Hoje começa a novena a Nossa Senhora Auxiliadora
REDAÇÃO CENTRAL, 15/05/2020 (ACI).- “Nossa Mãe concede grandes favores àqueles que fazem bem a sua novena”, costumava dizer Dom Bosco. O Santo sempre contava aos jovens sobre os muitos favores que ele e outros irmãos obtinham com esta oração a Nossa Senhora Auxiliadora e que a Igreja reza de 15 a 23 de maio.
O homem lhe contou que tinha um filho único de quatro anos que ficou doente, sem esperança de cura. Ele chorava muito e um amigo lhe sugeriu que fizesse uma novena à Auxiliadora, com a promessa de entregar uma doação à Igreja construída sob esta devoção.
Assim o fez e na metade da novena seu filho ficou fora de perigo.
Novena aconselhada por São João Bosco para obter graças e favores
1. Rezar por nove dias seguidos: Três Pai Nossos, Ave Marias e Glórias ao Santíssimo Sacramento com a prece: Graças e louvores se deem a todo o momento ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento; e em seguida, três Salve Rainhas a Maria Santíssima Auxiliadora, com a invocação: Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós.
2. Receber, durante a novena, os Santos Sacramentos da Confissão e da Eucaristia.
3. Fazer uma oferta, segundo as próprias possibilidades para a educação cristã dos meninos pobres.
4. Ter muita fé em Jesus, presente na Eucaristia, e em Maria Auxiliadora.
Oração para todos os dias:
Ó Virgem Santíssima, poderoso auxílio dos Cristãos que recorrem confiados ao trono da vossa misericórdia, ouvi as preces deste pobre pecador, que implora o vosso socorro, para poder fugir sempre do pecado e das ocasiões de pecar. Eis a primeira graça que desejo receber nesta novena. Assim seja.
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… Salve Rainha
1° dia
Ave do mar Estrela, Bendita Mãe de Deus, Fecunda e sempre Virgem, Portal feliz dos céus.
2° dia
Ouvindo aquela Avedo Anjo Gabriel, mudando de Eva o nome, trazei-nos paz do céu.
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… Salve Rainha
3° dia
Ao cego iluminai, ao réu livrai também, de todo mal guardai-nos e dai-nos todo o bem.
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… Salve Rainha
4° dia
Mostrai ser nossa Mãe, levando a nossa voz a Quem, por nós nascido, dignou-se a vir de vós.
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… Salve Rainha
5° dia
Suave mais que todas, ó Virgem sem igual, fazei-nos mansos, puros, guardai-nos contra o mal.
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… Salve Rainha
6° dia
Oh, dai-nos vida pura, guiai-nos para a luz, e um dia, ao vosso lado, possamos ver Jesus.
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… Salve Rainha
7° dia
Louvor a Deus, o Pai, e ao Filho, Sumo Bem, com seu Divino Espírito agora e sempre. Amém.
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… Salve Rainha
8° dia
Senhora gloriosa, bem mais que o sol brilhais, O Deus que vos criou ao seio amamentais.
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… Salve Rainha
9° dia
O que Eva destruiu, no Filho recriais, do céu abris a porta e os tristes abrigais.
Pai Nosso… Ave Maria… Glória… Salve Rainha
Confira também:
A história de um milagre pouco conhecido de Dom Bosco e Nossa Senhora Auxiliadora https://t.co/hSiMsLYXME
— ACI Digital (@acidigital) 31 de janeiro de 2017
As razões de Irmã Lúcia para não deixar de rezar o Terço diariamente
REDAÇÃO CENTRAL, 15/05/2020 (ACI).- Por que rezar o Terço todos os dias? Quais são os benefícios para os fiéis em sua vida diária? A Irmã Lucia dos Santos, uma das três videntes de Fátima, deu várias razões que respondem a estas perguntas em um livro publicado em 2002.
Trata-se do livro “Apelos da Mensagem de Fátima”, escrito pela Serva de Deus falecida em 2005. Nesta obra, recorda que a Mãe de Deus fez este convite a partir da sua primeira aparição em Fátima (Portugal), em 13 de maio de 1917.
“Rezem o terço todos os dias, para alcançarem a paz no mundo e o fim da guerra”, encorajou a Virgem Maria em sua mensagem inicial.
A seguir, as razões de Irmã Lúcia compartilhadas por ‘National Catholic Register’.
1. Adapta-se às possibilidades de cada um
A Irmã Lúcia diz que Deus é um Pai que “se adapta às necessidades e possibilidades dos seus filhos”, porque “se Deus, por meio de Nossa Senhora, nos tivesse pedido para irmos todos os dias participar e comungar na Santa Missa, certamente haveria muitos a dizerem, com justo motivo, que não lhes era possível”.
Entretanto, a Serva de Deus afirma: “Rezar o Terço é acessível a todos, pobres e ricos, sábios e ignorantes, grandes e pequenos”, em qualquer lugar, comunitariamente ou sozinhos e em diferentes momentos.
2. Coloca-nos em contato familiar com Deus
Irmã Lúcia indica que esta oração serve “para entrar em contato com Deus, agradecer os Seus benefícios e pedir-lhe as graças de que necessitamos”.
“É a oração que nos leva ao encontro familiar com Deus, como o filho que vai ter com o seu pai para lhe agradecer os benefícios recebidos, tratar com ele os seus assuntos particulares, receber a sua orientação, a sua ajuda, o seu apoio e a sua bênção”, acrescentou.
3. É a oração mais agradável que podemos recitar depois da Missa
Irmã Lúcia afirma que depois da Santa Missa, rezar o Terço – levando em consideração a sua origem, as orações que contém e os mistérios que se meditam – “é a oração mais agradável que podemos oferecer a Deus e de maior proveito para as nossas almas”.
“Se não fosse assim, Nossa Senhora não teria recomendado isso com tanta insistência”, sublinhou.
4. As contas do Terço nos ajudam a cumprir os nossos oferecimentos diários
Irmã Lúcia responde qualquer inquietude sobre o número de orações no Terço, esclarecendo que “precisamos contar, para termos a consciência viva e certa dos nossos atos e sabermos com clareza se temos ou não cumprido o que nos propusemos a oferecer a Deus cada dia, para preservarmos e aumentar o nosso trato de direta convivência com Deus, e, por esse meio, conservarmos e aumentarmos em nós a fé, a esperança e a caridade”.
5. Ajuda a receber melhor a Eucaristia
Em seu livro, a vidente de Fátima assegura que o Terço pode ser considerado “uma forma de preparar-se melhor para participar da Eucaristia, ou então como uma ação de graças”, depois de receber o Corpo de Cristo.
Ela acrescenta que, embora possam usar muitas orações excelentes para se preparar para receber Jesus na Eucaristia e preservar a nossa relação íntima com Deus, não acredita que há “uma oração mais apropriada para as pessoas em geral do que a oração dos cinco ou quinze Mistérios do Rosário”.
6. Preserva as virtudes teologais
“Deus e Nossa Senhora sabem melhor do que ninguém aquilo que mais nos convém e de que temos mais necessidade. Além disso, o Terço será um meio poderoso para nos ajudar a conservar a fé, a esperança e a caridade”, sublinhou Irmã Lúcia.
7. Impede cair no materialismo
Irmã Lúcia vai direto ao ponto e assegura que “aqueles que abandonam a oração do Terço e não tomam diariamente parte no Santo Sacrifício da Missa, nada têm que os sustente, acabando por se perderem no materialismo da vida terrena”.
Confira também:
10 razões pelas quais o Terço é tão poderoso https://t.co/TPaTwl7tEj
— ACI Digital (@acidigital) January 19, 2020
Bento XVI escreve carta pelos 100 anos de nascimento de São João Paulo II
Vaticano, 15/05/2020 (ACI).- São João Paulo II “se apresenta a nós como o pai que nos deixa ver a misericórdia e a bondade de Deus”, afirmou o Papa Emérito Bento XVI em uma carta escrita pelos cem anos do nascimento de seu predecessor.
Trata-se de uma carta que o Papa Emérito enviou ao Cardeal Stanislaw Dziwisz, que durante 40 anos foi secretário pessoal do santo polonês.
Como se recorda, Bento XVI também teve uma relação estreita com São João Paulo II, tendo trabalhado como prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé entre 1981 e 2005 antes de ser eleito para suceder Karol Wojtyla na Cátedra de Pedro.
Na carta com data 4 de maio e escrita originalmente em alemão, Bento XVI faz uma retrospectiva da vida de São João Paulo II, sua formação para o sacerdócio durante a ocupação soviética da Polônia, o Concílio Vaticano II, seu chamado a não temer medo de abrir as portas a Cristo, e de forma especial o amor que tinha pela devoção à Divina Misericórdia.
Além de destacar “a humildade deste grande Papa”, Bento XVI recordou que em seu funeral muitos clamaram “santo súbito” e também que fora proclamado “Magno”.
“Deixamos em aberto se o epíteto «magno» prevalecerá ou não. É certo que o poder e a bondade de Deus se fizeram visíveis para todos nós no Papa João Paulo II. Em um momento em que a Igreja sofre uma vez mais a aflição do mal, este é para nós um sinal de esperança e confiança”, escreve o Papa Emérito.
A seguir a carta completa que Bento XVI escreveu pelo centenário do nascimento de São João Paulo II:
Cidade do Vaticano
4 de maio do 2020
Este 18 de maio, completa-se 100 anos desde que o papa João Paulo II nasceu na pequena cidade polonesa de Wadowice.
Polônia, dividida durante mais de 100 anos pelas três grandes potencializa vizinhas – Prússia, Rússia e Áustria –, tinha recuperado sua independência ao final da Primeira guerra mundial. Foi uma época cheia de esperança, mas também de dificuldades, já que a pressão das duas grandes potências, a Alemanha e a Rússia, seguiu pesando sobre o Estado que estava se reorganizando. Nesta situação de angústia, mas sobretudo de esperança, cresceu o jovem Karol Wojtyla, que perdeu muito cedo a sua mãe, seu irmão e, logo depois, o seu pai, de quem tinha aprendido uma piedade profunda e cálida. O jovem Karol era particularmente apaixonado pela literatura e o teatro, e depois de estudar para seus exames de secundária, começou a dedicar-se mais a estas matérias.
«Para evitar a deportação, no outono de 1940, começou a trabalhar em uma pedreira que pertencia à fábrica química Solvay» (cf. Dom e Mistério). «Em Cracóvia, ingressou clandestinamente no Seminário. Enquanto trabalhava como operário em uma fábrica, começou a estudar teologia com livros antigos de texto, para poder ser ordenado sacerdote em 1 de novembro de 1946» (cf. Ibid.). É obvio, não só estudou teologia nos livros, mas também a partir da situação específica que pesava sobre ele e seu país. É uma espécie de característica de toda sua vida e seu trabalho. Estuda com livros, mas experimenta e sofre as questões que estão atrás do material impresso. Para ele, como jovem bispo – bispo auxiliar desde 1958, arcebispo de Cracóvia desde 1964 – o Concílio Vaticano II se converteu em uma escola para toda sua vida e seu trabalho. As grandes pergunta que surgiram especialmente sobre o chamado Esquema 13 – logo intitulado Constituição Gaudium et Spes – foram suas perguntas pessoais. As respostas desenvolvidas no Concílio lhe mostraram o caminho a seguir para seu trabalho como bispo e logo como Papa.
Quando o cardeal Wojtyla foi eleito sucessor de São Pedro em 16 de outubro de 1978, a Igreja estava em uma situação desesperada. As deliberações do Concílio se apresentavam ao público como uma disputa sobre a fé, o que parecia privar a mesma de sua certeza indubitável e inviolável. Um pastor bávaro, por exemplo, comentando a situação, dizia: «Ao final, acolhemos uma fé falsa». Esta sensação de que não havia nada seguro, de que tudo estava em aberto, foi alimentada pela forma em que se implementou a reforma litúrgica. Ao final, tudo parecia factível na liturgia. Paulo VI tinha fechado o Concílio com energia e determinação, mas logo, uma vez terminado, viu-se confrontado com mais assuntos, sempre mais urgentes, o que finalmente colocou em escrutínio a própria Igreja. Os sociólogos compararam a situação da Igreja nesse momento com a da União Soviética sob Gorbachov, quando toda a poderosa estrutura do Estado finalmente se derrubou em uma tentativa de reformá-la.
Uma tarefa que superava as forças humanas esperava o novo Papa. Entretanto, desde o primeiro momento, João Paulo II despertou um novo entusiasmo por Cristo e sua Igreja. Primeiro o fez com o grito do sermão ao começo de seu pontificado: «Não tenham medo! Abram, sim, abram de par em par as portas a Cristo!» Este tom finalmente determinou todo seu pontificado e o converteu em um renovado liberador da Igreja. Isto estava condicionado pelo fato de que o novo Papa provinha de um país onde o Concílio tinha sido bem recebido: não se tratava do questionamento de tudo, mas da alegre renovação de tudo.
O Papa viajou pelo mundo em 104 grandes viagens pastorais e proclamou o Evangelho em todas partes como uma alegria, cumprindo assim sua obrigação de defender o bem, de defender a Cristo.
Em 14 encíclicas, voltou a expor completamente a fé da Igreja e sua doutrina humana. Inevitavelmente, ao fazê-lo, suscitou a oposição nas Igrejas do Ocidente cheias de dúvidas.
Hoje, parece-me importante enfatizar sobretudo o verdadeiro centro do qual deve emergir a mensagem de seus diferentes textos. Este centro veio à atenção de todos nós no momento de sua morte. O Papa João Paulo II morreu nas primeiras horas da nova festa da Divina Misericórdia. E, permitam-me aqui acrescentar um pequeno comentário pessoal que revela um aspecto importante do ser e o trabalho do Papa.
Desde o começo, João Paulo II se sentiu profundamente comovido pela mensagem de Faustina Kowalska, uma monja da Cracóvia, que destacou a Divina Misericórdia como um centro essencial da fé cristã e desejava uma celebração com este motivo. Depois de todas as consultas, o Papa tinha escolhido o domingo in albis(Segundo Domingo de Páscoa). Entretanto, antes de tomar a decisão final, pediu-lhe à Congregação da Fé sua opinião sobre a conveniência desta data. Dissemos que não, pois pensávamos que uma data tão antiga e cheia de conteúdo como a do domingo in albis não deveria sobrecarregar-se com novas ideias. Certamente não foi fácil para o Santo Padre aceitar nosso não. Mas o fez com toda humildade e aceitou o não de nosso parte uma segunda vez. Finalmente, fez uma proposta deixando o histórico domingo in albis, mas incorporando a Divina Misericórdia em sua mensagem original. Em outras ocasiões, de vez em quando, impressionou-me a humildade deste grande Papa, que renunciou às ideias daquilo que desejava porque não recebeu a aprovação dos organismos oficiais que, segundo as regras clássicas, ele devia consultar.
Enquanto João Paulo II viveu seus últimos momentos neste mundo, a Festa da Divina Misericórdia acabava de começar depois da oração das primeiras vésperas. Esta celebração iluminou a hora de sua morte: a luz da misericórdia de Deus se apresenta como uma mensagem reconfortante sobre sua morte. Em seu último livro, Memória e Identidade, publicado na véspera de sua morte, o Papa resumiu uma vez mais a mensagem da Divina Misericórdia. Assinalou que a irmã Faustina morreu antes dos horrores da Segunda guerra mundial, mas que já tinha dado a resposta do Senhor a este horror insuportável. Era como se Cristo queria dizer através de Faustina: «O mal não obterá a vitória final. O mistério pascal confirma que o bem prevalecerá, que a vida triunfará sobre a morte e que o amor triunfará sobre o ódio».
Ao longo de sua vida, o Papa procurou apropriar-se em primeira pessoa do centro objetivo da fé cristã, que é a doutrina da salvação, e ajudar a outros a também apropriar-se dela. Através de Cristo ressuscitado, a misericórdia de Deus é dada a cada indivíduo. Embora este centro da existência cristã só nos é revelado através da fé, também é importante filosoficamente, porque se a misericórdia de Deus não é um fato, devemos encontrar nosso caminho em um mundo onde o poder último do bem contra o mal é incerto. Depois de tudo, além deste significado histórico objetivo, é essencial que todos saibam que, ao final, a misericórdia de Deus é mais forte que a nossa fraqueza. Além disso, nesta etapa atual, também podemos encontrar a unidade interior entre a mensagem de João Paulo II e as intenções fundamentais do Papa Francisco: João Paulo II não é um rigorista moral, como alguns tentam retratá-lo. Com a centralidade da misericórdia divina, dá-nos a oportunidade de aceitar o requerimento moral do homem, embora nunca possamos cumpri-lo por completo. Entretanto, nossos esforços morais se fazem à luz da divina misericórdia, que resulta ser uma força curativa para nossa debilidade.
Quando morreu o Papa João Paulo II, a Praça de São Pedro estava cheia de pessoas, especialmente jovens, que queriam encontrar-se com seu Papa por última vez. Não posso esquecer o momento em que Dom Sandri anunciou a mensagem da partida do Papa. Sobretudo, o momento em que o grande sino de São Pedro repicou, fazendo que esta mensagem resultasse inesquecível. O dia do funeral, havia muitas frases dizendo «Santo súbito!». Isso foi um grito que, de todos lados, surgiu a partir do encontro com João Paulo II. Não só na praça, mas também em vários círculos intelectuais, discutiu-se a idéia de dar o título de «Magno» a João Paulo II.
A palavra «santo» indica a esfera de Deus e a palavra «magno» a dimensão humana. Segundo o regulamento da Igreja, a santidade pode ser reconhecida por dois critérios: as virtudes heroicas e o milagre. Os dois critérios estão estreitamente vinculados. A expressão «virtude heroica» não significa uma espécie de façanha olímpica; ao contrário, em e através de uma pessoa se revela algo que não provém dele, mas que a obra de Deus se faz visível nele e através dele. Não é uma competência moral da pessoa, e sim renúncia à própria grandeza. O ponto é que uma pessoa deixa que Deus trabalhe nela, e assim o trabalho e o poder de Deus se fazem visíveis através dela.
O mesmo se aplica à prova do milagre: aqui tampouco se trata de um evento sensacional mas sim da revelação da bondade de Deus que é pai de uma maneira que vai além das meras possibilidades humanas. O santo é um homem aberto a Deus e imbuído de Deus, que se afasta de si mesmo e nos deixa ver e reconhecer a Deus é santo. Verificar isto legalmente, na medida do possível, é o significado dos dois processos de beatificação e canonização. Nos casos de João Paulo II, ambos os processos se fizeram estritamente de acordo às regras aplicáveis. portanto, agora ele nos é apresentado como o pai que nos deixa ver a misericórdia e a bondade de Deus.
É mais difícil definir corretamente o termo «magno». Durante os quase 2.000 anos de história do papado, o título «Magno» só foi outorgado a dois papas: Leão I (440-461) e Gregório I (590-604). A palavra «magno» tem uma conotação política em ambos, na medida em que algo do mistério de Deus mesmo se faz visível através da atuação política. Através do diálogo, Leão Magno conseguiu convencer Átila, o Príncipe dos Hunos, que poupasse Roma, a cidade dos príncipes dos apóstolos Pedro e Paulo. Desarmado, sem poder militar ou político, mas pelo poder da convicção de sua fé, conseguiu convencer o temido tirano a poupar Roma. O espírito demonstrou ser mais forte na luta entre espírito e poder.
Embora Gregorio I não tenha tido um êxito tão espetacular, também conseguiu proteger a Roma contra os lombardos, de novo contrapondo o espírito ao poder e alcançando a vitória do espírito.
Se compararmos a história dos dois Papas com a de João Paulo II, sua similitude é evidente. João Paulo II tampouco tinha poder militar ou político. Durante as deliberações sobre a forma futura da Europa e Alemanha, em fevereiro de 1945, observou-se que a opinião do Papa também devia ser tomada em conta. Então Stalin perguntou: «Quantas brigadas tem o Papa?». É claro que o Papa não tinha exércitos ao seu dispor. Mas o poder da fé resultou ser um poder que finalmente derrocou o sistema de poder soviético em 1989 e permitiu um novo começo. É indiscutível que a fé do Papa tenha sido um elemento essencial no desmoronamento do poder comunista. Assim que a grandeza evidente em Leão I e Gregorio I é certamente visível também em João Paulo II.
Deixamos em aberto se o epíteto «magno» prevalecerá ou não. É certo que o poder e a bondade de Deus se fizeram visíveis para todos nós em João Paulo II. Em um momento em que a Igreja sofre uma vez mais a aflição do mal, este é para nós um sinal de esperança e confiança.
Querido São João Paulo II, rogai por nós!
Bento XVI
Confira:
Papa Francisco celebrará Missa na capela do túmulo de São João Paulo II https://t.co/bQ4MecE6v9
— ACI Digital (@acidigital) May 12, 2020
Mensagem do Papa Francisco pela 106ª Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado
Vaticano, 15/05/2020 (ACI).- O Vaticano divulgou nesta sexta-feira 15 de maio a Mensagem do Papa Francisco para a 106ª Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado que se celebrará o próximo 27 de setembro com o lema “Como Jesus Cristo, obrigados a fugir. Acolher, proteger, promover e integrar aos deslocados internos”.
Confira na Íntegra a Mensagem do Santo Padre para o 106º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado:
27 de setembro de 2020
Forçados, como Jesus Cristo, a fugir. Acolher, proteger, promover e integrar os deslocados internos.
No discurso que dirigi, nos primeiros dias deste ano, aos membros do Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé, mencionei entre os desafios do mundo contemporâneo o drama dos deslocados dentro da própria nação: «Os conflitos e as emergências humanitárias, agravadas pelas convulsões climáticas, aumentam o número dos deslocados e repercutem-se sobre as pessoas que já vivem em grave estado de pobreza. Muitos dos países atingidos por estas situações carecem de estruturas adequadas que permitam atender às necessidades daqueles que foram deslocados» (9/I/2020).
A Secção «Migrantes e Refugiados» do Dicastério para o Serviço do Desenvolvimento Humano Integral publicou as Orientações Pastorais sobre as Pessoas Deslocadas Internamente (5/V/2020), um documento que visa inspirar e animar as ações pastorais da Igreja nesta área em particular.
Por tais razões, decidi dedicar esta Mensagem ao drama dos deslocados dentro da nação, um drama – muitas vezes invisível – que a crise mundial causada pela pandemia do Covid-19 exacerbou. De facto, esta crise, devido à sua veemência, gravidade e extensão geográfica, redimensionou tantas outras emergências humanitárias que afligem milhões de pessoas, relegando para um plano secundário, nas Agendas políticas nacionais, iniciativas e ajudas internacionais, essenciais e urgentes para salvar vidas. Mas, «este não é tempo para o esquecimento. A crise que estamos a enfrentar não nos faça esquecer muitas outras emergências que acarretam sofrimentos a tantas pessoas» (FRANCISCO, Mensagem Urbi et Orbi, 12/IV/2020).
À luz dos acontecimentos dramáticos que têm marcado o ano de 2020 quero, nesta Mensagem dedicada às pessoas deslocadas internamente, englobar todos aqueles que atravessaram e ainda vivem experiências de precariedade, abandono, marginalização e rejeição por causa do vírus Covid-19.
E, como ponto de partida, gostaria de tomar o mesmo ícone que inspirou o Papa Pio XII ao redigir a constituição apostólica Exsul Familia (1/VIII/1952): na sua fuga para o Egito, o menino Jesus experimenta, juntamente com seus pais, a dramática condição de deslocado e refugiado «marcada por medo, incerteza e dificuldades (cf. Mt 2, 13-15.19-23). Infelizmente, nos nossos dias, há milhões de famílias que se podem reconhecer nesta triste realidade. Quase todos os dias, a televisão e os jornais dão notícias de refugiados que fogem da fome, da guerra e doutros perigos graves, em busca de segurança e duma vida digna para si e para as suas famílias» (FRANCISCO, Angelus, 29/XII/2013).
Em cada um deles, está presente Jesus, forçado – como no tempo de Herodes – a fugir para Se salvar. Nos seus rostos, somos chamados a reconhecer o rosto de Cristo faminto, sedento, nu, doente, forasteiro e encarcerado que nos interpela (cf. Mt 25, 31-46). Se O reconhecermos, seremos nós a agradecer-Lhe por O termos podido encontrar, amar e servir.
As pessoas deslocadas proporcionam-nos esta oportunidade de encontrar o Senhor, «mesmo que os nossos olhos sintam dificuldade em O reconhecer: com as vestes rasgadas, com os pés sujos, com o rosto desfigurado, o corpo chagado, incapaz de falar a nossa língua» (FRANCISCO, Homilia, 15/II/2019). É um desafio pastoral ao qual somos chamados a responder com os quatro verbos que indiquei na Mensagem para este mesmo Dia de 2018: acolher, proteger, promover e integrar. A eles, gostaria agora
de acrescentar seis pares de verbos que traduzem ações muito concretas, interligadas numa relação decausa-efeito. É preciso conhecer para compreender. O conhecimento é um passo necessário para a compreensão do outro. Assim no-lo ensina o próprio Jesus no episódio dos discípulos de Emaús: «Enquanto [estes] conversavam e discutiam, aproximou-Se deles o próprio Jesus e pôs-Se com eles a caminho; os seus olhos, porém, estavam impedidos de O reconhecer» (Lc 24, 15-16).
Frequentemente, quando falamos de migrantes e deslocados, limitamo-nos à questão do seu número. Mas não se trata de números; trata-se de pessoas! Se as encontrarmos, chegaremos a conhecê-las. E conhecendo as suas
histórias, conseguiremos compreender. Poderemos compreender, por exemplo, que a precariedade, que estamos dolorosamente a experimentar por causa da pandemia, é um elemento constante na vida dos deslocados.
É necessário aproximar-se para servir. Parece óbvio, mas muitas vezes não o é. «Um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele [do homem espancado e deixado meio-morto] e, vendo-o, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma estalagem e cuidou dele» (Lc 10, 33-34). Os receios e os preconceitos – tantos preconceitos – mantêm-nos afastados dos outros e, muitas vezes, impedem de «nos aproximarmos» deles para os servir com amor. Abeirar-se do próximo frequentemente significa estar dispostos a correr riscos, como muitos médicos e enfermeiros nos ensinaram nos últimos meses.
Aproximar-se para servir vai além do puro sentido do dever; o maior exemplo disto, deixou-no-lo Jesus, quando lavou os pés dos seus discípulos: tirou o manto, ajoelhou-Se e pôs mãos ao humilde serviço (cf. Jo 13, 1-15).
Para reconciliar-se é preciso escutar. No-lo ensina o próprio Deus que quis escutar o gemido da humanidade com ouvidos humanos, enviando o seu Filho ao mundo: «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, (…) para que o mundo seja salvo por Ele» (Jo 3, 16.17). O amor, que reconcilia e salva, começa pela escuta. No mundo de hoje, multiplicam-se as mensagens, mas vai-se perdendo a atitude de escutar. É somente através da escuta humilde e atenta que podemos chegar verdadeiramente a reconciliar-nos. Durante semanas neste ano de 2020, reinou o silêncio nas nossas ruas; um silêncio dramático e inquietante, mas que nos deu ocasião para ouvir o clamor dos mais vulneráveis, dos deslocados e do nosso planeta gravemente enfermo. E, escutando, temos a oportunidade de nos reconciliar com o próximo, com tantas pessoas descartadas, connosco e com Deus, que nunca Se cansa de nos oferecer a sua misericórdia.
Para crescer é necessário partilhar. A primeira comunidade cristã teve, na partilha, um dos seus elementos basilares: «A multidão dos que haviam abraçado a fé tinha um só coração e uma só alma.
Ninguém chamava seu ao que lhe pertencia, mas entre eles tudo era comum» (At 4, 32). Deus não queria que os recursos do nosso planeta beneficiassem apenas alguns. Não, o Senhor não queria isso!
Devemos aprender a partilhar para crescermos juntos, sem deixar ninguém de fora. A pandemia veio-nos recordar que estamos todos no mesmo barco. O facto de nos depararmos com preocupações e temores comuns demonstrou-nos mais uma vez que ninguém se salva sozinho. Para crescer verdadeiramente, devemos crescer juntos, partilhando o que temos, como aquele rapazito que ofereceu a Jesus cinco pães de cevada e dois peixes (cf. Jo 6, 1-15); e foram suficientes para cinco mil pessoas…
É preciso coenvolver para promover. Efetivamente, assim procedeu Jesus com a mulher samaritana (cf. Jo 4, 1-30). O Senhor aproxima-Se, escuta-a, fala-lhe ao coração, para então a guiar até à verdade e torná-la anunciadora da boa nova: «Vinde ver um homem que me disse tudo o que eu fiz! Não será Ele o Messias?» (4, 29). Por vezes, o ímpeto de servir os outros impede-nos de ver a sua riqueza íntima.
Se queremos verdadeiramente promover as pessoas a quem oferecemos ajuda, devemos coenvolvê-las e torná-las protagonistas da sua promoção. A pandemia recordou-nos como é essencial a corresponsabilidade, pois só foi possível enfrentar a crise com a contribuição de todos, mesmo de categorias frequentemente subestimadas. Devemos «encontrar a coragem de abrir espaços onde todos possam sentir-se chamados e permitir novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade» (FRANCISCO, Meditação na Praça de São Pedro, 27/III/2020).
É necessário colaborar para construir. Isto mesmo recomenda o apóstolo Paulo à comunidade de Corinto: «Peço-vos, irmãos, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que estejais todos de acordo e que não haja divisões entre vós; permanecei unidos num mesmo espírito e num mesmo pensamento» (1 Cor 1, 10). A construção do Reino de Deus é um compromisso comum a todos os cristãos e, para isso, é necessário que aprendamos a colaborar, sem nos deixarmos tentar por invejas, discórdias e divisões. No contexto atual, não posso deixar de reiterar que «este não é tempo para egoísmos, pois o desafio que enfrentamos nos une a todos e não faz distinção de pessoas» (FRANCISCO, Mensagem Urbi et Orbi, 12/IV/2020). Para salvaguardar a Casa Comum e torná-la cada vez mais parecida com o plano original de
Deus, devemos empenhar-nos em garantir a cooperação internacional, a solidariedade global e o compromisso local, sem deixar ninguém de fora.
Quero concluir com uma oração inspirada no exemplo de São José, particularmente quando foi forçado a fugir para o Egito a fim de salvar o Menino:
«Pai, confiastes a São José o que tínheis de mais precioso: o Menino Jesus e sua mãe, para os proteger de perigos e ameaças dos malvados.
Concedei-nos, também a nós, a graça de experimentar a sua proteção e ajuda. Tendo ele provado o sofrimento de quem foge por causa do ódio dos poderosos, fazei que possa confortar e proteger todos os irmãos e irmãs que, forçados por guerras, pobreza e carências, deixam a sua casa e a sua terra a fim de se lançarem ao caminho como refugiados rumo a lugares mais seguros. Ajudai-os, pela sua intercessão, a terem força para prosseguir, conforto na tristeza, coragem na provação.
Dai a quem os recebe um pouco da ternura deste pai justo e sábio, que amou Jesus como um verdadeiro filho e amparou Maria ao longo do caminho.
Ele, que ganhou o pão com o trabalho das suas mãos, possa prover àqueles a quem a vida tudo levou, dando-lhes a dignidade dum trabalho e a serenidade duma casa.
Nós Vo-lo pedimos por Jesus Cristo, vosso Filho, que São José salvou fugindo para o Egito, e por intercessão da Virgem Maria, a quem ele amou como esposo fiel segundo a vossa vontade. Amen».
Roma, em São João de Latrão, na Memória de Nossa Senhora de Fátima, 13 de maio de 2020.
FRANCISCO
Confira também:
Deslocados internos se isolam mais pelo terrorismo do que pela COVID-19 em Burkina Faso https://t.co/LXQYJtpDAk
— ACI Digital (@acidigital) May 13, 2020
Papa reza pelas famílias, para que cresça nelas o Espírito do Senhor
Vaticano, 15/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco ofereceu a Missa celebrada nesta sexta-feira, 15 de maio, na Casa Santa Marta, pelas famílias, "para que cresça nas famílias o Espírito do Senhor, o espírito de amor, de respeito, de liberdade".
"Hoje é o Dia Mundial das Famílias: rezemos pelas famílias, para que cresça nas famílias o Espírito do Senhor, o espírito de amor, de respeito, de liberdade", foram as palavras do Pontífice.
Em ocasiões anteriores, o Pontífice pediu para rezar durante a Missa na Casa Santa Marta pelas famílias confinadas em casa devido à pandemia de coronavírus, "para que continuem em paz com criatividade e paciência nesta quarentena".
Também pelas famílias que, devido à crise econômica causada pela COVID-19 "sofrem necessidade e padecem com a fome e as extorsões de agiotas".
Por outro lado, em 25 de abril, publicou uma carta no início de maio, na qual convidava as famílias a rezarem o Terço.
Da mesma forma, em 3 de abril, publicou uma mensagem de vídeo dirigida às famílias por ocasião do início da Semana Santa, na qual clamava pela esperança no atual momento de dificuldade.
Confira também:
Mensagem do Papa Francisco pela 106ª Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado https://t.co/JolyPUuejP
— ACI Digital (@acidigital) May 15, 2020
Papa rejeita a religiosidade rígida que causa confusão entre os cristãos
Vaticano, 15/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco rejeitou a religiosidade rígida, a religiosidade das prescrições que elimina a liberdade do Espírito Santo e a gratuidade da ressurreição de Cristo, causando confusão nos fiéis.
Assim indicou o Pontífice durante a Missa celebrada nesta sexta-feira, 15 de maio, na Casa Santa Marta, onde explicou que no início do cristianismo havia tempos de paz e tempos de perseguição, e também tempos de perturbação.
Essa perturbação era causada por atitudes rígidas por parte de alguns cristãos, atitudes que levam os apóstolos a escreverem a carta que aparece na Primeira Leitura, do Livro dos Atos dos Apóstolos.
Nela, os apóstolos escrevem aos cristãos que procediam do paganismo: "Ficamos sabendo que alguns dos nossos, aos quais não damos nenhum encargo, vieram perturbar-vos com palavras que transtornaram vosso espírito".
"Esses cristãos", explicou o Pontífice, "que provinham dos pagãos tinham acreditado em Jesus Cristo e recebido o batismo, e estavam felizes: tinham recebido o Espírito Santo. Do paganismo ao cristianismo, sem nenhuma etapa intermediária”.
No entanto, entre os cristãos procedentes do judaísmo, havia aqueles chamados "judaizantes", que defendiam que os convertidos procedentes do paganismo deveriam se tornar judeus como um passo intermediário antes de se tornarem cristãos.
Defendiam que “se alguém era pagão, primeiro devia tornar-se judeu, um bom judeu, e depois tornar-se cristão, para estar na linha da eleição do povo de Deus”.
"E esses cristãos não entendiam isso: Como é isso, somos cristãos de segunda classe? Não se pode passar do paganismo diretamente ao cristianismo? A Ressurreição de Cristo não rompeu a lei antiga e a levou uma plenitude maior ainda? Estavam perturbados e havia muitas discussões entre eles".
Aqueles judaizantes “eram pessoas que com argumentos pastorais, argumentos teológicos, alguns inclusive morais, defendiam que não: que se devia fazer a passagem assim! E isso colocava em discussão a liberdade do Espírito Santo, também a gratuidade da Ressurreição de Cristo e da graça. Eram metódicos. E também rígidos”.
"Tinham reduzido a Lei, o dogma a uma ideologia: ‘Se deve fazer isso, isso, e isso, e isso’. Uma religião de prescrições, e com isso tolhiam a liberdade do Espírito. E as pessoas que o seguiam eram pessoas rígidas, pessoas que não se sentiam confortavelmente, não conheciam a alegria do Evangelho".
Para eles, “a perfeição do caminho para seguir Jesus era a rigidez. É preciso fazer isso, isso, isso, isso... Essas pessoas, esses doutores manipulavam as consciências dos fiéis, ou os faziam tornar-se rígidos... ou iam embora”.
O Papa assinalou que esta é a razão pela qual "eu me repito muitas vezes, digo que a rigidez não é do bom Espírito, porque coloca em questão a gratuidade da Redenção, a gratuidade da Ressurreição de Cristo".
Além disso, explicou que essa rigidez se repetiu ao longo da história: “Pensemos nos pelagianos, nesses... nesses rígidos, famosos. E também em nossos tempos vimos algumas organizações apostólicas que pareciam muito bem organizadas, que trabalhavam bem… mas todos rígidos, todos iguais um ao outro, e depois soubemos da corrupção que havia internamente, inclusive nos fundadores”.
“Onde há rigidez não se encontra o Espírito de Deus, porque o Espírito de Deus é liberdade. E essas pessoas queriam dar passos tirando a liberdade do Espírito de Deus e a gratuidade da Redenção. ‘Para ser justificado, você deve fazer isso, isso, isso, isso...’. A justificação é gratuita. A morte e a Ressurreição de Cristo é gratuita. Não se paga, não se compra: é um dom!”.
Pelo contrário, a resposta dos apóstolos diante da perturbação daqueles cristãos devolve a alegria e a liberdade do Espírito: “Os apóstolos se reúnem neste concílio e ao término escrevem uma carta que começa assim: ‘De fato, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor nenhum fardo’, e colocam essas obrigações mais morais, de bom senso: não confundir o cristianismo com o paganismo, abster-se das carnes oferecidas aos ídolos, etc.".
“E por fim, esses cristãos que estavam perturbados, reunidos em assembleia recebem a carta e ‘Sua leitura causou alegria, por causa do estímulo que trazia’. Da perturbação à alegria. O espírito da rigidez sempre leva você à perturbação: ‘Fiz bem isso? Não o fiz bem?’ O escrúpulo, isso... O espírito da liberdade evangélica leva você à alegria, porque foi propriamente isso que Jesus fez com a sua Ressurreição: trouxe a alegria!”.
"A relação com Deus, a relação com Jesus não é uma relação assim, de ‘fazer as coisas’: ‘Eu faço isso e Vós me dais aquilo’. Uma relação assim – o Senhor me perdoe – comercial: não! É gratuita, como a relação de Jesus com os discípulos é gratuita: ‘Vós sois meus amigos’. ‘Não vos chamo servos, chamo-vos amigos’. ‘Não fostes vós que me escolhestes, mas eu que vos escolhi’: essa é a gratuidade”.
O Papa Francisco concluiu sua homilia pedindo ao Senhor “que nos ajude a discernir os frutos da gratuidade evangélica dos frutos da rigidez não-evangélica, e que nos liberte de toda perturbação daqueles que colocam a fé, a vida da fé sob as prescrições casuísticas, as prescrições que não têm sentido”.
A seguir, a leitura comentada pelo Papa Francisco:
At 15, 22-31
Naqueles dias, 22pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, de acordo com toda a comunidade de Jerusalém, escolher alguns da comunidade para mandá-los a Antioquia, com Paulo e Barnabé.
Escolheram Judas, chamado Bársabas, e Silas, que eram muito respeitados pelos irmãos. 23Através deles enviaram a seguinte carta: “Nós, os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, saudamos os irmãos vindos do paganismo e que estão em Antioquia e nas regiões da Síria e da Cilícia. 24Ficamos sabendo que alguns dos nossos causaram perturbações com palavras que transtornaram vosso espírito. Eles não foram enviados por nós. 25Então decidimos, de comum acordo, escolher alguns representantes e mandá-los até vós, junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo, 26homens que arriscaram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 27Por isso, estamos enviando Judas e Silas, que pessoalmente vos transmitirão a mesma mensagem. 28Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis: 29abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das uniões ilegítimas. Vós fareis bem se evitardes essas coisas. Saudações!”
30Depois da despedida, Judas e Silas foram para Antioquia, reuniram a assembleia e entregaram a carta. 31A sua leitura causou alegria, por causa do estímulo que trazia.
Confira também:
Papa reza pelas famílias, para que cresça nelas o Espírito do Senhor https://t.co/bFCskQXiI7
— ACI Digital (@acidigital) May 15, 2020
Funcionários do Vaticano doam salários para vítimas de coronavírus
Vaticano, 15/05/2020 (ACI).- O Esmoleiro Pontifício, Cardeal Konrad Krajewski, elogiou a decisão de diversos funcionários do Vaticano de doar seus salários para aqueles que sofrem devido à pandemia de coronavírus.
Em declarações à CNA, agência em inglês do Grupo ACI, o Cardeal explicou que diversos funcionários do Vaticano doaram o equivalente a um mês de salário, enquanto outros deram um montante que equivale a mais de dois meses. "Foi uma grande resposta que foi muito além do que pensávamos", afirmou.
O Purpurado polonês escreveu, em 6 de abril, aos cardeais, arcebispos, bispos e outros membros da Capela Pontifícia, que assiste o Santo Padre nas celebrações litúrgicas, e os convidou a mostrar solidariedade com um apoio financeiro para aqueles que sofrem por causa do coronavírus.
Desse modo, disse, "estarão intimamente e especialmente unidos ao Pontífice e Bispo de Roma, que preside a 'comunhão universal da caridade'". "O Santo Padre decidirá depois o destino da coleta diante dessa crise sanitária", explicou o Cardeal.
O Esmoleiro Pontifício explicou à CNA que também recebeu algumas doações dos guardas do Vaticano. “Foi uma resposta do coração, porque este é um momento particular. Semana santa durante o coronavírus", acrescentou.
O Cardeal Krajewski disse que o dinheiro será destinado aos pobres do mundo e que alguns fundos já foram usados para ajudar os mais necessitados na Romênia e para enviar respiradores para a Zâmbia, na África.
De acordo com a versão italiana do Vatican News, o Cardeal Krajewski escreveu, em 6 de abri,l aos “superiores eclesiásticos da Cúria Romana, ou seja, cerca de 250 chefes de departamentos, secretários e outros prelados. Todos estão convidados a doar um mês de salário”
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Mensagem do Papa Francisco pela 106ª Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado https://t.co/JolyPUuejP
— ACI Digital (@acidigital) May 15, 2020
Bispos lamentam que governo do Reino Unido planeje manter igrejas fechadas até julho
LONDRES, 15/05/2020 (ACI).- Os bispos da Inglaterra e do País de Gales expressaram sua decepção depois que o Governo assinalou que as igrejas no Reino Unido deverão permanecer fechadas até pelo menos 4 de julho.
Os bispos divulgaram uma declaração, em 11 de maio, em resposta ao documento publicado pelas autoridades do Reino Unido, que estabelece as etapas para a reabertura nacional, após a quarentena imposta para impedir a disseminação do coronavírus.
O Governo destacou a decisão de abrir locais de culto "não antes de 4 de julho", sujeito a cinco condições, incluindo uma queda constante nas taxas de mortalidade diária da COVID-19.
A abertura das “igrejas toca sensibilidades e necessidades espirituais profundas. O documento e as declarações do governo não reconhecem isso”, disse um porta-voz da Conferência dos Bispos Católicos da Inglaterra e do País de Gales (CBCEW).
Segundo a Universidade Johns Hopkins, atualmente o Reino Unido, que tem uma população de quase 67 milhões, tem mais de 33 mil mortes pelo vírus, o segundo maior número de mortes informadas no mundo depois dos Estados Unidos.
O plano de recuperação do Governo classificou as igrejas, junto com as barbearias, salões de beleza, pubs e cinemas como locais a serem reabertos durante a terceira fase de um programa de três etapas.
Os bispos indicaram que a posição do Governo estabelece que, para abrir as igrejas, deve-se estabelecer um “grupo de trabalho para locais de culto, para trabalhar em estreita colaboração com as 'partes interessadas' para garantir que as instalações estejam seguras diante da COVID-19”.
Além disso, assinalaram que é necessário prestar atenção "à experiência de outros países onde as igrejas já estão abertas ao culto".
"Em diálogo com o Governo, a Igreja Católica continuará participando desse processo e já apresentou um plano detalhado, de acordo com as diretrizes de saúde pública, para que as igrejas sejam abertas para a oração privada", acrescentaram.
Os bispos ressaltaram que "a Igreja está pronta para desempenhar seu papel no grupo de trabalho, entendendo que isso inclui o possível primeiro passo de permitir a oração privada nas igrejas, como um início seguro em direção ao seu uso para o culto público".
As Missas públicas foram suspensas na Inglaterra e no País de Gales em 20 de março e dias depois as igrejas fecharam. Os fiéis pediram insistentemente a reabertura dos templos e a celebração da Missa, respeitando as regras do distanciamento social.
Através das redes sociais, um vídeo de leigos católicos pedindo a reabertura das igrejas se tornou popular e foi visto mais de 10 mil vezes desde que foi publicado, em 22 de abril.
Em 5 de maio, o Bispo de Portsmouth, Dom Philip Egan, disse que escreveu ao Governo e aos membros do Parlamento pedindo que as igrejas fossem incluídas na primeira etapa da reabertura.
O Prelado escreveu em seu boletim semanal que adoraria reabrir as igrejas o mais rápido possível, com as medidas de segurança necessárias.
"Acredito firmemente que a igreja é um 'serviço essencial'. Precisamos dela para o nosso bem-estar espiritual e nela recebemos do próprio Senhor os sacramentos da salvação e da vida eterna", assinalou.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Papa propõe esta oração para pedir o fim do coronavírus https://t.co/lUiu19R0Db
— ACI Digital (@acidigital) May 14, 2020
Enfermeiras no Sudão aprendem a costurar para que não faltem máscaras para a população
Juba, 15/05/2020 (ACI).- Enfermeiras do Sudão do Sul precisam improvisar para que não faltem máscaras para si próprias nem para a população e buscam responder criativamente a diferentes desafios na luta contra o coronavírus no país africano.
Na Mary Ward Primary Health Care Clinic, administrada pelas Irmãs de Loreto, na Diocese de Rumbek, um grupo de enfermeiras faz suas próprias máscaras e as de seus pacientes para se protegerem do coronavírus.
“Todos estão apreensivos por causa da chegada do coronavírus. Fazemos o melhor que podemos para nos preparar, mas nossos recursos são limitados. Estamos improvisando. Nossas estagiárias estão aprendendo a costurar e estão fazendo suas próprias máscaras e também para a comunidade local”, disse à ACI África a irmã Orla Treacy, que administra a clínica.
A religiosa de origem irlandesa explicou que, para superar a doença, é importante enfrentar os desafios culturais locais, como evitar apertar as mãos para cumprimentar, já que não fazê-lo "é considerado um ato no qual se ignora a dignidade da outra pessoa", disse. Outro problema é o distanciamento social, já que no país as famílias costumam compartilhar as refeições em uma única bandeja.
Além disso, continuou, “nossa comunidade enfrenta muitos desafios diariamente. A fome, a insegurança e as doenças fazem parte do dia a dia. Para os idosos, o coronavírus é apenas mais uma doença que vamos enfrentar e acreditam que vamos superá-lo assim como superamos as dificuldades da vida”.
Além do serviço no centro de saúde, as enfermeiras da clínica usam a Good News Radio, da diocese de Rumbek, para informar sobre o coronavírus em dois idiomas locais: Dinka e Jur Beli.
"As enfermeiras compuseram um poema para ajudar as pessoas a se lembrarem de lavar as mãos e do distanciamento social", comentou a irmã Treacy, que trabalha no Sudão desde 2006.
Para comemorar o Dia Internacional das Enfermeiras, em 12 de maio, seis delas, oito em capacitação e profissionais de saúde, estão oferecendo o serviço de clínica móvel em diferentes comunidades de Rumbek.
Por outro lado, a religiosa explicou que há na comunidade "uma preocupação de que a malária seja esquecida, já que todos estão focados no coronavírus".
Por sua vez, os bispos da África do Sul enviaram uma saudação às enfermeiras por seu dia, principalmente por sua entrega e sacrifício.
"Unimo-nos ao presidente Cyril Ramaphosa e a todo o país ao agradecer às enfermeiras da África do Sul por estarem na linha de frente na resposta à COVID-19, onde demonstraram seu heroísmo e sacrifício", disseram os prelados em seu comunicado.
"Além do tratamento aos infectados, as enfermeiras prestaram o apoio tão necessário aos moribundos e àqueles que perderam seus entes queridos por causa desta doença”, destacaram os bispos da África do Sul, onde, pelo menos, 500 profissionais de saúde testaram positivo ao coronavírus, dos quais alguns morreram.
"Lamentamos esses heróis e oferecemos nossas orações por eles, suas famílias e colegas na linha de frente", destacaram.
Publicado originalmente em ACI África. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Funcionários do Vaticano doam salários para vítimas de coronavírus https://t.co/gqc5wxH2da
— ACI Digital (@acidigital) May 15, 2020
Supremo Tribunal da Holanda cria confusão sobre eutanásia, alerta Cardeal
AMSTERDAM, 15/05/2020 (ACI).- O Arcebispo de Utrecht e presidente da Conferência Episcopal Holandesa, Cardeal Willem Eijk, alertou que o Supremo Tribunal só cria confusão com sua sentença sobre a aplicação da eutanásia a pacientes com demência senil, por não ter estabelecido critérios claros para essa prática.
Assim indicou o Cardeal no dia seguinte da decisão da Suprema Corte sobre o caso de uma mulher com demência senil a quem foi praticada a eutanásia em 2016.
A mulher assinou em 2012 um documento expressando sua vontade de receber a eutanásia, embora o texto não fosse totalmente claro já que assinalava que a eutanásia só poderia ser realizada quando estivesse pronta.
Com base em uma lei de 2002, segundo a qual uma solicitação por escrito substitui uma solicitação verbal, o médico realizou a eutanásia após ter consultado a família e outros médicos especialistas no tema. Nesse momento, a mulher já não era capaz de indicar a sua vontade e os médicos consideraram que o seu sofrimento era insuportável.
No procedimento, o médico não parou, apesar de a mulher ter retirado a mão quando quis administrar-lhe um sedativo, que depois foi colocado em seu café. Quando já estava sedada, procederam com a eutanásia.
O médico foi processado por não ter clareza no caso, mas em 22 de abril deste ano, foi absolvido das acusações de não ter sido preciso na aplicação da lei da eutanásia, já que se considerou que a retirada da mão por parte da mulher foi um reflexo espontâneo e não uma resistência ao procedimento.
Segundo o Supremo Tribunal, a administração do sedativo, mesmo sem o conhecimento do paciente, poderia ser aceitável "no caso em que se possa prever um comportamento irracional imprevisível, que pudesse complicar a eutanásia”, por isso o médico agiu de acordo com a lei.
Sobre a falta de clareza na declaração da mulher, o Supremo Tribunal indicou que o médico poderia interpretá-la e teve razão ao concluir que a paciente desejava a eutanásia nestas circunstâncias.
O Cardeal Eijk criticou a decisão do Tribunal e advertiu que “em vez de gerar critérios para interpretar as declarações escritas de eutanásia (de pacientes) com demência avançada, o Supremo Tribunal deixa tudo para o julgamento dos médicos envolvidos e essa decisão aumenta sua incerteza".
O Purpurado destacou que, por causa dos processos judiciais contra os médicos, o número de casos de eutanásia diminuiu para 6.126 em 2018, quando em 2017 foram 6.585.
O Arcebispo disse que, embora "uma queda de 7% possa ser vista como uma contribuição relativa para o bem comum", essa não é a ideia dos católicos, para quem "a defesa legal do direito à vida é um dos princípios básicos".
Em 2019, os casos de eutanásia aumentaram e chegaram a 2.655, um crescimento de 13% em relação a 2018.
"Pode-se temer que a sentença do Supremo Tribunal, embora tenha gerado mais incertezas nos médicos sobre praticar ou não a eutanásia em pacientes com demência senil, isso não levará a uma diminuição geral no número de casos de eutanásia e suicídio assistido”, concluiu o Cardeal.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Supremo Tribunal aprova eutanásia para pacientes com demência na Holanda https://t.co/RWMKHSXILu
— ACI Digital (@acidigital) April 24, 2020
5 Dicas para comemorar o Dia Internacional da Família
REDAÇÃO CENTRAL, 15/05/2020 (ACI).- O Dia Internacional das Famílias é celebrado anualmente no dia 15 de maio, que foi a data escolhida pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1993, para ressaltar a importância da unidade básica da sociedade.
“O Dia Internacional das Famílias nos dá a oportunidade de reconhecer, identificar e analisar questões sociais, econômicas e demográficas que afetam seu desenvolvimento e evolução”, descreve o site da ONU.
“Por este motivo, para celebrar este dia se organizam atividades, tais como workshops, conferências, programas de rádio e televisão, entre outros, com o objetivo de fomentar e favorecer a manutenção e a melhora da unidade familiar”, acrescenta.
Abaixo apresentamos 5 dicas para que você comemore a data com sua família:
1.- Reze e agradeça pela sua família
A plataforma May Feelings destacou uma vez que a família é "a melhor rede social do mundo". Por isso oferece site para que os interessados possam deixar suas orações por familiares e seres queridos. Visite o May Feelings e reze pela sua família clicando aqui.
2.- Escreva cartas/postais
Já que em muitos países se vive o confinamento para evitar a propagação da Covid-19, uma boa ideia para celebrar as famílias é escrever uma carta sobre esta data, destacando a importância de seus integrantes ou realizando, com as crianças, um desenho dela.
Em caso de não poder ocupar a tradicional forma de enviá-la por correio postal, tente enviar um correio eletrônico ou um vídeo pelos diversos aplicativos de celulares smartphone.
3.- Prepare um momento especial
Reunidos em casa tente destinar um momento especial do dia para recordar o Dia Internacional das Famílias.
Para isso podem preparar uma refeição ou uma partilha sobre lembranças especiais da vida sua família.
4.- Fotos ou objetos significativos
Nesse momento também podem escolher fotos ou objetos significativos para recordar os momentos especiais da vida da sua família.
Partilhar histórias e anedotas ou outras lembranças será de muito valor.
5.- Árvore genealógico
Em família podem confeccionar uma árvore genealógica para recordar (ou tomar conhecimento) de todos seus integrantes, inclusive os seus antepassados e rezar juntos pelo seu descanso eterno.
Confira também:
Papa reza pelas famílias, para que cresça nelas o Espírito do Senhor https://t.co/bFCskQXiI7
— ACI Digital (@acidigital) May 15, 2020
Vaticano desinfeta as Basílicas Papais para evitar contágios de coronavírus
Vaticano, 15/05/2020 (ACI).- O Vaticano começou um processo de limpeza e desinfecção específico e exaustivo das Basílicas Papais para permitir as celebrações a partir da próxima segunda-feira, 18 de maio, com a presença dos fiéis, minimizando o risco de contágios por coronavírus.
Na manhã de ontem, quinta-feira, 14 de maio, os representantes das Basílicas Papais de Roma - São Pedro do Vaticano, São João de Latrão, São Paulo Fora dos Muros e Santa Maria Maior - realizaram uma reunião promovida pela Secretaria de Estado do Vaticano para estudar os aspectos da segunda fase da emergência sanitária causada pela pandemia de coronavírus na Itália.
Nesta segunda fase, espera-se que, a partir da próxima segunda-feira, 18 de maio, sejam retomadas as Missas com a presença dos fiéis. Embora seja uma medida que afeta as igrejas em território italiano, o Vaticano, como tem feito desde o início da crise, está coordenando suas medidas sanitárias com as autoridades italianas, de modo que estão se preparando para a participação dos fiéis nas Missas celebradas nas basílicas papais, de soberania vaticana.
Segundo um com comunicado divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé, durante a reunião dos representantes das Basílicas Papais "compartilhou-se a necessidade de adotar medidas adequadas para garantir a segurança dos fiéis, como a medição de temperatura por meio de termoscanner pelo menos duas vezes em cada celebração festiva”.
O processo de desinfecção "envolve uma série de fases", explicou Andrea Arcangeli, diretor adjunto da Direção de Saúde e Higiene do Governatorado da Cidade do Vaticano, ao Vatican News.
Antes de tudo, “é necessário fazer a solução clássica de limpeza com os habituais detergentes, sabões e água. Em seguida, é necessário usar as substâncias que são, como neste caso hoje, nebulizadas nas superfícies”.
"Tudo isso tem o objetivo de reduzir significativamente a quantidade de carga bacteriológica e viral em toda a superfície", assegurou.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Funcionários do Vaticano doam salários para vítimas de coronavírus https://t.co/gqc5wxH2da
— ACI Digital (@acidigital) May 15, 2020
Dia Internacional da Família recorda ao mundo a importância dessa instituição sagrada
REDAÇÃO CENTRAL, 15/05/2020 (ACI).- A família é a célula mãe da sociedade e a instituição sagrada “que garante uma sociedade justa, equilibrada e acima de tudo voltada para o amor”, afirmou o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Ricardo Hoepers, nesta sexta-feira, 15, pela ocasião do Dia Internacional da Família.
Em entrevista a ACI Digital Dom Ricardo destacou a importância de que os católicos recordem esta data instituída pela ONU, lembrando os últimos documentos da Igreja sobre a questão da família.
“São João Paulo II inclusive fez um Instituto da Família, com todos os cursos voltados para a pesquisa e para o aprofundamento das questões da família no mundo inteiro, tanto no ponto de vista teológico quanto social. Pela família perpassa todas as outras questões, tamanha é a força da família como célula da sociedade”, afirma o prelado.
“É na família que acontece o amor verdadeiro, gratuito e total do homem para com a mulher e de pais para com os filhos”, disse o bispo.
“A família para nós é um dom de Deus, é o núcleo onde a própria Santíssima Trindade quis se encarnar. Sempre invocamos a Sagrada Família com a oração: ‘Jesus, Maria e José, a nossa família vossa é’, tentando nos identificar plenamente com essa família. Deus, sendo Deus, se fez carne no seio de uma família e nos mostra a dignidade e a importância desse núcleo fundamental”, disse ainda Dom Ricardo.
O prelado reforçou que a família na Igreja é uma instituição sagrada e que somente através da família “a sociedade como um todo pode garantir o seu equilíbrio, a justiça, a solidariedade e a gratuidade”.
“Na família esses valores são intrínsecos. É nela que se aprende os maiores e mais importantes valores da vida e crescemos como seres humanos”, garantiu.
Assinalando também a importância da data e a família como lugar privilegiado da formação humana, a psicóloga clínica Sonia Nascimento, coordenadora do Grupo dos Psicólogos Católicos da Arquidiocese do Rio de Janeiro (GPC ArqRio), destacou que é no ambiente familiar que “o caráter de uma pessoa é formado”.
Segundo a psicóloga, é a falta de estrutura e cuidado familiar que leva as pessoas a se envolverem com o que é supérfluo e raso, causando ainda inúmeros problemas sociais.
A psicóloga criticou particularmente a atitude permissiva de pais para com os filhos no contexto do consumismo e da busca exacerbada de conforto material que marca nossa época. “Nessa sociedade do espetáculo e do descartável, os pais que dão tudo para um filho, só para que ele não sofra, estão gerando que tipo de adulto no futuro? O ser humano precisa passar por dificuldades, receber ‘não’ de pai e mãe serve para valorizar o que vai além do que é material”, salientou.
Sonia Nascimento destacou que a responsabilidade de formar e educar um ser humano para o mundo não é tarefa fácil. Segundo ela, “os pais devem transmitir valores para os filhos” e enfatizou que “ter autoridade que é diferente de autoritarismo”.
“Eu e meu marido educamos nossa filha dando limites. É possível ser firme, ter autoridade sem precisar gritar. Os valores transmitidos são raízes que depois germinam”, concluiu a psicóloga.
O Dia Internacional da Família foi proposto em 1993 pela Organização das Nações Unidas (ONU) para celebrar as famílias no mundo inteiro, valorizando a importância e o papel da família na construção da sociedade.
Confira:
5 Dicas para comemorar o Dia Internacional da Família https://t.co/ttyiXsz7YQ
— ACI Digital (@acidigital) May 15, 2020