Hoje é a festa do Beato Álvaro del Portillo, sucessor de São Josemaria Escrivá
REDAÇÃO CENTRAL, 12/05/2020 (ACI).- O Beato Álvaro del Portillo foi um bispo, engenheiro civil e doutor em Filosofia e em Direito Canônico; também recordado por ter sido o primeiro sucessor de São Josemaria Escrivá de Balaguer, fundador do Opus Dei.
Nasceu em Madri (Espanha), em 11 de março de 1914, dentro de uma família cristã. Ingressou no Opus Dei em 1935 quando ainda estudava na Escola de Engenheiros de Caminhos de Madri.
Em 25 de junho de 1944, depois de finalizar os estudos civis e eclesiásticos, foi ordenado sacerdote em Madri pelo Bispo da diocese, Dom Eijo y Garay. Ali exerceu o ministério sacerdotal até que, em 1946, foi transferido para Roma. Mais tarde, fez doutorado em Filosofia e Letras e em Direito Canônico.
Álvaro del Portillo foi consultor de vários dicastérios da cúria romana, participou do Concílio Vaticano II e foi secretário da comissão que elaborou o decreto Presbyterorum Ordinis, sobre o ministério e a vida dos presbíteros. Do mesmo modo, manteve uma relação próxima com vários Papas, especialmente com o Beato Paulo VI, um de seus primeiros amigos em Roma.
Depois da morte de São Josemaria Escrivá em 1975, foi eleito para se encarregar do Opus Dei, missão na qual serviu durante 19 anos, até o dia de seu falecimento.
No dia 28 de novembro de 1982, ao erigir a Obra na Prelatura Pessoal, o Santo Padre João Paulo II o nomeou Prelado do Opus Dei e, no dia 6 de janeiro de 1991, foi a sua ordenação episcopal.
Álvaro del Portillo faleceu em 1994, depois de uma peregrinação à Terra Santa. São João Paulo II foi orar ante seus restos mortais, como reconhecimento pelo seu serviço ao povo de Deus.
Em 5 de julho de 2013, foi reconhecido o milagre concedido pela intercessão deste beato. O milagre se tratou da cura do chileno José Ignácio Ureta Wilson, que com poucos dias de vida sofreu inúmeras e graves complicações de saúde ao ponto de, com um mês de vida, ter sofrido uma parada cardíaca entre 30 e 45 minutos. Seus pais pediram a intercessão de Dom Álvaro e o menino sobreviveu. Atualmente, José Ignacio não apresenta graves sequelas das doenças que sofreu no passado.
O Prelado do Opus Dei foi beatificado em Valdebebas (Madri) pelo Cardeal Dom Angelo Amato, em 27 de setembro de 2014, em uma Missa da qual participaram mais de 200.000 pessoas provenientes do mundo inteiro.
Esta é a oração do Beato Álvaro del Portillo à Virgem de Fátima
REDAÇÃO CENTRAL, 12/05/2020 (ACI).- O Beato Álvaro del Portillo, primeiro sucessor de São Josemaria Escrivá à frente do Opus Dei, visitou o Santuário de Nossa Senhora de Fátima, em Portugal, em 25 de janeiro de 1989.
Neste dia 12 de maio, a Igreja celebra a festa do Beato Álvaro del Portillo, falecido em 1994 e beatificado em 2014.
Em sua visita ao Santuário de Fátima, o Beato pronunciou em voz alta a seguinte oração:
Mãe nossa,
tu acolhes benigna as súplicas que os corações de todo o mundo elevam,
na confiança da tua poderosa intercessão.
Sei que sempre nos ouves, mas ainda assim viemos de Roma para te dizer o que já sabes:
que te amamos, mas queremos amar-te mais.
Ajuda-nos a servir a Igreja como ela quer ser servida: com todo o coração, com uma entrega absoluta, com lealdade e fidelidade.
É a única coisa que interessa e é o que venho pedir-te, pensando em toda a Obra; que sirvamos cada vez melhor a Igreja Santa, dirigida pelo Papa e pelos Bispos em cada diocese; que consigamos prestar mais ajuda a todo o povo fiel.
Virgem Imaculada, Mãe do Amor formoso: já vês que o mundo se escapa de Jesus, que a família cristã se está a desagregar, que se cometem tantas ofensas ao Senhor por parte desta nossa civilização.
Tem piedade das almas que o pecado tornou egoístas e jazem incapazes de levantar o coração para te dizer "Mãe nossa" e para dizer ao teu Filho: "Aqui estamos!"
Move-as - e move-nos - para que nos decidamos a seguir Jesus pelo caminho estreito da abnegação, que devemos percorrer ainda que requeira esforço.
Recorda-nos que a Cruz do Senhor não é pesada, porque o nosso Cireneu é Ele, Jesus, que a leva conosco e que morreu pela nossa salvação.
Mãe nossa, ajuda-nos!
Estas chaves te permitirão compreender o “terceiro segredo” de Fátima
REDAÇÃO CENTRAL, 12/05/2020 (ACI).- As aparições da Virgem de Fátima são conhecidas pelo “segredo” – dividido em três partes – que foi divulgado à humanidade.
Dessas três partes, a mais famosa é a terceira, conhecida normalmente como o “terceiro segredo” e mantida de maneira confidencial no Vaticano até o ano 2000, quando São João Paulo II decidiu publicá-lo ao mundo inteiro.
A seguir, apresentamos 8 chaves para compreender este “terceiro segredo”:
1. Qual é a terceira parte do segredo ou “terceiro segredo”?
Isto é o que Irmã Lúcia escreveu:
“Depois das duas partes que já expus, vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora um pouco mais alto um Anjo com uma espada de fogo em a mão esquerda; ao cintilar, despedia chamas que parecia que iam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contato do brilho que da mão direita expedia Nossa Senhora ao seu encontro: O Anjo apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: Penitência, Penitência, Penitência! E vimos numa luz imensa que é Deus: ‘algo semelhante a como se veem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante’ um Bispo vestido de Branco ‘tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre’. Vários outros Bispos, Sacerdotes, religiosos e religiosas subiam uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande Cruz de troncos toscos como se fora de sobreiro com a casca; o Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas, e meio trêmulo com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho; chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande Cruz foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam vários tiros e setas, e assim mesmo foram morrendo uns após outro os Bispos Sacerdotes, religiosos e religiosas e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de várias classes e posições. Sob os dois braços da Cruz estavam dois Anjos cada um com um regador de cristal em mão, neles recolhiam o sangue dos Mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus”.
2. A que se refere o segredo?
Em uma carta escrita no dia 12 maio de 1982 dirigida a São João Paulo II, Irmã Lúcia escreveu:
“A terceira parte do segredo é uma revelação simbólica, que se refere a este trecho da Mensagem, condicionada ao facto de aceitarmos ou não o que a Mensagem nos pede: ‘Se atenderem a meus pedidos, a Rússia converter-se-á e terão paz; se não, espalhará os seus erros pelo mundo, causando guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá que sofrer muito, várias nações serão aniquiladas’”.
Em termos gerais, a terceira parte do segredo se refere ao conflito do século XX entre a Igreja e a Rússia comunista.
3. O que simboliza o anjo com a espada de fogo?
O anjo com a espada de fogo representa o julgamento que cairia sobre o mundo se não fosse pela intercessão de Maria (que irradia a luz que detém a espada de fogo).
Durante muitos anos houve rumores de que a terceira parte do segredo era acerca da possibilidade de uma guerra nuclear. Se há algo no texto que sugere isto, é o fogo da espada que a Irmã Lúcia descreveu como algo que “deixaria o mundo em chamas”.
Na Escritura, o fogo pode ser uma imagem de julgamento ou de conflito em geral. Em seu comentário sobre a espada de fogo sustentada pelo anjo, o Cardeal Ratzinger parece fazer menção a uma guerra nuclear:
“A possibilidade que este acabe reduzido a cinzas num mar de chamas, hoje já não aparece de forma alguma como pura fantasia: o próprio homem preparou, com suas invenções, a espada de fogo”. (Comentário Teológico)
Durante a consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria em 1984, a segunda prece de São João Paulo II foi:
“Da incalculável autodestruição, de todo tipo de guerra, livrai-nos”. (Cardeal Angelo Sodano)
4. O que representa o bispo vestido de branco e sua viagem?
O terceiro segredo revela que os videntes, logo depois de ver uma imensa luz proveniente de Deus, tiveram “o pressentimento de ver o Papa”. Além disso, o Santo Padre junto a outras pessoas subiu uma montanha elevada “em cuja cúpula havia uma grande Cruz de troncos toscos”.
As montanhas são lugares tradicionais onde o homem se encontra com Deus, a difícil escalada de uma montanha significa a perseverança necessária para seguir Deus. A robustez da cruz representada na visão simboliza a intensidade dos sofrimentos de Cristo e quem os compartilha.
A viagem do Papa e seus acompanhantes “através da cidade em ruínas” sugere que a Igreja deverá atravessar a destruição causada pela guerra e que se refere ao sofrimento do Pontífice, pois é incapaz de detê-la. Isto reflete a experiência de muitos Papas do século XX.
5. O que significa a aparente morte do bispo vestido de branco?
Isto parece fazer referência à tentativa de assassinato de São João Paulo II, no dia 13 de maio de 1981, no aniversário da primeira aparição da Virgem da Fátima.
Isto demonstra que ele, do mesmo modo que muitos outros membros da Igreja, deve enfrentar a possibilidade do martírio durante o conflito entre a Igreja e o comunismo russo.
Os críticos da interpretação dada pela Santa Sé apontam o fato de que São João Paulo II não morreu. Para isto, há duas respostas:
(1) Se na visão de Lúcia tinham atirado no Papa e ele caiu por terra, ela pode ter pensado que foi assassinado, mas na verdade somente tinha sido gravemente ferido.
(2) A intercessão de Maria mudou o que podia ter acontecido. Depois de ler o terceiro segredo, São João Paulo II atribuiu sua sobrevivência à Maria. O então Cardeal Ratzinger comentou a respeito o seguinte:
“Que uma ‘mão materna’ tenha desviado a bala mortal mostra uma vez mais que não existe um destino imutável, que a fé e a oração são poderosas, que podem influir na história e, que ao final, a oração é mais forte que as balas, a fé mais potente que as divisões”.
6. O que quer dizer que os anjos carregam uma jarra de cristal na mão?
Os anjos que “recolhiam o sangue dos mártires e regavam com ela as almas que se aproximavam de Deus” são um poderoso símbolo da salvação e ensinam a importância do seu sangue. “Padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo” (Col 1,24).
O Cardeal Ratzinger assinalou:
“A visão da terceira parte do ‘segredo’, tão angustiante nesse então, foi finalizada, pois, com uma imagem de esperança: nenhum sofrimento acontece em vão e, precisamente, uma Igreja que sofre, uma Igreja de mártires, se converte em sinal orientador a fim de que o homem saia em busca de Deus”.
7. O Vaticano já revelou todo o segredo?
Apesar de alguns afirmarem o contrário, o Vaticano revelou todo o segredo. Em seu comentário teológico, Bento XVI o assinala duas vezes:
(1) “Quem lê com atenção o texto do chamado terceiro ‘segredo’ de Fátima, que depois de longo tempo, por disposição do Santo Padre, é aqui publicado integralmente, ficará presumivelmente desiludido ou maravilhado depois de todas as especulações que foram feitas. Não é revelado nenhum grande mistério; o véu do futuro não é rasgado. Vemos a Igreja dos mártires deste século que está para findar, representada através de uma cena descrita numa linguagem simbólica de difícil decifração”.
(2) “Chegamos assim, finalmente, à terceira parte do ‘segredo’ de Fátima publicado integralmente aqui pela primeira vez”.
8. Existem outras interpretações possíveis do “terceiro segredo”?
Como a Santa Sé não definiu infalivelmente a matéria, são possíveis outras interpretações. Mas isto não significa que outras interpretações sejam racionais, sobretudo se forem separadas das linhas principais da interpretação dada pela Santa Sé.
A própria Irmã Lúcia indicou que estava de acordo com a interpretação oferecida pelo Vaticano:
Irmã Lúcia esteve de acordo na interpretação segundo a qual a terceira parte do segredo consiste em uma visão profética comparável às da história sagrada. Reiterou sua convicção de que a visão de Fátima se refere especialmente à luta do comunismo ateu contra a Igreja e os cristãos, e descreve o imenso sofrimento das vítimas da fé no século XX. (Cardeal Tarcísio Bertone)
Texto publicado originalmente no jornal católico norte-americano National Catholic Register.
Papa reza pelos enfermeiros, exemplo de heroísmo na luta contra o coronavírus
Vaticano, 12/05/2020 (ACI).- Por ocasião do Dia do Enfermeiro, que se comemora nesta terça-feira, 12 de maio, o Papa Francisco ofereceu a Missa celebrada na Casa Santa Marta pelos enfermeiros que, neste período da pandemia de coronavírus, “deram um exemplo de heroísmo e alguns perderam a vida".
“Rezemos hoje pelos enfermeiros e enfermeiras, homens, mulheres, rapazes e moças que exercem esta profissão, que mais do que uma profissão, é uma vocação, uma dedicação. Que o Senhor os abençoe”, disse o Papa Francisco.
Desde o início da pandemia, o Santo Padre ofereceu a Missa celebrada em Santa Marta em várias ocasiões pelos agentes de saúde que enfrentam a COVID-19.
Assim, nesses meses, pediu para rezar pelas pessoas que servem os deficientes, sobretudo por aqueles que contraíram a doença causada pelo coronavírus.
Também pediu oração pelos farmacêuticos, "que trabalham muito para ajudar os doentes a sair da doença".
Do mesmo modo, pediu pelos médicos "que estão no limite do trabalho" frente às dimensões da pandemia que colapsou as estruturas de saúde de muitos países. "Estão dando inclusive a própria vida para ajudar os doentes”, destacou o Papa.
Confira também:
Embaixadora dos EUA junto à Santa Sé elogia ajuda humanitária de instituições religiosas https://t.co/psrTFHFuRZ
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Frente à paz estéril do mundo, Papa celebra a plenitude da paz do Senhor
Vaticano, 12/05/2020 (ACI).- Durante a Missa celebrada na Casa Santa Marta nesta terça-feira, 12 de maio, o Papa Francisco contrapôs a paz do mundo à paz do Senhor. Enquanto a paz do mundo é uma paz narcisista, que visa apenas a si mesmo e que é provisória e estéril, a paz do Senhor é gratuita e permite começar a viver o céu.
Em sua homilia, o Santo Padre explicou que “antes de partir, o Senhor saúda os seus e concede o dom da paz, a paz do Senhor: ‘Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá’. Não é uma questão de paz universal, essa paz sem guerra que todos queremos que haja sempre, mas paz de coração, paz de alma, paz que cada um de nós tem dentro de si”.
No Evangelho, o Senhor enfatiza que não dá paz como o mundo. Então, o Papa se perguntou: “Como dá a paz o mundo e como a dá o Senhor? Serão pazes diferentes? Sim, são. O mundo dá-te paz interior, estamos a falar disto, da paz da tua vida, deste viver com o coração em paz. Dá-te paz interior como uma tua posse, como algo que é teu e te isola dos outros, mantém-te em ti mesmo, é uma aquisição tua: eu tenho paz. E sem perceber, fechas-te nesta paz”.
“É uma paz para ti, para cada um; é uma paz sozinha, é uma paz que te deixa calmo, até feliz. E nesta tranquilidade, nesta felicidade, põe-te a dormir um pouco, anestesia-te e faz-te ficar contigo mesmo numa certa tranquilidade. É um pouco egoísta: paz para mim, fechado dentro de mim. É assim que o mundo a dá. É uma paz dispendiosa porque temos de mudar constantemente os instrumentos da paz: quando uma coisa te entusiasma dá-te paz, depois acaba e tens de encontrar outra... É dispendiosa porque é provisória e estéril“.
Em vez disso, “a paz que Jesus dá é algo mais. É uma paz que vos põe em movimento: não vos isola, põe-vos em movimento, faz-vos ir ter com os outros, cria comunidade, cria comunicação. A paz do mundo é dispendiosa, a paz de Jesus é gratuita, é grátis; é um dom do Senhor: a paz do Senhor. É fecunda, leva-nos sempre em frente”.
“A paz do Senhor é aberta, para onde Ele foi, aberta para o Céu, aberta para o Paraíso. É uma paz fecunda que se abre e também leva outros contigo para o Paraíso”, reforçou Francisco.
Por isso, o Papa convidou “a refletir um pouco: qual é a minha paz, onde encontro a paz? Nas coisas, no bem-estar, nas viagens - mas agora, hoje, não se pode viajar - nos bens, em muitas coisas, ou será que encontro a paz como um dom do Senhor? É preciso pagar pela paz, ou recebo-a gratuitamente do Senhor? Como é a minha paz?”.
“Quando me falta alguma coisa, fico zangado? Esta não é a paz do Senhor. Esta é uma das provas. Estou tranquilo na minha paz, adormeço? Não é do Senhor. Estou em paz e quero comunicá-la aos outros e levar algo em frente? Esta é a paz do Senhor!".
“Mesmo em tempos negativos e difíceis, esta paz permanece em mim? É do Senhor. E a paz do Senhor é fecunda também para mim, porque é cheia de esperança, isto é, olha para o Céu".
“Esta paz que Jesus nos dá, é uma paz para agora e para o futuro. É começar a viver o Céu, com a fecundidade do Céu. Não se trata de anestesia. A outra, sim: anestesia-te com as coisas do mundo e quando a dose desta anestesia acaba, procuras outra paz, outra, e outra... Esta é uma paz definitiva, fecunda e até contagiosa. Não é narcisista, porque olha sempre para o Senhor. A outra faz com que olhes para ti, é um pouco narcisista".
O Papa Francisco concluiu sua homilia pedindo "que o Senhor nos conceda esta paz cheia de esperança, que nos torna fecundos, que nos torna comunicativos com os outros, que cria comunidade e que olha sempre para a paz definitiva do Paraíso".
Evangelho comentado pelo Papa Francisco:
João 14, 27-31a
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
27Deixo-vos a paz,
a minha paz vos dou;
mas não a dou como o mundo.
Não se perturbe nem se intimide o vosso coração.
28Ouvistes que eu vos disse:
'Vou, mas voltarei a vós'.
Se me amásseis,
ficaríeis alegres porque vou para o Pai,
pois o Pai é maior do que eu.
29Disse-vos isto, agora, antes que aconteça,
para que, quando acontecer,
vós acrediteis.
30Já não falarei muito convosco,
pois o chefe deste mundo vem.
Ele não tem poder sobre mim,
31mas, para que o mundo reconheça que eu amo o Pai,
eu procedo conforme o Pai me ordenou.
Confira também:
Papa reza pelos enfermeiros, exemplo de heroísmo na luta contra o coronavírus https://t.co/Zm8QZ8baiv
— ACI Digital (@acidigital) May 12, 2020
Mensagem do Papa Francisco pelo Dia Internacional do Enfermeiro
Vaticano, 12/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco assinou hoje, 12 de maio, uma mensagem pelo Dia Internacional do Enfermeiro, por ocasião do Ano Internacional dos Profissionais de Enfermagem e Obstetrícia convocado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Neste momento histórico, marcado pela emergência sanitária mundial provocada pela pandemia do vírus Covid-19, redescobrimos o papel de importância fundamental que desempenha a pessoa do enfermeiro, como também a da obstetra. Diariamente assistimos ao testemunho de coragem e sacrifício dos profissionais de saúde, nomeadamente enfermeiras e enfermeiros, que, com profissionalismo, abnegação, sentido de responsabilidade e amor ao próximo, prestam assistência às pessoas afetadas pelo vírus, com risco da própria saúde”, indicou.
A seguir, a íntegra da mensagem do Papa Francisco:
Queridos irmãos e irmãs!
Celebramos hoje o Dia Internacional do Enfermeiro, no contexto do Ano Internacional dos Profissionais de Enfermagem e Obstetrícia, proclamado pela Organização Mundial da Saúde. Neste mesmo dia, recordamos também o bicentenário do nascimento de Florence Nightingale, que deu início à enfermagem moderna.
Neste momento histórico, marcado pela emergência sanitária mundial provocada pela pandemia do vírus Covid-19, redescobrimos o papel de importância fundamental que desempenha a pessoa do enfermeiro, como também a da obstetra. Diariamente assistimos ao testemunho de coragem e sacrifício dos profissionais de saúde, nomeadamente enfermeiras e enfermeiros, que, com profissionalismo, abnegação, sentido de responsabilidade e amor ao próximo, prestam assistência às pessoas afetadas pelo vírus, com risco da própria saúde. Prova disso mesmo é o alto número de profissionais de saúde que, infelizmente, morreram no fiel cumprimento do seu serviço. Rezo por eles – o Senhor conhece-os por nome um a um – e por todas as vítimas desta epidemia. O Senhor ressuscitado conceda a cada um a luz do Paraíso e, às suas famílias, o conforto da fé.
Os enfermeiros sempre tiveram papel central na assistência sanitária. No contato diário com os doentes, fazem experiência do trauma que o sofrimento provoca na vida duma pessoa. São homens e mulheres que optaram por dizer «sim» a uma vocação específica: ser bons samaritanos que se ocupam da vida e das feridas do próximo. Guardiões e servidores da vida, ao mesmo tempo que ministram as terapias necessárias, infundem coragem, esperança e confiança.
Queridas enfermeiras, queridos enfermeiros, a responsabilidade moral guie o vosso profissionalismo, que não se há de limitar aos conhecimentos técnico-científicos, mas aparecer constantemente iluminado pela relação humana e humanizadora com o doente. «Ocupando-vos de mulheres e homens, crianças e idosos, em cada fase da sua vida, do nascimento à morte, estais comprometidos numa escuta contínua, destinada a compreender as exigências daquele doente, na fase que está a atravessar. Com efeito, diante da singularidade de cada situação, nunca é suficiente seguir um protocolo, mas é exigido um contínuo – e cansativo! – esforço de discernimento e de atenção a cada pessoa».
Vós, assim como as obstetras, estais junto da pessoa nos momentos cruciais da sua existência – o nascimento e a morte, a doença e a cura –, para a ajudar a superar as situações mais traumáticas. Às vezes encontrais-vos ao lado dela quando está a morrer, oferecendo-lhe conforto e alívio nos últimos momentos. Por esta vossa dedicação, estais entre «os santos de ao pé da porta». Sois imagem daquela Igreja «hospital de campanha» que dá continuidade à missão de Jesus Cristo: Ele aproximou-Se e curou pessoas que sofriam de todo o género de males e ajoelhou-Se a lavar os pés dos seus discípulos. Obrigado por este vosso serviço à humanidade!
Em vários países, a pandemia fez vir à luz também muitas carências a nível da assistência sanitária. Por isso, apelo aos Responsáveis das nações de todo o mundo para que invistam neste bem comum primário que é a saúde, reforçando as estruturas e empregando mais enfermeiros, para se garantir a todos um atendimento adequado, no respeito pela dignidade de cada pessoa. É importante reconhecer, com fatos, o papel essencial que desempenha esta profissão no cuidado dos pacientes, nas atividades territoriais de emergência, na prevenção das doenças, na promoção da saúde, na assistência aos setores familiar, comunitário e escolar.
Os enfermeiros e as enfermeiras, bem como as obstetras, têm direito e merecem ser melhor valorizados e coenvolvidos nos processos que dizem respeito à saúde das pessoas e da comunidade. Está comprovado que investir neles melhora os resultados em termos de assistência e saúde geral. Portanto, é necessário elevar o seu perfil profissional, fornecendo instrumentos adequados para a sua formação a nível científico, humano, psicológico e espiritual, bem como melhorar as suas condições de trabalho e garantir os seus direitos, para que possam desempenhar com toda a dignidade o seu serviço.
Neste sentido, cabe uma função importante às Associações dos profissionais de saúde, que, além de oferecer uma formação orgânica, acompanham individualmente os respectivos aderentes, fazendo-os sentir-se parte dum único corpo e não os deixando jamais perdidos e sozinhos perante os desafios éticos, econômicos e humanos que a profissão comporta.
Agora dirigindo-me de forma particular às obstetras, que prestam assistência às mulheres grávidas e as ajudam a dar à luz os seus filhos, digo: o vosso trabalho conta-se entre os mais nobres que há, consagrado como está diretamente ao serviço da vida e da maternidade. Na Bíblia, quase ao início do livro do Êxodo (cf. 1, 15-21), ficaram imortalizados os nomes de duas parteiras heroicas: Chifra e Pua. Também hoje vos olha com gratidão o Pai celeste.
Queridos enfermeiros, queridas enfermeiras e obstetras, que esta ocorrência coloque no centro a dignidade do vosso trabalho, em benefício da saúde da sociedade inteira. Por vós, pelas vossas famílias e por quantos assistis e cuidais, asseguro a minha oração e, de coração, concedo a Bênção Apostólica.
Roma, em São João de Latrão, 12 de maio de 2020.
Confira também:
Papa reza pelos enfermeiros, exemplo de heroísmo na luta contra o coronavírus https://t.co/Zm8QZ8baiv
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Papa faz homenagem aos profissionais da área de saúde no dia internacional dos enfermeiros
Vaticano, 12/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco homenageou os profissionais de saúde, em particular, destacou o trabalho das enfermeiras, enfermeiros e obstetras que, com seu trabalho, amor, responsabilidade e sacrifício contribuem muito para a sociedade em favor da vida.
Assim indicou o Santo Padre em sua mensagem pelo Dia Internacional do Enfermeiro, por ocasião do Ano Internacional dos Profissionais de Enfermagem e Obstetrícia convocado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), assinada no dia 12 de maio, na Basílica de São João de Latrão, catedral de Roma.
Em sua mensagem, o Papa assinalou que “neste momento histórico, marcado pela emergência sanitária mundial provocada pela pandemia do vírus Covid-19, redescobrimos o papel de importância fundamental que desempenha a pessoa do enfermeiro, como também a da obstetra”.
“Diariamente assistimos ao testemunho de coragem e sacrifício dos profissionais de saúde, nomeadamente enfermeiras e enfermeiros, que, com profissionalismo, abnegação, sentido de responsabilidade e amor ao próximo, prestam assistência às pessoas afetadas pelo vírus, com risco da própria saúde”, advertiu o Pontífice.
Neste sentido, o Papa lamentou “o alto número de profissionais de saúde que, infelizmente, morreram no fiel cumprimento do seu serviço. Rezo por eles – o Senhor conhece-os por nome um a um – e por todas as vítimas desta epidemia. O Senhor ressuscitado conceda a cada um a luz do Paraíso e, às suas famílias, o conforto da fé”.
Papel central da enfermagem
Além disso, o Santo Padre aproveitou para destacar que “os enfermeiros sempre tiveram papel central na assistência sanitária” já que “no contato diário com os doentes, fazem experiência do trauma que o sofrimento provoca na vida duma pessoa. São homens e mulheres que optaram por dizer «sim» a uma vocação específica: ser bons samaritanos que se ocupam da vida e das feridas do próximo. Guardiões e servidores da vida, ao mesmo tempo que ministram as terapias necessárias, infundem coragem, esperança e confiança”.
Por isso, o Pontífice destacou também que “a responsabilidade moral guie o vosso profissionalismo” pois “não se há de limitar aos conhecimentos técnico-científicos, mas aparecer constantemente iluminado pela relação humana e humanizadora com o doente”.
“’Ocupando-vos de mulheres e homens, crianças e idosos, em cada fase da sua vida, do nascimento à morte, estais comprometidos numa escuta contínua, destinada a compreender as exigências daquele doente, na fase que está a atravessar. Com efeito, diante da singularidade de cada situação, nunca é suficiente seguir um protocolo, mas é exigido um contínuo – e cansativo! – esforço de discernimento e de atenção a cada pessoa’”, recordou o Papa ao citar um discurso pronunciado em 2018 a uma audiência concedida aos membros da federação italiana das ordens das profissões de enfermagem (fnopi).
Papel das parteiras e obstetras
Depois, o Papa Francisco dedicou também um reconhecimento especial às parteiras que “estais junto da pessoa nos momentos cruciais da sua existência – o nascimento e a morte, a doença e a cura –, para a ajudar a superar as situações mais traumáticas. Às vezes encontrais-vos ao lado dela quando está a morrer, oferecendo-lhe conforto e alívio nos últimos momentos. Por esta vossa dedicação, estais entre ‘os santos de ao pé da porta’. Sois imagem daquela Igreja «hospital de campanha» que dá continuidade à missão de Jesus Cristo: Ele aproximou-Se e curou pessoas que sofriam de todo o gênero de males e ajoelhou-Se a lavar os pés dos seus discípulos. Obrigado por este vosso serviço à humanidade! ”, concluiu o Papa.
Por último, Francisco reconheceu que a atual pandemia está evidenciando em vários países “muitas carências a nível da assistência sanitária” e lançou uma mensagem aos “responsáveis das nações de todo o mundo para que invistam neste bem comum primário que é a saúde, reforçando as estruturas e empregando mais enfermeiros, para se garantir a todos um atendimento adequado, no respeito pela dignidade de cada pessoa”.
Neste sentido, o Papa afirmou que “é importante reconhecer, com fatos, o papel essencial que desempenha esta profissão no cuidado dos pacientes, nas atividades territoriais de emergência, na prevenção das doenças, na promoção da saúde, na assistência aos setores familiar, comunitário e escolar”, pediu o Pontífice acrescentando que “os enfermeiros e as enfermeiras, bem como as obstetras, têm direito e merecem ser melhor valorizados e coenvolvidos nos processos que dizem respeito à saúde das pessoas e da comunidade. Está comprovado que investir neles melhora os resultados em termos de assistência e saúde geral”.
Deste modo, Francisco indicou que “é necessário elevar o seu perfil profissional, fornecendo instrumentos adequados para a sua formação a nível científico, humano, psicológico e espiritual, bem como melhorar as suas condições de trabalho e garantir os seus direitos, para que possam desempenhar com toda a dignidade o seu serviço”, concluiu o Santo Padre.
“Agora dirigindo-me de forma particular às obstetras, que prestam assistência às mulheres grávidas e as ajudam a dar à luz os seus filhos, digo: o vosso trabalho conta-se entre os mais nobres que há, consagrado como está diretamente ao serviço da vida e da maternidade. Na Bíblia, quase ao início do livro do Êxodo (cf. 1, 15-21), ficaram imortalizados os nomes de duas parteiras heroicas: Chifra e Pua. Também hoje vos olha com gratidão o Pai celeste”, concluiu o Papa em sua mensagem aos enfermeiros e obstetras, para quem assegurou a sua oração e concedeu a Bênção Apostólica.
Confira também:
Mensagem do Papa Francisco pelo Dia Internacional do Enfermeiro https://t.co/5JxVLORzxs
— ACI Digital (@acidigital) May 12, 2020
59 países assinam declaração conjunta para promover o aborto em meio à pandemia
REDAÇÃO CENTRAL, 12/05/2020 (ACI).- Na semana passada, 59 países assinaram uma declaração conjunta para a "proteção da saúde e direitos sexuais e reprodutivos" (um eufemismo que oculta a contracepção e o aborto) e a promoção da "sensibilidade de gênero" em resposta à pandemia de coronavírus.
“Como nossa rede de suprimentos nacional e internacional está sendo afetada por essa pandemia, comprometemo-nos a fornecer produtos de saúde reprodutiva a todas as mulheres e meninas em idade reprodutiva. E pedimos aos governos de todo o mundo que garantam acesso total e desimpedido a todos os serviços de saúde sexual e reprodutiva para todas as mulheres e meninas”, diz a declaração divulgada em 6 de maio e que pode ser encontrado em vários sites governamentais como Ministério de Assuntos Exteriores da França; em seu homólogo no Canadá, o Global Affairs Canada, entre outros.
O texto, assinado por 39 ministros das Relações Exteriores em nome do "povo e governos de 59 nações", intitula-se "Joint statement on Protecting Sexual and Reproductive Health and Rights and Promoting Gender-responsiveness in the COVID-19 crisis".
Entre os países latino-americanos que assinaram o documento estão Argentina, Bolívia, Costa Rica, Equador, México, Uruguai e Peru. Por coincidência, neste último país, na semana passada, vários líderes e médicos pró-vida denunciaram que o Ministro da Saúde, Víctor Zamora, aproveitou a crise do coronavírus para promover o aborto através da diretiva de saúde 094-MINSA / 2020 / DGIESP, com a qual o aborto é permitido quando a mãe tem coronavírus.
A declaração conjunta também afirma que, diante da “ameaça sem precedentes” da pandemia de coronavírus, originada em Wuhan, China, “é necessária solidariedade e cooperação entre todos os governos, cientistas, atores da sociedade civil e setor privado”.
Portanto, “o financiamento da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos deve continuar sendo uma prioridade para evitar o aumento da mortalidade materna e neonatal, uma maior necessidade insatisfeita de contracepção e um maior número de abortos inseguros e infecções sexualmente transmissíveis”, continua.
Em seguida, enfatiza novamente que "as necessidades de saúde sexual e reprodutiva, incluindo serviços de apoio psicossocial e proteção contra a violência de gênero, devem ser priorizadas para garantir a continuidade".
No final da declaração, informa-se que os países signatários acolhem com beneplácito "os esforços multilaterais" das Nações Unidas (ONU), incluindo o UNFPA e ONU Mulheres, a OMS, o Banco Mundial e o FMI "para uma resposta coerente e global para a COVID-19".
Sobre o ponto anterior, recentemente, o Centro para a Família e os Direitos Humanos (C-Fam), um grupo de defesa com sede nos Estados Unidos, publicou um artigo no qual denunciou dois projetos de resolução da ONU sobre a COVID-19 e mulheres.
"Ambas as resoluções baseiam-se em um relatório de política do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, publicado pouco antes da Páscoa sobre 'O impacto da COVID-19 nas mulheres'. O relatório visa designar uma lista de políticas prioritárias para proteger as mulheres da pandemia, incluindo ‘serviços de saúde sexual e reprodutiva’", denunciou a C-Fam.
O grupo de defesa enfatizou que "o termo 'saúde sexual e reprodutiva' é amplamente usado para agrupar o aborto, junto com políticas de saúde e planejamento materno e saúde materna mais amplamente aceitos"; e informou que o Governo dos Estados Unidos "encabeçou esforços para eliminar o termo na política da ONU e usar terminologia menos ambígua".
C-Fam também destaca que, antes que a COVID-19 fosse declarada uma pandemia, "as agências da ONU promoviam o aborto como um serviço essencial que não deveria ser interrompido nas respostas à saúde".
“Prestou-se ainda mais atenção e recursos à 'saúde sexual e reprodutiva' no apelo do Secretário-Geral da ONU ao sistema da ONU para a pandemia, que também tornou o aborto parte da resposta da ONU, ao incorporar um manual que o qualifica como um direito humano”, acrescenta.
Finalmente, C-Fam destacou que o Comitê para a Eliminação da Discriminação contra as Mulheres (CEDAW), um painel de direitos humanos da ONU "também emitiu sua própria orientação sobre a COVID-19, que exige que os países forneçam acesso confidencial a informações sobre saúde sexual e reprodutiva como formas modernas de contracepção, serviços de aborto seguro e serviços pós-aborto” durante a pandemia.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Papa e Patriarca Copta renovam promessa de oração recíproca durante COVID-19
Vaticano, 12/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco telefonou para o Patriarca Copta Ortodoxo do Egito, Tawadros II, em 10 de maio, para renovar a promessa de oração diária recíproca que, no atual contexto da pandemia de coronavírus, é mais necessária do que nunca.
A ligação do Romano Pontífice ao Patriarca dos coptas ortodoxos, com quem tem uma amizade profunda, ocorreu para comemorar a visita que o Papa Paulo VI realizou ao Patriarca Shenouda III, em 1973.
Essa visita foi a primeira que um Pontífice realizou ao Patriarca copta e foi um evento histórico no processo de diálogo ecumênico. Para relembrar esse evento, em 2013, durante uma visita de Tawadros II ao Vaticano, instituiu-se o dia 10 de maio como o Dia do Amor Fraterno entre coptas e católicos.
Durante a ligação, segundo a agência vaticana Fides, o Papa Francisco expressou sua proximidade à Igreja Copta, ao Egito e aos egípcios. Os dois líderes religiosos analisaram a atual situação de emergência de saúde e rezaram juntos pedindo a Deus que tenha misericórdia da Igreja, dos crentes e do mundo inteiro.
Eles também falaram sobre a necessidade de encontrar uma data comum a todos os cristãos, para que católicos, ortodoxos, luteranos e outras confissões possam celebrar a Páscoa juntos, que atualmente se comemora em datas diferentes, em função de cada rito.
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Santuário enche seus bancos com 500 cestas básicas para famílias mais necessitadas
WASHINGTON DC, 12/05/2020 (ACI).- Os bancos do Santuário do Sagrado Coração, em Washington (Estados Unidos), estão cheios novamente, não com os fiéis, mas com 500 cestas de alimentos para distribuir às famílias mais necessitadas da paróquia.
Sacred Heart, a predominantly immigrant Catholic Church on 16th Street in DC, preparing 500 food baskets for parish families who have fallen on hard times. The church has been shut down since March but it’s putting its pews to good use! pic.twitter.com/2NmsAufWVb
— Alex Taliadoros (@AlexCTaliadoros) May 10, 2020
Através das redes sociais, a história da igreja católica localizada na 16th Street se tornou popular, onde se vê como os bancos que antes estavam ocupados pelos fiéis, agora estão cheios de comida para os necessitados.
O Santuário do Sagrado Coração é uma paróquia com grande presença de imigrantes, que oferece Missas em espanhol, inglês e vietnamita para os fiéis.
Embora a igreja esteja fechada desde março, como medida para impedir o avanço do coronavírus, eles não se esqueceram de ajudar os necessitados.
Atualmente, os Estados Unidos têm mais de um milhão de pessoas infectadas com o coronavírus COVID-19 e mais de 76 mil mortes devido à doença, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Como medida para prevenir a propagação do vírus, o governador de Washington, Jay Inslee, declarou quarentena de 23 de março a 4 de maio e o fechamento dos negócios não essenciais.
Segundo assinalou a Arquidiocese de Washington em sua conta no Twitter, esta igreja é uma das várias que cuidam das famílias que passam por momentos de crise devido às medidas tomadas contra o coronavírus.
Pews at parishes all over the #WashArchdiocese have been filling up with donated food to help support those in need during this difficult time, including Sacred Heart in northwest Washington! #ADWParish https://t.co/OzQBtBlajK
— DC Archdiocese (@WashArchdiocese) May 10, 2020
"Os bancos nas paróquias de toda a arquidiocese ficaram cheios de alimentos doados para ajudar os necessitados durante este momento difícil", indicou.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Reitor do Santuário de Fátima convida a colocar velas nas janelas das casas na noite de hoje
FATIMA, 12/05/2020 (ACI).- Pela primeira vez desde sua inauguração, o Santuário de Fátima não contará com peregrinos no seu recinto devido às medidas de contenção da pandemia de Covid-19 em Portugal. Entretanto, Pe. Carlos Cabecinhas, Reitor deste Santuário Mariano, pede aos fiéis que se unam ao evento colocando velas nas janelas de casa, recordando a tradicional “procissão das velinhas” e acompanhando a oração nos canais do Santuário na internet e nas redes sociais.
“Não podemos contar com a vossa presença física, mas gostaríamos de poder contar convosco. Porque não se peregrina só com os pés, mas também com o coração, propomos-vos que façais connosco uma peregrinação pelo coração, em que o caminho não é físico, mas interior”, afirmou o padre Cabecinhas em nota divulgada na página web do Santuário de Fátima, na qual convida os fiéis a acenderem, na noite do dia 12 de maio, a partir das 21h30, uma vela nas janelas de suas casas, repetindo assim um dos gestos mais icónicos das celebrações em Fátima e criando um manto de luz por todo o país.
Tradicionalmente, na noite do dia 12 de maio, véspera do aniversário das Aparições, têm início as celebrações da Solenidade de Nossa Senhora de Fátima com o Lucernário, que congrega milhares de fiéis em torno da Capelinha das Aparições, localizada no pátio do Santuário Mariano português; logo em seguida realiza-se a oração do Rosário com os fiéis e tem lugar a conhecida Procissão das Velas seguindo a imagem da Virgem de Fátima. Após a Missa do dia 13, as celebrações terminam com a tradicional “procissão do adeus”.
“Neste maio, o Santuário de Fátima é do tamanho do mundo. Celebraremos, em festa, a primeira Aparição de Nossa Senhora neste lugar, a onde veio para deixar uma mensagem de esperança, num tempo que também era marcado por tantas tribulações. <
O Santuário indicou ainda que as celebrações destes dias 12 e 13 de maio decorrerão no Recinto de Oração, o qual estará fechado ao público “devido às regras sanitárias definidas pelo Governo no contexto da declaração do Estado de Calamidade pública, em articulação com a Conferência Episcopal Portuguesa e que impedem as celebrações religiosas com a presença de fiéis”.
Entretanto, os fiéis poderão acompanhar os eventos em tempo real no canal do youtube do Santuário, no site oficial http://www.fatima.pt ou na página do Santuário no Facebook (@SantuarioFatima).
O tema da Peregrinação Internacional deste maio é o convite a “Dar graças por viver em Deus” e evoca a primeira aparição de Nossa Senhora aos Pastorinhos ao 13 de maio de 1917.Já no dia 13, "a habitual oração do Rosário começa às 9h00, na Capelinha das Aparições e às 10h00 será celebrada a Missa da Solenidade de Nossa Senhora de Fátima, presidida pelo cardeal D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima”, informa também o Santuário.
As missas com a participação do público em todo Portugal devem ser retomadas a partir do dia 30 e 31 de maio, observando normas de cuidado estipuladas pela Conferência Episcopal Portuguesa com o fim de seguir combatendo o surto de Covid-19 que até o momento cobrou a vida de 1163 pessoas no país.
Para assistir através do Youtube à tradicional Procissão das Velas e acompanhar a oração do Rosário, acesse: https://www.youtube.com/channel/UCOAjX8pc2fY1S5AqsXvZywg/featured
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Bispos consagram Igreja Católica em Portugal ao Sagrado Coração de Jesus https://t.co/BebKmeEy9u
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Seis sacerdotes jesuítas faleceram na mesma casa por coronavírus
FILADELFIA, 12/05/2020 (ACI).- Seis sacerdotes do centro de saúde Manresa Hall, na Filadélfia (Estados Unidos), morreram de coronavírus em catorze dias.
De acordo com the New York Post, de 14 a 28 de abril, seis dos 17 sacerdotes que estavam na enfermaria da instalação, onde são atendidos os casos mais delicados da residência, morreram de COVID-19 em hospitais locais.
Em 17 de abril, o centro, localizado perto do campus da Universidade St. Joseph, foi evacuado porque todos os sacerdotes que moram na casa testaram positivo ao vírus.
Em declarações dos jesuítas aos meios locais, indicaram que o priomeiro consagrado a falecer foi o Pe. Richard Dimler, de 88 anos.
Pe. Dimler nasceu em Baltimore, mas se mudou para Nova York, onde por 34 anos ensinou alemão e informática na Universidade Fordham.
No dia em que evacuaram a residência, faleceram com poucas horas de diferença os sacerdotes Pe. Francis Moan e Pe. John Lange, ambos com 93 anos.
Pe. Moan foi diretor da escola preparatória Loyola Blakefield para Crianças em Maryland e o Pe. Lange foi ministro da Universidade de Scranton.
Pe. Edward Dougherty, de 79 anos, foi o último sacerdote a falecer.
"Passou a maior parte de sua carreira em Maryland e na África do Sul antes de se mudar para Manresa Hall, no início deste ano", indicou The New York Post.
O porta-voz dos jesuítas, Mike Gabriele, indicou que, em 25 de abril, o Centro Manresa Hall reabriu suas portas e que "neste momento todos os homens estão em boas condições".
"Todos os casos suspeitos de COVID-19 estão sendo monitorados e gerenciados adequadamente em todas as comunidades jesuítas", enfatizou.
Gabriele acrescentou que os funcionários e os moradores estão utilizando os equipamentos de segurança necessários para evitar os contágios.
"Os jesuítas lamentam a perda de seus irmãos e continuam rezando por todos aqueles que lutam contra o coronavírus e seus cuidadores", concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Jovem franciscano que atendia dependentes químicos no Brasil falece vítima da Covid 19
REDAÇÃO CENTRAL, 12/05/2020 (ACI).- A Diocese de Rio Preto (SP), comunicou a morte de um religioso franciscano de 36 anos devido à Covid-19. Frei Bruno era membro da Associação e Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus de Jaci (SP) e atendia cerca de 80 pessoas em situação de rua e em recuperação da dependência química.
Segundo informou o portal de notícias G1 neste domingo, 10, “o frei foi enterrado na manhã deste domingo (10), em Jaci (SP), em uma cerimônia restrita com apenas 10 frades, seguindo os protocolos por conta da pandemia de coronavírus”.
Frei Bruno foi batizado com o nome de Paulo Fernando de Campos Meneses, e apresentou os primeiros sintomas no dia 23 de abril. De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital de Base de Rio Preto, o noviço deu entrada no hospital no dia 27 de abril e morreu no sábado, 9 de maio. Por conta das comorbidades que sofria o frade o tratamento da Covid-19 resultou na necessidade de hemodiálise e seu organismo não respondeu às medicações.
"A Fraternidade lamenta o falecimento de um irmão. O nosso trabalho é sempre estar a serviço da vida. A Fraternidade segue o seu enfrentamento nesse momento de pandemia, acolhendo e cuidando dos mais necessitados", disse entidade em nota divulgada nas redes sociais.
A Casa do Cirineu, onde o jovem frade atendia os necessitados, está localizada numa propriedade rural que agora se encontra fechada e será feito um mutirão com a ajuda do Corpo de Bombeiros para a desinfecção. Todos residentes foram testados, 31 tiveram resultado positivo para o coronavírus e estão em quarentena na Casa de Retiro São Benedito. Estão assintomáticos e sendo monitorados por médicos e enfermeiros. Os outros 49 residentes foram levados para o Lar São Francisco, que é uma Casa de Recuperação de Dependentes Químicos.
Por conta da pandemia, a entidade não está abrindo vagas para novos atendimentos. Segundo o departamento de comunicação da associação franciscana, outro religioso também foi diagnosticado com Covid 19. Ele foi hospitalizado, mas sem gravidade e já se recupera em isolamento em casa. Nenhum funcionário foi infectado.
Frei Bruno foi o primeiro religioso da Diocese de Rio Preto (SP) a falecer por conta da Covid-19, a enfermidade causada pelo novo coronavírus que já levou a óbito 11.701 brasileiros até o fechamento desta edição.
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Dom Odilo recebe chamada do Papa Francisco e transmite a bênção do Pontífice frente à pandemia de Covid-19 https://t.co/wcAkNd9EmG
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Papa expressa pesar pelo falecimento de cardeal italiano
Vaticano, 12/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco expressou seu pesar pela morte do Cardeal Renato Corti, Arcebispo Emérito de Novara (Itália), na manhã desta terça-feira, 12 de maio, aos 84 anos de idade.
O Papa enviou um telegrama de condolências ao atual Bispo de Novara, Dom Franco Giulio Brambilla, no qual expressou sua proximidade com a comunidade diocesana "pensando com afeto e admiração neste irmão que serviu o Senhor Jesus e a Igreja com dedicação exemplar e delicadeza de espírito”.
“Penso com gratidão no intenso ministério espiritual e pastoral realizado com esforços inexauríveis, inclusive entregando-se pelo Evangelho, primeiro na arquidiocese nativa de Milão, em particular na formação de seminaristas e sacerdotes e como vigário geral. E depois, ao longo dos anos, como pastor manso e sábio desta igreja de Novara”,
O Pontífice assinalou que "penso também no seu genuíno amor pela missão e pelo ministério da pregação que exerceu com grande generosidade, animado em todo momento pelo desejo apaixonado de comunicar o Evangelho de Cristo”.
O Cardeal Corti nasceu em Galbiate (Itália), em 1º de março de 1936, no território da Arquidiocese de Milão. Depois de terminar seus estudos básicos, entrou no Seminário Menor Diocesano aos 11 anos de idade, em 1947.
A partir de então, fez todos os estudos necessários até receber a ordenação sacerdotal em 28 de junho de 1959.
Após sua ordenação, serviu como vigário pastoral no oratório de Caronno Pertusella até 1967, quando iniciou seu trabalho como educador na escola católica do Colégio Rotondi, em Gorla Minore, na província de Varese.
Em 1969, foi nomeado diretor espiritual do Seminário Teológico de Milão, com sede em Saronno, e em 1978, reitor do biênio teológico e do ano propedêutico.
Em setembro de 1980, foi nomeado vigário geral da arquidiocese de Milão e, em 30 de abril de 1981, foi ordenado bispo auxiliar de Milão por João Paulo II, que lhe designou a Igreja titular de Zallata. Em 6 de junho daquele ano, recebeu ordenação episcopal.
Em 19 de dezembro de 1990, foi transferido para a sede episcopal de Novara e assumiu o cargo em 3 de março de 1991. De 2005 a 2015, foi vice-presidente da Conferência Episcopal Italiana.
Em fevereiro de 2005, o Papa João Paulo II pediu que ele pregasse os exercícios espirituais da Quaresma para a Cúria Romana. Além disso, em 2015, foi encarregado de escrever as meditações para a Via-Sacra da Sexta-feira Santa presidida pelo Papa Francisco no Coliseu.
Em 24 de novembro de 2011, renunciou ao cargo de Bispo de Novara ao atingir o limite de idade. Em 19 de novembro de 2016, foi criado Cardeal pelo Papa Francisco com o título de São João em Porta Latina.
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Papa Francisco celebrará Missa na capela do túmulo de São João Paulo II
Vaticano, 12/05/2020 (ACI).- O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, confirmou que o Papa Francisco celebrará uma Missa na capela do túmulo de São João Paulo II, em 18 de maio, por ocasião dos cem anos do nascimento do Papa polonês.
"Confirmo que no dia 18 de maio, em memória do centenário do nascimento de São João Paulo II, o Santo Padre celebrará a missa da manhã, ao vivo, às 7 horas, na capela do túmulo do Santo na Basílica vaticana", assinalou Bruni em um comunicado divulgado nesta terça-feira, 12 de maio.
Em sua declaração, Bruni lembrou que, em 18 de maio, será retomada a celebração da Missa com a participação dos fiéis na Itália. "Por este motivo, a partir do dia seguinte, 19 de maio, cessará a transmissão ao vivo das missas da manhã da Casa Santa Marta", indicou.
Da mesma forma, como teve a ocasião de afirmar nos últimos dias, “o Papa espera que o Povo de Deus possa assim voltar à familiaridade comunitária com o Senhor nos sacramentos, participando na liturgia dominical, e retomando também nas igrejas a frequentação diária do Senhor e da Sua Palavra”, assinalou Bruni.
Confira também:
Frente à paz estéril do mundo, Papa celebra a plenitude da paz do Senhor https://t.co/CgiumOcvpQ
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