As palavras da Virgem Maria na Bíblia que questionam o mundo hoje
REDAÇÃO CENTRAL, 19/05/2020 (ACI).- Nos Evangelhos, encontra-se pouco do que a Virgem Maria falou, porém, quando aparecem citações de suas palavras, é possível apreciar que essas não geram apenas uma reação do Senhor, mas também questionam ao mundo de hoje. São João Paulo II nos ofereceu uma profunda reflexão sobre cada uma delas.
A Anunciação (Lc 1,26-38)
As primeiras palavras da Virgem são contadas por São Lucas quando o Anjo Gabriel visitou Maria e lhe revelou que conceberia Jesus. Ela perguntou: “Como se fará isso, pois não conheço homem?”. E o mensageiro divino, com paciência, explicou a ação do Espírito Santo. “Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra”, respondeu Maria.
Sobre esta passagem, São João Paulo II escreve na Redemptoris Mater, parágrafo 13, que a Mãe de Deus “respondeu, pois, com todo o seu ‘eu’ humano e feminino. Nesta resposta de fé estava contida uma cooperação perfeita com a ‘prévia e concomitante ajuda da graça divina’ e uma disponibilidade perfeita à ação do Espírito Santo, o qual ‘aperfeiçoa continuamente a fé mediante os seus dons’”.
A visita a sua prima Isabel (Lc 1,39-56)
Maria, movida pela caridade, colocou-se a serviço de sua prima idosa Isabel. Nesse encontro familiar, Isabel a felicitou e a simples Virgem louvou a Deus e proclamou uma das orações mais excelsas do cristianismo, inspirada no Antigo Testamento: o Magnifica.
“Minha alma glorifica ao Senhor, meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, porque olhou para sua pobre serva...”.
“Com sua visita a Isabel, Maria realiza o prelúdio da missão de Jesus e, colaborando desde o começo de sua maternidade na obra redentora do Filho, transforma-se no modelo de quem na Igreja se coloca em caminho para levar a luz e a alegria de Cristo aos homens de todos os lugares e de todos os tempos” (São João Paulo II, Audiência Geral, 1996).
Jesus é encontrado no Templo (Lc 2,41-52)
Quando Jesus tinha doze anos, ficou em Jerusalém e seus pais, não o achando na caravana, voltaram para busca-lo. Depois de três dias, encontraram-no no Templo dialogando com os doutores da lei e Maria lhe disse: “Meu filho, que nos fizeste? Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição”.
Jesus respondeu que tinha que se ocupar das coisas de seu Pai e a Virgem e São José não entenderam aquela resposta.
São João Paulo II explica que “Jesus tinha a consciência de que ‘só o Pai conhece o Filho’ (cf. Mt 11, 27); tanto assim, que até aquela a quem tinha sido revelado mais profundamente o mistério da sua filiação divina, a sua Mãe, vivia na intimidade com este mistério somente mediante a fé! Encontrando-se constantemente ao lado do Filho, sob o mesmo teto, e ‘conservando fielmente a união com o Filho’, Ela ‘avançava na peregrinação da fé’, como acentua o Concílio”.
Bodas de Caná (Jo 2,1-11)
Maria, como toda boa mãe, vivia preocupada para que não faltassem as coisas da casa e muito menos em um casamento. Foi assim que, em Caná, alertou seu Filho: “Eles já não têm vinho”. Com a confiança de saber que Jesus ajudaria, adiantou a “hora” do Senhor e deu uma mensagem aos servos e, nela, a todos os crentes: “Fazei o que ele vos disser”.
“Em Caná, graças à intercessão de Maria e à obediência dos servos, Jesus dá início à ‘sua hora’. Em Caná, Maria aparece como quem acredita em Jesus: a sua fé provoca da parte dele o primeiro ‘milagre’ e contribui para suscitar a fé dos discípulos” (São João Paulo II, Redemptoris Mater, 21).
Não há mais palavras de Maria na Bíblia, mas as que aparecem têm especial significado para cada geração e, por isso, São João Paulo II, em sua visita no ano 2000 à Basílica da Anunciação em Nazaré, expressou um de seus maiores desejos:
“Peço à Sagrada Família que inspire todos os cristãos a defender a família, a defender a família contra as numerosas ameaças que atualmente pesam sobre a sua natureza, a sua estabilidade e missão. Confio à Sagrada Família os esforços dos cristãos e de todas as pessoas de boa vontade a fim de defender a vida e promover o respeito pela dignidade de cada ser humano”.
A antiga catedral de Santa Sofia poderia passar de museu a mesquita?
ISTAMBUL, 19/05/2020 (ACI).- A famosa Santa Sofia, em Istambul (Turquia), já foi catedral bizantina e centro da ortodoxia cristã, antes de ser transformada em mesquita e depois em museu. No entanto, embora seja oficialmente neutra desde 1934, em 23 de março seus minaretes foram utilizados para fazer um chamado à oração islâmica. Algo que já ocorreu em 3 de julho de 2016, a primeira vez em 85 anos.
Para desvendar as motivações por trás disso, a Fundação Pontifícia Internacional ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ (ACN) entrevistou Etienne Copeaux, historiador da Turquia contemporânea. Este antigo colaborador do Instituto Francês de Estudos Anatólicos (Istambul) e pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa Científica atualmente administra o blog Susam-Sosak, inteiramente dedicado à Turquia. A entrevista foi conduzida por Christophe Lafontaine.
O pedido de devolução desta basílica do século VI ao culto muçulmano ganhou força desde o quinto centenário da queda de Constantinopla em 1453. No momento da tomada da cidade, chamada "la Fetih", na qual o sultão foi celebrar a vitória em Santa Sofia, transformando-a ipso facto em uma mesquita.
Esse gesto deu à basílica um caráter sagrado e muçulmano, que se tornou um símbolo do islamismo turco, embora, paradoxalmente, tenham lhe deixado o nome grego e cristão, Aya Sofia. Atatürk, fundador e primeiro presidente da República da Turquia, de 1923 a 1938, decidiu em 1934, diante do grande escândalo dos clérigos, “secularizar” Santa Sofia, transformando-a em um museu, e isso é o que continua acontecendo até hoje.
Diante dessas tentativas, Copeaux assegura que se forem concretizadas as tentativas do islã de devolver o culto muçulmano a Santa Sofia, é “bastante improvável” que o “mundo ortodoxo”, ou seja, desde a Grécia até a Rússia, permaneçam passivos ao respeito, especialmente “dado o complicado contexto atual das relações com a Rússia em relação à Síria”.
Copeaux explica na entrevista realizada pela Ajuda à Igreja que Sofre que a comemoração [da tomada de Constantinopla] que ocorreu em 1953 "foi bastante modesta" e ocorreu durante um "período antissecular", ou seja, "um período de retorno dos religiosos com o governo do Partido Democrata de Adnan Menderes, que proclamou em 1956: ‘A nação turca é muçulmana’".
"Essa afirmação corresponde ao caráter da Turquia, que, de fato, se tornou 99% muçulmana após o genocídio dos armênios, as expulsões dos ortodoxos gregos e os pogroms dos judeus, e se converteu hoje no lema preferido da extrema direita turca”, assegurou o historiador.
Ele também enfatizou que "quando o Islã político recuperou o poder, de junho de 1996 a junho de 1997, o primeiro-ministro Necmettin Erbakan prometeu aos seus eleitores a restituição da basílica ao Islã, mas não permaneceu no poder por tempo suficiente para realizar esse projeto”.
Um desejo que também foi expresso por Recep Tayyip Erdogan, que de 1994 a 1998 foi prefeito de Istambul. "No entanto, foi deposto pelo Exército em 1998 e foi preso por atacar o laicismo", disse o especialista.
De fato, Erdogan já como presidente turco, recitou o primeiro versículo do Alcorão em Santa Sofia e, em março de 2019, declarou que queria reconverter o museu em mesquita. Algo que pode estar relacionado ao chamado à oração dos muçulmanos em 23 de março.
Nesse sentido, Copeaux destacou que “muitas das medidas de Erdogan de 2002, e especialmente de 2012, respondem, ao mesmo tempo, à busca de um objetivo político que remonta a mais de cinquenta anos atrás e a uma revanche por sua destituição em 1998”.
“Portanto, a oração de março passado é, na minha opinião, apenas o culminar, pelo momento modesto, de um longo processo. Não devemos ver o regime de Erdogan como uma ruptura, pois é o resultado de uma longa corrente nacional-muçulmana que nem sempre foi subterrânea ", insistiu o especialista.
Diante dessa situação, a reação dos cristãos na Turquia é fundamental, mas também muito complicada, porque, segundo Copeaux, o “mundo cristão” da Turquia, e especialmente o que resta da população ortodoxa, que foi expulsa principalmente em 1914 e depois em 1955 e 1964, além da expulsão dos ortodoxos do norte de Chipre em 1974, fazem-nos desempenhar um "papel extremamente discreto, considerando o que viveram".
"Os slogans da discrição são inclusive repetidos insistentemente pelas autoridades religiosas: não causem confusão, nunca reclamem. As reações do mundo ortodoxo na Turquia só podem se manifestar através do canal oficial do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla. No entanto, a experiência mostrou que as reuniões entre o patriarca e as autoridades turcas são geralmente muito convencionais e muito diplomáticas", afirmou.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Papa Francisco estabelece data para celebrar Santa Faustina Kowalska
Vaticano, 19/05/2020 (ACI).- No dia em que a Igreja celebrou o centenário do nascimento de São João Paulo II, o Papa Francisco ordenou inscrever a festa da santa polonesa Faustina Kowalska no calendário romano geral e decretou que sua memória livre seja celebrada em 5 de outubro .
"O Sumo Pontífice Francisco, aceitando as petições e desejos dos Pastores, de religiosas e religiosos, bem como associações de fiéis, considerando a influência exercida pela espiritualidade de Santa Faustina em diferentes regiões do mundo, ordenou que o nome de Santa Maria Faustina (Elena) Kowalska, virgem, seja inscrito no Calendário Romano Geral e sua memória facultativa seja celebrada por todos em 5 de outubro.”, indica um decreto da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.
O decreto foi publicado em 18 de maio, quando a Igreja recorda os 100 anos do nascimento do Papa São João Paulo II, que canonizou Santa Faustina, o Apóstolo da Divina Misericórdia, no ano 2000.
"Esta nova memória deve ser inserida em todos os Calendários e Livros litúrgicos da celebração da Missa e da Liturgia das Horas, adotando os textos litúrgicos anexos a este decreto que devem ser traduzidos, aprovados, e depois da confirmação da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, publicados pelas Conferências Episcopais”, indica o decreto assinado pelo prefeito da congregação, Cardeal Robert Sarah; e seu secretário, Arcebispo Arthur Roche.
O decreto recorda que “o que a Virgem Maria cantou no Magnificat, contemplando a obra salvífica de Deus em favor de toda geração humana, reflete na experiência espiritual de Santa Faustina Kowalska que, como um presente do Céu, viu no Senhor Jesus Cristo o rosto misericordioso do Pai e tornou-se anunciadora".
Faustina nasceu em Głogowiec, perto da cidade de Łódź (Polônia) em 1905. Faleceu em Cracóvia em 1938, cidade em que São João Paulo II foi Arcebispo antes de se tornar Pontífice.
Santa Faustina Kowalska, lembra o decreto, “passou sua jovem existência entre as Irmãs da Bem-Aventurada Virgem Maria da Misericórdia, conformando-se generosamente à vocação recebida de Deus e amadurecendo uma vida espiritual intensa, rica de dons místicos e correspondência fiel a eles".
O decreto desta segunda-feira destaca que “o relato do que o Senhor realizou nela para o benefício de todos, ela mesma o descreveu no Diário de sua alma, santuário do encontro com o Senhor Jesus: ouvindo Aquele que é Amor e Misericórdia, ela entendeu que nenhuma miséria humana pode medir-se com a misericórdia que jorra inexaurível do coração de Cristo”.
"Tornou-se, portanto, inspiradora de um movimento destinado a proclamar e implorar a Misericórdia Divina para o mundo inteiro", acrescenta.
Após sua canonização, "o nome de Santa Faustina logo se tornou conhecido em todo o mundo, promovendo em todas as componentes do povo de Deus, pastores e fiéis leigos, a invocação da Misericórdia Divina e seu testemunho crível na conduta de vida dos fiéis".
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Crise da COVID-19 exige solidariedade e modelos econômicos sustentáveis, afirma Cáritas
Buenos Aires, 19/05/2020 (ACI).- A Cáritas da América Latina e o Caribe pediu solidariedade com a região gravemente afetada pela COVID-19, e chamou a assumir alternativas econômicas sustentáveis, para erradicar a pobreza e a iniquidade.
Em 14 de maio, a Cáritas da América Latina e o Caribe fez um chamado à solidariedade com os povos que compõem a região, porque "neste momento da pandemia da COVID-19" muitas famílias ampliaram sua situação de vulnerabilidade devido ao "impacto das medidas necessárias” impostas pelos governos para “diminuir a curva de contágio”.
A Cáritas explicou que, como inúmeras famílias na região já são pobres e enfrentam exclusão, os decretos governamentais reduziram seu acesso às necessidades básicas atendidas e aos espaços que garantam o exercício de seus direitos, o que aumentou as situações de conflito.
Esses decretos se relacionam, sobretudo, "ao isolamento social, à proibição de circulação de transporte público, ao fechamento de lojas ou funcionamento em horários restritos dos serviços básicos, públicos e privados", afirmou Cáritas.
Da mesma forma, Cáritas assinalou outros fatores que agravam a situação de risco dessas pessoas, como “a falta de informação de qualidade, a alta circulação de 'fake news' (notícias falsas) sobre a COVID-19, o desabastecimento e a falta de recursos econômicos para a obtenção de material de higiene e o número insuficiente de agentes de saúde públicos e redes de proteção”.
Em seu texto, a instituição também reconheceu o "enorme esforço solidário dos servidores públicos de saúde que estão na linha de frente do atendimento às pessoas, mesmo correndo o risco de suas próprias vidas".
Cáritas advertiu que "continuaremos vivendo no próximo período, um profundo processo de crise e recessão, não apenas do ponto de vista econômico, mas também nas dimensões social, política, cultural e ambiental relacionada à existência da vida", grave crise que afetará, sobretudo, os mais pobres e vulneráveis do mundo.
Do mesmo modo, alertou que muito mais pessoas em situação de desemprego ou que não têm um trabalho fixo, os microempreendedores, os idosos, as pessoas com capacidades diferentes, privadas de liberdade, meninos e meninas, donas de casa e estudantes, comunidades indígenas, particularmente nas Amazônia, serão seriamente afetados nos próximos meses.
Um dos maiores desafios é "garantir alimentos de qualidade" e todos os serviços que proporcionam qualidade de vida, como "água potável, eletricidade, educação e medicamentos", disse Cáritas, afirmando que "os problemas econômicos globais podem ser resolvidos com economias e políticas econômicas ao serviço das pessoas e, portanto, de nossos povos”.
Assim, Cáritas assinalou a urgência de "planejar e executar ações mais efetivas que ajudem a resolver os problemas de saúde, alimentação, transporte, fontes de emprego e infraestrutura de saúde", pois "a quarentena e o confinamento não devem ser apenas um fator de proteção para a saúde, mas também para a proteção dos direitos humanos e do direito ao trabalho com remuneração digna”.
Embora vários governos da região "priorizem salvar alguns setores dominantes vinculados aos mercados financeiros, através da ampliação de períodos de graça, diminuição das taxas de juros, renegociando dívidas ou adquirindo novas dívidas, entre outros", isso gera o risco de que "desigualdades e vulnerabilidades se aprofundem" e que os mais pobres sejam os mais atingidos, acrescentou.
Por isso, a Cáritas exortou as entidades financeiras e os Estados a serem solidários e eficientes "para garantir a sobrevivência e a dignidade" de todos, especialmente "dos mais desprotegidos" e os exortou a deixarem para trás “negociações partidárias e eleitorais” e priorizar a proteção da dignidade humana e o bem comum por meio de políticas públicas.
A Cáritas enfatizou que, além da "ajuda imediata", é necessário um discernimento da realidade dos países e da região "para assumir aprendizados compartilhados, reflexões inovadoras no desenho de novas formas de relacionamento e de economias sustentáveis, e críticas ao velho modelo que gerou pobreza, exclusão e iniquidade”.
“Não podemos permitir-nos escrever a história presente e futura de costas para o sofrimento de tantos. É o Senhor quem nos perguntará novamente, ‘onde está o seu irmão?’”, assinalou Cáritas e chamou a não retornar à “normalidade excludente idêntica de antes da pandemia”, mas às novas “propostas econômicas e políticas” inclusivas e solidárias que salvaguardam a Casa Comum.
"É necessário 'unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral’... que nos pede não nos conformar nem nos contentar e menos ainda nos justificar com lógicas substitutivas ou paliativas que impeçam de assumir o impacto e as graves consequências do que estamos vivendo (um plano para ressuscitar)”, acrescentou.
Até a presente data, a Igreja Católica colocou suas instituições a serviço da vida de nossos povos e privilegiou ações de caridade durante a pandemia por meio da comissão da COVID-19 para "expressar sua preocupação e amor por toda a família humana” nesta crise.
Em cada região, a Cáritas desenvolveu estratégias de comunicação para a “doação de alimentos em espécie ou em refeições solidárias, kits de higiene com produtos para a segurança pessoal e comunitária” dirigidos aos idosos, sistemas penitenciários, pessoas e famílias com capacidades diferentes, comunidades indígenas e rurais, e migrantes.
Da mesma forma, a Cáritas indicou que apoiou albergues, programas de “água limpa” através de purificadores, forneceu aconselhamento virtual sobre saúde mental e assuntos legais e participou em comissões de emergência e assessoria sobre o exercício de direitos.
Por isso, Cáritas agradeceu a Deus por suas equipes de trabalho e voluntários que, colocando a própria saúde em risco, dedicam tempo para servir com amor e salvaguardam as regras para proteger os mais vulneráveis. Também agradeceu à Igreja Católica com suas dioceses e paróquias, doadores internos e externos que, em suma, fazem com que muitos tenham "vida em abundância".
Finalmente, o comunicado assinado pelo presidente da Cáritas América Latina e Caribe, o Arcebispo de Maracaibo, Dom José Azuaje, pediu a Nossa Senhora de Guadalupe e a São Oscar Arnulfo Romero que guiem seus passos e lhes permitam “servir com dedicação nossos irmãos e irmãs a partir de uma opção decidida pelos pobres e com a esperança que Cristo Ressuscitado concede neste Tempo Pascoal”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Cáritas Venezuela se reinventa para levar mais solidariedade na crise de coronavírus https://t.co/mMsiHT1UsY
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Papa Francisco aos jovens: São João Paulo II lhes ensinará a cuidar de suas famílias
Vaticano, 19/05/2020 (ACI).- Em 18 de maio, o Papa Francisco enviou uma mensagem de vídeo aos jovens de Cracóvia, a arquidiocese polonesa liderada por São João Paulo II antes de ser eleito pontífice, para assegurar-lhes que o ensinamento do santo polonês “é um ponto de referência seguro para encontrar soluções concretas para as dificuldades e desafios que as famílias enfrentam em nossos dias”.
A videomensagem foi transmitida por ocasião das celebrações dos cem anos do nascimento de São João Paulo II, pontífice que liderou a Igreja entre outubro de 1978 e abril de 2005, e que foi conhecido por sua defesa da vida e da família. , sua contribuição para a queda do comunismo na Europa Oriental, sua difusão da devoção à Divina Misericórdia, a criação da Jornada Mundial da Juventude, o Encontro Mundial das Famílias, entre outras coisas.
A seguir, o texto completo da mensagem do Papa Francisco:
Queridos jovens,
Este ano festejamos os cem anos do nascimento de São João Paulo II. É uma bela oportunidade para eu me dirigir a vocês, jovens de Cracóvia, pensando em quanto ele amava os jovens e lembrando a minha presença entre vocês na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2016.
São João Paulo II foi um extraordinário dom de Deus à Igreja e à Polônia, sua pátria. Sua peregrinação terrena, que começou em 18 de maio de 1920, em Wadowice, e terminou há 15 anos em Roma, foi marcada pela paixão pela vida e pelo fascínio pelo mistério de Deus, do mundo e do ser humano.
Lembro-me dele como um grande da misericórdia: penso na Encíclica Dives in Misericordia, na canonização de Santa Faustina e na instituição do Domingo da Divina Misericórdia. À luz do amor misericordioso de Deus ele compreendeu a especificidade e a beleza da vocação de mulheres e homens; compreendeu as necessidades das crianças, dos jovens e adultos, considerando também os condicionamentos culturais e sociais. Todo mundo podia experimentá-lo. Hoje você também pode experimentá-lo, conhecendo sua vida e seus ensinamentos, disponíveis para todos, inclusive graças à Internet.
Todos e cada um de vocês, queridos jovens, carrega a marca de sua família, com suas alegrias e tristezas. O amor e o cuidado da família são um traço característico de João Paulo II. O seu ensinamento é um ponto de referência seguro para encontrar soluções concretas para as dificuldades e desafios que as famílias enfrentam em nossos dias (cf. Mensagem na Convenção "João Paulo II, o Papa da Família", Roma, 30 de outubro de 2019).
Mas os problemas pessoais e familiares não são um obstáculo no caminho da santidade e da felicidade. Nem foram para o jovem Karol Wojtyła, que sofreu a perda de sua mãe, do irmão e do pai quando era garoto. Como estudante, viveu as atrocidades do nazismo, que lhe tirou muitos amigos. Depois da guerra, como sacerdote e bispo, teve que enfrentar o comunismo ateu.
As dificuldades, inclusive as mais duras, são uma prova de maturidade e fé; prova que só pode ser superada confiando no poder de Cristo morto e ressuscitado. João Paulo II lembrou isso a toda a Igreja desde a sua primeira Encíclica Redemptor hominis, onde diz: “O homem que quiser compreender-se a si mesmo profundamente […] deve, com a sua inquietude, incerteza e também com a sua fraqueza e pecaminosidade, com a sua vida e com a sua morte, aproximar-se de Cristo. Ele deve, por assim dizer, entrar n'Ele com tudo o que é em si mesmo" (n. 10).
Queridos jovens, é isso que desejo para cada um de vocês: entrar em Cristo com toda a sua vida. E espero que as celebrações do centenário do nascimento de São João Paulo II inspirem em vocês o desejo de caminhar corajosamente com Jesus, que é “o Senhor do risco”, é o Senhor do sempre “além” (...). Como em Pentecostes, o Senhor quer realizar um dos maiores milagres que podemos experimentar: fazer com que as tuas mãos, as minhas mãos, as nossas mãos se transformem em sinais de reconciliação, de comunhão, de criação. Ele quer as tuas mãos, jovens, quer as tuas mãos, para continuar construindo o mundo de hoje (Discurso da Vigília da JMJ, Cracóvia, 30 de julho de 2016).
Confio todos vocês à intercessão de São João Paulo II e os abençoo de todo o coração. E vocês, por favor, não se esqueçam de rezar por mim.
Obrigado!
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A mãe de João Paulo II recusou-se a abortá-lo graças a um médico judeu https://t.co/ZSBbbVhaHc
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Papa Francisco saúda criação do Instituto de Cultura São João Paulo II em Roma
Vaticano, 19/05/2020 (ACI).- Em 18 de maio, o Papa Francisco enviou uma carta ao reitor da Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino (Angelicum), Pe. Michał Paluch, por ocasião da inauguração nesta casa de estudos do Instituto de Cultura São João Paulo II, no centésimo aniversário de nascimento do Pontífice polonês.
“São João Paulo II é ao mesmo tempo o inspirador e o primeiro e mais importante artífice desta obra, com o rico e multiforme patrimônio que ele deixou e com o exemplo de seu espírito aberto e contemplativo, apaixonado por Deus e pelo ser humano, pela criação, pela história e pela arte”, disse o Papa Francisco em sua carta.
“As várias experiências de sua vida, em particular, os dramas da época e os sofrimentos pessoais, interpretados à luz do Espírito, o levaram a desenvolver uma reflexão profunda sobre o homem e suas raízes culturais, como referência imprescindível a toda proclamação do Evangelho”, continuou.
O Santo Padre enfatizou que "precisamos manter essa atitude viva, se queremos ser uma Igreja em saída, uma Igreja que não se contenta em conservar e administrar o existente, mas quer ser fiel à sua missão".
Francisco agradeceu a todos os envolvidos no novo Instituto de Cultura São João Paulo II, especialmente "aos representantes das duas fundações polonesas, Futura Iuventa e Saint Nicholas, que apoiam" o projeto.
Seu principal objetivo, explicou o Santo Padre, “é refletir sobre a cultura contemporânea. Para isso, os promotores desejam aproveitar a colaboração dos mais eminentes filósofos, teólogos e homens e mulheres da cultura, em sua expressão mais ampla”.
“Estou muito feliz que essa iniciativa se realize na Universidade Santo Tomás de Aquino. O Angelicum de fato hospeda uma comunidade acadêmica composta por professores e estudantes provenientes de todo o mundo. É um local adequado para interpretar os importantes desafios das culturas de hoje", afirmou Francisco.
O Papa também destacou que "a tradição da Ordem Dominicana, com o importante papel ocupado pela reflexão racional sobre a fé e seus conteúdos, articulada de forma magistral pelo Doutor Angélico, só pode favorecer este projeto, para que seja marcado pela coragem da verdade, pela liberdade de espírito e pela honestidade intelectual”.
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Papa Francisco aos jovens: São João Paulo II lhes ensinará a cuidar de suas famílias https://t.co/Loe7NTcyMG
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Igrejas reabrem para Missas públicas na Itália e no Vaticano
Roma, 19/05/2020 (ACI).- Em 18 de maio, centenário do nascimento de São João Paulo II, as igrejas foram reabertas na Itália para a celebração das Missas com os fiéis.
Foi o caso da Basílica de São Pedro, onde o Papa Francisco presidiu uma Eucaristia no altar de São Sebastião, o local onde descansam os restos mortais de Karol Wojtyla.
Na Missa, Francisco afirmou que São João Paulo II era um homem de Deus e destacou três características de sua santidade: "a oração, a proximidade ao povo, e o amor pela justiça".
“São João Paulo II era um homem de Deus porque rezava e rezava muito. Mas como pode um homem que tem tanto o que fazer, tanto trabalho para guiar a Igreja... ter tanto tempo para oração? Ele bem sabia que a primeira tarefa de um bispo é rezar e isso não foi o Vaticano II que disse, o disse São Pedro, quando com os Doze escolheu os diáconos, disseram: ‘E a nós bispos, a oração e o anúncio da Palavra’, o primeiro trabalho do bispo é rezar e ele soube e fez”, afirmou o Papa Francisco.
La Misa que celebró esta mañana el #PapaFrancisco por #SanJuanPabloII en el Vaticano. #ThankYouJohnPaul2 © VaticanMedia https://t.co/9LMPnZutdn pic.twitter.com/VFdJqAY94H
— Mercedes De la Torre (@mercedesdelat) May 18, 2020
As últimas Missas públicas com fiéis na Diocese de Roma foram no domingo, 8 de março.
La última Misa pública que se celebró en la Basílica de San Pedro fue el Domingo 8 de Marzo. #COVID Fotos © @mercedesdelat / @aciprensa @EWTNVatican pic.twitter.com/hqiB3mkCCj
— Mercedes De la Torre (@mercedesdelat) May 18, 2020
Além das Missas públicas na Basílica de São Pedro, também foram celebradas Missas com os fiéis na paróquia vaticana Santa Ana e em numerosas igrejas de Roma e Itália, com as medidas sanitárias de precaução para prevenir contágios de coronavírus.
Tal foi o caso das principais Basílicas papais, de numerosas paróquias, da igreja do Espírito Santo (em Sassia), um local de devoção à Divina Misericórdia e a Basílica do Sagrado Coração de Roma.
Finalmente, o exército italiano realizou um processo de limpeza e desinfecção em algumas igrejas na diocese de Roma. Por exemplo, na Basílica de Santa Maria dos Anjos e Mártires, localizada na Praça República.
No entanto, a Praça de São Pedro ainda está fechada para turistas e peregrinos, como medida de precaução de saúde para evitar multidões e possíveis contágios do coronavírus, de acordo com as instruções das autoridades italianas.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Vaticano suspende transmissão ao vivo das Missas diárias do Papa Francisco https://t.co/6Eyiryc9v5
— ACI Digital (@acidigital) May 18, 2020
Informam primeiro bispo falecido por covid-19 na Inglaterra
Liverpool, 19/05/2020 (ACI).- A Arquidiocese de Liverpool (Inglaterra) informou nesta segunda-feira, 18 de maio, a morte do Bispo Auxiliar Emérito, Dom Vincent Malone, aos 88 anos de idade, com covid-19.
O Prelado, que seria o quarto bispo a falecer desta doença, testou positivo para o coronavírus na semana passada e estava sendo tratado no Royal Liverpool Hospital.
O prefeito de Liverpool, Joe Anderson, descreveu o falecido prelado como “um verdadeiro cavalheiro, um homem humilde e dedicado cuja missão era servir a Deus, a arquidiocese e ao povo de Liverpool. Ele fez isso muito bem".
Dom Vincent Malone serviu como Bispo Auxiliar de Liverpool de 1989 a 2006, quando renunciou por ter atingido o limite de idade de 75 anos. No entanto, continuou servindo a Arquidiocese como Vigário Geral até o ano passado. Além disso, era até agora o cônego da Catedral metropolitana.
Em 1982, serviu como coordenador regional do norte na viagem do Papa São João Paulo II ao Reino Unido, sendo responsável pela visita emblemática do Santo Padre às catedrais católica e anglicana de Liverpool.
O Cardeal Vincent Nichols, Arcebispo de Westminster, recordou de Dom Malone “sua infinita paciência em fazer bem cada aspecto do trabalho da catedral, sua delicada cortesia com todas as pessoas, inclusive com aqueles que eram às vezes mais difíceis e sua amabilidade com os necessitados que batiam na sua porta”.
Por sua parte, o Arcebispo de Liverpool, Dom Malcolm McMahon, afirmou que seus bons modos e cordialidade “encontraram sua plenitude em seu ministério como sacerdote e bispo, que esteve caracterizado pela sua amabilidade à prova de tudo e pelo seu respeito pelas pessoas que conhecia e servia. O bispo Vincent me disse que havia gostado de ser bispo auxiliar, porque isso o mantinha próximo ao povo”.
Os bispos que morreram de covid-19 até agora são o salesiano italiano Dom Angelo Moreschi, Vigário Apostólico de Gambella (Etiópia); Dom Gérard Mulumba Kalemba, Bispo Emérito de Mweka na República Democrática do Congo; e Dom Emilio Allue, Bispo Auxiliar de Boston.
Dom Joseph Zhu Baoyu, que morreu em 7 de maio vários meses após se recuperar do coronavírus, era possivelmente a pessoa mais velha a se recuperar da doença. Ele tinha 98 anos.
O jornal italiano Avvenire informou que, até 4 de maio, houve 119 sacerdotes falecidos pelo coronavírus na Itália.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Missionário salesiano é o primeiro bispo a falecer por coronavírus https://t.co/stA7JCowtv
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Médicos de vários países rejeitam declaração que promove aborto durante coronavírus
REDAÇÃO CENTRAL, 19/05/2020 (ACI).- O Conselho de Administração da Associação Médicos pela Vida Internacional expressou sua preocupação pela assinatura de 59 países de uma declaração conjunta para a promoção do aborto em meio à pandemia de coronavírus e pediu que os países se concentrem em melhorar o acesso aos serviços básicos para as mães, a fim de realmente evitar a mortalidade materna.
A declaração conjunta para a “proteção da saúde e direitos sexuais e reprodutivos" (um eufemismo que oculta a contracepção e o aborto) e a promoção da "sensibilidade de gênero" foi assinada em 6 de maio como resposta à pandemia de coronavírus.
“Como nossa rede de suprimentos nacional e internacional está sendo afetada por essa pandemia, comprometemo-nos a fornecer produtos de saúde reprodutiva a todas as mulheres e meninas em idade reprodutiva. E pedimos aos governos de todo o mundo que garantam acesso total e desimpedido a todos os serviços de saúde sexual e reprodutiva para todas as mulheres e meninas”, diz a declaração divulgada em 6 de maio e que pode ser encontrado em vários sites governamentais como Ministério de Assuntos Exteriores da França; em seu homólogo no Canadá, o Global Affairs Canada, entre outros.
Entre os países latino-americanos que assinaram o documento estão Argentina, Bolívia, Costa Rica, Equador, México, Uruguai e Peru.
Por meio de um comunicado, a Associação de Médicos pela Vida indicou que a sociedade deveria saber que este documento busca, sob "os eufemismos 'direito reprodutivo' e ’saúde reprodutiva’”, garantir a prática do aborto induzido.
"Os cuidados de saúde jamais podem envolver o assassinato deliberado de qualquer ser humano em qualquer etapa de seu ciclo vital”, ressaltou.
A associação garantiu que o verdadeiro chamado deve se concentrar nos cuidados tanto da mãe como do nascituro, que desde o útero já é um paciente que tem “os mesmos direitos de receber cuidados médicos como qualquer outro”.
Além disso, indicou que o termo "aborto inseguro" é redundante, pois "todo tipo de aborto induzido é inseguro, pois atenta contra a fisiologia da gestação", implicando efeitos prejudiciais à saúde física e psicológica da mãe.
É "uma prática antiética que foge aos amplos avanços da medicina obstétrica e fetal, para promover a morte do paciente intrauterino como se fosse um direito humano", acrescentou.
Do mesmo modo, enfatizou que a única maneira de combater a mortalidade materna e respeitar os direitos humanos é "a universalização do atendimento à mãe, à criança e, em geral, à família gestante".
A associação pediu que os governos garantam o acesso aos serviços básicos para as gestantes, como a água potável, os serviços de emergência obstétrica e o atendimento qualificado do parto.
Médicos pela Vida destacou que vários dos países que assinaram a declaração conjunta têm um déficit nesses serviços, que, se melhorados, teriam um “impacto na redução da morbimortalidade materna”, o que foi demonstrado.
Finalmente, pediu aos governos que priorizem as consultas pré-natais, "para a detecção e tratamento oportuno das patologias e condições socioeconômicas adversas", para evitar a mortalidade materna durante a pandemia.
"Esperamos que essas prerrogativas, conselhos médicos e solicitações sejam tratadas com prioridade em suas agendas de saúde para o bem comum de todos os cidadãos", concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
59 países assinam declaração conjunta para promover o aborto em meio à pandemia https://t.co/1uBLdhtYbK
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Bispo pede deixar seu cargo para se tornar um eremita
NOVA DELHI, 19/05/2020 (ACI).- O Bispo Auxiliar de Palai (Índia), Dom Jacob Muricken, aguarda há dois anos a aprovação de seu pedido de renúncia do cargo de bispo, para poder se tornar um monge eremita, sendo o primeiro prelado indiano a fazer esse tipo de solicitação.
Dom Muricken, 57 anos, pediu às autoridades que o dispensem de seu cargo para poder assumir uma vida monástica simples.
Em entrevista à UCA News, o Prelado, conhecido por doar um rim há 4 anos, enviou a sua solicitação ao sínodo da Igreja Católica Siro-Malabar de rito oriental e está à espera de uma resposta.
O Prelado comentou que a ideia de viver uma vida monástica surgiu cinco anos depois de ser ordenado Bispo Auxiliar de Palai, como "uma inspiração de Deus", um chamado especial para "abster-me da vida oficial como bispo e outros papéis administrativos na diocese".
"Até então, eu não tinha esse desejo", acrescentou.
Dom Muricken assinalou que espera passar o resto de sua vida "em oração e meditação e levar uma vida ecológica longe da correria e agitação das rotinas de um bispo”.
O Prelado acrescentou que não planeja se juntar a nenhuma congregação monástica existente, mas espera levar uma vida isolada no distrito montanhoso de Idukki.
Além disso, indicou que o Arcebispo principal da Igreja Siro-Malabar, Cardeal George Alencherry, "prometeu considerar meu caso" e que a resposta do sínodo foi adiada devido à necessidade de obter a aprovação do Vaticano para aceitar a renúncia de um bispo sob sua responsabilidade.
Segundo assinalam pessoas próximas ao prelado, Dom Muricken atualmente passa longas horas de oração, seu horário começa às 2h30 para realizar três horas de oração pessoal antes de se juntar a outras pessoas nas orações da manhã.
Dom Muricken nasceu em Muttuchira (Índia), em 16 de junho de 1963. Ingressou no seminário após concluir o mestrado em economia e foi ordenado sacerdote em 1993.
Em 2016, o prelado ganhou as manchetes internacionais ao se tornar o primeiro bispo da Índia a doar um de seus rins a um homem hindu. A doação ocorreu quatro anos depois que foi nomeado bispo auxiliar de Palai, em 24 de agosto de 2012.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Sofrimento no Iraque vai piorar com coronavírus, alerta sacerdote https://t.co/KWr66oKVN7
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Frei Roberto, o capuchinho mais idoso do Brasil, falece em Fortaleza (CE)
FORTALEZA, 19/05/2020 (ACI).- Frei Roberto Magalhães ou Frei Robertinho, o frade brasileiro que ficou conhecido por percorrer 6 quilômetros atendendo confissões na Caminhada Penitencial da Arquidiocese de Fortaleza já com idade avançada, faleceu este 18 de maio, às 15h na sua residência na Cúria Provincial dos Capuchinhos do Ceará e Piauí. Frei Roberto, que em setembro cumpriria 100 anos e em outubro 76 anos de ordenação sacerdotal, faleceu de causas naturais.
Caminhada Penitencial: padre de 95 anos percorre 6 km e atende confissões em Fortaleza https://t.co/ojNuHaCeeV
— ACI Digital (@acidigital) March 1, 2016
Segundo o Blog O Ancoradouro, “algumas imagens de Frei Robertinho viralizaram na internet como ele, mesmo com a elevada idade, fazendo genuflexão para o Santíssimo Sacramento, abençoando um policial militar no hospital e cantando a música “barca de Jesus”, a sua preferida”.
“Roberto, filho do casal José Joaquim de Souza e a senhora Joana Magalhães de Sousa, nasceu em 10 de setembro de 1920. Ingressou no convento dos Capuchinhos, com a aprovação dos pais, em 1934, quando tinha apenas 14 anos. Em 1938, fez o noviciado em Esplanada na Bahia. A profissão simples foi no ano seguinte. Era a marca da entrada na Ordem dos Capuchinhos. Daí em diante Frei Roberto ajudou muitas pessoas a descobrirem seu caminho”.
“Em 1942, em São Luís (MA), a Ordem acolhe seus votos solenes. É uma data marcante para o religioso. Neste período, cursa filosofia e teologia. Outra data importante foi sua ordenação presbiteral: 1º de outubro de 1944, no Santuário Coração de Jesus, em Fortaleza”, assinala o Ancoradouro.
Entre as muitas tarefas e cargos que assumiu, Frei Roberto se desempenhou como professor de filosofia, diretor dos estudantes de filosofia, vigário paroquial, pároco e guardião em vários conventos, reitor do santuário S. Francisco das Chagas, diretor do Colégio São Francisco em Juazeiro, e ainda esteve durante um breve período como missionário em Angola.
Frei Roberto Magalhães era o frade capuchinho mais idoso do Brasil e completou no último dia 20 de março 81 anos de profissão religiosa e, em 1º de outubro, celebraria 76 anos de sacerdócio.
Confira:
Capuchinho mais idoso do Brasil completa 80 anos de profissão religiosa https://t.co/Vj1OM4ur3F
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Viral: Fiéis participam da Missa em barcos em igreja inundada
MANILA, 19/05/2020 (ACI).- Apesar das inundações, os fiéis de Sitio Pariahan, em Bulacan (Filipinas), não perdem a oportunidade de participar da Missa e vão ao encontro de Jesus Eucaristia em barcos, na qual poderia ser uma das últimas celebrações na igreja Santa Cruz, pois o terreno no qual está será parte do novo aeroporto da cidade.
In the Philippines, a little flooding doesn’t seem to hinder the faithful from assisting at Mass.
— Bree A Dail (@breeadail) May 16, 2020
Should worship be considered #Essential?#CatholicTwitter #coronavirus pic.twitter.com/pry6VK6MAB
O vídeo, que já é viral nas redes sociais, mostra o sacerdote da diocese de Malolos, Pe. Mon Garcia, enquanto prepara os objetos litúrgicos para a celebração da Missa em uma igreja inundada pela água, enquanto os fiéis esperam alegremente em barcos.
Sitio Pariahan é uma cidade na Baía de Manila, que fica constantemente inundada desde os anos 90, devido ao aumento do nível do mar, os tufões e a decisão do Governo de permitir o bombeamento de água subterrâneo para abastecer as famílias que moram na cidade.
Segundo os meios de comunicação locais, moram aproximadamente 30 famílias em Pariahan que vivem da pesca artesanal.
Em 9 de maio, os fiéis compareceram à Missa para a celebração da festa de sua cidade, na qual poderia ser uma das últimas liturgias ocorridas na igreja Santa Cruz, devido à construção do novo aeroporto internacional de Manila neste área inundada.
Nas suas redes sociais, o Pe. Garcia agradeceu a todos os fiéis que compartilharam o vídeo da Missa e recebeu com alegria as mensagens de apoio a dessa comunidade que vive sua fé apesar das adversidades.
Os "’verdadeiros amigos’ são aqueles que nos fortalecem com orações, nos abençoam com amor e nos animam com esperança”, indicou o sacerdote.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Igrejas reabrem para Missas públicas na Itália e no Vaticano https://t.co/3Q78KzKnhS
— ACI Digital (@acidigital) May 19, 2020
Coronavírus causou uma situação catastrófica em Belém, afirma empresário palestino
BELÉM, 19/05/2020 (ACI).- A situação na cidade de Belém, Palestina, é catastrófica devido ao coronavírus. A pandemia, já amplamente controlada, causou uma desaceleração econômica e a interrupção das peregrinações, cortando assim a fonte de renda para a população local, especialmente os cristãos, que vivem do turismo.
Em declarações à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, o empresário católico palestino Anwar Shomali explica que “os primeiros casos de contágio apareceram em Belém, trazidos por um grupo grego que iniciou sua peregrinação na Terra Santa e no meio da viagem foi para o Egito. Parece que trouxe o vírus de lá".
De volta a Belém, os peregrinos desse grupo “hospedaram-se em um hotel em Beit Jala e infectaram metade dos funcionários. Estes funcionários, sem saber, levaram o vírus às famílias e ao ambiente social”, gerando uma corrente de contágio que obrigou a estabelecer “uma série de restrições de todos os tipos”.
Anwar ressalta que, neste momento, "tanto a cidade como sua província estão declaradas totalmente livres do vírus", mas o confinamento e a desaceleração econômica causaram uma recessão agravada pelo fato de que surgiu um medo ao turismo, ao ser o fator principal que trouxe o vírus.
"Temos medo de que não se encontre uma solução rápida para essa pandemia e que tenhamos que sofrer as sequências de ficar sem trabalho por um longo tempo", lamentou o empresário.
Além disso, a falta de apoio das instituições palestinas torna o retorno às atividades a única opção para muitas famílias.
“A verdade é que não vejo iniciativas para ajudar aqueles que estão passando por dificuldades. O problema é global. Se fosse local, sempre haveria recursos. A única solução é que essa pandemia termine e as coisas voltem ao seu curso normal. Nesse caso, precisaremos de pelo menos alguns anos para recuperar nossa economia novamente”.
A maioria dos cristãos na área de Belém vive do turismo. "É a indústria mais importante que temos e nos traz um bom ingresso de divisas: hotéis, restaurantes, cooperativas, fábricas de artesanato, agências de viagens etc.", indicou o empresário católico.
“Há mais de 24 mil pessoas que trabalham diretamente neste setor e os beneficiários são quase 100 mil. O turismo em Belém é o gerador da vida econômica. Do turismo surgem outros setores importantes, como construção e comércio, coisas que criam mais empregos (estamos falando de 65 mil e 80 mil beneficiários) e dão um grande impulso ao poder de compra das pessoas”.
Como exemplo, o empresário palestino assinalou que “em 1996 havia cerca de vinte hotéis na área de Belém. Hoje, o número de hotéis ultrapassa 200 com seus respectivos funcionários”. Além disso, esses hotéis melhoraram bastante nos últimos anos e hoje são capazes de competir com os grandes hotéis de Jerusalém “em qualidade, serviço e preços. Naturalmente, 95% desses hotéis pertencem a famílias cristãs e a maioria dos funcionários é cristã. Podemos imaginar o grande dano causado pela pandemia".
Por outro lado, unido às restrições tradicionais à população palestina devido ao bloqueio imposto pelas autoridades israelenses nos territórios palestinos, o confinamento agravou as consequências dessas dificuldades anteriores.
“Estamos falando de outro setor importante, o da população que trabalha em Israel. Refiro-me a entre 15 mil e 18 mil trabalhadores de nossa zona que costumavam ir diariamente a Israel para trabalhar nos campos da construção, agricultura, educação, hotelaria e outros”.
Mas agora, “devido à pandemia que começou em Belém, esses trabalhadores foram proibidos de chegar aos seus locais de trabalho. A pandemia se espalhou em Israel a partir do final de março".
Portanto, “esses trabalhadores foram profundamente afetados: primeiro porque a Autoridade Palestina proibiu a entrada em Israel para não se contagiar e voltar para as suas casas com o vírus. Segundo, porque as autoridades israelenses temiam que pudessem levar o vírus. Atualmente, e depois de quase dois meses de paralisação, alguns puderam retornar aos seus locais de trabalho com a condição de preservar as normas de saúde”.
"Logicamente, os funcionários de hotelaria e educação permaneceram em casa porque todos os estabelecimentos de hotelaria e instituições educacionais permanecem fechados até hoje".
Apesar da severidade do golpe, Anwar Shomali explica que os cristãos em Belém estão esperançosos e já estão se preparando para quando se possa reativar as atividades e quando voltem as peregrinações. “Nós não perdemos a esperança ou a fé. Estamos em contato com todas as agências que nos enviam peregrinações e estamos programando algo para outubro e novembro deste ano, com previsões já para viagens a partir de março de 2021”.
"Não podemos jogar a toalha. Devemos continuar lutando e incentivando os peregrinos. Solicitamos a colaboração dos provedores de serviços para baixar os preços e fornecer boa qualidade de serviço. Estamos fazendo vários esforços juntos para entrar em contato com possíveis organizadores de peregrinação e pedir que eles compartilhem esses esforços conosco. Esperamos poder chegar ao ponto desejado e voltar a ver a afluência de peregrinos pelas ruas de nossa Terra Santa”.
Unidade familiar e social
Anwar Shomali também explica que, apesar das graves consequências do coronavírus, também descobriram elementos positivos como "a unidade da família diante da ameaça desse vírus".
“A nível pessoal, pude conhecer mais profundamente meus dois netos que moram conosco na mesma casa grande. Eu e minha esposa gostamos muito de passar mais tempo com eles. O mesmo com meu filho e nossa nora”, indicou.
Também “passamos a realizar várias atividades em casa e no jardim: plantar árvores, flores, podar, cortar a grama, limpar etc. Acho que não somos os únicos, mas muitas outras famílias experimentaram essa unidade, que existia antes, mas que agora sentimos e vivemos com mais densidade”.
Esse sentimento de unidade também está sendo experimentado em um nível mais geral na sociedade palestina como um todo, que respondeu à crise com unidade social e com fraternidade inter-religiosa.
"Acho que toda a sociedade está enfrentando um perigo comum que requer unidade, e é isso que sentimos ao longo dos últimos três meses. Durante a Semana Santa e a Páscoa, pediram aos cristãos para rezarmos em casa ou acompanhar as Missas na TV. Nós aceitamos com prazer".
"Agora e durante o mês do Ramadã, os muçulmanos foram convidados a rezar em casa e não ir às mesquitas, e eles cumpriram. No próximo sábado, é a festa de al-Fitr (fim do jejum do Ramadã). A Autoridade Palestina imporá um toque de recolher a partir de sexta à noite para evitar reuniões familiares, acúmulos em mesquitas, visitas sociais etc., que podem ser uma causa de novas infecções. Eu acho que a reação das pessoas em geral foi positiva".
Por fim, concluiu, “houve unidade entre as várias religiões (também com a judaica: vários líderes das igrejas e rabinos locais se uniram em uma oração para pedir a Deus o fim dessa pandemia) e entre as várias confissões religiosas cristãs para enfrentar todos juntos este perigo inesperado”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Peregrinações à Terra Santa serão muito diferentes após coronavírus https://t.co/e2aJUUXVYp
— ACI Digital (@acidigital) May 4, 2020
Igreja do Brasil seguirá regras mais firmes para combater abusos, assegura Comissão da CNBB
REDAÇÃO CENTRAL, 19/05/2020 (ACI).- No próximo dia 1º de junho terminará o prazo para que as Igrejas particulares, Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica estabeleçam as regras previstas no Motu Próprio Vos Estis Lux Mundi (“Vós sois a luz do mundo”). A Carta Apostólica do Papa Francisco ordena regras para combater os crimes de abuso sexual cometidos contra menores e pessoas vulneráveis no âmbito da Igreja Católica e a Comissão Especial de Proteção da Criança e do Adolescente da CNBB está realizando um conjunto de ações para assegurar que o decreto papal seja cumprido.
Nesta segunda-feira, 18, em memória ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, o tema ganhou destaque e ações realizadas pela Igreja até o momento foram avaliadas.
Vale recordar que a carta do Sumo Pontífice foi publicada no dia 9 de maio de 2019 e desde então a Igreja no Brasil se organizou para atender as demandas propostas no documento. O Motu Proprio, em 19 artigos, estabelece qual deve ser o rito e os prazos de investigação de uma denúncia de abuso. No que se refere à forma que a Igreja deve proceder nos cuidados prestados às pessoas, foram definidos acolhimento, escuta e acompanhamento, por meio de serviços específicos de assistência espiritual, médica e terapêutica.
Em 2018, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), publicou o texto “O cuidado pastoral das vítimas de abuso sexual”, com orientações para as dioceses sobre as condutas adequadas. As orientações, revistas à luz do documento do Papa, também estão sendo utilizadas como diretrizes para a Igreja no Brasil.
Uma das inciativas que a Comissão Especial de Proteção da Criança e do Adolescente da CNBB realiza para assegurar o cumprimento das diretrizes que estabeleceu a Santa Sé, é a elaboração e envio ao episcopado brasileiro do texto: Orientações para o funcionamento e instituição da Comissão Diocesana ou Interdiocesana para a Tutela dos Menores e Pessoas em situação de Vulnerabilidade. O texto ressalta que dioceses são chamadas a criar sistemas acessíveis ao público para a notificação de denúncias.
Em reportagem publicada no site da CNBB, o presidente da Comissão Especial de Proteção da Criança e do Adolescente da CNBB e bispo de Santo Amaro (SP), Dom José Negri, falou sobre o auxilio da Comissão junto às dioceses de todo o território nacional, no esclarecimento de dúvidas e soluções necessárias para a implementação das novas regras. O bispo destacou que a regra é adotar uma política de “tolerância zero” diante dos casos de abuso.
“Tanto a CNBB, quanto a Igreja no Brasil, adotam essa postura radical para que as nossas comunidades, obras e serviços sejam cada vez mais um ambiente seguro para todos, sobretudo para os menores e vulneráveis”, explicou Dom José.
Em obediência ao documento papal, diversas dioceses brasileiras já criaram comissões de proteção a menores e vulneráveis com o objetivo de identificar e combater abusos.
Confira a íntegra do documento papal:
Veja também:
Papa aceita renúncia de bispo que encobriu abusos de sacerdote nos EUA https://t.co/RaKJk00UjF
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Cardeal Scherer: a celebração de Corpus Christi não será antecipada pela Igreja Católica
SÃO PAULO, 19/05/2020 (ACI).- O arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, em nota oficial afirmou que a Festa de Corpus Christi será celebrada no dia 11 de Junho, conforme o Calendário litúrgico da Igreja Católica em todo o mundo. A comunicação do bispo esclareceu os fiéis católicos que receberam nesta terça-feira, 19, a notícia da mudança da data do Feriado de Corpus Christi pela Prefeitura de São Paulo.
A antecipação dos feriados de Corpus Christi e do Dia da Consciência Negra para a próxima quarta-feira, 20, e quinta-feira, 21, respectivamente, foi publicada hoje no Diário Oficial por meio do Decreto nº 59.450 com o objetivo de ampliar o índice de isolamento social na cidade.
A festa religiosa de Corpus Christi celebra o mistério da Eucaristia, o Sacramento do Corpo e do Sangue de Jesus Cristo. A data é comemorada todos os anos na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, celebrada no domingo depois de Pentecostes.
Segundo a assessoria de Dom Odilo, a solenidade não terá a data alterada, a única mudança será a ausência do feriado.
“Compreendo a justa preocupação com a saúde da população, mas a decisão não vai antecipar a celebração de Corpus Christi pela Igreja Católica. A Câmara Municipal não entrou em contato com representantes da Igreja Católica em São Paulo antes da aprovação dessa mudança de data”, afirma a nota do Arcebispo.
Segundo matéria no portal do governo de São Paulo, o feriado prolongado que será iniciado nessa quarta-feira na capital deverá se estender até o dia 25 de maio.
“O Governador João Doria encaminhou projeto de lei à Assembleia Legislativa para antecipar o feriado estadual da Revolução Constitucionalista, celebrado em 9 de julho, para a próxima segunda-feira, 25. A expectativa é de que prefeitos da Região Metropolitana de São Paulo adotem medidas semelhantes”, afirma a nota do governo da capital.
São Paulo é o estado brasileiro mais afetado pela pandemia de Covid-19, o que motivou recentemente o Papa Francisco a realizar uma chamada telefônica ao Cardeal Scherer, na qual se solidarizou com as vítimas e deu a bênção apostólica aos fiéis da capital paulista.
As missas com a presença do público estão suspensas na Arquidiocese de São Paulo e segundo informa sua assessoria de imprensa, ainda não há data prevista para a retomada das celebrações com os fiéis. No entanto, os presbíteros têm se esforçado por transmitir as missas através dos meios de comunicação arquidiocesanos e as redes sociais.
Confira:
Dom Odilo recebe chamada do Papa Francisco e transmite a bênção do Pontífice frente à pandemia de Covid-19 https://t.co/wcAkNd9EmG
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