Hoje a Igreja celebra os santos apóstolos Filipe e Tiago
REDAÇÃO CENTRAL, 03/05/2020 (ACI).- A Igreja recorda neste dia 3 de maio os santos apóstolos Filipe e Tiago, que morreram como mártires por causa de sua fé em Cristo.
São Filipe nasceu em Betsaida e foi discípulo de São João Batista. Foi um dos primeiros apóstolos chamados por Jesus. Foi ele quem perguntou a Jesus sobre a distribuição dos pães: “Como vamos dar de comer a tanta gente?” (Jo 6,5-7). E também foi a ele que recorreram os pagãos que queriam conhecer o Senhor (Jo 12 20-22). Além disso, Filipe pediu a Cristo na Última Ceia: “mostra-nos o Pai” (Jo 14,8-11).
Filipe foi também quem pediu permissão a Jesus para ir enterrar seu pai. “Segue-me e deixa que os mortos enterrem seus mortos” (Mt 8,22), respondeu-lhe o Senhor.
Depois da ascensão, Filipe recebeu o Espírito Santo em Pentecostes, junto com os outros apóstolos e a Virgem Maria. Mais tarde, foi evangelizar a região da Frígia, atual Turquia, Hungria, Ucrânia e Rússia oriental.
São Filipe foi martirizado e morreu crucificado e apedrejado em Hierápolis. No século VI, as relíquias do apóstolo foram levadas para Roma e colocadas na Basílica dos Doze Apóstolos. O Martirológio da Idade Média celebrava sua festa no dia 1º de maio, mas a data foi alterada para 3 de maio.
São Tiago é chamado de “filho de Alfeu” e também é conhecido como “o primo do Senhor”, porque sua mãe era parente da Virgem. A ele é creditada a autoria da primeira epístola católica. Um de seus mais profundos e famosos provérbios é: “A fé sem obras é morta”.
Também se encontra nos Atos dos Apóstolos referências ao apóstolo assinalando que era muito querido pela Igreja de Jerusalém e que o chamavam “o bispo de Jerusalém”. São Paulo o considera em sua carta aos Gálatas, junto com São Pedro e São João, um dos principais pilares da Igreja. Além disso, o apóstolo dos gentios diz que depois de sua conversão foi visitar Pedro, mas não encontrou nenhum discípulo a não ser São Tiago. Inclusive na última visita de São Paulo a Jerusalém, este foi direto para a casa de São Tiago, onde se reuniu com todos os líderes da Igreja de Jerusalém. (At 21,15).
Nos registros históricos da época, São Tiago é chamado “O Santo”. Os fiéis asseguravam que ele nunca tinha cometido um pecado grave, não bebia nem comia carne. O apóstolo passava muito tempo orando e, por isso, teve calos nos joelhos.
Em suas orações, pedia perdão a Deus pelos pecados do seu povo. Por essa razão, as pessoas o chamavam “O que intercede pelo povo”. Essas ações comoveram muitos judeus que, pelo exemplo de São Tiago, se converteram.
O êxito da sua evangelização provocou indignação entre os fariseus e os escribas. Portanto, em um dia de festa, o sumo sacerdote Anás II, aproveitando a multidão, disse: “Nós rogamos que já que o povo sente por ti grande admiração, apresente-se diante da multidão e lhes diga que Jesus não é o Messias ou redentor”. Frente a esse pedido, São Tiago respondeu: “Jesus é o enviado de Deus para a salvação dos que querem se salvar. E um dia o veremos sobre as nuvens, sentado à direita de Deus”.
Os sumos sacerdotes se enfureceram com essa resposta, pois temiam que todos os judeus se convertessem ao cristianismo. Então, tomaram São Tiago, levaram-no para a parte mais alta do templo para precipitá-lo lá de cima. De joelhos, ele rezava: “Deus Pai, eu te rogo que os perdoe, porque não sabem o que fazem”.
Papa Francisco no Domingo do Bom Pastor destaca exemplo de sacerdotes e médicos
Vaticano, 03/05/2020 (ACI).- Ao presidir a Missa na capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, no Quarto Domingo de Páscoa, Domingo do Bom Pastor, o Papa Francisco pediu que o testemunho de sacerdotes e médicos, muitos deles falecidos, atendendo doentes de coronavírus COVID-19, “nos ajude a cuidar do santo povo fiel de Deus”.
Segundo o Vatican News, o Santo Padre assinalou que recordar Jesus, o Bom Pastor, “me leva a pensar nos muitos pastores no mundo que dão a vida pelos fiéis, inclusive nesta pandemia, muitos, mais de 100 morreram aqui na Itália. Penso também nos outros pastores que cuidam do bem das pessoas, os médicos. Fala-se dos médicos, daquilo que fazem, devemos considerar que somente na Itália 154 médicos morreram em serviço”.
Refletindo sobre as leituras e o Evangelho do dia, o Papa Francisco enfatizou que Jesus não é somente o pastor, “mas ‘a porta’ pela qual se entra no redil. Todos aqueles que vieram e não entraram por aquela porta eram ladrões ou assaltantes ou queriam aproveitar-se do rebanho: os falsos pastores".
“E na história da Igreja houve muitos destes que exploravam o rebanho. O rebanho não lhe interessava, mas somente fazer carreira ou a política ou o dinheiro. Mas o rebanho o conhece, sempre o conheceu e andava procurando Deus por seus caminhos”, disse.
“Mas quando se tem um bom pastor, se tem o rebanho que segue adiante, que leva adiante. O pastor bom ouve o rebanho, guia o rebanho, cuida do rebanho. E o rebanho sabe distinguir entre os pastores, não erra: o rebanho confia no bom pastor, confia em Jesus", acrescentou.
O Papa enfatizou que "o estilo de Jesus deve ser o estilo do pastor, não há outro".
“Um dos sinais do bom pastor é a mansidão, é a mansidão. O bom pastor é manso. Um pastor que não é manso não é um bom pastor. Tem algo escondido, porque a mansidão se mostra como é, sem defender-se", afirmou.
"Aliás, o pastor é tenro, tem aquela ternura da proximidade, conhece as ovelhas uma por uma e cuida de cada uma como se fosse a única, a ponto que quando volta para casa após um dia de trabalho, cansado, se dá conta que lhe falta uma, sai para trabalhar outra vez para buscá-la e... a carrega consigo, a carrega nas costas. Esse é o bom pastor, esse é Jesus, esse é quem nos acompanha no caminho da vida, a todos”, assegurou.
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Como diferenciar a voz de Deus da voz do maligno? Isso aconselha o Papa Francisco
Vaticano, 03/05/2020 (ACI).- Em suas palavras anteriores à oração do Regina Coeli, em 3 de maio, o Papa Francisco deu uma série de conselhos para diferenciar a voz de Jesus, o Bom Pastor, da voz do maligno que visa nos tentar.
O Santo Padre lembrou que neste Quarto Domingo de Páscoa, dedicado a Jesus, o Bom Pastor, o Evangelho nos diz que “o Senhor nos chama pelo nome, nos chama porque nos ama. Porém, diz ainda o Evangelho, há outras vozes a não serem seguidas: as de estranhos, ladrões e malfeitores que querem o mal das ovelhas.”.
“Essas diferentes vozes ressoam dentro de nós. Há a voz de Deus, que gentilmente fala à consciência, e há a voz tentadora que induz ao mal", assinalou.
O Papa Francisco frisou que ambas as vozes "falam duas línguas diferentes, ou seja, têm maneiras opostas de bater em nosso coração".
“A voz de Deus nunca obriga: Deus se propõe, não se impõe. Em vez disso, a voz ruim seduz, assalta, obriga: suscita ilusões deslumbrantes, emoções tentadoras, mas passageiras. No início persuade, nos faz acreditar que somos onipotentes, mas depois nos deixa vazios por dentro e nos acusa”.
A voz de Deus, acrescentou o Papa, “nos corrige, com muita paciência, mas sempre nos encoraja, nos consola: sempre alimenta a esperança. A voz de Deus é uma voz que tem um horizonte. A voz do mal, por outro lado, te leva para um muro, te leva para um canto”.
"A voz do inimigo", continuou, "distrai do presente e quer que nos concentremos nos medos do futuro ou na tristeza do passado, o inimigo não quer o presente: faz brotar a amargura, as recordações dos erros sofridos, daqueles que nos fizeram mal e tantas más recordações”.
"Em vez disso, a voz de Deus fala no presente: ‘Agora podes fazer o bem, agora podes exercitar a criatividade do amor, agora podes renunciar aos arrependimentos e aos remorsos que mantém prisioneiro o teu coração’. Nos anima, nos leva em frente, mas fala no presente: agora!”.
O Papa Francisco também disse que “as duas vozes suscitam em nós questionamentos diferentes. A que vem de Deus será: ‘O que me faz bem?’. Em vez disso, o tentador insistirá em outra pergunta: ‘O que eu gostaria de fazer?’. O que eu quero! A voz ruim sempre gira em torno do eu, suas pulsões, suas necessidades, ao tudo e imediatamente. É como os caprichos das crianças, tudo e agora.”.
“A voz de Deus, pelo contrário, nunca promete a alegria a baixo preço: nos convida a ir além de nosso eu para encontrar o verdadeiro bem, a paz. Lembremo-nos: o mal nunca dá paz, antes provoca o frenesi e depois deixa a amargura. Este é o estilo do mal", frisou.
Finalmente, afirmou o Santo Padre, "a voz de Deus e a do tentador falam em ‘ambientes’ diferentes: o inimigo prefere as trevas, a falsidade, a fofoca; o Senhor ama a luz do sol, a verdade, a transparência sincera”.
"O inimigo nos dirá: ‘Fecha-te em ti mesmo, ninguém te entenda e te ouve mesmo, não confie!’. O bem, pelo contrário, nos convida a nos abrir, a sermos límpidos e confiantes em Deus e nos outros", afirmou.
O Santo Padre incentivou os fiéis a que “prestemos atenção às vozes que chegam ao nosso coração. Perguntemos de onde elas vêm. Peçamos a graça de reconhecer e seguir a voz do Bom Pastor, que nos fará sair dos recintos do egoísmo e nos conduz às pastagens da verdadeira liberdade”.
"Que Nossa Senhora, Mãe do Bom Conselho, oriente e acompanhe nosso discernimento", concluiu.
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Papa Francisco convoca dia de oração pelo fim do coronavírus em 14 de maio
Vaticano, 03/05/2020 (ACI).- O Papa Francisco pediu aos fiéis católicos e crentes de diferentes religiões que se unam no dia 14 de maio "em um dia de oração e jejum e obras de caridade", para implorar a Deus pelo fim da pandemia de coronavírus COVID-19.
Em suas palavras após a oração do Regina Coeli, o Santo Padre enfatizou que "como a oração é um valor universal, acolhi a proposta do Alto Comitê para a Fraternidade Humana, para que no próximo 14 de maio os crentes de todas as religiões se unam espiritualmente".
Será, disse o Papa Francisco, "um dia de oração e jejum e obras de caridade, para implorar a Deus que ajude a humanidade a superar a pandemia de coronavírus".
“Recordem-se, 14 de maio, todos os crentes unidos, crentes de diversas tradições, para rezar, jejuar e praticar obras de caridade”, disse.
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