3 de fevereiro: São Brás, padroeiro das enfermidades da garganta e dos laringologistas
REDAÇÃO CENTRAL, 03/02/2021 (ACI).- São Brás, médico e Bispo do Sebaste, Armênia, era conhecido por obter curas milagrosas com sua intercessão. Certo dia, salvou um menino que estava sufocando por um espinho de peixe agarrado na garganta. Foi daí que surgiu o costume de abençoar as gargantas no dia de sua festa, 3 de fevereiro.
São Brás nasceu no seio de uma família pomposa, de pais nobres. Recebeu educação cristã e se consagrou como Bispo quando era ainda muito jovem. Com a perseguição aos cristãos, por inspiração divina, retirou-se a uma cova nas montanhas, frequentada por feras selvagens, às quais o santo atendia e curava quando estavam doentes.
Quando alguns caçadores foram procurar animais para os jogos da areia no bosque do Argeus, encontraram muitos deles que estavam esperando fora da cova onde estava São Brás.
O santo justo se encontrava orando e foi tomado prisioneiro. Agrícola, governador da Capadócia, buscou fazer com que São Brás renegasse a fé, mas não conseguiu. O tempo na prisão serviu ao santo para interceder a Deus e obter curas para alguns detentos.
Ele sofreu muitas ameaças e flagelos para que renunciasse a fé, mas, por amor a Cristo e à Igreja, renunciou à própria vida e foi decapitado no ano de 316.
São Brás foi um Pastor muito querido pelos fiéis. Durante o seu cativeiro, na escuridão do calabouço, obteve de presente de algum de seus amigos um par de velas, com as quais recebia luz e calor. Por isso, na representação iconográfica, o santo aparece portando duas velas.
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Há pessoas que passam fome na Síria, denunciam religiosas diante de crise econômica
Damasco, 03/02/2021 (ACI).- A religiosa portuguesa Maria Lúcia Ferreira (também conhecida como Ir. Myri) é missionária na Síria e alerta que no país “a situação está cada vez pior, as pessoas estão quase a passar fome, há já [mesmo] quem passe fome…”.
A declaração foi dada durante um telefonema à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) de Lisboa, na qual narrou que a crise econômica tem se agravado na Síria de um dia para outro, fruto não só de uma década de guerra, mas também das sanções econômicas impostas ao regime de Bashar al Assad e às consequências da pandemia do coronavírus.
Pertencente à Congregação das Monjas da Unidade de Antioquia, Ir. Myri vive em um mosteiro na vila de Qara, relativamente perto da fronteira com o Líbano. De acordo com ela, na Síria, “tudo está cada vez mais caro” e assim “é muito difícil viver”.
Segundo a Fundação ACN, a religiosa relatou que a crise econômica está atingindo toda a sociedade e explicou que são muito frequentes e prolongadas as quebras no fornecimento de eletricidade, mas também é cada vez mais difícil encontrar combustíveis para os automóveis e para o aquecimento das casas.
“A eletricidade às vezes passa 12 horas sem vir e quando vem às vezes é só por meia hora”, disse, acrescentando que “também é muito difícil encontrar gasolina… as pessoas estão na fila à espera e não encontram”.
“Também o ‘mazut’ [óleo] para as pessoas se aquecerem é muito difícil… Tudo o que é carburantes é muito difícil [de encontrar], assim como aqui na região não há muita madeira”, indicou.
Conforme assinalou Ajuda à Igreja que Sofre, o relato de Ir. Myri vai ao encontro do que disse ao secretariado britânico da Fundação Pontifícia a Ir. Annie Demerjian, da Congregação de Jesus e Maria, responsável há quase uma década pelas campanhas de ACN nas cidades de Aleppo e Damasco.
De acordo com ela, “as pessoas estão com fome, não têm o que comer” e “apenas a cada duas horas temos uma hora de eletricidade”. “Isso não é suficiente para aquecer uma casa. Não há gás suficiente para cozinhar alimentos”, completou.
A religiosa ainda lamentou: “O mundo começou a esquecer-se da Síria e isso é doloroso”.
Diante disso, assinalou a Fundação ACN, torna-se mais relevante o trabalho realizado por esta Fundação Pontifícia na Síria, permitindo que famílias mais empobrecidas possam ter acesso a bens essenciais como leite para as crianças, alimentos, medicamentos e acesso a cuidados de saúde e produtos de higiene pessoal.
A ajuda da Fundação ACN abrange atualmente 273 famílias em Aleppo e mais de uma centena em Damasco, a capital da Síria. “Graças ao apoio da Fundação AIS, podemos dar-lhes todos os meses ajuda de subsistência básica, incluindo vales para a compra de artigos essenciais como comida e gás para cozinhar”, explicou Ir. Annie em novembro, quando a Ajuda à Igreja que Sofre lançou a campanha de Natal em que se ofereceram blusas a milhares de crianças que vivem nas cidades de Damasco e Aleppo, mas também em Homs, Kameshli, Hassakeh, Swidaa e Horan.
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Papa Francisco: A Missa não pode ser “somente ouvida” como se fôssemos espectadores
Vaticano, 03/02/2021 (ACI).- Durante a Audiência Gral de hoje, 3 de fevereiro, o Papa Francisco advertiu que a expressão "vou ouvir a Missa" não é correta porque a Missa não pode ser "somente ouvida, como se fôssemos apenas espectadores".
“A Missa não pode ser‘ ouvida’, como se fôssemos apenas espectadores de algo que escorre sem nos envolver. A Missa é sempre celebrada, e não apenas pelo sacerdote que a preside, mas por todos os cristãos que a vivem. O centro é Cristo! Todos nós, na diversidade dos dons e ministérios, nos unimos na sua ação, porque ele é o Protagonista da liturgia”, indicou o Papa.
Dando continuidade ao ciclo de catequeses sobre a oração, o Santo Padre refletiu sobre a oração com a liturgia e destacou que “a vida é chamada a tornar-se culto a Deus, mas isto não pode acontecer sem a oração, especialmente a oração litúrgica”.
Neste sentido, o Pontífice destacou que “a liturgia, precisamente pela sua dimensão objetiva, pede para ser celebrada com fervor, para que a graça derramada no rito não se disperse, mas alcance a vivência de cada um”.
Além disso, o Santo Padre reconheceu que “na história da Igreja verificou-se repetidamente a tentação de praticar um cristianismo intimista, que não reconhece a importância espiritual dos ritos litúrgicos públicos”, e acrescentou que esta tendência afirmava “a presumível maior pureza de uma religiosidade que não dependesse de cerimônias externas, consideradas um fardo inútil ou prejudicial”.
No entanto, o Papa recordou a Constituição do Concílio Vaticano II Sacrosanctum Concilium, que “reafirma de forma completa e orgânica a importância da liturgia divina para a vida dos cristãos, que nela encontram aquela mediação objetiva exigida pelo fato de Jesus Cristo não ser uma ideia nem um sentimento, mas uma Pessoa viva, e o seu Mistério um acontecimento histórico”.
“A oração dos cristãos passa por mediações concretas: a Sagrada Escritura, os Sacramentos, os ritos litúrgicos. Na vida cristã não prescindimos da esfera corpórea e material, porque em Jesus Cristo ela se tornou o caminho da salvação. Podemos dizer que agora devemos rezar com o corpo. O corpo entra na oração”, afirmou o Papa.
Nesse sentido, o Santo Padre citou o Catecismo da Igreja Católica para enfatizar que “a missão de Cristo e do Espírito Santo que, na liturgia sacramental da Igreja, anuncia, atualiza e comunica o Mistério da salvação, continua no coração que reza”.
“A liturgia, em si, não é apenas oração espontânea, mas algo cada vez mais original: é um ato que fundamenta toda a experiência cristã e, por conseguinte, também a oração. É acontecimento, é evento, é presença, é um encontro com Cristo”, acrescentou.
Desta forma, o Papa sublinhou que “Cristo faz-se presente no Espírito Santo através dos sinais sacramentais: disto, para nós cristãos, deriva a necessidade de participar nos mistérios divinos. Um cristianismo sem liturgia é um cristianismo sem Cristo, totalmente sem Cristo”.
Acrescentou ainda que, "mesmo no rito mais despojado, como o que alguns cristãos celebraram e celebram em lugares de prisão, ou no esconderijo de uma casa durante os tempos de perseguição, Cristo está verdadeiramente presente e doa-se aos seus fiéis ”.
“Que este pensamento nos ajude. Quando vamos à missa aos domingos, vamos para rezar em comunidade, rezar com Cristo que está presente. Quando vamos a uma celebração do Batismo, Cristo está ali presente que batiza. Isso não é uma maneira de dizer. Cristo está presente e na liturgia você reza com Cristo junto de você”, concluiu o Papa.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
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Arcebispo recorda com Missa os 6 meses do atentado contra Catedral de Manágua
MANÁGUA, 03/02/2021 (ACI).- O Arcebispo de Manágua (Nicarágua), Cardeal Leopoldo Brenes, celebrou recentemente uma Missa Solene na qual recordou os seis meses do atentado que destruiu parte da capela da Catedral da Imaculada Conceição, onde se encontrava a antiga imagem do Sangue de Cristo.
Em 31 de julho de 2020, uma pessoa não identificada entrou às 11h à Capela do Sangue de Cristo, localizada na Catedral de Manágua, e lançou uma bomba Molotov que destruiu boa parte do local e a imagem consagrada e venerada do Sangue de Cristo, um crucifixo de 382 anos diante do qual São João Paulo II se ajoelhou em sua segunda visita à Nicarágua em 7 de fevereiro de 1996.
Assim que ocorreu o ataque, o Purpurado disse que o atentado foi "um ato de profanação totalmente condenável, por isso devemos permanecer em constante oração para derrotar as forças malignas". O ataque ocorreu em meio a atos de violência contra várias paróquias do país, que incluíram roubos e profanação.
Seis meses depois, na homilia de 31 de janeiro, o Purpurado recordou com tristeza o atentado lamentável, mas assegurou que a fé em Jesus Cristo não pode ser destruída com este tipo de vandalismo, porque está gravada no coração do homem.
“Com grande tristeza, todos os dias, recordamos aquele lamentável atentado contra a preciosa e consagrada imagem do Sangue de Cristo. No entanto, o Santo Padre disse na quarta-feira referindo-se à Palavra: 'Mesmo que todas as bíblias do mundo fossem queimadas, ainda assim a Palavra não vai se perder e será possível escrevê-la novamente, porque essa palavra ficou gravada no coração", disse.
Do mesmo modo, referiu-se "à pessoa ou pessoas que planejaram esse atentado" e disse que embora "tenham pensado que destruindo nossa imagem venerada e consagrada, a fé em Jesus Cristo estaria perdida", "nossa fé em Jesus Cristo não está grudada em nossas testas com saliva".
“Pelo contrário, a nossa fé em Jesus Cristo, e que fortalecemos através das imagens, está gravada no fundo do coração; e o que está gravado no coração, nada nem ninguém poderá tirar, nada nem ninguém poderá roubar, porque o coração é como aquele cofre que guarda zelosamente os segredos e mistérios de Deus”, frisou.
O Purpurado também anunciou que, com o apoio de um instituto técnico para a restauração da Arquidiocese da Guatemala, estão progredindo os respectivos estudos para restaurar a antiga imagem do Sangue de Cristo, que hoje está muito deteriorada pelo incêndio.
“Estamos trabalhando e fazendo consultas para a restauração da imagem. Tivemos o apoio do Bispo da Guatemala, da comissão, que está fazendo os estudos. Já foi enviado um material para que possam analisar bem [o estado] da imagem, bem como os danos que a imagem sofreu”, disse.
Finalmente, o Cardeal Brenes exortou os fiéis a continuarem rezando para que logo tenham em bom estado a venerada imagem, que tanto ajudou durante séculos a aproximar os nicaraguenses de Jesus Cristo.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Papa Francisco aceita renúncia de Bispo de Serrinha (BA) e Coadjutor assume a Diocese
Vaticano, 03/02/2021 (ACI).- O Papa Francisco aceitou nesta quarta-feira, 3 de fevereiro, e pedido de renúncia de Dom Ottorino Assolari ao governo pastoral da Diocese de Serrinha (BA) e nomeou como seu sucessor o atual Bispo Coadjutor, Dom Hélio Pereira dos Santos.
A renúncia de Dom Ottorino se deu por motivo de idade, ao completar 75 anos no último dia 30 de janeiro.
Italiano e religiosa da Congregação da Sagrada Família, veio para o Brasil em 1990. Foi o primeiro bispo de Serrinha, nomeado pelo Papa Bento XVI para esta função em 2005, tendo recebido a ordenação episcopal em 25 de novembro daquele ano.
Já o novo Bispo de Serrinha, Dom Hélio Pereira dos Santos, foi nomeado Coadjutor desta diocese baiana em 16 de outubro de 2020. Até então, era Bispo Auxiliar de Salvador.
O Prelado nasceu em Pão de Açúcar (AL), em 18 de novembro de 1967. Estudou Filosofia no Seminário Arquidiocesano de Maceió (1990-1992) e Teologia na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1993-1996).
Também estudou Letras na Universidade Estadual de Alagoas e especializou-se em História no Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC) e em ensino da língua inglesa na Universidade Cândido Mendes.
Foi ordenado sacerdote em 19 de dezembro de 1996, incardinado na Diocese de Palmeira dos Índios, onde atuou como: tesoureiro do Colégio São Vicente, em Pão de Açúcar (AL); reitor do Seminário São João Maria Vianney, em Palmeira dos Índios (AL); capelão de Nossa Senhora Aparecida, na Paróquia São Vicente, e da Divina Pastora, na Paróquia Nossa Senhora do Amparo; vigário paroquial de Nossa Senhora da Saúde, em Igaci (AL); coordenador Diocesano de Pastoral; vigário geral; chanceler da Cúria; pároco de Bom Jesus dos Pobres, em Quebrangulo (AL); membro do Conselho Presbiteral e do Colégio de Consultores.
Além disso, foi professor na Fundação Estadual da Saúde, em Sergipe, no Centro de Estudos Superiores de Maceió (CESMAC) e na Faculdade de Santo Tomás de Aquino, em Palmeira dos Índios (AL).
Em 27 de abril de 2016, foi nomeado bispo auxiliar de Salvador, recebendo a ordenação episcopal em 22 de julho do mesmo ano.
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Legisladora retira projeto de lei que obriga a violar o segredo de confissão
DAKOTA DO NORTE, 03/02/2021 (ACI).- A senadora estadual Judy Lee retirou na sexta-feira, 29 de janeiro, um projeto de lei em Dakota do Norte (Estados Unidos) que obrigava sacerdotes católicos a violar o segredo da confissão.
O projeto de lei SB 2180 exigia que os sacerdotes ou outras figuras religiosas denunciassem casos suspeitos ou confirmados de abuso infantil às autoridades, caso soubessem do crime em confissão ou conversa privada.
Lee, que copatrocinou o projeto de lei, assinalou que o polêmico projeto de lei se tornou "uma distração" e assinalou que há uma "falta de compreensão sobre o objetivo e as circunstâncias."
A lei atual de denúncia obrigatória em Dakota do Norte estabelece que o clero se considera informante obrigatório de abuso infantil conhecido ou suspeito, exceto quando "o conhecimento ou suspeita deriva de informações recebidas em qualidade de conselheiro espiritual", como no confessionário. O projeto de lei formulado por Lee e outros senadores revogaria essa exceção.
Em um comunicado, a Conferência Católica de Dakota do Norte disse que compartilhava os objetivos de Lee na luta contra o abuso infantil, mas discordava de sua legislação.
“Compartilhamos o chamado da senadora Lee para prevenir o abuso infantil. Simplesmente não concordamos com o projeto de lei", assinalou.
A conferência católica indicou que espera trabalhar com os legisladores para alcançar a verdadeira proteção dos mais fracos e do bem comum e agradeceu todas as pessoas que se comunicaram com os senadores em oposição à legislação.
Lee disse que a conversa sobre o abuso infantil "tem que continuar" e assinalou que é necessário que todos possam fazer o possível “para proteger estes pequenos”.
Os sacerdotes são obrigados pelo direito canônico, derivado da lei divina, a manter a confidenciabilidade do conteúdo de uma confissão, e nem sequer podem revelar se uma confissão aconteceu ou não. O Código de Direito Canônico estabelece que o “sigilo sacramental é inviolável; pelo que o confessor não pode denunciar o penitente nem por palavras nem por qualquer outro modo nem por causa alguma”.
Os sacerdotes não podem violar o sigilo, nem sequer sob ameaça de prisão ou pena civil, e podem incorrer em excomunhão latae sententiae se o fizerem. O Catecismo da Igreja Católica (CIC), número 1467, explica o ensinamento da Igreja sobre o segredo da confissão. Os dois bispos de Dakota do Norte já haviam escrito cartas aos católicos dizendo que o projeto de lei do estado violava a liberdade religiosa.
O Bispo de Bismarck, Dom David Kagan, destacou em 20 de janeiro que o projeto de lei "tornaria o Estado e não a nossa amada Igreja Católica o moderador de nossa fé e de nossa vida sacramental".
“Se este projeto for aprovado, terá um impacto direto sobre todos os católicos do estado”, enfatizou. "Se este projeto for aprovado, impedirá diretamente nosso livre exercício de nossas crenças e práticas religiosas", acrescentou.
Da mesma forma, o Bispo de Fargo, Dom John Folda, assinalou que o projeto de lei é "inerentemente tendencioso contra a religião".
“A Igreja condena o abuso de menores cometido por qualquer pessoa. Os sacerdotes e os diáconos já são informantes obrigatórios de qualquer suspeita de abuso de menor”, declarou. "Até agora, o aconselhamento espiritual estava isento deste mandato, mas SB 2180 acabaria com esta isenção", enfatizou.
Dom Folda assinalou que o projeto de lei, se fosse aprovado, "violaria os direitos de todas as pessoas de fé de praticar sua religião sem a interferência do governo".
Além disso, advertiu que "durante séculos, os tiranos tentaram se infiltrar na santidade do confessionário para seus próprios fins, e esta é mais uma tentativa de violar a sagrada confidencialidade do Sacramento da Reconciliação".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Projeto de lei obrigaria sacerdotes a violar segredo de confissão https://t.co/24M87nACDz
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Acadêmicos chamam a formar coalisão centrada na vida, família, religião e educação
WASHINGTON DC, 03/02/2021 (ACI).- Um grupo de acadêmicos expressou a necessidade de que diferentes grupos conservadores formem uma coalizão centrada na vida, na família, na religião e na educação, bens que, consideram, são os mais importantes para conservar na sociedade.
“É necessário um novo consenso e convidamos outras pessoas para trabalhar conosco para lhe dar forma. Se pudermos estabelecer os interlocutores de uma coalizão conservadora pós- [Donald] Trump, então poderemos começar o trabalho árduo de abordar as perguntas mais sérias que enfrentamos”, indica uma carta assinada no domingo, 31 de janeiro, por um grupo de acadêmicos que trabalha com o Witherspoon Institute, uma organização sem fins lucrativos focada no raciocínio moral em uma sociedade livre.
“Os conservadores podem discordar em muitas coisas, mas a discordância não que se deve evitar; na verdade, um desacordo real e produtivo é uma conquista”, afirma a carta. No entanto, acrescenta que "entre os conservadores, há fragmentação e confusão".
“Parte disso decorre das complexidades e intensos debates sobre o último governo, mas vai além do presidente [Donald] Trump, revelando a fragilidade das coalizões que definiram a direita durante a Guerra Fria e as suas consequências”, continua a mensagem.
“Quaisquer que sejam as nossas diferenças, todos os conservadores enfrentam ameaças semelhantes. Seríamos irresponsavelmente ingênuos ou lenientes em permitir que nossas disputas internas nos distraiam de nossas tarefas comuns”, acrescentaram os acadêmicos.
Nesse sentido, identificam vários "elementos de nossa vida em comum" que são "centrais para o florescimento humano" e que acreditam que deveriam focar-se no discurso público.
No âmbito do "matrimônio e vida", os estudiosos identificaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a ideologia de gênero, o aborto, a pornografia, a contracepção e o isolamento social como algumas das questões mais urgentes a serem abordadas.
A carta aborda vários pontos planejados ou promulgados na agenda promovida pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e que estão em desacordo com a visão católica da sexualidade humana.
Em um de seus primeiros atos no cargo, Biden assinou uma ordem executiva, em 21 de janeiro, para interpretar a discriminação sexual na lei federal incluindo a orientação sexual e a identidade de gênero. Em 28 de janeiro, Biden emitiu um memorando presidencial revogando a Política da Cidade do México, o que permite que os Estados Unidos voltem a financiar grupos internacionais pró-aborto através de fundos de planejamento familiar e assistência à saúde global.
Os autores da carta assinalaram que “o conservadorismo deve ser regido por um sentido de primazia da pessoa” e que “nenhuma lei, política ou instituição que destrua a pessoa humana pode ser justa”.
“Raça, equidade, justiça perante a lei, práticas comerciais justas, sindicatos, dignidade dos trabalhadores, compensação justa, direitos civis, impostos, respeito pelas contribuições das mulheres, identidade sexual, estes não são temas para ignorar ou ridicularizar. A primeira tarefa é compreender. Depois, partindo de uma postura de compreensão e compaixão, devemos articular claramente as verdadeiras condições de bem-estar humano, trabalhando por meio da lei, da sociedade civil, da família e da ação individual para alcançar essas condições na medida do possível”, explicam os acadêmicos.
Em relação à religião, os acadêmicos asseguraram que “por mais necessária que seja a defesa da liberdade religiosa, essa liberdade em si é insuficiente para a promoção e o florescimento da religião, principalmente em um momento em que esta nos Estados Unidos encontra-se em declínio tanto em aderentes como em substância”.
“Muito poucos líderes religiosos e intelectuais parecem preparados para fornecer e ensinar as verdades religiosas significativas e densas de uma forma envolvente e acessível ao público. Como tantas outras coisas em nosso tempo, a religião contemporânea parece estar em declínio. Como podemos revivê-la e restaurá-la?”, questionam-se os intelectuais.
Em termos de educação, os acadêmicos identificaram a escolha da escola, o controle local, os direitos dos pais e a qualidade da educação como alguns temas fundamentais
Em relação à justiça, a carta afirma que “o conservadorismo deve ser regido por um senso de primazia da pessoa”. "Nenhuma lei, política ou instituição que destrua a pessoa humana pode ser justa."
“Estes não são os únicos temas que merecem uma reflexão sustentada, mas são dignos de deliberação na tentativa de construir um novo consenso. Qualquer coalizão conservadora viável deve encontrar formas de preservar os bens que nos unem, confrontando e respondendo honestamente às forças que os colocam em perigo”, concluem os acadêmicos.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Líder dos Cavaleiros de Colombo recebe importante prêmio pró-vida https://t.co/rkQKf9qtLQ
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Classificam como “grupos de ódio” organizações em favor do casamento entre homem e mulher
WASHINGTON DC, 03/02/2021 (ACI).- A ONG Southern Poverty Law Center (SPLC) classificou novamente algumas importantes organizações em sua lista anual como “grupos de ódio” porque estas promovem e defendem o casamento entre um homem e uma mulher.
O relatório de 2020 intitulado "Ano do ódio e do extremismo", lançado em 1º de fevereiro, pretende criar uma lista de "grupos de ódio" nos Estados Unidos, dividida por estado. Os responsáveis pela lista, na qual incluem os neonazistas, os nacionalistas brancos e capítulos da Ku Klux Klan, decidiram acrescentar organizações que promovem a vida, a família e a liberdade religiosa, como Alliance Defending Freedom, C-FAM, Family Research Council e Ruth Institute.
Esses grupos estão listados sob o título "Anti-LGBTQ", já que se opõem ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
A inclusão da Alliance Defending Freedom como um “grupo de ódio” chamou a atenção em 2016, quando esta organização foi incluída pela primeira vez.
Jeremy Tedesco, conselheiro jurídico da Alliance Defending Freedom, respondeu que "ADF é um dos defensores da Suprema Corte mais respeitados e bem-sucedidos do país, e ganhou 11 casos na Suprema Corte dos Estados Unidos desde 2011".
"Trabalhamos para preservar as liberdades fundamentais de expressão, religião e consciência de todos os norte-americanos", disse Tedesco à CNA, agência em inglês do Grupo ACI.
Além disso, o funcionário da ADF criticou fortemente a SPLC, "que, em algum momento, já foi uma organização de direitos civis respeitada". Disse que a ONG "destruiu sua própria credibilidade devido à sua descarada agenda partidária e ao seu desacreditado plano de arrecadação de fundos", e que "se tornou um grupo que ataca e espalha mentiras sobre organizações e indivíduos que discordam de sua agenda de extrema esquerda".
A ADF criou um site respondendo às acusações da SPLC.
Em 2017, quando Ruth Institute, outra das organizações afetadas, foi classificada como um “grupo de ódio”, a organização perdeu a capacidade de arrecadar fundos online. A fundadora do instituto, Dra. Jennifer Roback Morse, disse ao National Catholic Register que foi negado seu pedido para o programa “Amazon Smile”, que envia parte das compras para organizações beneficentes.
“O foco principal do Ruth Institute é a ruptura familiar e seu impacto nas crianças: compreendê-la, curá-la, terminar com ela. Se isso nos converte em um 'grupo de ódio', então que assim seja”, disse Morse em setembro de 2017, em resposta à polêmica.
As consequências da classificação como "grupo de ódio" tiveram consequências mais graves. Em 2012, Floyd Lee Corkins II, empunhando uma pistola 9 mm e 50 cartuchos de munição, entrou no saguão da sede do Family Research Council (FRC), em Washington DC, e atirou em um guarda de segurança desarmado, que sobreviveu ao ataque e derrubou Corkins no chão. As autoridades disseram que as ações do segurança podem ter evitado um tiroteio em massa.
Corkins, que foi condenado a 25 anos de prisão, confessou ter sido motivado pelo rótulo "anti-gay" que SPLC deu ao FRC.
William Boykin, vice-presidente executivo do FRC, disse que SPLC "é uma máquina de difamação política que tem pouco respeito pela liberdade de pensamento e expressão".
“A organização Southern Poverty Law Center estava conectada em uma corte federal ao terrorismo doméstico no momento em que o atirador que atacou Family Research Council em 2012 se confessou culpado do crime e posteriormente confessou que se baseou no desacreditado 'mapa do ódio' da SPLC para atacar FRC”, disse Boykin à CNA.
Boykin disse que a organização se tornou tão radical que está perdendo credibilidade.
“Em todo o âmbito político, há uma consciência do que a SPLC se tornou: uma organização completamente desonrada que busca silenciar seus oponentes políticos com calúnias falsas e difamatórias que colocam em perigo a vida de seus agressores”, disse.
"Vimos como corporações e inclusive os meios de comunicação se tornaram cada vez mais cépticos sobre os dados desacreditados, o mapa e as diversas listas da SPLC”, disse Boykin. “O FBI eliminou os links da SPLC de sua página de ‘recursos sobre crimes de ódio’ e o Pentágono se distanciou dos materiais de SPLC”, acrescentou.
SPLC foi fundada em 1971 e originalmente monitorava indivíduos e grupos que lutavam contra o movimento pelos direitos civis. Começou a rastrear grupos racistas e de supremacia branca, como neonazistas e afiliados à Ku Klux Klan na década de 1980. Também afirma monitorar outros grupos "extremistas", como grupos "anti-imigrantes" e "antimuçulmanos".
No ano passado, NBC informou como escandaloso que 14 organizações classificadas como “grupos de ódio” pela SPLC tenham se beneficiado do Programa de Proteção de Pagamentos, criado como um auxílio às pequenas empresas afetadas pelas restrições do coronavírus.
Em 2019, a reputação da SPLC sofreu um grande golpe quando o cofundador Morris Dees foi forçado a renunciar após sérias acusações de racismo e misoginia.
Além disso, SPLC foi obrigada a se retratar várias vezes devido a suas classificações de grupos de ódio. Em 2018, desculpou-se e pagou a Maajid Nawaz um acordo de mais de 3 milhões de dólares por incluí-lo em seu “Guia de campo para extremistas anti-muçulmanos”. SPLC se retratou de todo o seu guia de campo, que também incluía Ayaan Hirsi Ali, a respeitada defensora dos direitos humanos e acadêmica.
Brian Brown, presidente da Organização Internacional para a Família também rejeitou as classificações da lista de ódio da SPLC.
É a própria organização SPLC “que está motivada pelo preconceito e a intolerância. Não há nada de ‘odioso’ em acreditar que as crianças merecem uma mãe e um pai, mas é completamente odioso perseguir as organizações e indivíduos que apoiam esta ideia”, indicou.
"SPLC deve ser responsabilizada pela retórica provocativa e inflamatória que já gerou pelo menos um tiroteio e também pelas vidas e meios de subsistência que destruíram com suas mentiras", continuou Brown.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Arcebispo pede que governo leve a sério onda de sequestros de católicos na Nigéria
Abuja, 03/02/2021 (ACI).- Em declarações à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN), o Arcebispo de Abuya (Nigéria), Dom Ignacio Ayau Kaigama, expressou sua preocupação com a série de sequestros e atos de violência cometidos por terroristas contra sacerdotes, religiosos e fiéis católicos e pediu ao governo para levar o problema a sério.
Na noite de 27 de dezembro, pela primeira vez na história da Igreja na Nigéria, um bispo foi sequestrado: o Bispo Auxiliar de Owerri, Dom Moses Chikwe. Levaram junto com ele o motorista, Ndubuisi Robert.
Poucos dias depois, o Arcebispo diocesano, Dom Anthony Obinna, anunciou que Dom Chikwe e seu motorista foram libertados no dia 1º de janeiro por volta das 22h. Além disso, afirmou que o motorista apresentava uma ferida de corte provocada pelos sequestradores, por isso foi levado para o hospital.
Além disso, ocorreram outros sequestros como o do Pe. Valentine Exeagu da congregação dos Filhos de Maria Mãe da Misericórdia, que foi sequestrado por desconhecidos armados em 15 de dezembro e libertado 36 horas depois; o do Pe. Matthew Dajo da Arquidiocese de Abuja, sequestrado e libertado após dez dias de cativeiro; e o do Pe. John Gbakaan da Diocese de Minna, sequestrado em 15 de janeiro e assassinado no dia seguinte.
Dom Kaigama disse que os sequestros acontecem há muito tempo na Nigéria, mas que, por não serem levados a sério pelas autoridades, se tornaram uma "doença que se espalha sem nenhum esforço significativo para impedi-la".
O Prelado disse que como a Igreja Católica na Nigéria se distingue por ser visível, muito respeitada e reconhecida, os sequestradores sabem que atacar os católicos é conveniente para os seus fins. Explicou que no passado “as pessoas pensavam que isso não aconteceria com os líderes religiosos. Por isso, quando acontece, é uma notícia de destaque”, disse.
Trata-se de “uma estratégia dos terroristas. Atacam onde a repercussão é mais forte, isso é o que conseguem atacando sacerdotes e religiosos católicos”, afirmou. “Os criminosos, bandidos... sabem que quando tocam em um sacerdote ou em uma religiosa católica, isso se torna notícia muito rapidamente, eles acreditam que isso força o governo a levar isso a sério”, acrescentou.
O Prelado denunciou que o Governo não está levando o problema a sério, porque apesar de o problema se prolongar há anos, os autores dos crimes nem sequer são identificados. Um exemplo é que "as palavras 'terroristas', 'bandidos' e 'homens armados' têm sido usadas indistintamente para descrever os responsáveis por esses sequestros, mas não se sabe ao certo a sua identidade", assinalou.
“Que as nossas forças de segurança sejam incapazes de identificar estas pessoas é algo desconcertante e dá a entender que não se esforçam muito para garantir a segurança. Isso continua e continua e contam sempre a mesma história para nós”, disse.
Para o Prelado, os motivos desses sequestros são diversos. Por exemplo, há sequestros por motivos econômicos, cometidos por criminosos que “só querem dinheiro rápido, que mantêm pessoas como reféns e pedem resgate de milhões de nairas (moeda local)”.
Além disso, existem religiosos fundamentalistas que buscam a expansão territorial “para conquistar aqueles que consideram infiéis, e os cristãos estão em primeiro lugar na lista. Também atacam e matam muçulmanos que não professam o mesmo culto que eles”, disse.
Além disso, alguns são simplesmente fanáticos religiosos que "se esqueceram do que desejam, mas redobram seus esforços para matar e destruir".
Sobre o pagamento de resgates, que às vezes chegam a milhões de naira, Dom Kaigama disse que a Igreja na Nigéria concordou em não pagar resgates, pois isso causaria mais danos e colocaria mais sacerdotes e religiosos em risco.
“Nós, bispos da Nigéria, concordamos unanimemente em nossa Conferência Episcopal e deixamos bem claro que não pagamos resgates. Quando um sacerdote é sequestrado, este deixa claro que sua Igreja não paga resgates”.
“Pagar um resgate significa colocar à venda e pôr em perigo todos os sacerdotes, religiosas e colaboradores da Igreja que se deslocam continuamente entre as aldeias, sem disfrutar de nenhum tipo de comodidade, mas sempre dispostos a se sacrificar pelo amor de Deus e do seu povo. Estariam em perigo pois assim se fomenta a criminalidade e se convida os sequestradores a causar mais prejuízos”, destacou.
Dom Kaigama lamentou que os líderes religiosos do país sejam sequestrados e assassinados, mas destacou que outros nigerianos também são atacados. Assinalou que há centenas e milhares de pessoas em diferentes partes do país que estão sendo assassinadas sem que se faça nada concreto a respeito.
"As pessoas permanecem sequestradas durante anos, por exemplo, as meninas de Chibok, incluindo Leah Sharibu, e muitos mais, e aqui vemos isso como algo normal”, disse. “São o que eu chamaria de vítimas silenciosas, e são muitas”, acrescentou.
Por isso, o Prelado pediu ao Governo nigeriano uma “mudança de atitude” e pediu-lhe que utilize bem os recursos econômicos que têm para fornecer aos agentes de ordem o necessário para enfrentar os criminosos.
Explicou que “infelizmente, os agentes de segurança ganham muito pouco e têm que enfrentar os criminosos que possuem armas mais sofisticadas e que acabam os derrotando e matando”.
Por isso, disse que é uma necessidade urgente que o Governo capacite os agentes de segurança para que atuem com mais eficácia. “A essa altura, seria de se esperar que, com todo o dinheiro que os políticos administram, o governo investisse mais na compra de equipamentos sofisticados para perseguir os criminosos”, disse.
Da mesma forma, denunciou que embora o Governo consiga ter os recursos econômicos e o problema identificado, não consegue utilizá-los adequadamente.
“Não fazemos bom uso do que temos: mesmo que o dinheiro seja destinado para comprar equipamentos de segurança, o dinheiro se perde no processo, quando são comprados, este costumam ser defeituosos. O Governo deve utilizar bem o dinheiro e ocupar-se dos agentes de segurança que estão na linha de frente no combate aos criminosos. Juntos devemos fazer um esforço mais decidido por combatê-los”, concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Arcebispo de Natal se desculpa por inconveniente em entrevista
NATAL, 03/02/2021 (ACI).- O Arcebispo de Natal, Dom Jaime Vieira Rocha, pediu desculpas por “algum inconveniente” que possa ter causado ao negar conceder uma entrevista a um jovem durante novenário na Paróquia de Nossa Senhora da Piedade, em Espírito Santo (RN).
“Em virtude de polêmica suscitada em redes sociais, venho através desta, como já fiz pessoalmente por telefone, pedir desculpas se posso ter causado algum inconveniente aos irmãos dessa amada paróquia no âmbito das relações interpessoais, na noite desta segunda-feira, 01 de fevereiro, após a última novena da Festa de Nossa Senhora da Piedade”, afirma o Prelado em nota.
No vídeo divulgado nas redes sociais, o Arcebispo aparece ao lado do jovem agente da Pastoral da Comunicação (Pascom), que dá início à entrevista falando com um tom entusiasmado e gesticulando. Em seguida, o Prelado afirma preferir não dar a entrevista. Após a interferência de outra pessoa, Dom Jaime aceita gravar uma mensagem sozinho, a qual está publicada na página de Facebook da Paróquia.
Nas redes sociais e mídia, então, afirmou-se que a atitude do Arcebispo se trataria de um ato de homofobia, embora não haja nenhuma informação sobre a orientação sexual do rapaz.
“Quem me conhece sabe que não é do meu caráter e se afasta dos ensinamentos cristãos, que há 46 anos tenho por missão difundir e levar a quantos queiram ouvir, causar qualquer tipo de constrangimento ou desqualificar quem quer que seja”, expressou Dom Jaime.
Em seguida, expressou ao rapaz e aos “demais membros daquela equipe da Pascom o seu “reconhecimento pelo importante trabalho que desempenham, bem como todas as equipes da Pastoral da Comunicação em nossas paróquias, especialmente, durante este período da pandemia, proporcionando que os fiéis possam participar das missas e demais celebrações, mesmo de forma virtual”.
“Que Deus os recompense pelo zelo missionário e evangelizador, por meio da comunicação. Deus os favoreça”, concluiu.
Confira também:
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Colocam mais de mil cartazes para defender a vida frente ao aborto na Polônia
VARSOVIA, 03/02/2021 (ACI).- Mais de mil cartazes foram colocados nas ruas de várias cidades da Polônia para conscientizar a população sobre a importância de defender a vida dos nascituros contra a ameaça do aborto.
Em um comunicado enviado à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, pelo movimento pró-vida na Polônia, explica-se que desde “o final de novembro, cartazes com mensagens a favor da vida apareceram em dezenas de cidades. O mais explícito é o cartaz com um útero em formato de coração. Dentro dele, uma criança está deitada em posição fetal. Sem legendas ou slogans”.
A campanha é organizada pela "Fundación Nuestro Niños - Educación, Salud, Fe".
Em dezembro, outros grandes cartazes foram colocados com slogans como "Eu penso, sinto, não mato", "Dou a minha vida, cuido dela", "Escolho a vida" ou "Toda vida é um presente".
A campanha surge após a decisão do Tribunal Constitucional em outubro de 2020, de declarar o aborto inconstitucional, o que suscitou uma onda de protestos violentos durante os quais várias igrejas foram atacadas por grupos feministas.
“Em 22 de outubro, o Tribunal Constitucional declarou o aborto inconstitucional em caso de problemas fetais graves e irreversíveis ou doença incurável que ameace a vida do feto. Na prática, em muitos casos, significou a morte de bebês em gestação com suspeita de Síndrome de Down”, indica a nota.
A Conferência Episcopal Polonesa explicou em 28 de janeiro os critérios que levaram a Corte Constitucional da Polônia a declarar o aborto inconstitucional em casos de malformação de bebês no útero.
Os bispos sublinharam que "esta legislação é contra a discriminação com base na saúde", pois "defende a vida humana desde o momento da concepção". “Uma criança doente tem o mesmo valor e o mesmo direito à vida que uma criança saudável”, acrescentaram.
Até a decisão do Tribunal, em 22 de outubro, as leis polonesas permitiam a realização de um aborto nos casos estabelecidos na lei de planejamento familiar: gravidez em caso de estupro, quando há perigo para a saúde da mãe, e em casos de “deficiência severa e irreversível ou doença incurável que ameaçava a vida do feto”.
Com esta sentença, o aborto só é permitido nos dois primeiros casos.
A nota do movimento pró-vida destaca que, com sua decisão, "o Tribunal declarou que a carga de criar uma criança com uma deficiência grave e irreversível ou doente terminal não pode recair apenas em sua família, mas toda a sociedade deve suportá-la mediante a introdução de disposições que proporcionem a toda a família a assistência e o apoio que necessita”.
Em 28 de outubro de 2020, poucos dias após a decisão do Tribunal Constitucional, o Papa Francisco relembrou a mensagem de São João Paulo II sobre a proteção da vida: “Por intercessão da Santíssima Virgem Maria e do Santo Papa polonês, peço a Deus que desperte no coração de todos o respeito pela vida de nossos irmãos, especialmente os mais frágeis e indefesos, e que dê a força para aqueles que a acolhem e a cuidam, inclusive quando isso requer um amor heroico”, disse o Santo Padre.
O Arcebispo de Poznan e Presidente da Conferência Episcopal Polonesa, Dom Stanislaw, agradeceu a decisão da Corte afirmando que “o conceito de 'uma vida que não vale a pena viver' está em contradição direta com o princípio de um Estado de direito democrático”.
“Ninguém em consciência pode negar aos outros o direito de viver, especialmente devido à sua doença”, frisou.
De 19 a 25 de março de 2021, as organizações pró-vida polonesas organizam uma semana de oração em defesa da vida que começará na memória litúrgica de São José, ano em que o Papa Francisco dedicou ao Santo Custódio, e terminará com o Dia da Santidade da Vida no dia da Anunciação.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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O Sangue de Cristo a curou e ela leva esta devoção a muitas pessoas
REDAÇÃO CENTRAL, 03/02/2021 (ACI).- Raquel Carpenter é fundadora da Comunidade Católica Água Viva, em Vila Velha (ES), e viveu a experiência de ser curada pelo Sangue de Cristo, devoção que transmite a muitas pessoas por meio das atividades dessa nova comunidade, bem como através de seu livro “O Poder do Sangue de Jesus”.
Em seu livro com pouco mais de 150 páginas, Raquel reconstrói a própria experiência com a devoção do Sangue de Jesus, contando aos leitores o processo pessoal de entrega que levou ao desaparecimento de uma doença autoimune grave, o Lúpus, um prognóstico que a medicina convencional não explica.
E foi justamente no momento da enfermidade que esta devoção entrou na vida de Raquel. Conforme contou em entrevista à ACI Digital, ela não conhecia esta devoção. Entretanto, ressaltou, “no momento mais difícil da enfermidade eu entendi o poder curativo do Sangue de Cristo”.
Segundo ela, o contato com o Sangue de Jesus lhe proporcionou a “experiência de uma nova conversão” em sua vida.
“Uma vez, escutei o testemunho de uma pessoa que tinha um problema no sangue e contou que, ao comungar, ela clamava ao Sangue de Jesus, pedindo que trocasse o sangue impuro dela pelo Dele”, contou Raquel.
Nesse sentido, Raquel disse que tal testemunho despertou nela “algo que particularmente não trazia: a certeza da força de cura do Sangue de Jesus, pois pouco se fala disso”.
“Na época, estava tomando mais de 40 medicações, fazendo pulsoterapia (administração de doses elevadas de medicamentos por via endovenosa, durante um curto período de tempo). Não tinha mais o que fazer”, recordou.
Foi então que começou “a clamar diariamente o Sangue de Jesus”. “Nas minhas crises de dor, ao clamar o Sangue de Jesus, as dores diminuíam ou chegavam mesmo a praticamente parar”, relatou.
Segundo Raquel, em suas dores, fazia pequenos clamores jaculatórios, os quais, depois de sua cura e diante de vários pedidos, redigiu e transformou no Terço do Sangue de Jesus. Esta oração começou a ser rezada na Comunidade Água Viva e logo se espalhou.
Além disso, nesta época, Raquel ganhou um livro com vários testemunhos sobre o poder do Sangue de Jesus, com relatos inclusive de curas.
Após ser curada, Raquel Carpenter foi convidada a escrever o livro com sua história e, embora não se visse como autora, aceitou. De acordo com ela, o que pesou em sua decisão foi o fato de a devoção do Sangue de Jesus ter chegado à sua vida através de um testemunho e um livro.
“Sei o quanto isso fez diferença na minha vida e este foi o maior impulso para aceitar escrever o livro”, disse, acrescentando que, com esta obra, pretende possibilitar que “as pessoas entendam que podem ser curadas pelo Sangue de Jesus”. “E, se a pessoa não abrir o seu coração, Deus não pode fazer nada”, completou.
O livro foi lançado em julho de 2020 e, em menos de um ano, já alcançou um grande número de leitores. “Em um mês batemos um recorde”, sublinhou a autora, assinalando que “tem sido uma experiência forte e gratificante”, pois divulga o “poder do Sangue de Jesus”.
“Tivemos vários testemunhos, inclusive de curas de câncer e tumores”, contou, acrescentando que recebe relatos de “experiências fortes e sobrenaturais, muitos milagres”.
Além do testemunho de Raquel, o livro “O Poder do Sangue de Jesus” também conduz o leitor às práticas devocionais, contendo o Terço do Precioso Sangue de Jesus, as Gotas do Sangue de Jesus, Novena, Ladainha, Via-Sacra, Louvor, entre outras orações relacionadas. Em nove capítulos, o leitor encontra os ensinamentos e os recursos necessários para se dedicar à devoção, aproximando-se das incontáveis graças dedicadas ao Sangue de Cristo.
O livro tem sido, inclusive, usado pela autora como instrumento na condução das orações realizadas nas lives do Sangue de Jesus e que estão reunindo uma multidão de seguidores, diariamente, às 21h, no canal da Comunidade Água Viva, no Youtube, bem como no Facebook e no Instagram.
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Confira também:
Coincidência divina? Milagres eucarísticos revelariam tipo sanguíneo de Jesus https://t.co/BCAmoo802a
— ACI Digital (@acidigital) June 11, 2020
Polícia da Austrália não encontra conduta criminosa em transferências de dinheiro do Vaticano
SYDNEY, 03/02/2021 (ACI).- A Polícia Federal Australiana (AFP) publicou um comunicado nesta quarta-feira no qual informou que, até o momento, durante sua investigação sobre transferências de dinheiro do Vaticano para a Austrália, não encontrou nenhuma evidência de conduta criminosa.
Durante alguns meses, as autoridades australianas investigaram alguns pagamentos suspeitos equivalentes a 7,4 milhões de dólares.
Em um breve comunicado emitido em 3 de fevereiro, a AFP indicou que "até o momento nenhuma conduta criminosa foi encontrada".
“Se a AFP receber informações adicionais de entidades australianas ou internacionais, ela as revisará de maneira apropriada”, acrescenta o texto.
Os meios locais informaram em janeiro que os investigadores não conseguiram averiguar em que se gastou cerca de 1,9 milhão de dólares em transferências do Vaticano à Austrália, mas constataram que 5,4 milhões foram em gastos legítimos como viagens, salários e pagamentos de pensões.
Em 13 de janeiro, a instituição encarregada de monitorar crimes financeiros indicou que havia superestimado as transferências do Vaticano, atribuindo o erro de cálculo a um "erro de códigos de computador".
Segundo o jornal The Australian, o Australian Transaction Reports and Analysis Centre - AUSTRAC (Centro de Análises e Relatórios Financeiros da Austrália) indicou que haviam encontrado um erro depois de publicar uma “revisão detalhada” da descoberta inicial de que cerca de 1,8 bilhões foram transferidos do Vaticano para a Austrália em cerca de 47 mil transferências separadas desde 2014.
Em colaboração com a Autoridade de Supervisão Financeira e Informação Financeira do Vaticano (ASIF), a AUSTRAC descobriu que houve 362 transferências do Vaticano para a Austrália entre 2014 e 2020, totalizando 7,4 milhões de dólares.
A agência também concluiu que nos últimos seis anos ocorreram 237 transferências que somaram 20,6 milhões na direção contrária: da Austrália para o Vaticano.
O Vaticano divulgou um comunicado em 13 de janeiro reconhecendo o erro da AUSTRAC e assinalando que os 7,4 milhões de dólares em pagamentos "são atribuídos, entre outras coisas, a algumas obrigações contratuais e à ordinária gestão de seus recursos".
Os relatórios sobre as transferências suspeitas do Vaticano para a Austrália datam de outubro de 2020, quando os meios italianos informaram que as transferências eram parte de um dossiê preparado por investigadores e promotores do Vaticano sobre o Cardeal italiano Angelo Becciu.
Durante uma audiência no Senado australiano em 20 de outubro, a Chefe Executiva da AUSTRAC, Nicole Rose, foi questionada sobre as acusações de que fundos da Igreja foram enviados à Austrália a pedido do Cardeal Becciu para influenciar o julgamento do Cardeal George Pell, acusado de abuso sexual, acusações das quais foi finalmente considerado inocente depois de passar mais de um ano na prisão.
Rose declarou perante o comitê de legislação de assuntos constitucionais que "AUSTRAC analisou o assunto e fornecemos informações à AFP e à polícia (estadual) de Victoria".
No dia 24 de setembro, o Papa Francisco aceitou a renúncia do Cardeal Becciu, de 72 anos, como prefeito da Congregação para as Causas dos Santos e a "todos os direitos relativos ao cardinalato", com isso, não poderá participar em um futuro conclave para a eleição do próximo Pontífice.
Embora a Santa Sé não tenha indicado os motivos da renúncia, esta ocorreu após as acusações de vários escândalos financeiros na época em que o Cardeal Becciu trabalhava como substituto da Secretaria de Estado do Vaticano, ou seja, quando era a segunda autoridade encarregada deste dicastério da Santa Sé.
O Cardeal Becciu negou em diferentes ocasiões qualquer má administração ou tentativa de influenciar no julgamento contra o Cardeal Pell, Prefeito Emérito da Secretaria de Economia do Vaticano, que começou em 2018.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Transações para Austrália: Vaticano explica discrepância entre valores reais e divulgados https://t.co/oaeFMRGedq
— ACI Digital (@acidigital) January 13, 2021