoreça, mesmo indiretamente, esse tráfico ignóbil, ou seja, uma economia que nunca faz do homem e da mulher uma mercadoria, um objeto, mas sempre o fim. O serviço ao homem, à mulher, mas não os usar como mercadoria”, disse o Papa.
Nesse sentido, o Pontífice nos convidou a pedir a Santa Josefina Bakhita que “nos ajude nisto”.
Maratona de orações contra o tráfico
Por sua vez, a rede de vida consagrada contra o tráfico de pessoas, Talitha Kum, está organizando no dia 8 de fevereiro uma maratona mundial de orações on-line da qual o Papa Francisco participará com uma mensagem de vídeo.
O evento terá início na Oceania e percorrerá Ásia, Oriente Médio, África, Europa e concluirá na América Latina e América do Norte.
A iniciativa é promovida pela União Internacional de Superioras Gerais (UISG) e promovida pela seção de Migrantes e Refugiados do Dicastério para o Serviço de Desenvolvimento Humano Integral, Cáritas Internationalis, União Mundial de Organizações femininas Católicas, Movimento dos Focolares e outras organizações comprometidas e a nível local.
O Dia Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico foi instituído pelo Papa Francisco em 2015. Este ano o seu lema é “Economia sem tráfico de pessoas”, razão pela qual a rede Talitha Kum propõe “um caminho de reflexão para uma economia que promova a vida e dignidade trabalho para todos”.
A hashtag oficial é: #PrayAgainstTrafficking.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Papa Francisco reza pelo povo de Mianmar em meio aos protestos pelo golpe militar https://t.co/4KI8lVp7UH
— ACI Digital (@acidigital) February 7, 2021