Hoje é celebrado Santo Agostinho de Cantuária, o apóstolo da Inglaterra
REDAÇÃO CENTRAL, 27/05/2020 (ACI).- Santo Agostinho de Cantuária foi um monge da Ordem de São Bento, o primeiro Arcebispo de Cantuária na Inglaterra, um dos padres da igreja latina e um dos maiores evangelizadores europeus junto com São Patrício, na Irlanda, e São Bonifácio, na Alemanha.
A data de seu nascimento é desconhecida, mas se sabe que faleceu em 26 de maio de 604. O início de sua vida apostólica e missionária foi em 597, quando saiu de Roma por ordem do Papa São Gregório Magno para evangelizar a Grã Bretanha acompanhado de 39 monges.
A Grã Bretanha havia sido evangelizada desde a época apostólica, entretanto, esta pátria recaiu no paganismo após a invasão nos séculos V e VI.
Apesar dessa situação, o rei Etelberto de Kent (sudestes da Inglaterra medieval) – que posteriormente se converteria ao catolicismo e chegaria a ser santo – permitiu a chegada e a evangelização dos missionários beneditinos, apesar de ser pagão. Sem dúvidas, o fato de sua esposa ser uma princesa cristã influenciou.
Antes que os missionários chegassem ao povoado de Thanet, em Kent, onde foram imediatamente recebidos por Etelberto, o Papa São Gregório Magno já havia nomeado Agostinho abade e o designado como Bispo.
Depois do encontro, o rei lhes concedeu permissão para pregar em todo o povoado e lhes entregou a igreja de São Martinho para que pudessem celebrar a Missa e outras liturgias. A partir desse momento, as conversões começaram a se multiplicar e logo o rei e sua corte foram batizados em Pentecostes do ano 597.
A evidente sinceridade dos missionários, sua simplicidade de intenção, sua força diante de todas as provações e, sobretudo, o caráter desinteressado do próprio Agostinho acompanhado de sua doutrina causaram uma profunda impressão na mente do rei.
Agostinho enviou dois de seus melhores monges a Roma para contar ao Sumo Pontífice o acontecido. Em resposta, o Papa o nomeou Arcebispo de Cantuária e, ao mesmo tempo, o admoestou paternalmente para que não se orgulhasse pelos êxitos alcançados nem pela honra do alto cargo que lhe conferia.
Seguindo as indicações do Papa para a divisão em territórios eclesiásticos, Agostinho erigiu outras sedes episcopais, a de Londres e a de Rochester, consagrando bispos Melito e Justo.
Depois de ter trabalhado por vários anos com todas as suas forças para converter ao cristianismo o maior número possível de ingleses, Santo Agostinho de Cantuária morreu em 26 de maio de 604.
O Espírito Santo ajudou São João Paulo II com matemática e começou grande devoção
REDAÇÃO CENTRAL, 27/05/2020 (ACI).- Em seu primeiro encontro com a Renovação Carismática Católica, em janeiro de 1980, São João Paulo II contou que o Espírito Santo o ajudou em suas dificuldades com a matemática quando era adolescente, o que considerou sua “própria iniciação espiritual”.
“Quando era estudante, por volta dos meus 12 ou 13 anos, às vezes tinha dificuldades com meus estudos, especialmente com a matemática. Meu pai me deu um livro de oração, abriu em uma página e me disse ‘aqui tem a oração ao Espírito Santo. Deve rezar esta oração todos os dias da sua vida’”, contou o Papa, segundo publicou a Renovação Carismática Católica em sua página.
“Continuo obediente a este mandamento que meu pai me deu”, assinalou o santo polonês que até o final de sua vida rezou diariamente a prece sugerida pelo seu pai, o hino Vem Espírito Santo Criador. “Esta era minha própria iniciação espiritual”, acrescentou.
“A situação no mundo é perigosa demais, muito perigosa”, disse e advertiu do perigo do materialismo, que “é a negação do espiritual e, por isso, precisamos” da ação do Espírito Santo.
Graças ao Espírito Santo, indicou, “começamos a viver novamente, encontramos a nós mesmos, nossa identidade, toda nossa humanidade”.
Esta é a oração São João Paulo II rezava diariamente:
Vinde, Espírito Criador,
Visitai as almas dos Vossos fiéis
E enchei da graça divina
Os corações que criastes!
Vós sois o nosso Consolador,
Dom do Deus Altíssimo,
Fonte viva, fogo, caridade,
E unção espiritual.
Vós derramais sobre nós os sete dons,
Vós o dedo da mão de Deus,
Vós o prometido do Pai,
Vós que pondes nos nossos lábios o tesouro da vossa palavra,
Acendei com a vossa luz a nossa inteligência.
Infundi o vosso amor nos nossos corações,
E com o vosso perpétuo auxílio
fortalecei a nossa débil carne.
Afastai de nós o inimigo,
dainos prontamente a paz,
Sede vós próprio o guia
E seguindo teus caminhos,
Evitaremos todo o mal.
Por Vós conheçamos o Pai,
e também o Filho,
danos crer sempre em Vós,
Espírito do Pai e do Filho.
Glória ao Pai, Senhor,
ao Filho que ressuscitou
e ao Espírito Consolador.
Por todos os séculos. Amém.
Enviai, Senhor, o Vosso Espírito.
E renovareis a face da terra.
Oremos
Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas e gozemos sempre da sua consolação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Papa Francisco reforça a importância de ensinar as crianças a rezar
Vaticano, 27/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco afirmou esta quarta-feira 27 de maio, na Audiência Geral, que “a oração é uma corrente de vida” feita por muitos homens e mulheres “que rezam e rezam, e semeiam vida”.
Em sua catequese, pronunciada da Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano e transmitida pelo portal Vaticannews, o Santo Padre ofereceu uma metáfora para explicar como a oração constrói essa “corrente de vida”.
“Eu lembro a história de um homem, um chefe de governo importante, não deste tempo, de tempos passados, era ateu e não tinha sentimento religioso no coração. Mas de menino escutava a avó que rezava, e aquilo permaneceu em seu coração. E em um momento difícil de sua vida, aquela lembrança retornou ao seu coração e ele começou a rezar com as coisas que dizia a avó, e ali encontrou Jesus”.
Esse é o motivo, insistiu o Santo Padre, “pelo qual é tão importante ensinar as crianças a rezar. Causa-me muita dor quando encontro crianças a quem peço que façam o sinal da Cruz e não sabem fazê-lo. Ensinem a fazer bem o sinal da Cruz. É a primeira oração, para que as crianças aprendam a rezar. Depois, possivelmente, podem-se esquecer, tomar outro caminho, mas aquilo permanece no coração, porque é uma semente de vida, a semente do diálogo com Deus”.
Por outra parte, realizou uma descrição de como a humanidade passou da comunhão com Deus ao ódio fraterno por culpa do pecado, e como a força da oração de uns poucos abriu a porta à esperança na redenção.
O Santo Padre explicou como nos primeiros capítulos do livro do Gênesis “se descreve a progressiva expansão do pecado nos assuntos humanos”. Adão e Eva, enganados pela serpente, assumem que Deus tem inveja deles e que impede sua felicidade, e se rebelam contra Ele para tentar ser como Deus.
“Essa é a tentação”, advertiu o Papa, “a ambição que entra no coração”. Entretanto, quando comem do fruto proibido “experimentam o contrário do que esperavam: seus olhos se abrem e descobrem que estão nus. Não esqueçam isto: o tentador é um mau pagador, ele paga mal!”.
Na seguinte geração, a de Caim e Abel, o mal aumenta. Caim mata seu irmão Abel por inveja, quem ele via como um rival. “O mal se enraíza no coração de Caim e não consegue dominá-lo”.
“O mal começa a entrar no coração, os pensamentos são sempre de olhar mal ao outro, com suspeita: ‘este é um malvado que me quer fazer o mal’. E isso vai entrando no coração. Dessa maneira, a história da primeira fraternidade termina com um assassinato. E eu penso hoje na fraternidade humana: guerra por todos lados”, lamentou o Papa.
Com o passado do tempo, “o mal se estende como uma mancha até ocupar todo o quadro”. “Os grandes eventos do dilúvio universal e da torre de Babel revelam que havia necessidade de um novo começo, de uma nova criação que teria seu cumprimento em Cristo”.
E, entretanto, “nestas primeiras páginas da Bíblia, também está escrita outra história, menos chamativa, mais humilde e devota, que representa a redenção da esperança”.
“Embora quase todos se comportavam de maneira feroz, fazendo do ódio e da conquista o grande motor da vida humana, havia pessoas capazes de rezar a Deus com sinceridade, capazes de escrever de um modo diferente o destino do homem. (...) Lendo suas histórias, “subsiste a impressão de que a oração é o dique de contenção, o refúgio do homem frente à onda cheia de mal que cresce no mundo”.
Essa oração, inclusive parece destinada a pedir “pela salvação de nós mesmos”. “Isto é importante”, sublinhou Francisco. “É importante. Rezar: ‘Senhor, por favor, salva-me de mim mesmo, das minhas ambições, das minhas paixões, salva-me de mim mesmo’”.
“A oração, quando é autêntica, libera de qualquer instinto de violência e é um olhar dirigido a Deus”. “A oração cultiva jardins de renascimento em lugares onde o ódio do homem foi capaz de estender o deserto”, concluiu.
Confira:
Papa celebrará Pentecostes sem fiéis, mas rezará Regina Coeli em público https://t.co/FdkIDMmEAD
— ACI Digital (@acidigital) May 26, 2020
Bispos da Áustria propõem bênção oficial para casais homossexuais
VIENA, 27/05/2020 (ACI).- O comitê de liturgia do Episcopado austríaco publicou recentemente um livro propondo uma bênção oficial para casais homossexuais, uma prática que iria além das bênçãos que já são feitas na Catedral de Viena e que seria contrária ao ensinamento da Igreja Católica.
O texto da comissão presidida pelo Arcebispo de Salzburgo, Dom Franz Lackner, inclui contribuições de teólogos de língua alemã e uma seção litúrgica na qual aparece uma sugestão sobre como um casal homossexual seria abençoado em uma igreja, destacando a "fidelidade e exclusividade" do relacionamento.
O título do livro é "Bênção de casais do mesmo sexo" e um de seus principais autores é o Pe. Ewald Volgger, diretor do Instituto de Estudos Litúrgicos e Teologia Sacramental da Universidade Privada de Linz.
Em diálogo com o jornal diocesano de Linz, o sacerdote de 58 anos disse que espera que essa bênção oficial dos casais homossexuais seja estabelecida "o mais rápido possível", embora tenha observado que "segundo o Catecismo da Igreja Católica as práticas homossexuais jamais podem ser consideradas atos aceitáveis e os homossexuais estão chamados à castidade”.
No entanto, o Pe. Volgger disse que nos últimos tempos "houve um movimento sobre este assunto" e que a revisão do Catecismo poderia ajudar a facilitar "uma liturgia oficial" que esteja "baseada na doutrina da Igreja".
Sobre as razões da mudança na moral sexual da Igreja, o sacerdote disse que há uma variação na percepção do público e ressaltou que "a doutrina sobre homossexualidade foi debatida em toda a Europa de tal maneira que uma abertura não é apenas discutível, mas que pode ser necessária”.
"Há também um número considerável de bispos que gostariam de ver como repensar a área da moral sexual para a avaliação dos casais do mesmo sexo", continuou e disse que essa mudança poderia fazer com que os ensinamentos da Igreja sejam mais aceitáveis e relevantes.
O jornal diocesano assinala que os casais do mesmo sexo já recebem uma bênção na Catedral de Santo Estevão, em Viena, mas o Pe. Volgger disse que essa não é a bênção que ele tem em mente.
"Não, porque essa é provavelmente a bênção dos casais do mesmo sexo no Dia de São Valentim. Isso já está difundido e em prática. Uma bênção, como está proposta do ponto de vista litúrgico teológico, deve ter um caráter oficial, com o qual a Igreja expresse a obrigação de fidelidade e exclusividade do relacionamento. Certamente, é uma bela mensagem que na Catedral de Santo Estevão todos tenham um lugar e sejam abençoados”, disse o sacerdote.
Entre os autores do texto estão vários teólogos alemães. Além disso, e nos últimos anos, vários bispos na Alemanha falaram a favor da bênção de casais homossexuais na Igreja.
Após uma série de consultas em Berlim, no final de 2019, o presidente da Comissão de Matrimônio e Família do Episcopado Alemão e Arcebispo de Berlim, Dom Heiner Koch, declarou que os bispos alemães aceitavam que a homossexualidade é uma "forma normal" da identidade sexual humana.
O tema está no centro dos quatro fóruns do polêmico "processo sinodal" que está atualmente em andamento na Alemanha. Além disso, vários dos principais membros do Comitê Central de Católicos Alemães (ZDK), encarregados do processo junto com os bispos, são parlamentares que votaram a favor da redefinição do casamento para incluir as uniões homossexuais em 2017, conforme informo neste então a CNA Deutsch, agência em alemão do grupo ACI.
O Bispo de Osnabrück e vice-presidente da Conferência Episcopal, Dom Franz-Josef Bode, incentivou um "debate" sobre as bênçãos dos casais homossexuais e uma mudança na moral sexual da Igreja. Em uma entrevista em janeiro de 2018, o Bispo disse que "precisamos refletir como podemos pensar de maneira diferente sobre as relações entre duas pessoas do mesmo sexo" e se perguntou o que pode ser "bom, positivo e correto" nas uniões homossexuais.
Da mesma forma, o Arcebispo de Munique, Cardeal Reinhard Marx, disse em dezembro de 2019 que casais homossexuais podem receber uma bênção da Igreja "no sentido de um acompanhamento pastoral".
Para o Arcebispo de Berlim, esses "desenvolvimentos" foram possíveis graças à exortação Amoris laetitia do Papa Francisco. Dom Koch participou do Sínodo da Família no Vaticano em 2015, junto com o Cardeal Marx, um evento no qual os bispos alemães exerceram pressão para que a Igreja aceitasse dar a comunhão aos divorciados em nova união.
Os ensinamentos da Igreja sobre homossexualidade
O ensinamento católico sobre homossexualidade está resumido em três números do Catecismo da Igreja Católica; 2357, 2358 e 2359. Nesses artigos, a Igreja ensina que os homossexuais “devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza” e que “evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta”.
A homossexualidade, como tendência, é “objetivamente desordenada” e “constitui, para a maior parte deles, uma provação”.
Apoiando-se na Sagrada Escritura, “a Tradição sempre declarou que ‘os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados’”, “não procedem duma verdadeira complementaridade afetiva sexual”, portanto, “não podem, em caso algum, ser aprovados”.
“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade” e “pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Bispos da Alemanha se comprometem a “avaliar” doutrina católica sobre moral sexual https://t.co/6VJbKdwAun
— ACI Digital (@acidigital) December 17, 2019
Igreja Católica reconhece 3 novos santos, 2 novos beatos e 7 mártires
Vaticano, 27/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco assinou os decretos que permitirão a canonização de 3 beatos, a beatificação de 2 veneráveis e o reconhecimento de 7 mártires. Entre os novos santos encontra-se o sacerdote e missionário francês Beato Charles de Foucauld, nascido em 15 de setembro de 1858 em Estrasburgo, França, e assassinado na Argélia em 1º de dezembro de 1916.
Além de reconhecer o milagre que permitirá a canonização de Charles de Foucauld, o Papa também reconheceu o milagre atribuído à intercessão do Beato César de Bus, fundador da Congregação dos Padres da Doutrina Cristã (Doutrinários), nascido em 3 de fevereiro de 1544 em Cavaillon, França, e falecido em Avignon, França, em 15 de abril de 1607.
O Pontífice também reconheceu o milagre atribuído à intercessão da Beata Maria Domenica Mantovani, cofundadora e primeira Superiora Geral do Instituto das Pequenas Irmãs da Sagrada Família, nascida em 12 de novembro de 1862 em Castelletto di Brenzone, Itália, falecida em 2 de fevereiro de 1934.
Por outro lado, o Papa assinou os decretos que permitirão a beatificação de dois veneráveis. Por um lado, reconheceu o milagre atribuído à intercessão do Venerável Servo de Deus Michele McGivney, sacerdote diocesano, fundador da Ordem dos Cavaleiros de Colombo. Nascido em 12 de agosto de 1852 em Waterbury, Estados Unidos, e falecido em Thomaston, Estados Unidos, em 14 de agosto de 1890.
Do mesmo modo, reconheceu o milagre atribuído à intercessão da Venerável Serva de Deus Pauline-Marie Jaricot, fundadora das Obras para a Propagação da Fé e do Rosário Vivo, nascida em 22 de julho de 1799 em Lyon, na França, e falecida em 9 de janeiro de 1862.
Em outro decreto assinado pelo Santo Padre, reconhece o martírio dos Servos de Deus Simeone Cardon e 5 companheiros, professos religiosos da Congregação Cisterciense de Casamari, Itália, foram assassinados naquela cidade por ódio à fé entre 13 e 16 de maio de 1799.
Ele também reconheceu o martírio do Servo de Deus Cosme Spessotto, sacerdote da Ordem dos Frades Menores, nascido em 28 de janeiro de 1923 em Mansué, Itália, e assassinado em San Juan Nonulaco, El Salvador, por ódio à fé em 14 de junho. 1980.
Finalmente, o Papa Francisco reconheceu as virtudes heroicas do Servo de Deus Melchiorre Maria de Marion Brésillac, Bispo de Prusa, Vigário Apostólico de Coimbaore, fundador da Sociedade de Missões Africanas, nascido em 2 de dezembro de 1813 em Castelnaudary, França, e falecido em Freetown, Serra Leoa, em 25 de junho de 1859.
Confira também:
O Espírito Santo ajudou São João Paulo II com matemática e começou grande devoção https://t.co/Utcxfl6Uwq
— ACI Digital (@acidigital) May 27, 2020
VIRAL: Sacerdote explica foto de "batismo" com pistola de água benta
MANCHESTER, 27/05/2020 (ACI).- O sacerdote da paróquia de Saint Mark de Manchester (Estados Unidos), que aparece em uma fotografia viral na qual se representa um batismo com uma pistola de água, disse aos fiéis que a foto foi uma encenação feita para ser engraçada.
“Isso foi o que Pe. Steve disse sobre o assunto: 1) A família pediu que ele fizesse essa pose copiando várias publicações de sacerdotes que circulam na Internet. Ele concordou porque achou engraçado. 2) A água da pistola não é água benta e foi esguichada em direção ao pai e não ao bebê para causar graça”, explicou a paróquia em uma publicação no Facebook na terça-feira, 26 de maio.
"Resumindo, era para ser engraçado", acrescentou.
O sacerdote da foto é o Pe. Stephen Klasek, da Diocese de Nashville, e pároco das paróquias Saint Mark y Saint Paul the Apostle em Tullahoma.
A paróquia indicou que a publicação visa esclarecer as razões pelas quais realizou a “foto que se tornou viral, já que recebemos muitas consultas a respeito”.
A foto do Pe. Klasek se espalhou como fogo nas redes sociais neste fim de semana. Enquanto alguns a elogiaram, outros criticaram a imagem, sugerindo que banaliza a Solenidade do Batismo e dá a impressão de que o ministério sacerdotal é algo trivial.
A foto “já recebeu quase um milhão de visualizações no Twitter, foi publicada em vários sites e em memes. Teve comentários bons e controversos", acrescentou a paróquia.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Milagre do Crucifixo de São Marcelo se repetiu em Roma durante a pandemia? https://t.co/yfF7I7Sn6P
— ACI Digital (@acidigital) May 26, 2020
Papa Francisco nomeia novos bispos para Rio de Janeiro e Goiás
Vaticano, 27/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco nomeou nesta quarta-feira, 27, como bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro o reverendo cônego Célio da Silveira Calixto Filho, pároco da arquidiocese da capital fluminense e como novo bispo de Goiás, o Pe. Jeová Elias Ferreira, oriundo do clero da Arquidiocese de Brasília.
“Fui surpreendido por um telefonema de nosso Cardeal Dom Orani João Tempesta, que me perguntava sobre renovar o “sim” dado ao plano de Deus repetidas diversas vezes ao longo de meu caminho vocacional. Enormes são os desafios que se apresentam, mas a graça de Deus não haverá de faltar, como não faltou até hoje. Renovo o desejo de ser instrumento de comunhão na Igreja”, afirmou.
Atualmente, o bispo eleito como auxiliar para o Rio e titular de Ségia, exerce a função de pároco da Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Tomás Coelho. Monsenhor Célio, em sua mensagem inicial, destacou alguns fatos curiosos considerados por ele frutos da divina providência: a comunicação da nomeação ao episcopado aconteceu no Centenário de São João Paulo II e o anúncio oficial foi marcado para 27 de maio, dia de seu batizado.
Contanto com a intercessão do “Papa Carioca”, monsenhor Célio também se alegrou com mais um fato providencial. “Surpresa maior foi descobrir, ao reler os textos deste Santo Papa, que sua Ordenação Episcopal foi num 28 de setembro, dia de minha ordenação sacerdotal”.
O arcebispo metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta, O. Cist., em sua mensagem de boas vindas, reforçou que a nomeação é uma boa notícia para os tempos atuais por conta dos desafios impostos pela pandemia do Covid 19. “Ele vem para auxiliar meu ministério episcopal, juntamente com os demais bispos auxiliares, no pastoreio do povo de Deus a mim confiado, nesta terra abençoada pelo Cristo Redentor, vivo e ressuscitado, e pelo glorioso mártir São Sebastião”.
Monsenhor Célio é nascido em 8 de maio de 1973, em Passos, Diocese de Guaxupé, Estado de Minas Gerais. Antes de iniciar o seu percurso formativo para o sacerdócio, Monsenhor Célio estudou Engenharia Mecânica na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Depois iniciou os seus estudos em Filosofia na Faculdade de Filosofia “João Paulo II” do Rio de Janeiro (1998-2001). Especializou-se em História de Filosofia pela Faculdade de São Bento, no Rio de Janeiro. Obteve a Licença em Teologia pela Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2014). É Doutor em Liturgia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Foi ordenado presbítero em 28 de setembro de 2002 e incardinado na Arquidiocese do Rio exercendo os seguintes ministérios: vigário paroquial da Paróquia São José, vigário forâneo da 2ª. Forania do Vicariato Leopoldina e diretor espiritual do Seminário Arquidiocesano São José. É membro efetivo do Cabido da Catedral de São Sebastião do Rio de Janeiro e secretário do Colendo Cabido Arquidiocesano.
Após aceitar a renúncia de Dom Eugène Lambert Adrian Rixen, o Papa Francisco também nomeou nesta quarta-feira, 27, como novo bispo de Goiás o sacerdote Jeová Elias Ferreira, do clero da Arquidiocese de Brasília. Até ser nomeado pelo Santo Padre ele exercia o cargo de Vigário-Geral e Pároco da Igreja “Nossa Senhora de Nazaré” no município de Planaltina, perto da capital brasileira.
Pe. Jeová nasceu em 24 de agosto de 1961 em Sobral (CE e foi ordenado sacerdote em 30 de novembro de 1991 na arquidiocese de Brasília. Estudou Filosofia e Teologia no Seminário “Nossa Senhora de Fátima” da Arquidiocese de Brasília e posteriormente obteve a Licenciatura em Teologia Pastoral em Bogotá (Colômbia).
Confira:
Papa Francisco reforça a importância de ensinar as crianças a rezar. https://t.co/GSrmCNGTtn
— ACI Digital (@acidigital) May 27, 2020
Médicos católicos oferecem plano para acelerar a reabertura de igrejas nos Estados Unidos
WASHINGTON DC, 27/05/2020 (ACI).- Embora o apelo do presidente Donald Trump para reabrir as igrejas em 22 de maio tenha se tornado uma fonte de controvérsia nos Estados Unidos, um grupo de médicos católicos ofereceu um plano que poderia acelerar esse processo.
"Acho que se usarmos apenas o sentido comum para comparar maçãs com maçãs para as métricas que sabemos que são necessárias - como densidade, por exemplo -, então, não há realmente nenhum tipo de razão científica objetiva pela qual a Missa seja mais perigosa do que ir ao supermercado. Eu acho que a diferença aqui é um risco percebido”, disse o Dr. Andrew Wang, imunobiólogo da Faculdade de Medicina da Universidade de Yale.
Wang disse que, embora seja impossível eliminar todos os riscos, há medidas que as igrejas podem tomar para reabrir com prudência a Missa e a confissão.
"Se temos melhores práticas para o hospital, para Home Depot, para Chick-fil-A, por que não ter as melhores práticas para a Missa? Parece que continuaria de forma natural”, disse à CNA, agência em inglês do Grupo ACI.
Wang é um dos sete médicos católicos que publicou o documento intitulado "Roteiro para reabrir nossas igrejas católicas com segurança".
O roteiro diz que os sacramentos são essenciais para os católicos e argumenta que "as igrejas podem operar de maneira tão segura como outros serviços essenciais", desde que se tenha cuidado de formar e seguir planos cuidadosos.
Os protocolos de segurança precisam ser criados com a ajuda de médicos especialistas e é possível que tenham que ser ajustados ao longo do tempo para refletir as realidades em constante mudança e as recomendações médicas em uma determinada área, assinalou.
O documento pede que a Missa seja celebrada com distanciamento social e uso de máscaras e desinfetante para as mãos. Deve-se evitar o canto, e aqueles que estão doentes ou acham que podem ter sido expostos ao vírus devem ficar em casa, destaca.
Também exige que as confissões sejam feitas em áreas externas ou bem ventiladas, com o uso de máscaras, uma barreira impermeável entre o sacerdote e o penitente, e a desinfecção frequente das superfícies.
Quando o novo coronavírus se espalhou em março, todas as dioceses católicas nos Estados Unidos reduziram as Missas com fiéis para impedir a propagação da doença. No entanto, a partir de meados de abril, algumas dioceses começaram a retomar as celebrações com o público.
Em 22 de maio, em uma coletiva de imprensa, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que os Centros de Controle de Doenças (CDC) estariam "sob minha direção", emitindo uma nova diretriz para a reabertura das igrejas. Disse que estava identificando as casas de culto como "lugares essenciais que fornecem serviços essenciais", e assinalou que os governadores estaduais classificaram estabelecimentos como lojas de bebidas e clínicas de aborto como prestadores de serviços essenciais, mas não igrejas.
O anúncio de Trump ocorre depois que o CDC elaborou um guia para reabrir negócios, igrejas e outros locais de acomodação pública no início deste mês. No entanto, em 7 de maio, a Associated Press (AP) informou que o governo Trump havia arquivado um relatório de 17 páginas do CDC, que incluía um "Guia Provisório para Comunidades de Fé".
Na quarta-feira, The Washington Post informou que a Casa Branca pressionou o CDC sobre a orientação para as igrejas, com preocupação de que não queria limitar desnecessariamente a liberdade das igrejas.
Os críticos da decisão argumentaram que as reuniões da igreja podem levar a novos surtos do coronavírus, que já causou mais de 93 mil mortes nos Estados Unidos, segundo o CDC.
No entanto, Wang disse que acredita que diretrizes cuidadosas podem ajudar nos esforços para reabrir prudentemente as igrejas. Do mesmo modo, reconheceu que o anúncio de Trump foi "muito encorajador".
As diretrizes estabelecidas no “Roteiro para reabrir com segurança nossas igrejas católicas” são fruto de uma análise cuidadosa, pois abordam os principais pontos atualmente conhecidos sobre a transmissão de coronavírus, disse.
Ao implementar as diretrizes, Wang comentou que as paróquias deveriam levar em consideração o contexto local. Por exemplo, uma grande igreja suburbana com estacionamento considerável pode celebrar uma Missa ao ar livre, enquanto uma igreja urbana pode ter mais dificuldade em fazê-lo.
Também observou que o roteiro é “um documento feito por médicos, não por liturgistas, portanto as considerações são realmente puramente médicas” e é possível que tenham que ser adaptadas segundo o que as autoridades da igreja considerem que seja apropriado.
Ao desenvolver o documento, Wang disse: "Passamos a maior parte do nosso tempo na Eucaristia, porque esse é um caso especial que a loja de alimentos ou Walmart não têm”.
“O momento no qual se leva a hóstia apresenta um desafio realmente especial. Isso foi amplamente discutido, de modo que todos tivemos um consenso sobre quais seriam as práticas mais seguras para este momento em participar”, explicou o médico.
Finalmente, o grupo de médicos concluiu que a recomendação mais segura é receber a Comunhão na mão e não na língua.
Wang fez referência a um estudo recente que mostra que é muito mais fácil coletar o vírus da saliva do que de um muco nasal.
"Embora as informações completas sobre o risco permaneçam desconhecidas, receber na língua nesse caso, com esse vírus em particular, pode apresentar um risco maior do que a recepção na mão", explicou.
Embora tenha reconhecido que algumas pessoas podem se opor a isso, Wang disse que, em sua perspectiva, "tudo se resume a: é melhor não ter comunhão e, logo, não ter Missa?".
Ele acrescentou que as diretrizes do documento são recomendações, mas que sacerdotes e bispos podem fazer o que bem entenderem.
Wang também abordou preocupações de que os sistemas de HVAC (climatização) possam contribuir para a disseminação do coronavírus, movendo partículas de ar contaminado, mesmo que as pessoas estejam espalhadas dentro de uma igreja.
A Missa ao ar livre seria ideal para abordar essa questão em particular, mas pode não ser logisticamente viável em todas as paróquias, acrescentou o especialista.
Ainda assim, disse que, após um longo debate, a "avaliação da literatura foi que não estava totalmente claro que a circulação de ar era necessariamente algo que seria limitador". Ressaltou que os laboratórios de pesquisa e outras instalações interiores também seriam igualmente problemáticas se os sistemas climatização tivessem um papel importante na propagação do vírus.
Por fim, Wang disse que ir à igreja neste momento não está isento de riscos, assim como qualquer outra atividade pública não está isenta de riscos durante uma pandemia. Assinalou que as dioceses de todo o país concederam dispensas da obrigação dominical para aqueles que não podem comparecer ou não se sentem confortáveis com o risco envolvido.
No entanto, ele acredita que se as igrejas agirem com prudência, poderão implementar diretrizes para minimizar os riscos, ao mesmo tempo que disponibilizarão os sacramentos ao povo de Deus.
"Isso simplesmente se resume a que uma das instituições mais antigas do mundo tem algum tipo de best practices, diretrizes, sobre como isso pode ser feito da maneira mais segura possível, com base no que sabemos atualmente sobre COVID", concluiu Wang.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Dioceses de Porto Rico lançam protocolo para reabertura de templos e serviços eclesiais https://t.co/dltqdalkrK
— ACI Digital (@acidigital) May 26, 2020
Número recorde de pessoas deixa Igreja na Alemanha
BERLIM, 27/05/2020 (ACI).- Na terça-feira, 26 de maio, um escritório local de estatística anunciou que um número recorde de pessoas deixou a Igreja na Arquidiocese de Munique e Freising (Alemanha), no ano passado.
O escritório de estatísticas de Munique indicou à CNA Deutsch - agência em alemão do Grupo ACI - que mais de 10 mil pessoas se retiraram formalmente da Igreja em 2019.
Os estatísticos disseram que, desde o início dos registros, esta foi a primeira vez que as saídas anuais excederam a marca de 10 mil. Anteriormente, o número mais alto foi de 9.010, estabelecido em 1992.
Em março, a emissora de serviço público da Baviera, Bayerischer Rundfunk, informou que as pessoas deram uma variedade de razões para sair, incluindo o desejo de parar de pagar os impostos da Igreja, o escândalo de abuso clerical e a posição das mulheres dentro da Igreja.
A Igreja na Alemanha é financiada em grande parte por um imposto cobrado pelo governo. Se um indivíduo está registrado como católico, então 8-9% de seu imposto de renda vai para a Igreja. A única maneira de parar de pagar o imposto é fazer uma declaração oficial de renúncia de sua participação na Igreja, na qual renunciam a receber os sacramentos e ao enterro católico.
Embora o número de católicos que abandonam a fé tenha aumentado constantemente desde os anos 1960, a renda da Igreja também aumentou. Em 2018, os ingressos aumentaram em 6,64 bilhões de euros, enquanto mais de 216 mil pessoas abandonaram a Igreja, segundo um relatório da Conferência dos Bispos Alemães.
No ano passado, os bispos anunciaram planos para um “Caminho Sinodal” de dois anos, reunindo leigos e consagrados para discutir quatro temas principais: a forma como se exerce o poder na Igreja; a moralidade sexual; o sacerdócio e o papel das mulheres na Igreja.
Os prelados indicaram que o processo terminaria com uma série de votos "vinculantes", fato que gera preocupação no Vaticano, devido à possibilidade de que as resoluções desafiem o ensinamento e a disciplina da Igreja.
Em junho, o Papa Francisco enviou uma carta de 28 páginas aos católicos alemães exortando-os a se centrarem na evangelização diante de uma “crescente erosão e deterioração da fé”.
"Cada vez que uma comunidade eclesial tentou resolver seus problemas sozinha, confiando apenas em suas próprias forças, métodos e inteligência, terminou multiplicando e alimentando os males que desejava superar", escreveu.
Em setembro, o Vaticano enviou uma carta aos bispos alemães declarando que seus planos para o sínodo "não eram eclesiologicamente válidos".
Depois de diversas considerações entre a Conferência dos Bispos e as autoridades do Vaticano, a primeira assembleia sinodal ocorreu em Frankfurt no final de janeiro. A segunda reunião está prevista para ocorrer, apesar da crise do coronavírus, em setembro.
Em uma entrevista em 22 de maio com Der Spiegel, o Arcebispo de Munique e Freising, o Cardeal Reinhard Marx, falou sobre seu mandato como presidente da Conferência Episcopal e sobre seu novo livro "Freiheit" (Liberdade), publicado em 25 de maio.
O Purpurado indicou que, apesar de ser retratado como liberal, sentia-se conservador.
"Aos 15 anos, não gostei do fato de que, após o Concílio Vaticano II, algumas cerimônias e imagens antigas tenham sido abolidas", explicou.
"As tradições também são importantes."
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Papa escreve ao povo de Deus em caminho na Alemanha https://t.co/pInZ6UK6Ly
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Dom Orani enviará em junho protocolo para reabertura das igrejas no Rio
RIO DE JANEIRO, 27/05/2020 (ACI).- No mês de junho, as paróquias do Rio de Janeiro devem receber as regras sanitárias para a reabertura dos templos religiosos. A notícia foi dada nesta terça-feira, 26, após a reunião do arcebispo do Rio, Cardeal Dom Orani João Tempesta, com os bispos auxiliares e vigários episcopais. Apesar da previsão de retorno estar mais próxima, a reabertura das igrejas e o retorno das missas presenciais ainda não tem data marcada para acontecer.
“Tivemos a oportunidade de dar encaminhamento aos protocolos que já temos trabalhado há algumas semanas, sobre tudo o que será necessário para o retorno às celebrações presenciais nas paróquias. Quando chegar o momento e a pandemia tomar outro rumo poderemos voltar”, disse o cardeal.
Os fiéis aguardavam com atenção o posicionamento da arquidiocese em função do decreto do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, oficializando a abertura e o “funcionamento de templos religiosos de qualquer natureza, durante a pandemia decorrente do novo coronavirus - COVID - 19”. Publicado em Diário Oficial nesta segunda-feira, 25, o Decreto no 47461, considera “que as organizações religiosas têm sofrido interferências e embaraços indevidos em seu funcionamento, praticados por ações equivocadas de agentes públicos”.
O decreto municipal garante o funcionamento de templos religiosos de qualquer natureza, para realização de cultos, sendo observadas as já conhecidas prescrições sanitárias para evitar o contágio. Entre as medidas, estão: uso de máscara facial, disponibilização de álcool gel 70% e distanciamento mínimo de dois metros entre os presentes. Continua não indicada a participação presencial das pessoas que fazem parte do grupo de risco.
Segundo Dom Orani, durante a reunião, foram relatadas as experiências de pessoas que se capacitaram para a higienização das igrejas.
“O texto de orientação para toda a arquidiocese será finalizado e enviado às paróquias para que se preparem: capacitando as pessoas, treinando e adquirindo o material necessário para a higienização. Estamos trabalhando para um retorno possível, mas enquanto isso não acontece, manteremos tudo como está. Por enquanto, levemos adiante a caminhada como temos feito até agora”, afirmou o arcebispo do Rio.
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Itália marca data para voltar a celebrar Missas com a presença de fiéis https://t.co/gwIQfxgHtT
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Ensinar religião beneficia avaliação médica e atenção ao paciente, afirmam especialistas
WASHINGTON DC, 27/05/2020 (ACI).- Quatro educadores de faculdades de medicina assinalaram em um artigo publicado em uma grande revista do Colégio de Médicos Americanos (ACP) que é importante ensinar religião e espiritualidade aos estudantes de medicina.
O artigo publicado em 19 de maio no "Annals of Internal Medicine", revista médica publicada por ACP, foi escrito por um grupo de educadores médicos, incluindo os médicos Kristin Collier, Cornelius James, Sanjay Saint e Joel Howell, que assinalaram a importância de ensinar religião e espiritualidade aos estudantes de medicina.
No artigo intitulado ‘É hora de abordar mais plenamente o ensino de religião e espiritualidade na medicina?’, os educadores sustentaram que avaliar as crenças religiosas de um paciente é importante para compreender completamente suas necessidades.
Os docentes também destacaram a importância da espiritualidade nos Estados Unidos, pois “hoje, aproximadamente 90% dos norte-americanos acreditam em Deus ou em um poder superior. Além disso, 53% dos norte-americanos consideram a religião ‘muito importante’ em suas vidas".
"Dado que o compromisso religioso está intrinsecamente relacionado aos aspectos culturais, mentais, espirituais e sociais do bem-estar, muitos pacientes acreditam que qualquer abordagem autêntica aos cuidados de saúde deve envolver seus compromissos religiosos".
No entanto, os médicos geralmente não discutem a espiritualidade com seus pacientes, mas promovem uma educação médica baseada na ciência quantitativa que ignora realidades espirituais imateriais, assinalaram.
“A ciência se tornou uma fonte quase inquestionável de autoridade. Os médicos começaram a ver os pacientes menos como seres sociais, com famílias e fé, como partes essenciais de suas vidas; e mais como coleções de órgãos defeituosos definidos por patologia microscópica e cultura bacteriológica”, afirmaram.
Kristin Collier, professora assistente e diretora do Programa da Faculdade de Medicina da Universidade de Michigan sobre a Saúde, Espiritualidade e Religião, disse que os pacientes querem um relacionamento mais profundo com seu médico.
“Sou médica de cuidados primários, por isso tenho relações com as pessoas ao longo do tempo... Como médicos, não somos técnicos que se encarregam de máquinas complexas. Estamos cuidando de seres humanos e sabemos por pesquisas que os pacientes querem ser vistos como pessoas de forma íntegra", afirmou a diretora em declarações à CNA, agência em inglês do Grupo ACI.
Além disso, Collier assinalou o exemplo de Cicely Saunders, uma enfermeira inglesa e fundadora da medicina paliativa, que sustentou que no trato com o paciente confluem quatro dinâmicas: física, social, psicológica e espiritual, e afirmou que abordar somente a metade dessas necessidades é reconhecer apenas a metade da pessoa.
“Os pacientes têm necessidades sociais e espirituais. De fato, essas necessidades podem confluir no físico. Por exemplo, pacientes que têm necessidades espirituais não reconhecidas e não tratadas no final da vida... podem sofrer dores físicas constantes", afirmou.
Segundo o artigo, os professores das faculdades de medicina indicaram que há uma falta de capacitação e ensino que forme futuros médicos para conversar sobre espiritualidade. Do mesmo modo, assinalaram que 78% dos estudantes de medicina disseram que raramente ou nunca viram seus instrutores discutirem religião com seus pacientes.
A Associação de Colégios Médicos Americanos (AAMC), composta por 155 colégios médicos credenciados nos Estados Unidos e no Canadá, exigiu um conjunto básico de "competências espirituais" para que os estudantes realizem sua educação médica. Para AAMC, a espiritualidade é a busca individual de significado por meio da participação em "religião e / ou crença em Deus, a família, o naturalismo, o racionalismo, o humanismo e as artes".
Collier disse que muitas escolas de medicina têm um plano de estudos de espiritualidade e descreveu o currículo da Faculdade de Medicina da Universidade de Michigan.
Nesse sentido, a docente assinalou como exemplo a avaliação FICA, um questionário que avalia as crenças, o propósito e a comunidade de um paciente. Segundo o programa, a Faculdade oferecerá atores que desempenham o papel de pacientes, para que os alunos façam perguntas sobre espiritualidade. No entanto, Collier afirmou que médicos e instrutores devem viver esse exemplo com pacientes reais, embora esse seja um assunto raramente discutido.
Nesse sentido, assinalou que no passado era tabu para os médicos discutir a história sexual de um paciente, apesar de ser um aspecto essencial para entender a saúde física do paciente; e que, da mesma forma, os médicos não abordarão a questão da espiritualidade, porque é muito particular ou considerada não relacionada à assistência médica.
"De certa forma, a história espiritual é paralela à história sexual. Durante anos, a história sexual foi considerada 'fora dos limites' no encontro clínico, talvez por ser muito particular ou não relevante para a maioria dos médicos, ou talvez porque os médicos se sentiam incômodos falando de uma ampla gama de comportamentos sexuais”, assinalou o artigo de 19 de maio.
Por sua vez, Collier aconselhou os médicos a começarem com um questionário, como a avaliação espiritual do FICA, para apresentar esse importante tema. Mas, assinalou que, eventualmente, seria necessário transcender a um questionário, pois uma interação humana profunda vai além do papel e conhecer a pessoa em um sentido completo, ajudará os médicos a compreenderem melhor como tratar seus pacientes.
"Acho que isso ocorre de uma maneira melhor em uma relação e, por isso, mantenho uma relação com meus pacientes... O que dá sentido a sua vida? Essa pergunta geralmente pode abrir caminho para que conheçam muitas crenças realmente importantes de seus pacientes”, afirmou Collier. “[Estas perguntas] podem ajudar a informar suas decisões quando se trata do fim da vida ou de seus objetivos de conversa no cuidado”, acrescentou.
Do mesmo modo, destacou a importância da fé em sua própria vida e como isso lhe deu uma perspectiva valiosa sobre o tratamento dos pacientes. Além disso, afirmou que é responsabilidade dos médicos dar um exemplo de prática médica que respeite a dignidade humana.
"Vejo pacientes feitos à imagem de Deus e quero poder cuidar de tudo o que lhes causa angústia e poder contar com a minha equipe para poder cuidar disso", disse Collier.
“Como educadores em medicina, temos a responsabilidade de ensinar nossos estudantes de medicina, residentes e companheiros como fornecer uma atenção integral às pessoas, porque isso honra a sua dignidade. E sabemos que os pacientes querem ser vistos como algo mais que sua doença ou sua biologia”, concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Quênia: Bispos renovam campanha contra a "educação sexual" promovida pelo Governo
NAIROBI, 27/05/2020 (ACI).- Os membros da Conferência dos Bispos Católicos do Quênia (KCCB) renovaram sua oposição ao programa de Educação Integral em Sexualidade (CSE) no país, com uma campanha online que visa coletar pelo menos 10 mil assinaturas locais.
Os bispos "se opõem totalmente ao CSE", disse Dom Paul Njiru Kariuki, chefe da Comissão de Educação da KCCB, que lidera a campanha. Em declarações à ACI África - agência africana do Grupo ACI - na sexta-feira, 22 de maio, assinalou que se o programa for incluído no currículo educacional do Quênia "trará lésbicas, gays e isso destruirá nosso país".
"Acreditamos que deveríamos ensinar aos nossos filhos os valores e as virtudes", disse Dom Kariuki. "Se prestar atenção ao CSE, é tão sujo que, se seguirmos por esse caminho, destruirão a fibra moral do nosso país", acrescentou.
A campanha online lançada pelos bispos ocorre em colaboração com Family Watch, uma organização afiliada às Nações Unidas (ONU).
"Estamos coletando assinaturas online para pressionar o Governo a retirar nosso país do compromisso com o CSE", declararam os bispos, em 22 de maio.
O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) definiu o CSE como uma abordagem de educação sexual baseada em direitos e focada no gênero, que inclui informações sobre contracepção, infecções sexualmente transmissíveis, parto, violações de direitos humanos, incluindo violência de gênero e abuso sexual, desenvolvimento humano e saúde reprodutiva.
O Governo do Quênia assinou uma declaração comprometendo-se em expandir a educação sexual abrangente baseada em direitos a partir das escolas de ensino fundamental em 2013.
No entanto, a campanha online "Stop CSE" se opõe ao currículo porque é "um dos maiores ataques à saúde e inocência das crianças".
"CSE vai contra os valores culturais do Quênia", enfatizaram os bispos. Indicaram que o currículo proposto "dá às crianças o direito de decidir quando e com quem ter relações sexuais e também promove ideologia prejudicial de identidade de gênero, promiscuidade sexual e aborto".
Os bispos também argumentam que o CSE adota uma "abordagem controversa da educação sexual baseada nos direitos e não na saúde, e que o currículo enfatiza os 'direitos sexuais' em detrimento da 'saúde sexual'".
"A implementação do CSE ocorreu sem a participação, orientação e aprovação dos pais", asseguraram os bispos, acrescentando que essa medida "viola os direitos dos pais, que não foram consultados".
"As pesquisas que as agências da ONU usam para afirmar que o CSE é eficaz e impedirá a gravidez na adolescência e as DST, incluindo o HIV, e que a educação para a abstinência é ineficaz, foram recentemente desacreditadas em um estudo global" assinalaram os bispos.
"Fazemos um chamado aos pais para apoiarem essa iniciativa, porque no final das contas, esses são seus filhos e o que será ensinado não os ajudará amanhã", assinalou Dom Kariuki à ACI África.
CSE foi rejeitado em diferentes nações africanas, incluindo Gana, onde os bispos católicos descreveram o currículo como "uma maneira sutil de introduzir a homossexualidade nas crianças que frequentam a escola".
No Quênia, os líderes da Igreja Católica e outros órgãos religiosos já haviam se oposto à introdução do programa de estudos do CSE, mas esses esforços não tiveram sucesso, disse Dom Kariuki.
O Prelado explicou que "as pessoas que apoiam o CSE são fortemente financiadas, usam o poder do dinheiro para forçar isso em nosso currículo, e forçam-no não pelo melhor método, mas por uma forma corrupta".
"Não é só uma questão de educação, mas através dela (CSE), o consumidor também fará com que essas indústrias se beneficiem", afirmou Dom Kariuki.
Do mesmo modo, chamou os quenianos a não abraçarem "tudo o que vem de nações externas", porque aceitarmos “tudo de fora, nos destruirão e não teremos uma boa sociedade".
Como alternativa ao CSE, Dom Kariuki disse que a Comissão de Educação desenvolveu um programa de estudos em colaboração com os desenvolvedores de planos curriculares no país.
"Temos muito material para ensino fundamental e ensino médio, juntamente com os desenvolvedores do currículo", comentou.
A Aliança Mundial da Juventude, que está colaborando com os bispos na última campanha contra o CSE, também propôs um plano curricular baseado na dignidade humana (HDC) para ajudar os jovens a "compreenderem quem são e o que podem se tornar”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Papa reconhece martírio de 6 cistercienses assassinados na Itália
Vaticano, 27/05/2020 (ACI).- Na noite de 13 de maio de 1799, o mosteiro cisterciense de Casamari (Itália) foi palco do assassinato de cinco religiosos por parte de revolucionários franceses que tentavam criar no antigo Reino de Nápoles uma república satélite da República Francesa. Um sexto monge da comunidade foi assassinado três dias depois.
O martírio desses seis religiosos, Pe. Simeon Cardon, Pe. Domenico Zawrel, Ir. Maturino Pitri, Ir. Albertino Maisonade, Ir. Modesto Burgen e Ir. Zosimo Brambat, acaba de ser reconhecido pelo Papa Francisco, por isso serão beatificados.
No contexto da revolução francesa, a recém-criada República Francesa tentou estabelecer um regime aliado no Reino de Nápoles, que ocupava o centro e a metade sul da atual Itália, onde reinava a Casa de Bourbon.
No entanto, a tentativa fracassou e os revolucionários fugiram desorganizados para o norte, pressionados pelas tropas de Bourbon e por seus aliados ingleses. Na fuga, saquearam várias cidades italianas, assassinando muitos moradores locais e atacando furiosamente o clero e as propriedades eclesiásticas.
Depois de saquear e profanar o mosteiro de Montecassino, os revolucionários franceses chegaram à cidade de Isola del Liri, onde, em 12 de maio de 1799, assassinaram mais de quinhentas pessoas que se refugiaram dentro da igreja de São Lourenço Mártir.
No dia seguinte, os revolucionários chegaram à abadia de Casamari com a intenção de saqueá-la e levar os seus bens. Quando chegaram, alguns dos monges fugiram, mas seis deles ficaram para proteger a Eucaristia.
No entanto, a abadia carecia de objetos valiosos para os revolucionários que, enceguecidos pela raiva de não conseguirem riquezas, e pelo seu ódio anticlerical, assassinaram cinco dos monges com suas baionetas. O sexto monge, Irmão Zosimo Brambat, morreu três dias depois.
Os seis monges cistercienses estão enterrados na igreja da abadia.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Santuário de Aparecida esclarece engano da imprensa sobre retomada das missas com o público
APARECIDA, 27/05/2020 (ACI).- O Santuário Nacional de Aparecida divulgou nesta terça-feira, 26, uma nota de esclarecimento sobre as que informações inverídicas divulgadas por um colunista do Portal UOL, do Grupo Folha, e replicada por outros veículos de imprensa. No comunicado, o santuário afirma que os jornalistas não procuraram previamente a instituição antes de divulgar a matéria. A assessoria de imprensa informou que a notícia apresentou como recente um acontecimento antigo e descontextualizou a informação, gerando equívoco.
Antes da determinação da Quarentena pelo Governo do Estado de São Paulo, o santuário recebeu do Ministério Público uma recomendação para fechar. A partir desse comunicado, o departamento jurídico fez a defesa alegando que essa determinação deveria vir do Poder Executivo.
No comunicado à imprensa, o santuário afirmou que “vem cumprindo com rigor todas as determinações das autoridades e em nenhum momento questiona o isolamento ou se posiciona contrário ou qualquer outra medida de contingenciamento”.
Na questionada matéria do colunista do Grupo Folha, não só foi citado individualmente o santuário, localizado no interior de São Paulo, mas foi dito que “a Igreja Católica considera que não há consenso sobre a eficácia do isolamento social como medida de contenção do Covid-19 e pediu à Justiça que seja liberada a realização de missas no Santuário Nacional de Nossa Senhora de Aparecida”.
“A retomada da realização de celebrações litúrgicas com a presença do povo, só acontecerá quando o poder público indicar esta possibilidade, bem como a Arquidiocese de Aparecida orientar”, esclarece o Santuário mariano.
Confira a íntegra da nota:
“O Santuário Nacional esclarece que informações divulgadas pela imprensa nesta terça (26) sobre a “contestação” apresentada junto à Justiça local, sobre a suspensão da realização de eventos, estão equivocadas. O ato de “contestar”, na terminologia jurídica, representa a defesa processual de resposta a uma ação judicial, neste caso, aquela proposta pelo Ministério Público, em 14 de março de 2020.
A descontextualização da terminologia jurídica levou a uma interpretação errônea nas matérias jornalísticas publicadas, pois em nada condiz com o teor e fundamento das alegações de mérito processual entregues a Justiça.
Reforça-se que o Santuário Nacional vem cumprindo com rigor todas as determinações das autoridades e em nenhum momento questiona o isolamento ou se posiciona contrario ou qualquer outra medida de contingenciamento.
Algumas reportagens trataram como novo, fato antigo, pois trata-se de ação judicial de 14 de março, anterior, inclusive, a decretação de Quarentena no Estado de São Paulo. A redação das matérias levam ao errôneo entendimento que a instituição está questionando medidas atuais adotadas pelo Governo paulista. O Santuário em nenhum momento questiona as medidas de isolamento social ou mesmo seu formato.
Como o jornalista do Portal UOL, primeiro veículo a publicar o conteúdo que posteriormente foi replicado por outros meios, não procurou previamente o Santuário Nacional para redação de seu texto, se faz necessário esclarecer esta contextualização para o entendimento correto das ações praticadas.
A retomada da realização de celebrações litúrgicas com a presença do povo, só acontecerá quando o poder público indicar esta possibilidade, bem como a Arquidiocese de Aparecida orientar.
Cumpre ressaltar ainda que o Santuário já vinha tomando, desde antes do processo, atitudes para o combate da Covid-19 e que sempre esteve atento a todas as normas sanitárias emanadas pelas autoridades competentes”.
Confira:
Papa Francisco saúda Argentina na comemoração do 210º aniversário pátrio https://t.co/VRRjEfAN5W
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Beato Charles de Foucauld será proclamado santo
Vaticano, 27/05/2020 (ACI).- O sacerdote e missionário francês Charles de Foucauld será proclamado santo depois que o Papa Francisco reconheceu o milagre atribuído à sua intercessão através da assinatura do decreto da Congregação para as Causas dos Santos.
Depois de uma primeira etapa de sua vida afastado da fé, Charles de Foucauld, pertencente a uma família aristocrática, experimentou uma profunda conversão depois de testemunhar a religiosidade dos muçulmanos durante uma viagem ao Marrocos e de experimentar a fé cristã de sua família na França.
Após um longo caminho em busca de sua vocação, foi ordenado sacerdote e mudou-se para a África, onde realizou intenso trabalho missionário baseado no diálogo com o Islã e na luta contra a escravidão.
O Beato Charles de Foucauld nasceu na cidade francesa de Estrasburgo, em 15 de setembro de 1858. Aos 6 anos de idade ficou órfão e cresceu com o irmão na casa dos avós. Estudou com os jesuítas em Nancy e em Paris.
Durante a sua adolescência, ele se distanciou da fé e se entregou a uma vida mundana, embora sempre demonstrasse grande força de vontade e capacidade inata de superação. Entrou para a carreira militar, uma vocação que seu avô tentou incutir nele desde pequeno, mas foi expulso por má conduta e fugiu com sua amante.
Posteriormente, retornou ao exército, mas essa segunda experiência militar também não deu certo e renunciou para se dedicar ao estudo das línguas semitas, em concreto, o árabe e o hebreu.
Suas inquietações o levaram a uma perigosa viagem ao Marrocos de 1883 a 1884, fazendo-se passar por religioso judeu. Também percorreu parte da Argélia e Tunísia e realizou importantes trabalhos cartográficos que lhe renderam a medalha de ouro da Sociedade Francesa de Geografia.
O contato com os muçulmanos o levou a se perguntar sobre Deus. Ficou impressionado com a religiosidade islâmica e como os muçulmanos levavam a sério sua religião enquanto ele tinha se dedicado a desperdiçar dinheiro em aventuras.
De volta à França, a chama da espiritualidade acendeu nele quando compreendeu a fé cristã de sua família. Entrou em contato com o sacerdote Pe. Huvelin e, graças a ele, voltou ao cristianismo em outubro de 1886, quando tinha 28 anos.
Para aprofundar sua fé, fez uma peregrinação à Terra Santa e lá descobriu sua vocação. Durante 7 anos, morou em diferentes mosteiros trapistas, primeiro em Nossa Senhora das Neves e depois no mosteiro sírio de Akbes. Mais tarde, mudou-se para Roma para estudar e depois se retirou para morar sozinho em oração e adoração junto às Clarissas de Nazaré.
Foi ordenado sacerdote em 1901, aos 43 anos, e empreendeu uma nova viagem ao Saara, onde iniciou sua missão com os tuaregues na aldeia de Tamanrasset. Lá, evangelizou os povos do deserto e lutou contra a escravidão: começou a comprar escravos para libertá-los.
Escreveu vários livros sobre a cultura dos tuaregues e de outros povos saarauís e traduziu os Evangelhos para o seu idioma.
Em 1909, fundou a União de Irmãos e Irmãs do Sagrado Coração com a missão de evangelizar as colônias francesas na África. Os povos berberes, maioria no noroeste da África, reconheceram que a missão de Charles de Foucauld gerava sentimentos amigáveis em relação aos franceses.
Foi assassinado, em 1º de dezembro de 1916, na porta de sua ermida durante uma revolta antifrancesa na Argélia.
Do seu carisma surgiram dez congregações religiosas e oito associações de vida espiritual. Ele foi beatificado pelo Papa Bento XVI em 2005.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Fundador da Ordem dos Cavaleiros de Colombo será beatificado
Vaticano, 27/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco reconheceu o milagre realizado pela intercessão do Pe. Michael McGivney, sacerdote diocesano e fundador da Ordem dos Cavaleiros de Colombo, nos Estados Unidos, e que o levará à beatificação.
O Papa autorizou o reconhecimento do milagre de Pe. McGivney após uma reunião realizada em 26 de maio com o Cardeal Angelo Becciu, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.
Pe. McGivney fundou a Ordem dos Cavaleiros de Colombo em 1882 que, atualmente, é a maior organização de serviço fraternal católico do mundo, com quase 2 milhões de membros em mais de 12 países.
Este sacerdote nasceu em Waterbury, Connecticut (Estados Unidos), em 1852, foi o caçula de 9 irmãos, filho de imigrantes irlandeses.
Foi ordenado em Baltimore em 1877 e foi nomeado vigário da Paróquia de St. Mary, em New Haven, Connecticut, onde serviu principalmente a comunidade irlandês-americana e de imigrantes.
Em um clima anticatólico, o Pe. McGivney fundou a Ordem dos Cavaleiros de Colombo para promover ajuda espiritual e também financeira às famílias que haviam perdido o sustento familiar.
Em um comunicado de imprensa dos Cavaleiros de Colombo, emitido hoje, 27 de maio, asseguraram que o milagre reconhecido pelo Papa Francisco, realizado através da intercessão de Pe. McGivney, está relacionado a um menino que foi curado no ventre de sua mãe que sofria de uma doença mortal em 2015.
A data da beatificação será publicada em breve e ocorrerá em Conectitut (Estados Unidos).
O Cavaleiro Supremo, Carl A. Anderson, assegurou que “Pe. McGivney inspirou gerações de homens católicos a arregaçar as mangas e colocar a sua fé em ação. Esteve décadas a frente de seu tempo ao dar aos leigos um papel importante dentro da Igreja”.
"Hoje, seu espírito continua moldando o extraordinário trabalho de caridade dos Cavaleiros, enquanto continuam servindo os marginalizados na sociedade enquanto servia as viúvas e os órfãos na década de 1880", disse Anderson.
Além disso, destacou que "o Pe. McGivney também continua sendo um importante modelo para os párocos de todo o mundo e nos deixou um legado transformador de cooperação efetiva entre os leigos e o clero".
A causa de santidade de McGivney foi oficialmente inaugurada em 1997, na Arquidiocese de Hartford, Connecticut. Em 2008, o Papa Bento XVI declarou o sacerdote nascido nos Estados Unidos como Venerável Servo de Deus em reconhecimento à sua vida de virtude heroica.
Após sua beatificação, a causa de McGivney exigirá mais um milagre antes que possa ser considerado para a canonização.
Ele não seria o primeiro membro dos Cavaleiros de Colombo a ser canonizado. Um grupo de seis membros mexicanos da organização foi martirizado durante a Guerra Cristera de 1926-29 e suas consequências. Trata-se de São Luis Batis, São Rodrigo Aguilar, São Miguel de Mora, São Pedro de Jesus Maldonado, São José Maria Robles e São Mateo Correa.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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