Vidente de Fátima: O Rosário é a arma dos últimos tempos
REDAÇÃO CENTRAL, 11/05/2020 (ACI).- Em 26 de dezembro de 1957, Padre Agostinho Fuentes, que foi postulador da causa de beatificação de Francisco e Jacinta Marto, entrevistou a vidente das aparições de Fátima, Irmã Lúcia dos Santos, que assegurou que “o Rosário é a arma de combate das batalhas espirituais dos últimos tempos”.
Esta entrevista, à qual também assistiram alguns membros do alto clero, aconteceu no Convento das Religiosas Carmelitas Descalças de Santa Teresa, em Coimbra (Portugal).
Ali Irmã Lúcia manifestou que a Santíssima Virgem disse, tanto a seus primos como a ela, que dois eram os últimos remédios que deus dava ao mundo: o Santo Rosário e o Imaculado Coração de Maria.
A religiosa, que faleceu em 2005, destacou que com o Santo Rosário nos salvaremos, nos santificaremos, consolaremos Nosso Senhor e obteremos a salvação de muitas almas.
“Por isso, o demônio fará todo o possível para nos distrair desta devoção; nos colocará muitos pretextos: cansaço, ocupações etc., para que não rezemos o Santo Rosário”, advertiu.
Neste sentido, ressaltou que o programa de salvação é brevíssimo e fácil, porque com o Santo Rosário “praticaremos os Santos Mandamentos, aproveitaremos a frequência dos Sacramentos, procuraremos cumprir perfeitamente nossos deveres de estado e fazer o que Deus quer de cada um de nós”.
“Não há problema por mais difícil que seja: seja temporal e, sobretudo, espiritual; seja referente à vida pessoal de cada um de nós ou à vida de nossas famílias, do mundo ou comunidades religiosas, ou à vida dos povos e nações; não há problema, repito, por mais difícil que seja, que não possamos resolver agora com a oração do Santo Rosário”, enfatizou a religiosa.
São João Paulo II consagrou a Rússia ao Imaculado Coração de Maria?
REDAÇÃO CENTRAL, 11/05/2020 (ACI).- Depois de ler a terceira parte do segredo de Fátima, São João Paulo II decidiu viajar a Portugal no dia 13 de maio de 1982 e consagrar não só a Rússia, mas também o mundo inteiro ao Imaculado Coração de Maria.
Este ato, entretanto, não satisfez a consagração solicitada pela Virgem Maria – pois também deviam participar os bispos de todo o mundo. Portanto, “em 25 de março de 1984, na Praça de São Pedro, recordando o mandato pronunciado por Maria, o Santo Padre em união espiritual com os bispos do mundo, confiou todos os homens e mulheres e todos os povos ao Imaculado Coração de Maria”. (Cardeal Tarcísio Bertone)
“A Irmã Lúcia confirmou pessoalmente que este ato solene e universal de consagração correspondia aos desejos de Nossa Senhora (‘Sim, desde 25 de março de 1984’: carta de 8 de novembro de 1989). Portanto, toda discussão, assim como outro pedido ulterior, carece de fundamento”. (Cardeal Tarcísio Bertone)
Fátima e a queda do comunismo russo
O ano de 1917 foi um período agitado para a Rússia. Além de combater na Primeira Guerra Mundial, o país esteve em duas guerras civis conhecidas como a Revolução de Fevereiro e a Revolução de Outubro.
A primeira conduziu à criação de um governo provisório que resultou instável. Depois, nos dias 24 e 25 de outubro, quase duas semanas depois da última aparição da Virgem de Fátima, a segunda revolução teve como consequência a criação da União Soviética.
Nos anos seguintes, a Rússia ampliou sua esfera de influência exportando sua ideologia comunista a vários países e martirizou um grande número de cristãos.
Depois da consagração realizada na Praça de São Pedro em 1984, derrubou-se em primeiro lugar o bloco soviético em 1989 e logo depois a própria União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), devido a diversos fatores sociais, políticos e econômicos.
O próprio Papa São João Paulo assinalou:
“E o que diremos das três crianças de Fátima que, de repente, na véspera do estalo da Revolução de Outubro escutaram: ‘Rússia se converterá’ e ‘ao final, meu [Imaculado] Coração triunfará’? Eles não puderam inventar tais predições porque não sabiam o suficiente a respeito de história ou geografia, e muito menos dos movimentos sociais e a evolução ideológica e, entretanto, aconteceu tal como haviam dito”. (Cruzando o Limiar da Esperança, página 131)
Embora não tenha revelado a terceira parte do segredo até o ano 2000, seis anos antes São João Paulo II fez alusão a seu conteúdo. Imediatamente depois meditou sobre a queda do comunismo relacionando-o com Fátima e escreveu:
“Talvez este seja o motivo pelo qual o Papa tenha sido chamado de um ‘país longínquo’, talvez porque era necessário que a tentativa de assassinato acontecesse na Praça de São Pedro, precisamente em 13 de maio de 1981, no aniversário da primeira aparição em Fátima, de modo que tudo poderia ser mais transparente e compreensível, para que a voz de Deus que fala na história humana através dos ‘sinais dos tempos’ pudesse ser mais facilmente audível e compreensível”. (Cruzando o Limiar da Esperança, páginas 131-132)
Para o ano 2000, o Santo Padre se sentiu capaz de revelar a parte final do segredo de Fátima, pois “os acontecimentos aos quais a terceira parte do ‘segredo’ de Fátima se referia parecem agora que fazem parte do passado”, disse o então secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Angelo Sodano.
O Pontífice escolheu a beatificação de Jacinta e Francisco para o dia 13 de maio de 2000, em Portugal, como ocasião para anunciar este acontecimento.
Confira também:
Qual vínculo existe entre a Virgem de Fátima e a Revolução Russa? https://t.co/Ngt2APiXG1
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VÍDEO: Os Papas que peregrinaram a Fátima
REDAÇÃO CENTRAL, 11/05/2020 (ACI).- Dos nove Pontífices que a Igreja teve desde a aparição de Nossa Senhora de Fátima em 1917, quatro foram ao Santuário mariano em Portugal, terra onde a Mãe de Deus falou aos três pastorinhos.
O primeiro foi São Paulo VI em 13 de maio de 1967, data em que o mundo celebrou os 50 anos da primeira aparição da Virgem de Fátima. “Queremos pedir a Maria uma Igreja viva, uma Igreja verdadeira, uma igreja unida, uma Igreja Santa”, disse o santo durante sua homilia diante de milhares de fiéis.
O segundo foi São João Paulo II que, em 13 de maio de 1982, ao completar um ano do atentado que sofreu na Praça de São Pedro, visitou Fátima para agradecer a Virgem por tê-lo protegido.
Retornou ao Santuário de Fátima em 1991 como agradecimento pelos 10 anos de ter sido “salvo” pela “mão materna” de Maria durante o atentado. E voltou mais uma vez no Jubileu do ano 2000, para beatificar os videntes de Fátima, Francisco e Jacinta Marto.
“A mensagem de Fátima é um chamado à conversão, alertando a humanidade para que não siga o jogo do ‘dragão’… A meta última do homem é o céu, sua verdadeira casa, onde o Pai celestial, com seu amor misericordioso, espera todos”, assinalou o Papa peregrino naquela ocasião que contou com a presença de Irmã Lúcia, a terceira vidente.
Ao comemorar os 10 anos da beatificação dos pastorinhos, o Papa Bento XVI também peregrinou ao Santuário de Fátima em 13 de maio de 2010 e celebrou uma multitudinária Missa. O Pontífice advertiu que “se equivoca quem pensa que a missão profética de Fátima está acabada”.
“Nossa Mãe bendita veio do Céu oferecendo a possibilidade de semear no coração de todos os que se acolhem a ela o Amor de Deus que arde no seu coração. A princípio foram só três, mas o exemplo de suas vidas se difundiu e multiplicou em inúmeros grupos por toda a face da terra”, destacou.
Em 2017, ao celebrar o centenário das aparições da Virgem Maria aos três pastorinhos na Cova da Iria, o Papa Francisco peregrinou a Fátima, onde presidiu a celebração de canonização de dois dos videntes, os agora Santos Francisco e Jacinta Marto.
O Santo Padre chegou a Fátima no dia 12 de maio, à noite, o Papa rezou o Rosário com os fiéis pela paz no mundo e abençoou as tradicionais velas antes da procissão com a imagem de Nossa Senhora.
No dia seguinte, o Pontífice presidiu a Santa Missa, na qual canonizou Santa Jacinta e São Francisco Marto. Durante a homilia, assegurou que Maria, “antevendo e advertindo-nos para o risco do Inferno” ao qual uma vida sem Deus leva, apareceu em Fátima a três pastorinhos para “lembrar-nos a Luz de Deus que nos habita e cobre”.
Pois “é sobretudo este manto de Luz que nos cobre, aqui como em qualquer outro lugar da Terra quando nos refugiamos sob a proteção da Virgem Mãe para Lhe pedir, como ensina a Salve Rainha, ‘mostrai-nos Jesus’”, afirmou.
Nesta recontagem dos Pontífices que chegaram à Fátima, há dois que não foram incluídos porque peregrinaram ao Santuário antes de ser eleitos para a Sede de Pedro.
Em 13 de maio de 1956, o então Cardeal Roncalli (mais tarde Papa São João XXIII) presidiu as cerimônias da peregrinação pelo aniversário das aparições. Enquanto o Cardeal Albino Luciani (depois João Paulo I) esteve na Fátima em 10 de julho de 1977.
Confira também:
Papa Francisco diz ter se comovido com “silêncio de um milhão de peregrinos” em Fátima https://t.co/V2tgQWAV8j
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Papa reza pelos que perderam o emprego na crise de coronavírus
VATICANO, 11/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco ofereceu a Missa celebrada nesta segunda-feira, 11 de maio, pelas pessoas que perderam os seus empregos durante a crise de saúde causada pela pandemia de coronavírus.
“Nestes dias, muitas pessoas perderam o emprego, não foram readmitidas, trabalhavam sem contrato. Rezemos por estes nossos irmãos e irmãs que sofrem com a falta de trabalho”, convidou o Pontífice.
Nas últimas Missas celebradas na Casa Santa Marta, o Papa Francisco pediu para rezar pelos jornalistas, “para que o Senhor os ajude em seu trabalho de transmissão da verdade”, sobretudo, no contexto da pandemia de coronavírus, quando circula muita informação.
Ofereceu a Missa também pelos voluntários trabalhadores da Cruz Vermelha no dia em que celebraram o seu Dia Mundial por ocasião da comemoração do nascimento de seu fundador, Henri Dunant.
Além disso, nestes últimos dias, o Pontífice ofereceu a Missa pela unidade e fraternidade na Europa, no contexto da celebração do aniversário de fundação das primeiras instituições da União Europeia.
Confira também:
Papa Francisco reza pelas pessoas que trabalham na Cruz Vermelha https://t.co/l9ykg6v6RX
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Papa Francisco: "O Espírito Santo evita que a doutrina erre"
Vaticano, 11/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco explicou, durante a Missa celebrada nesta segunda-feira, 11 de maio, na Casa Santa Marta, que “o Espírito Santo evita que a doutrina erre, evita que permaneça parada ali, sem crescer em nós".
Em sua homilia, o Santo Padre refletiu sobre a promessa de Jesus, feita na Última Ceia, de enviar o Espírito Santo aos apóstolos: “Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. Mas o defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito".
"É a promessa do Espírito Santo", enfatizou Francisco. “O Espírito Santo que habita conosco e que o Pai e o Filho enviam. ‘O Pai enviará no meu nome’, disse Jesus, para acompanhar-nos na vida. E o chamam ‘Paráclito’. Esse é o ofício do Espírito Santo".
O Papa lembrou que "em grego, o ‘Paráclito’ é aquele que sustenta, que acompanha para não cair, que lhe mantém firme, que é próximo de você para sustentá-lo. E o Senhor nos prometeu esse sustento".
Portanto, “ensinar e recordar. Este é o ofício do Espírito Santo. Ensina-nos: nos ensina o mistério da fé, nos ensina a entrar no mistério, a entender um pouco mais o mistério, nos ensina a doutrina de Jesus e nos ensina como desenvolver a nossa fé sem errar, porque a doutrina cresce, mas sempre na mesma direção: cresce na compreensão. E o Espírito nos ajuda a crescer na compreensão da fé, compreendê-la mais”.
"A fé não é uma coisa estática; a doutrina não é uma coisa estática: cresce. Cresce como as árvores crescem, sempre as mesmas, mas maiores, com fruto, mas sempre o mesmo, na mesma direção".
O Espírito Santo “ensinar-nos-á as coisas que Jesus nos ensinou, desenvolverá em nós a compreensão daquilo que Jesus nos ensinou, fará crescer em nós, até alcançar a maturidade, a doutrina do Senhor”.
"E outra coisa que Jesus diz que o Espírito Santo faz é recordar: ‘Recordará tudo o que eu vos tenho dito’. O Espírito Santo é como a memória, nos desperta: ‘Mas você se recorda disso, se recorda daquilo’; nos mantém despertos, sempre despertos nas coisas do Senhor e nos faz também recordar a nossa vida: ‘Pense naquele momento, pense quando encontrou o Senhor, pense quando deixou o Senhor’”.
O Pontífice assinalou que uma boa maneira de rezar ao Espírito Santo é olhar para o Senhor e dizer: “Sou o mesmo. Caminhei muito, errei bastante, mas sou o mesmo e vós me amais. A memória do caminho da vida".
“Nessa memória, o Espírito Santo nos guia; nos guia para discernir, para discernir o que devo fazer agora, qual é o caminho certo e qual é o errado, mesmo nas pequenas decisões. Se nós pedirmos a luz ao Espírito Santo, Ele nos ajudará a discernir para tomar as verdadeiras decisões, as pequenas de todos os dias e as maiores. É aquele que nos acompanha, nos sustenta no discernimento”.
“Os Evangelhos dão outro nome ao Espírito Santo. Sim, ‘Paráclito’, porque nos sustenta, mas outro nome mais bonito: é o Dom de Deus. O Espírito é o Dom de Deus. O Espírito é propriamente o Dom. ‘Não vos deixareis sozinhos, vos enviarei um Paráclito que vos sustentará e nos ajudará a seguir adiante, a recordar, a discernir e a crescer’”.
O Papa concluiu a homilia convidando a "que o Senhor nos ajude a custodiar esse Dom que Ele nos deu no Batismo e que todos temos dentro de nós.".
Evangelho comentado pelo Papa Francisco:
João 14, 21-26
Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
21Quem acolheu os meus mandamentos e os observa,
esse me ama.
Ora, quem me ama,
será amado por meu Pai,
e eu o amarei e me manifestarei a ele.
22Judas - não o Iscariotes - disse-lhe:
'Senhor, como se explica
que te manifestarás a nós
e não ao mundo?'
23Jesus respondeu-lhe:
'Se alguém me ama, guardará a minha palavra,
e o meu Pai o amará,
e nós viremos
e faremos nele a nossa morada.
24Quem não me ama,
não guarda a minha palavra.
E a palavra que escutais não é minha,
mas do Pai que me enviou.
25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco.
26Mas o Defensor,
o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome,
ele vos ensinará tudo
e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.
Confira também:
Papa reza pelos que perderam o emprego na crise de coronavírus https://t.co/Cx6FUIkc0x
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Museus Vaticanos se preparam para reabrir ao público
Vaticano, 11/05/2020 (ACI).- Os Museus Vaticanos estão se preparando para reabrir gradualmente ao público após o fechamento de suas portas desde 9 de março, causado pela pandemia de coronavírus, Covid-19.
Assim informou o secretário-geral do Governatorado do Vaticano, Dom Fernando Vérgez Alzaga, em entrevista ao Vatican News.
“Temos uma grande necessidade de trabalhar na realidade concreta, sem esquecer que as pessoas são os protagonistas que dão vida aos Museus Vaticanos e que a experiência real do Museu dá vida às pessoas”, refletiu Dom Vérgez depois de afirmar que as visitas virtuais também podem ser aprimoradas.
No entanto, o Secretário-Geral do Governatorado do Vaticano acrescentou que "o virtual jamais poderá substituir a realidade, pois, para dar valor à arte são necessários olhos e coração".
Nesse sentido, os Museus Vaticanos reabrirão junto com o restante dos museus da Itália, mas isso acontecerá com diferentes condições, entre elas, será obrigatório o uso de máscara, a entrada será mediante reserva antecipada e serão evitados grupos grandes.
"Fechamos as portas ao público, cientes de que a salvaguarda da saúde vem em primeiro lugar", destacou Dom Vérgez, que acrescentou que durante esse período de fechamento do público, "decidimos realizar apenas as atividades que considerávamos mais essenciais, para as quais contamos apenas com cerca de trinta funcionários ao dia. Uma porcentagem muito baixa se considerarmos que a grande família de funcionários e colaboradores dos Museus é composta por quase mil pessoas, incluindo guardiões, historiadores de arte, restauradores, equipe administrativa e as várias empresas de serviços”.
Além disso, o Secretário-Geral do Governatorado do Vaticano lembrou que no site dos Museus Vaticanos é possível visitar "virtualmente" os Museus, incluindo a Capela Sistina.
Reabertura gradual
Por fim, o prelado disse que para possibilitar a próxima reabertura ao público “estamos ultimando a instalação de alguns “scanners térmicos” para detectar a temperatura corpórea”, além disso, não será possível acessar sem ter reservado os bilhetes antecipadamente, para “para favorecer uma entrada organizada durante o horário de funcionamento".
"Por muito tempo, não será possível receber grandes grupos", por isso serão reduzidos os números de membros de cada grupo, porque, caso contrário, "seria incontrolável" e concluiu que "será necessário ter muita paciência, enquanto as coisas não melhorarem, mas tentaremos fazer o melhor possível em todos os aspectos”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— Observatório Católico 🇻🇦 (@ocnoticias) May 8, 2020
Criança com doença de pele rara promove devoção à Divina Misericórdia
CINCINNATI, 11/05/2020 (ACI).- Apesar da dor causada por sua doença de pele rara, um menino é exemplo de fé e reza diariamente o terço da Divina Misericórdia para pedir, junto com 60 mil pessoas, pelo fim da pandemia de coronavírus.
Carson Kissell é um pequeno de 13 anos que vive em Cincinnati, Ohio (Estados Unidos), com seus pais Kristy e David Kissell e seus irmãos Charles, de oito anos, e Kolbe, de quatro anos.
Carson sofre de uma doença de pele rara chamada epidermólise bolhosa, que provoca a formação de bolhas na pele por conta de mínimos atritos ou traumas, causando feridas e dor.
"Eu tenho falta de colágeno sete", explicou em entrevista ao EWTN News Nightly. “Imagine o mato enraizado na terra. Bem, eu não tenho a raiz. Então, sem as raízes, o mato simplesmente cai”, acrescentou.
O menino assinalou que essa doença, conhecida como pele de borboleta, o obriga a viver a maior parte do tempo envolto em ataduras, já que inclusive o atrito de balançar seu corpo ou apenas se coçar pode lhe deixar com bolhas.
"Não posso brigar com meus irmãos, o que eu gostaria de poder fazer. Às vezes o fazemos, mas geralmente temos problemas por causa disso", acrescentou.
"O pior momento é a hora do banho, porque tenho que remover as ataduras, o que dói".
Carson assinalou que sua fé católica é o que mais o ajuda, e que a dor que sofre não deve ser em vão, por isso a oferece.
A fé “tornou as coisas mais fáceis. Às vezes pode ser atordoante, mas posso rezar nos momentos difíceis, como no banho ou quando meus pés me incomodam", acrescentou.
Com essa fé tão forte, Carson reza o terço da Divina Misericórdia todos os dias, apesar de sua própria dor, e está determinado a continuar rezando com as pessoas de todas as partes do mundo que se juntam a ele pelo Facebook.
“Hoje foi um dia difícil para mim. Meus cotovelos rasgaram e estou realmente cansado. Mas ainda quero fazer isso. É um sacrifício. Ok, comecemos”, comentou recentemente às pessoas que o acompanham online.
A mãe de Carson, Kristy, mostra ao filho os comentários que as pessoas deixam em seus vídeos. Muitos fiéis se unem a ele em oração, motivados por sua vida de fé tão forte no meio de tanto sofrimento.
Temos a honra de “ser os pais de Carson, está feito à perfeição aos olhos de Deus e é uma bênção. Esperamos que sua história ajude a experimentar a misericórdia e o amor de Deus”, indicou Kristy.
"Continue rezando. Mantenha sua fé. E, eventualmente, chegará onde tudo é perfeito”, concluiu Carson.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Bispos dos EUA denunciam racismo contra americanos asiáticos em meio à pandemia https://t.co/NS1hOAsqAi
— ACI Digital (@acidigital) May 8, 2020
Menina recebe cadeira de rodas graças à corrente de solidariedade que incluiu o Papa Francisco
Roma, 11/05/2020 (ACI).- Graças a uma generosa corrente de solidariedade que incluiu o Papa Francisco, uma menina de Moçambique recebeu uma cadeira de rodas e, pela primeira vez em sua vida, poderá se movimentar sem ter que engatinhar pelo chão, devido a um problema em suas pernas.
La historia de Laura.
— Juan Gabriel Arias (@P_JuanGabriel) May 6, 2020
Muchas veces se puede cambiar la vida de una persona sin dinero.
Solo ocupándose, haciéndose cargo.
Hay muchas Lauras que necesitan ayuda. pic.twitter.com/zcvioF2MUG
Em sua conta no Twitter, o missionário argentino e pároco da paróquia de São Bento de Mangundze, Pe. Juan Gabriel Arias, compartilhou a história de Laura, uma menina de sete anos que tem um problema nas pernas desde que nasceu que a impede de caminhar com normalidade.
Esse impedimento significa que, por exemplo, sua mãe tenha que carregá-la para que possa ir ao colégio que fica a quatro quilômetros de sua casa.
No entanto, Pe. Arias indicou que, graças à doação da jornalista do L'Osservatore Romano, Silvina Perez, que doou a cadeira de rodas de sua mãe falecida, a menina pôde finalmente se movimentar com liberdade.
“Hoje mudamos a vida de Laura. Ela e a sua mãe estão felizes", lê-se em um vídeo compartilhado pelo sacerdote.
Além disso, Pe. Arias disse que esse presente chegou da Itália graças à ajuda do Papa Francisco. “Minha amiga Silvina Perez vive na Itália. A cadeira de rodas foi trazida a mim pelo Papa Francisco quando visitou Moçambique”, contou.
De 4 a 10 de setembro, o Papa Francisco fez sua quarta viagem à África, que incluía Moçambique, Madagascar e Maurício; durante esse período, Pe. Arias instalou um telão improvisado no templo para que os habitantes pudessem ver o Santo Padre.
Pusimos una tela grande en la Iglesia y vamos a proyectar la misa del Papa Francisco.
— Juan Gabriel Arias (@P_JuanGabriel) September 6, 2019
Están llegando las personas de las comunidades. pic.twitter.com/9rWzBrYZuV
“Muitas vezes é possível mudar a vida de uma pessoa sem dinheiro. Somente se preocupando, se comprometendo”, assinalou. “Há muitas Lauras que precisam de ajuda”, acrescentou.
Pe. Arias dirige a missão humanitária São Bento de Mangundze, onde graças às doações, pode ajudar muitas crianças como Laura a receber comida, educação e roupas.
O sacerdote visitou o país africano pela primeira vez durante uma missão em 2000. Quatorze anos depois, decidiu morar naquele local, uma pequena cidade localizada a 240 quilômetros de Maputo, capital do país.
Como assinalou em uma entrevista à Infobae, a desnutrição e a baixa expectativa de vida são dois grandes problemas em Moçambique, além da grande pobreza que impede muitos cidadãos de comprar roupas, muito menos uma cadeira de rodas.
"Por mais que faça 13 graus no inverno, as crianças saem às cinco da manhã sem sapatos para ir à escola às sete", disse.
Para saber mais e apoiar esta missão, visite Facebook Missao Mangundze
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Bispo classifica como vergonhoso caos que Moçambique sofre por ataques jihadistas https://t.co/t2fXrefckZ
— ACI Digital (@acidigital) March 31, 2020
Leigos compram todos os produtos que religiosas não puderam vender devido ao coronavírus
OVIEDO, 11/05/2020 (ACI).- Uma história compartilhada pelo jornal ABC relata como um grupo de leigos se organizou para comprar todos os produtos que as monjas beneditinas de Oviedo (Espanha) não puderam vender na Páscoa devido à pandemia de coronavírus.
Em sua matéria "Uma cidade mobilizada para ajudar as monjas", publicada em 9 de maio, o meio espanhol conta que um vizinho, ao se comunicar através de um grupo do WhatsApp - de 33 pessoas -, que as religiosas estavam prestes a perder sua fonte subsistência, causou "filas espontâneas em Oviedo para comprar os doces excedentes" preparados no Mosteiro de São Pelayo.
A mensagem de WhatsApp foi a seguinte: “Boa tarde. Primeiramente, desculpem-me por esta mensagem; sei que aqui não é o lugar, mas, enfim. Trata-se da comunidade beneditina conhecida como As Pelayas. Uma de suas atividades de subsistência é a confeitaria. Não conseguiram vender nada e têm um montão de doces que precisaram descartar. Ligaram para mim para ver para quem poderiam doar estes doces. Antes de que o façam, se alguém gostaria de presentear alguém com os doces, ou a si mesmos, têm a oportunidade de comprá-los no mosteiro de 9 às 14h e de 16h às 18h30. Podem dizer para os seus amigos. Seria muito bom para as irmãs”.
Depois de informar sobre a situação, despertou-se "uma rápida onde de solidariedade” que foi se estendendo entre os familiares e amigos, assinala ABC.
Os moradores começaram “a ir em massa às Pelayas para dar uma mão e aproveitaram para degustar a magnífica confeitaria. Filas de pessoas em torno ao mosteiro. Nesta mesma noite, não sobrou nem um doce e o problema começou a ser o contrário: tinham que satisfazer a demanda gerada”, continua o artigo.
Logo, alguém com fontes diretas no mosteiro comunicou para as irmãs que elas deveriam continuar produzindo, o que finalmente aconteceu.
"Assim, as monjas que já estavam começando a doar os doces se encontraram repentinamente com a iniciativa de um vizinho e com o calor da cidade”, conta ABC.
“Esta é uma história real, na qual os protagonistas agem com generosidade espontânea, as redes sociais são utilizadas para unir e na qual os moradores de uma cidade agradecem ao trabalho das monjas que fazem parte de sua comunidade desde tempos imemoriais. É a solidariedade em tempos de vírus. E aconteceu, sobretudo, pelo que indicava no final da mensagem: 'Em Oviedo, as Pelayas são queridas'”, conclui a reportagem.
O Mosteiro de São Pelayo, localizado na cidade de Oviedo, no Principado das Astúrias, abriga a comunidade religiosa desde o século X (994), quando foram recebidas as relíquias de São Pelayo, mártir.
Entre as atividades realizadas pelas freiras está a encadernação e a restauração de livros, e desde 2016 passaram a produzir doces artesanais para gerar renda.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Cáritas Venezuela se reinventa para levar mais solidariedade na crise de coronavírus https://t.co/mMsiHT1UsY
— ACI Digital (@acidigital) May 8, 2020
Embaixadora dos EUA junto à Santa Sé elogia ajuda humanitária de instituições religiosas
WASHINGTON DC, 11/05/2020 (ACI).- Embaixadora dos Estados Unidos junto à Santa Sé, Callista Gingrich, cumprimentando o Papa Francisco no Vaticano (outubro de 2019) / Crédito: Domínio Público
A embaixadora dos Estados Unidos junto à Santa Sé, Callista Gingrich, destacou o papel das organizações religiosas que fazem chegar a ajuda do Governo norte-americano destinada às pessoas que sofrem devido ao coronavírus na Itália.
“Os Estados Unidos estão financiando ONGs e organizações religiosas que podem oferecer assistência crítica de maneira efetiva. É importante que o dinheiro norte-americano seja bem aproveitado. As organizações baseadas na fé são sócias efetivas e confiáveis. Inspiram-se em um sentido de propósito e dedicação para ajudar os mais necessitados”, disse a embaixadora a EWTN News, em 6 de maio.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) destinou 50 milhões de dólares para ajudar a Itália em sua resposta ao surto, que inclui 30 milhões de dólares em fundos divididos entre organizações religiosas, organizações não governamentais e organizações públicas internacionais, indicou um funcionário da embaixada a CNA, agência em inglês do grupo ACI.
O valor faz parte dos 900 milhões de dólares que o governo dos Estados Unidos destina globalmente para contribuir com a resposta à pandemia da COVID-19. Em 6 de maio, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou que 100 milhões de dólares serão usados para apoiar a detecção e o controle de vírus, e outros 28 milhões para apoiar refugiados e migrantes.
Embora o governo dos Estados Unidos ainda esteja em processo de investigar quais ONGs e organizações religiosas receberão fundos na Itália, a embaixadora Gingrich disse que o pacote de assistência inclui fundos para “alguns de nossos sócios afiliados ao Vaticano aqui, na Itália”.
Um documento da USAID divulgado em abril descreve o trabalho de Catholic Relief Services e da Cáritas em Bangladesh, Nepal, Líbano, Libéria, Quênia, Guatemala e México para apoiar os cuidados de saúde entre as populações vulneráveis. Também mostra contribuições da Islamic Relief USA, do Comitê Judaico Americano de Distribuição Conjunta, World Vision e Malteser International, a agência de ajuda da Ordem de Malta.
Na Itália, Malteser International estabeleceu um hospital e doou 260 respiradores e distribuiu alimentos e medicamentos para os idosos de forma isolada.
Um simpósio do Vaticano sobre alianças governamentais com organizações religiosas, organizado em conjunto pela Embaixada dos Estados Unidos na Santa Sé em outubro, também destacou o trabalho da Caritas Internationalis, da Comunidade de Santo Egídio e da Ajuda à Igreja que Sofre para proporcionar assistência humanitária.
O governo dos Estados Unidos já havia feito parcerias com organizações religiosas para fornecer ajuda de emergência, defender a liberdade religiosa e combater o tráfico de pessoas, declarando que esses tipos de instituições fornecem “um acesso incomparável às populações locais e uma dedicação feroz à dignidade humana”.
Em abril, a embaixada divulgou através de um vídeo o trabalho da organização cristã evangélica Samaritan's Purse para criar e contratar um hospital de campanha de emergência em Cremona, Itália.
"Enquanto o mundo continua combatendo a pandemia da COVID-19, as organizações religiosas estão desempenhando um papel vital", disse Gingrich no vídeo.
Mais de 30 mil pessoas morreram no surto de coronavírus na Itália, de acordo com estatísticas recentes do Ministério da Saúde italiano. Pelo menos 89 mil pessoas continuam infectadas com COVID-19 na Itália depois de um total de mais de 215 mil casos terem sido documentados, principalmente no norte do país.
Devido ao bloqueio nacional da Itália, a Embaixada dos Estados Unidos na Santa Sé teve que cancelar vários eventos que havia programado para a primavera, incluindo o simpósio "Enfrentando o aumento global do antissemitismo", programado para coincidir com a abertura dos Arquivos do Vaticano sobre o Papa Pio XII.
No entanto, a embaixadora disse que continuou falando com membros da comunidade diplomática por meio de videoconferências semanais.
“Essa pandemia afetará bastante nossas prioridades e atividades no futuro. No entanto, por meio de reuniões, simpósios e diplomacia cultural, a Embaixada dos Estados Unidos junto à Santa Sé continuará nosso importante trabalho com o Vaticano para promover a paz, a liberdade e a dignidade humana em todo o mundo”, afirmou Gingrich.
Publicado Originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Menina recebe cadeira de rodas graças à corrente de solidariedade que incluiu o Papa Francisco https://t.co/Gc9SszYdu7
— ACI Digital (@acidigital) May 11, 2020
Patriarcas da Terra Santa denunciam planos de anexação de terras palestinas por Israel
JERUSALÉM, 11/05/2020 (ACI).- Patriarcas e chefes das Igrejas da Terra Santa rejeitaram os planos de Israel de anexar de forma unilateral terras pertencentes à Cisjordânia que a ONU reconhece como soberania palestina.
Em uma declaração conjunta publicada em 7 de maio, o Conselho de Patriarcas e Chefes das Igrejas na Terra Santa denuncia "a paralisação do processo de paz no Oriente Médio, entre israelenses e palestinos, devido a toda uma série de iniciativas unilaterais de anexação de terras da Cisjordânia por parte de Israel”.
Segundo os Patriarcas e Chefes das Igrejas, esses projetos "levantam perguntas extremamente graves sobre a viabilidade de qualquer acordo de paz para acabar com um conflito que dura há décadas e que continua cobrando a vida de muitos inocentes”.
Por isso, pedem ao Estado de Israel que "se abstenha destas ações unilaterais que conduziriam à perda de toda esperança de sucesso no processo de paz”.
Além disso, o Conselho convida as autoridades dos Estados Unidos, da Federação Russa, da União Europeia e das Nações Unidas "a sarem uma resposta a esses planos de anexação unilateral por meio de uma iniciativa de paz com limites temporais e escalonado de acordo com o direito internacional e as resoluções das Nações Unidas para garantir uma paz global, justa e duradoura nesta parte do mundo considerada sangrada para as três religiões de Abraão”.
No comunicado também se faz um apelo "à Organização para a Libertação da Palestina, como representante legítima do povo palestino, para resolver suas diferenças internas, assim como todos os conflitos entre as demais facções que não estão sob seu guarda-chuva".
Dessa maneira, os palestinos "poderão apresentar uma frente unida orientada à obtenção da paz e à reconstrução de um Estado viável baseado no pluralismo e nos valores democráticos".
As autoridades israelenses justificaram seus planos em que o projeto de paz apresentado pelos Estados Unidos em janeiro passado, denominado pelo presidente Donald Trump como o "acordo do século", permitia a Israel estender sua soberania a mais de 30% do território da Cisjordânia e consolidar Jerusalém como a capital de Israel.
No entanto, esse mesmo plano estabelecia que Israel deveria congelar a ampliação de seus assentamentos em território palestino durante os próximos quatro anos. Apesar disso, durante a última campanha eleitoral em Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, usou como base eleitoral a construção de 5 mil casas em bairros orientais de Jerusalém, de maioria árabe e reconhecido pela ONU como território palestino.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) February 7, 2020
Salesianos abrem centro para proteger crianças de rua do coronavírus
LUANDA, 11/05/2020 (ACI).- O Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento (VIS), ONG do Instituto Religioso de Salesianos de Dom Bosco, abriu um novo centro de emergência para proteger do coronavírus as crianças em situação de rua de Luanda, capital de Angola, sudeste da África.
Sergio Pitocco, representante do VIS, explicou que este novo centro de emergência foi criado graças ao redirecionamento de algumas atividades do programa "Vamos juntos", um projeto financiado pela União Europeia e por outros benfeitores, que visava a reintegração de crianças de rua às suas famílias.
Os benfeitores "abriram um novo centro de emergência para oferecer às crianças de rua uma comunidade onde possam viver de maneira ordenada durante esse período, longe dos perigos que sempre existem nas ruas", afirmou.
Pitocco explicou que nestes dias de desconstrução social, as crianças de Angola "estão mais expostas do que nunca aos riscos das ruas, às doenças, ao possível contágio da COVID-19, à falta de fontes de subsistência, à violência dos adultos, e às vezes, infelizmente, também da polícia”.
Segundo informa Pitocco, muitas das 50 crianças e adolescentes, incluindo 9 meninas e um bebê, acolhidos na casa de refúgio do centro salesiano "Santo Domingo Savio", em Luanda, responderam positivamente. Somente a bebê foi acolhida na Casa Maria Mazzarello das Irmãs de Maria Auxiliadora.
Nesses centros, crianças e adolescentes recebem a atenção de educadores sociais e voluntários que lhes fornecem proteção, alimentação e higiene e, acima de tudo, “os ajudam a organizar suas vidas diárias, a aprender e respeitar as normas de higiene e prevenção, e a ser responsáveis”, assinalou Pitocco.
Em 24 de março, o governo de Angola decretou o estado de emergência no país a partir de 27 de março, para reduzir a curva de expansão do novo coronavírus. Desde então, o final da emergência já foi estendido duas vezes; a última extensão decretou-se em 10 de maio.
Até o momento, Angola tem pelo menos 36 casos de pessoas infectadas com COVID-19, 11 pessoas recuperadas e dois falecidos.
"Estamos tentando fazer que esta emergência se converta em uma oportunidade para realizar um trabalho mais assertivo de acompanhamento e empoderamento das crianças e adolescentes em situação de rua, e de cara ao futuro, preparar o caminho para o retorno às suas famílias”.
Até o momento, muitas iniciativas foram implementadas para ajudar as famílias de rua em Angola, Etiópia e Serra Leoa, graças aos Missionários Salesianos, aos Salesianos Dom Bosco dos Estados Unidos e aos membros do Instituto Religioso Dom Bosco, fundado pelos italianos há 161 anos.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) May 11, 2020
Igreja Católica oferece seminário para atender pacientes de COVID-19 no Iraque
MOSUL, 11/05/2020 (ACI).- A Arquidiocese católico-siríaca de Mosul disponibilizou o seminário desta cidade para atender as pessoas infectadas com coronavírus, COVID-19 e fornecer cuidados para os recuperados em quarentena no Iraque.
A Arquidiocese católica siríaca de Mosul disponibilizou ao governo os 48 quartos individuais do seminário de Mosul para fornecer cuidados às pessoas infectadas por coronavírus que não precisem de cuidados intensivos e aos recuperados que devem passar pela quarentena isolados por um tempo, assinalou a agência vaticana Fides.
Durante a crise do coronavírus, as autoridades políticas e de saúde da província de Nínive, encarregadas da emergência da Covid-19, poderão usar as instalações e estruturas do seminário e abrigarão, principalmente, as pessoas infectadas de Qaraqosh, uma cidade na Planície de Nínive que foi habitada principalmente por cristãos durante um tempo.
No passado, as instalações do seminário "eram sede do seminário patriarcal em uma paróquia católico-siríaca de Mosul”, cidade localizada ao norte do Iraque que permaneceu sob o controle do Estado Islâmico (Daesh) durante anos.
A Arquidiocese também se comprometeu em "fornecer comida e assistência logística aos doentes e convalescentes que serão hospitalizados" no seminário. Nos últimos dias, o diretor do Departamento de Saúde Pública da província de Nínive verificou pessoalmente a adequação dos ambientes e agradeceu à Igreja pela oferta, informou a Agência Fides.
Graças a um importante financiamento dos Emirados Árabes Unidos e ao compromisso da Uneso, em abril deste ano deveria ter começado o trabalho de reconstrução e restauração da Igreja católico-siríaca de Santo Tomás (Al-Tahira), que foi devastada, mas não completamente destruída quando a metrópole estava sob o controle jihadista.
Depois dos anos da ocupação jihadista de Mosul, e mais de um ano e meio após sua libertação, a igreja de Santo Tomás, ainda cheia de escombros, organizou uma "Missa pela paz" na quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019 (ver Agência Fides em 01/03/2019), realizada pelo arcebispo católico-siríaco Boutros Moshi.
Segundo a agência vaticana, as autoridades iraquianas locais sempre indicaram que é prioridade que as pessoas que foram deslocadas durante o controle do governo jihadista, voltem para suas áreas de assentamentos tradicionais.
No entanto, várias investigações dos "processos de contraêxodo" apontam para "uma baixa porcentagem de cristãos deslocados internos que retornam às suas casas em Mosul e na província de Nínive", mesmo antes da crise do coronavírus, concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Dom Odilo recebe chamada do Papa e transmite a bênção do Pontífice aos paulistanos frente à Covid-19
Vaticano, 11/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco realizou uma chamada surpresa ao arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, ao saber da grave situação pela qual atravessa a cidade devido à pandemia de Covid-19 e ofereceu suas orações e bênção apostólica aos paulistanos.
De acordo com o Ministério de Saúde do Brasil, até o dia 10 de maio o país contava com mais de 162 mil casos confirmados de coronavirus e mais de 11 mil mortes pela enfermidade. Sao Paulo é a cidade mais golpeada pela pandemia no país, com 45 mil casos e mais de três mil mortes.
Segundo informou a Arquidiocese de São Paulo, o Pontífice “perguntou como estava confrontando a cidade a pandemia, “pois tem informação sobre a grave situação” pela que atravessa Sao Paulo a causa do coronavirus, e manifestou sua preocupação pelo número de doentes e falecidos”.
“O Pontífice disse a Dom Odilo que recebeu informações sobre a situação da pandemia de COVID-19 em São Paulo e manifestou preocupação pelo número crescente de doentes e pelas perdas de vidas humanas. Ele também prometeu rezar por todos”.
“Segundo o Cardeal Scherer, o Santo Padre também quis saber como estão os pobres e expressou sua preocupação pela situação deles, sabendo que nem sempre eles têm casa, nem condições adequadas para seguir as medidas preventivas contra o contágio”.
“Expressou sua proximidade e solidariedade para com toda a população de São Paulo e disse que estava orando por nós. Por fim, ele pediu para transmitir a todos a sua bênção apostólica e também se recomendou às nossas orações por ele”, comunicou o Arcebispo em nota publicada nesta segunda-feira, 11, no site oficial da Arquidiocese.
“Ao agradecer ao Pontífice, Dom Odilo ressaltou que sua ligação e suas palavras eram motivo de grande conforto para todos e que as transmitiria juntamente com sua bênção apostólica”, conclui a nota da Arquidiocese.
Confira:
Menina recebe cadeira de rodas graças à corrente de solidariedade que incluiu o Papa Francisco https://t.co/Gc9SszYdu7
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Cardeal Sarah acusado de causar "dano" em meio à polêmica de sua assinatura em carta
Vaticano, 11/05/2020 (ACI).- O Arcebispo italiano Carlo Maria Viganò acusou o Cardeal Robert Sarah de lhe causar "danos graves" em uma amarga guerra de palavras sobre uma controversa carta aberta que trata sobre a crise do coronavírus.
Em um comunicado publicado em 8 de maio, Dom Viganó criticou a decisão do Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos de se distanciar da carta, intitulada "Apelo para a Igreja e para o mundo", que argumenta que a pandemia de coronavírus foi explorada para criar um governo mundial.
O comunicado detalha o relato de Dom Viganó sobre suas interações com o Cardeal Sarah a partir de 4 de maio. O primeiro afirma que, na noite de 7 de maio, o Cardeal africano pediu que ele o retirasse da lista de signatários da carta, que já havia sido publicada neste então.
"Com surpresa e profundo arrependimento", escreveu, "soube que Sua Eminência havia usado sua conta no Twitter, sem me avisar, para fazer declarações que causam sérios danos à verdade e à minha pessoa".
Dom Viganò se referia a três tweets de 7 de maio, nos quais o Cardeal Sarah disse: “Um cardeal prefeito da Cúria Romana tem que observar certa reserva em temas políticos, então pedi explicitamente, na manhã de hoje, aos autores do apelo intitulado ‘para a Igreja e para o mundo’ que não me mencionem”.
"Compartilho de maneira pessoal alguns assuntos ou preocupações em relação às restrições das liberdades fundamentais, mas não assinei a petição", acrescentou o Purpurado.
A declaração de Dom Viganò continua da seguinte forma: “Lamento muito que este assunto, que se deve à fraqueza humana, e pelo qual não guardo nenhum ressentimento contra a pessoa que o causou, tenha desviado nossa atenção do que deveríamos nos preocupar seriamente neste momento dramático".
Depois que Dom Viganò emitiu sua repreensão, o Cardeal Sarah twittou em 8 de maio: “Não vou falar sobre esta petição, que hoje parece ocupar muitas pessoas. Deixo à consciência daqueles que querem explorá-lo de uma maneira ou de outra. Decidi não assinar este texto. Eu aceito totalmente a minha escolha”.
Em sua declaração, Dom Viganò disse que havia escolhido divulgar suas conversas particulares com o Cardeal Sarah porque tinha o dever de dizer a verdade e "também por uma correção fraterna".
O arcebispo italiano disse que o Cardeal Sarah lhe disse inicialmente: "Sim, concordo em colocar meu nome, porque é uma luta na qual devemos participar juntos, não só pela Igreja Católica, mas por toda a humanidade".
Também confirmou que a assinatura do Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos foi agora removida da carta aberta.
Dom Viganò saltou à luz pública em agosto de 2018 com uma carta aberta na qual assinalava que oficiais do Vaticano ignoraram as advertências em relação aos abusos sexuais do ex-cardeal Theodore McCarrick. Desde então, o ex-núncio publicou numerosas cartas onde expressa seu ponto de vista sobre assuntos da Igreja, que incluem a crítica ao Papa Francisco e a outros membros da Cúria Romana.
A carta que gerou controvérsia pede em uma de suas seções o seguinte: “Não permitamos que, com o pretexto de um vírus, se apaguem séculos de civilização cristã, instaurando uma odiosa tirania tecnológica na qual pessoas sem nome e sem rosto possam decidir o destino do mundo, confinando-nos a uma realidade virtual".
"Temos razões para crer, com base nos dados oficiais relativos à incidência da epidemia no número de mortes, que existem poderes interessados em criar pânico entre a população com o único objetivo de impor permanentemente formas de inaceitável limitação das liberdades, de controlo de pessoas, de rastreamento das suas deslocações. Estes métodos de imposição arbitrária são um prelúdio perturbador da criação de um Governo Mundial isento de qualquer controle", continua.
Entre os signatários da carta, além do Cardeal Sarah, que agora nega tê-la assinado, estão o Cardeal Gerhard Müller, prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, Bispo Emérito de Hong Kong, e o Cardeal Janis Pujats, Arcebispo Emérito de Riga (Letônia).
A carta também inclui dois bispos dos Estados Unidos: Dom Rene Gracida, Bispo Emérito de Corpus Christi, e Dom Joseph Strickland, Bispo de Tyler, no Texas. Entretanto, Dom Stickland indicou à CNA por correio eletrônico que ele “não assinou esta carta”.
Outros signatários são o Bispo Auxiliar de Astana (Cazaquistão), Dom Athanasius Schneider e o Pe. Curzio Nitoglia, sacerdote da Fraternidade Sacerdotal São Pio X (lefebvristas), um grupo que não está em plena comunhão com a Igreja. Este sacerdote é autor de um artigo intitulado “O Magistério do Vaticano II”, publicado em 1994, no qual afirma que “a Igreja do Vaticano II, portanto, não é a Igreja Católica Apostólica e Romana instituída por nosso Senhor Jesus Cristo”.
Até o momento, quase 4 milhões de pessoas testaram positivo para coronavírus e pelo menos 272 mil morreram.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Cardeal Sarah nega ter assinado carta de bispos católicos contra o Governo Mundial https://t.co/Eodr0OE2jr
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