Hoje é celebrado São Luís Maria Grignion de Montfort, o “escravo de Maria”
REDAÇÃO CENTRAL, 28/04/2020 (ACI).- “A quem Deus quer fazer muito santo, o faz muito devoto da Virgem Maria”, disse São Luís de Montfort, o “escravo de Maria” que propagou a devoção à Virgem, motivo o que levou a sofrer muito. São João Paulo II fez de sua frase mariana “Totus Tuus” (Todo teu) o lema de seu pontificado.
São Luís nasceu em Montfort (França), em 31 de janeiro de 1673. Era muito tímido, preferia a solidão e tinha grande devoção pela Eucaristia e pela Virgem Maria. Para ir à Missa, tinha que caminhar duas milhas até a Igreja. Quando estudou com os jesuítas, visitava o templo antes e depois da escola.
Aos 20 anos, sentiu-se chamado ao sacerdócio. No seminário de Paris, o bibliotecário o autorizou a ler muitos livros da Virgem Maria e, como velador de morto, compreendeu que tudo neste mundo era vão e temporário.
Os superiores não sabiam se o tratavam como um santo ou como um fanático e, pensando mal dele, o mortificavam, humilhavam e insultavam na frente de todos. Era incompreendido por seus companheiros, que riam de Luís e o rejeitavam. Mas o santo se manteve firme na paciência como participação da cruz de Cristo.
Aos 27 anos, foi ordenado sacerdote, escolhendo como lema: “ser escravo de Maria”. Os superiores, sem saber o que fazer com ele, negaram-lhe que atendesse confissões e fizesse pregações, mantendo-o com ofícios menores.
Mais tarde, foi enviado a um povoado para ensinar catequeses às crianças e, em seguida, nomeado capelão do Hospital de Poitiers, asilo para pobres e marginalizados. Sua simplicidade e naturalidade para servir aos necessitados e os ensinamentos marianos que propagava fizeram com que fosse visto como um perigo.
Quando retornou à Paris, lançaram falso testemunho contra ele, seus amigos mais próximos o rejeitaram e o Bispo mandou que não falasse mais. Logo compreenderia a razão dos ataques à doutrina mariana que propagava: o demônio se aborrecia.
São Luís recorreu ao Papa Clemente XI para saber se estava errado em seus ensinamentos. O Pontífice o recebeu e lhe deu o título de Missionário Apostólico.
Desta forma, realizou centenas de missões e retiros que se caracterizaram pela recitação do Santo Rosário, procissões e cânticos à Virgem, incentivando a retornar aos sacramentos. “A Jesus por Maria” era a sua proposta.
Neste contexto, também foi perseguido pelos hereges jansenistas, os quais diziam que não se devia receber os sacramentos quase nunca porque ninguém é digno.
Fundou as congregações “Filhas da Sabedoria” e “Missionários Montfortianos (Companhia de Maria)”.
Escreveu o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”. Alguns pensadores católicos chegaram a considerar esta obra como um exagero culto da Mãe de Deus, mas a Igreja não encontrou nenhum erro.
São Luís partiu para a Casa do Pai em 28 de abril de 1716, com apenas 43 anos. Foi enterrado na Igreja de Saint-Laurent. Passados 43 anos, a Beata Maria Luísa de Jesus, a primeira das “Filhas da Sabedoria”, morreu no mesmo dia, hora e local que São Luís. Foi, então, enterrada ao lado dele.
Séculos mais tarde, São João Paulo II o tomou como referência em sua encíclica “Redemptoris Mater” e visitou o túmulo de São Luís. Ali, ao lado da tumba, sofreu um atentado, pois plantaram uma bomba que foi descoberta pelos seguranças. Providencialmente, nada deteve o Papa de honrar o santo que tanto amava.
Igreja celebra hoje de Santa Gianna, padroeira das mães, médicos e crianças por nascer
REDAÇÃO CENTRAL, 28/04/2020 (ACI).- Neste dia 28 de abril, a Igreja celebra Santa Gianna Beretta Molla, padroeira das mães, dos médicos e das crianças por nascer, a quem o Beato Paulo VI descreveu como “uma mãe que, para dar à luz seu bebê, sacrificou a sua própria vida em uma imolação deliberada”.
Gianna Beretta nasceu em 1922 em Magenta, na província de Milão. Desde pequena, acompanhava sua mãe à Missa todos os dias. Aos 15 anos, depois de um retiro segundo o método de Santo Inácio de Loyola, tomou o propósito de “mil vezes morrer a cometer um pecado mortal”.
Foi muito devota da Virgem, tanto que, quando sua mãe morreu, disse a Maria: “Confio em vós, doce Mãe, e tenho a certeza de que nunca me abandonará”. Costumava falar da Mãe de Deus em seus encontros com as meninas da Ação Católica e nas cartas ao seu noivo que logo se tornou seu marido.
Formou-se em medicina e com um firme propósito: “Não esqueçamos que no corpo de nosso paciente existe uma alma imortal. Sejamos honestos e médicos de fé”. Por isso, incentivava as grávidas a terem seus filhos como um presente de Deus e a recusar o aborto.
Depois de discernir, viu que Deus a chamava para a vida matrimonial e teve com seu marido três filhos. No começo da quarta gravidez, tinha que passar por uma cirurgia por causa de um tumor localizado no útero, mas pediu que se preocupassem com a vida do bebê.
A santa recusou se submeter ao aborto “terapêutico” que os médicos propunham e a extirpação do fibroma. Optou por não recorrer a esta prática.
Sofreu uma intervenção cirúrgica e conseguiram salvar o bebê. Meses depois, antes do parto, afirmou: “Se tiverem que escolher entre minha vida e a da criança, não tenham dúvida; escolham – exijo-o – a sua. Salvem-na”.
Deu à luz sua filha em 21 de abril de 1962. Entretanto, Santa Gianna não se recuperou e, em 28 de abril, com fortes dores e repetindo “Jesus, te amo; Jesus te amo”, partiu para a Casa do pai aos 39 anos. Foi canonizada por São João Paulo II em 2004.
Este é o livro que o demônio nunca quis que se difundisse
REDAÇÃO CENTRAL, 28/04/2020 (ACI).- No passado, o demônio tentou evitar a difusão do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort – cuja festa se celebra hoje –, o qual propõe um método de consagração a Jesus Cristo por meio de Nossa Senhora, adotado por grandes santos como São João Paulo II ou São Pio X.
O Tratado, que ficou extraviado durante 130 anos, foi reconhecido por sua autenticidade e pureza doutrinal pelo Papa Pio IX em um decreto no dia 12 de maio de 1853, um ano antes da promulgação do dogma da Imaculada Conceição.
No mesmo manuscrito, Grignion de Montfort prenuncia a perseguição de sua obra, seu quase desaparecimento e os padecimentos que ele mesmo viveria por ter revelado a doutrina que explica a função da Santíssima Virgem no plano divino da salvação e na vida do cristão.
“Prevejo que muitos animais frementes virão em fúria para rasgar com seus dentes diabólicos este pequeno escrito e aquele de quem o Espírito Santo se serviu para o compor. Ou pelo menos procurarão envolver este livrinho nas trevas e no silêncio de uma arca, a fim de que não apareça” (nº 114).
Monfort sofreu uma tentativa de assassinato e sua Congregação dos Missionários da Companhia de Maria recebeu diversos ataques no período de heresias como o jansenismo ou o iluminismo.
“Atacarão mesmo e perseguirão aqueles que o lerem e puserem em prática. Mas, que importa? Tanto melhor! Esta visão me anima e me faz esperar um grande êxito, isto é, um grande esquadrão de bravos e valorosos soldados de Jesus e Maria, de ambos os sexos, que combaterão o mundo, o demônio e a natureza corrompida, nos tempos perigosos que mais do que nunca se aproximam!” (nº 114).
Por seu conteúdo, o manuscrito sempre foi alvo de ódio do demônio, entretanto, não pôde fazer com que desaparecesse. Foi ocultado “nas trevas e no silêncio de uma arca” (nº 114) e escondido em uma capela de um campo francês.Tempos depois, foi levado à biblioteca da Companhia de Maria na Casa principal (França), onde foi descoberto pelo Pe. Pedro Rautureau no dia 29 de abril de 1842.
A primeira publicação do Tratado foi feita em 1843. Logo se tornou um dos livros mais apreciados do catolicismo contemporâneo e um dos que mais contribuíram e fomentaram a piedade cristã no mundo inteiro.
São Luís Maria explica em sua obra que esta devoção é o caminho mais “fácil, curto, perfeito e seguro para chegar à união com Deus, na qual consiste a perfeição cristã” (nº 152).
“Por esta devoção damos a Jesus Cristo tudo o que lhe podemos dar. Fazemo-lo da maneira mais perfeita, visto ser pelas mãos de Maria. E damos assim muito mais do que pelas outras devoções, em que lhe consagramos parte do nosso tempo, ou parte das nossas boas obras, ou parte das nossas satisfações e mortificações. Aqui tudo fica dado e consagrado, até mesmo o direito de dispor dos bens interiores, e das satisfações que se ganham com as boas obras de cada dia. Isto não se pede nem mesmo em uma ordem religiosa” (nº 123).
Para defender esta postura, assinala que “a Santa Igreja, com o Espírito Santo, abençoa em primeiro lugar a Virgem e só depois Jesus Cristo: ‘Bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus’ (Lc 1, 42). Não é que Maria seja mais que Jesus, ou igual a Ele: dizê-lo seria uma heresia intolerável. Mas, para mais perfeitamente abençoar Jesus Cristo, é preciso louvar antes a Virgem Maria” (nº 95).
O Beato Pio IX afirmou que a verdadeira devoção proposta por São Luís Maria é a melhor e mais aceitável, enquanto o Papa São Pio X aprovou a fórmula de consagração do santo.
São João Paulo II se reconheceu devedor de Luís Maria Grignion de Montfort ao adotar como lema episcopal ‘Totus tuus’ (Todo teu), fórmula de consagração a Maria do fundador francês e um de seus lemas marianos.
Da mesma forma, expressou na encíclica Redemptoris Mater que era grato recordar “a figura de São Luís Maria Grignion de Montfort, o qual propunha aos cristãos a consagração a Cristo pelas mãos de Maria, como meio eficaz para viver fielmente o compromisso do batismo”.
No final de sua vida, em uma carta dirigida à família montfortiana em 2003, o Papa Wojtyla contou que em sua juventude a leitura do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem” o ajudou muito, porque ali encontrou a resposta às suas dúvidas sobre o temor do culto excessivo a Maria que poderia deixar de lado a supremacia do culto a Cristo.
“Sob os cuidados sábios de São Luís Maria, compreendi que, se vivemos o mistério de Maria em Cristo, esse perigo não existe. Em efeito, o pensamento mariológico deste santo ‘está baseado no mistério trinitário e na verdade da encarnação do Verbo de Deus’”, assinalou o Pontífice polonês.
Também assinalou que “a doutrina deste santo exerceu uma profunda influência na devoção mariana de muitos fiéis e também em minha vida. Trata-se de uma doutrina vivida, de notável profundidade ascética e mística, expressa com um estilo vivo e ardente, que muitas vezes utiliza imagens e símbolos”.
Na atualidade, congregações e grupos da Igreja preparam milhares de fiéis em diversos países que desejam consagrar-se à Mãe de Deus através do método de São Luís Maria.
Papa pede prudência no desconfinamento para evitar novos casos de coronavírus
VATICANO, 28/04/2020 (ACI).- O Papa Francisco pediu "prudência e obediência às disposições" de desconfinamento, adotadas em muitos países onde a pandemia de coronavírus começa a diminuir, após meses de quarentena, para que o número de infectados não aumente novamente.
Fez esta solicitação nesta terça-feira, 28 de abril, antes do início da Missa celebrada na Casa Santa Marta: “Neste tempo, no qual se começa a ter disposições para sair da quarentena, rezemos ao Senhor para que dê a seu povo, a todos nós, a graça da prudência e da obediência às disposições, para que a pandemia não volte”.
O Santo Padre fez este pedido depois que alguns países, nos quais se registrou uma queda importante no número de contagiados e falecidos por COVID-19, começaram a adotar medidas de desconfinamento da população.
Na Itália, o primeiro-ministro Giuseppe Conte anunciou no sábado passado, 25 de abril, que a próxima fase das restrições na Itália começará em 4 de maio e que, entre algumas medidas, os funerais poderão ser retomados com um máximo de 15 pessoas presentes . Contudo, outras celebrações religiosas, incluindo Missas públicas, serão retomadas "nas próximas semanas".
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Papa envia bênção especial aos que sofrem com a pandemia de COVID19 na Amazônia https://t.co/Znsdr0rcMN
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Papa condena as notícias falsas e calúnias que causam assassinatos e martírios
VATICANO, 28/04/2020 (ACI).- O Papa Francisco condenou a elaboração de notícias falsas e calúnias que levam ao linchamento social ou inclusive ao assassinato de pessoas inocentes, como aconteceu e acontece com os mártires ao longo da história.
Assim afirmou o Pontífice durante a Missa celebrada na Casa Santa Marta nesta terça-feira, 28 de abril.
O Santo Padre baseou-se, para explicar a maldade que existe por trás das calúnias e das notícias falsas, na história do primeiro mártir cristão, Santo Estêvão, narrada na Primeira Leitura deste dia, do Livro dos Atos dos Apóstolos.
"Foi uma coisa simples, como aconteceu", disse o Papa, lamentando a facilidade com que a fama de uma pessoa pode ser destruída. "Os doutores da Lei não toleravam a clareza da doutrina e, como saída, foram pedir a alguém que dissessem que tinham ouvido que Estêvão blasfemava contra Deus, contra a Lei. E depois disso caíram em cima dele e o apedrejaram: simples assim".
É o mesmo procedimento que foi feito com Jesus: "O povo que estava ali, buscou convencer de que era um blasfemo e eles gritaram: ‘Crucifica-o’”. “Uma brutalidade, partir de falsos testemunhos para se chegar a ‘fazer justiça’", assegurou o Pontífice.
"Notícias falsas, calúnias que esquentam o povo e pedem a justiça. É um linchamento, um verdadeiro linchamento. E assim, levam ao juiz, para que o juiz dê forma legal a isso: mas já está julgado, o juiz deve ser muito, muito corajoso para ir contra um julgamento tão popular, feito de propósito, preparado”.
Esse foi o caso de Pilatos, assinalou. “Pilatos viu claramente que Jesus era inocente, mas viu o povo, lavou as mãos. É um modo de fazer jurisprudência”.
Trata-se de um esquema que também se repete hoje: "Quando se quer fazer um golpe de Estado ou excluir algum político para que não participe das eleições, ou assim, se faz o seguinte: notícias falsas, calúnias, depois cai num juiz daqueles que gostam de criar jurisprudência com este positivismo da situação que está na moda, e depois condena”.
“É um linchamento social. E assim foi feito com Estêvão, assim foi feito o julgamento de Estêvão: levaram para julgar alguém que já tinha sido julgado pelo povo. Enganado. Isso acontece também com os mártires de hoje: que os juízes não têm a possibilidade de fazer justiça porque já foram julgados".
Em concreto, referiu-se ao caso de Asia Bibi, a mãe cristã paquistanesa, falsamente acusada de blasfêmia contra o Islã e que passou 10 anos na prisão condenada à morte até que foi libertada. "Dez anos na prisão porque foi julgada por uma calúnia e um povo que quer a sua morte".
O Papa lamentou que "diante dessa avalanche de notícias falsas que criam opinião, muitas vezes não se pode fazer nada".
Francisco explicou que, quando fala sobre esse assunto, pensa "muito no Holocausto", o assassinato de milhões de judeus na Europa durante a Segunda Guerra Mundial.
"O holocausto é um caso desse tipo: foi criada a opinião contra um povo e depois era normal: ‘Sim, sim: devem morrer, devem morrer’. Um modo de proceder para eliminar as pessoas que incomodam”.
Por outro lado, ressaltou que, embora “todos sabemos que isso não é bom, mas o que não sabemos é que existe um pequeno linchamento diário que busca condenar as pessoas, criar uma má fama nas pessoas, descartá-las: o pequeno linchamento diário do mexerico que cria uma opinião. Muitas vezes uma pessoa ouve se difamar alguém, e diz: ‘Mas não, essa pessoa é uma pessoa justa!’ – ‘não, não: se diz que...’, e com aquele ‘se diz que’ se cria uma opinião para acabar com uma pessoa".
“A verdade é outra: a verdade é o testemunho do verdadeiro, das coisas em que uma pessoa crê; a verdade é clara, é transparente. A verdade não tolera as pressões".
“Vejamos Estêvão, mártir: primeiro mártir depois de Jesus. Primeiro mártir. Pensemos nos apóstolos: todos deram testemunho. E pensemos em tantos mártires que, também nos de hoje, foram vítimas dos mexericos. Cria-se uma fama, e se deve matar”.
Por fim, convidou-nos a pensar “em nós, em nossa língua: nós muitas vezes, com nossos comentários, iniciamos um linchamento desse tipo. E em nossas instituições cristãs vimos muitos linchamentos diários que nasceram do mexerico", lamentou.
Leitura comentada pelo Papa Francisco:
Atos 7,51-8,1a
Naqueles dias, Estêvão disse ao povo, aos anciãos e aos doutores da lei: 51“Homens de cabeça dura, insensíveis e incircuncisos de coração e ouvido! Vós sempre resististes ao Espírito Santo e como vossos pais agiram, assim fazeis vós! 52A qual dos profetas vossos pais não perseguiram? Eles mataram aqueles que anunciavam a vinda do Justo, do qual, agora, vós vos tornastes traidores e assassinos. 53Vós recebestes a Lei, por meio de anjos, e não a observastes!”
54Ao ouvir essas palavras, eles ficaram enfurecidos e rangeram os dentes contra Estêvão. 55Estêvão, cheio do Espírito Santo, olhou para o céu e viu a glória de Deus e Jesus, de pé, à direita de Deus. 56E disse: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”.
57Mas eles, dando grandes gritos e, tapando os ouvidos, avançaram todos juntos contra Estêvão; 58arrastaram-no para fora da cidade e começaram a apedrejá-lo. As testemunhas deixaram suas vestes aos pés de um jovem, chamado Saulo. 59Enquanto o apedrejavam, Estêvão clamou dizendo: “Senhor Jesus, acolhe o meu espírito”. 60Dobrando os joelhos, gritou com voz forte: “Senhor, não os condenes por este pecado”. E, ao dizer isto, morreu. 8,1aSaulo era um dos que aprovavam a execução de Estêvão.
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Papa doa 3 respiradores para hospital na Espanha
Vaticano, 28/04/2020 (ACI).- Em 23 de abril, por ocasião da festa de São Jorge, santo do Papa Francisco, o Pontífice doou 10 respiradores para hospitais na Romênia, Itália e Espanha.
Segundo informa Vatican News, os três respiradores, máscaras e óculos que o Papa Francisco doou à Espanha foram entregues ao Hospital São Rafael de Madri pelo Arcebispo de Madri, Cardeal Carlos Osoro e Dom Bernardito Auza, Núncio na Espanha; na presença do prefeito de Madri, José Luis Martínez-Almeida; e do Bispo Auxiliar, Dom José Cobo.
No hospital de São Rafael de Madri, fundado em 1892 e dirigido pela Ordem Religiosa São João de Deus, foram tratados desde o início da pandemia três mil pacientes, 450 em quartos e 23 em cuidados intensivos, isso fez com que o hospital tivesse que duplicar a sua capacidade de atendimento aos pacientes.
Tres respiradores, mascarillas y gafas protectoras.
— José Luis Martínez-Almeida (@AlmeidaPP_) April 25, 2020
Recibimos esta donación de La Santa Sede para Madrid, para el hospital de San Rafael junto al Cardenal Osoro y el Nuncio.
Muchísimas gracias por el cariño y el apoyo al pueblo de Madrid. pic.twitter.com/v7YW0hhqEi
Segundo Vatican News, durante a entrega dos respiradores e materiais de saúde, Dom Bernardito Auza “expressou a proximidade e o afeto do Santo Padre, sua preocupação com as vítimas da pandemia e com os efeitos negativos que surgirão, sobretudo no setor econômico e social, quando as atividades forem retomadas".
Pe. Amador Fernández, superior provincial da Ordem de São João de Deus, recebeu os respiradores doados pelo Papa e manifestou que são “uma grande ajuda, fundamental neste momento. Isso nos permitirá continuar prestando um serviço de qualidade às pessoas que ainda precisarão de nossa assistência nas próximas semanas”.
Por sua parte, o prefeito de Madri explicou que "não são tempos fáceis e muitas pessoas sofrem" e garantiu que "graças ao trabalho da Igreja, da arquidiocese, da Caritas e da ação conjunta com a administração, estamos alcançando muitas famílias. Tentamos aliviar a dor delas".
A entrega dos respiradores terminou com uma oração na capela do hospital pelas vítimas da pandemia e pelos doentes.
A Espanha é o segundo país do mundo mais afetado pela pandemia de coronavírus COVID-19. Até agora, e de acordo com dados oficiais em 27 de abril, 209.465 pessoas testaram positivo para esse vírus de acordo com o teste de PCR; 23.521 morreram e 100.875 se recuperaram.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) April 28, 2020
Papa cria Fundação para divulgar obra e pensamento de João Paulo I
Vaticano, 28/04/2020 (ACI).- O Papa Francisco criou a Fundação Vaticana João Paulo I, dedicada à divulgação do conhecimento do pensamento, da obra e do exemplo do Papa João Paulo I, cujo pontificado começou em 26 de agosto de 1978 e terminou em 28 de setembro daquele mesmo ano, após o seu inesperado falecimento.
De acordo com um Rescriptum ex audientia assinado em 17 de fevereiro de 2020 pelo Secretário de Estado de Sua Santidade, Cardeal Pietro Parolin, a criação desta Fundação foi decidida durante uma audiência realizada, em 10 de fevereiro, na Secretaria de Estado, entre o Pontífice e o Cardeal.
A Fundação Vaticana João Paulo I terá personalidade jurídica canônica e civil e sede na Secretaria de Estado do Vaticano. Estará sujeita às leis canônicas, as vigentes no Estado da Cidade do Vaticano e no Estatuto da Fundação.
De acordo com um comunicado divulgado nesta terça-feira, 28 de abril pela Sala de Imprensa do Vaticano, a Fundação ficará encarregada de "proteger e preservar o patrimônio cultural e religioso deixado pelo Papa João Paulo I".
"Promover iniciativas como conferências, encontros, seminários, sessões de estudo. Criar prêmios e bolsas de estudo. Realizar atividades editoriais através da publicação tanto dos resultados de estudos e investigações próprias, como de obras de terceiros. Atuar como ponto de referência, na Itália e no exterior, para quem trabalha no mesmo âmbito e com os mesmos objetivos.”.
A Fundação será presidida pelo Cardeal Parolin e contará, para o desenvolvimento de sua atividade, com o aval de um Comitê Científico composto por seis membros, escolhidos entre personalidades de competência comprovada e experiência.
Em um artigo publicado nesta terça-feira, 28 de abril, no L'Osservatore Romano, o Cardeal Parolin destaca que “o Papa João Paulo I foi e continua a ser um ponto de referência na história da Igreja universal, cuja importância - como São João Paulo II já salientara - é inversamente proporcional à duração do seu brevíssimo pontificado”.
A história de João Paulo I, enfatiza o Cardeal Secretário de Estado, "é a de um pastor próximo do povo, centrado no essencial da fé e com uma extraordinária sensibilidade social".
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Advogado católico alerta sobre repressão do governo chinês em Hong Kong
HONG KONG, 28/04/2020 (ACI).- Um advogado católico indicou que sua prisão no sábado, 18 de abril, faz parte dos amplos esforços da China continental para reforçar o controle sobre Hong Kong.
Sua terrível experiência ocorreu depois de sua participação em meses de protestos pró-democráticos na ilha, que diminuíram por causa da pandemia de coronavírus.
A polícia de Hong Kong prendeu Martin Lee, de 81 anos, junto com outros 14 manifestantes pró-democráticos, em 18 de abril. Segundo informa The Washington Post, Lee faz parte das manifestações a favor do sufrágio universal em Hong Kong há quase 40 anos, e esta é sua primeira prisão.
CNA - agência em inglês do Grupo ACI - conversou com um dos amigos próximos a Lee, que comentou que o advogado e os outros detentos estão em liberdade atualmente sob fiança e em segurança.
Lee, que é o fundador do Partido Democrata de Hong Kong, escreveu em uma coluna de 21 de abril no The Washington Post que foi preso por participar de protestos no ano passado contra um projeto de extradição, agora retirado, que permitiria ao Governo chinês extraditar supostos criminosos de Hong Kong para o continente para serem julgados.
O advogado assinalou que Hong Kong atualmente enfrenta duas pragas da China, o coronavírus (COVID-19) e os "ataques aos nossos direitos humanos mais básicos".
“Todos esperamos que uma vacina contra o coronavírus seja desenvolvida logo. Mas, uma vez que sejam revertidos os direitos humanos e o estado de direito de Hong Kong, o vírus fatal do governo autoritário estará aqui para ficar”, escreveu Lee.
Ele acrescentou que a imprensa livre em Hong Kong foi vital para alertar o mundo sobre os perigos do coronavírus, mesmo quando os meios estatais chineses tentaram reprimir informações sobre o surto.
Lee disse que as autoridades chinesas estão tentando aprovar legislação para aumentar sua influência sobre Hong Kong.
Hong Kong é uma região administrativa especial da China. O povo de Hong Kong desfruta de liberdade de culto e evangelização, enquanto na China continental há uma longa história de perseguição contra os cristãos que são contrários ao Governo.
Em janeiro, a China nomeou Luo Huining como chefe do poderoso Gabinete Central de Ligação em Hong Kong. Na semana passada, Luo aprovou uma "legislação de segurança nacional", que permitiria à China comunista exercer mais controle em Hong Kong.
A legislação proibiria "sedição, a subversão e o roubo de segredos de estado", escreveu Lee.
Esta não é a primeira vez que legislação é introduzida. Em 2003, protestos generalizados contra a medida levaram a China a retirá-la.
A aprovação desta lei de "subversão" daria à China ainda mais poder para anular as liberdades da população de Hong Kong, alertou Lee.
"Essas normas vagas estão projetadas para proteger o Partido Comunista Chinês e minar as liberdades fundamentais de Hong Kong, como a liberdade de religião, reunião e imprensa, incluindo as denúncias sobre a pandemia, que envergonham Pequim", escreveu.
A Comissão de Justiça e Paz da Diocese de Hong Kong divulgou um comunicado condenando as prisões em 18 de abril, pedindo o fim das detenções até que uma comissão independente possa ser estabelecida e que a polícia devolva os telefones celulares de todos os presos para garantir sua privacidade.
A Diocese também reiterou que o Governo deve responder às demandas dos manifestantes pró-democráticos, que incluem uma investigação independente sobre as táticas policiais.
Um amigo de Lee em Hong Kong, que manteve o anonimato por segurança, acredita que o vice-ministro de segurança pública de Hong Kong que supervisiona a polícia secreta chinesa, Sun Li Jun, queria enviar uma mensagem de poder antes do Dia dos Trabalhadores chineses, que se comemora no dia 1º de maio.
Ele suspeita que Sun, que segundo os relatórios está sendo investigado por corrupção na China, ordenou as prisões para demonstrar que as autoridades têm o controle do movimento pró-democrático, em Hong Kong.
"Como fiéis, continuaremos rezando (por Hong Kong) e deixaremos nosso Senhor guiar o caminho", disse o amigo de Lee à CNA.
"Em Hong Kong todos amamos a China e o povo chinês, mas somos contra o PCC (Partido Comunista Chinês) pelo que têm feito contra todos nós", afirmou.
Os católicos desempenharam um papel importante nos protestos, que continuaram após a revogação do projeto de lei de extradição.
"Se a lei de extradição tivesse sido aprovada, já poderíamos ter sido julgados na China, e não em Hong Kong", assinalou Lee em sua coluna.
Os cristãos e os advogados se opuseram veementemente ao projeto de lei, temendo que o Governo Chinês, que já busca controlar e reprimir o cristianismo no continente, o use para reduzir ainda mais o livre exercício da religião em Hong Kong.
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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— ACI Digital (@acidigital) February 14, 2020
Clínica abortista fecha mais de 5 mil instalações em todo o mundo durante pandemia
WASHINGTON DC, 28/04/2020 (ACI).- A maior multinacional de aborto do mundo, International Planned Parenthood Federation (IPPF), anunciou recentemente o fechamento de 5.633 instalações associadas em 64 países devido à pandemia de coronavírus.
Também informou que outras 23 clínicas limitarão suas atividades relacionadas ao aborto, de acordo com sua pesquisa oficial mais recente, publicada em abril.
Cerca de um terço desses fechamentos ocorreram apenas na região sul da Ásia. Entre os países que fecharam mais clínicas estão: Paquistão, El Salvador, Zâmbia, Sudão, Colômbia, Malásia, Uganda, Gana, Alemanha, Zimbábue e Sri Lanka.
Em 2018, a IPPF realizou quase 1,4 milhão de abortos em todo o mundo, realizando um pouco mais da metade através de abortos químicos (pílula abortiva). A organização também lista 122.820 tratamentos de abortos incompletos, o que poderia explicar qualquer aborto químico que tenha fracassado e teve que continuar com aborto cirúrgico.
Em seu relatório, a IPPF também afirma que está lutando para ter acesso a "produtos e equipamentos essenciais" e que "sem acesso aos equipamentos de proteção individual e um fornecimento seguro de produtos vitais, como anticoncepcionais, os membros não poderão reabrir os pontos de serviço perdidos e mais serão fechados”.
A plataforma pró-vida Live Action comentou em um artigo que este fato é possível porque os equipamentos de proteção individual estão sendo destinados preferencialmente aos trabalhadores de atenção médica de primeira linha que lutam contra o COVID-19 em vários países do mundo.
"Nos Estados Unidos, as cirurgias voluntárias, incluindo os abortos em alguns estados, foram adiadas para desviar os equipamentos de proteção individual para profissionais de saúde do COVID-19. E, no entanto, nos estados em que uma exceção especial foi estabelecida para o aborto, as empresas de aborto da Planned Parenthood suspenderam os serviços de atendimento médico reais a favor de um protocolo de ‘apenas aborto’”, denuncia a plataforma pró-vida.
A IPPF também anunciou um fundo de emergência para garantir que suas instalações, que ainda estão abertas, recebam equipamentos de proteção individual.
“Para a IPPF, os serviços de aborto são vitais para seus resultados. Os equipamentos de proteção individual seriam necessários principalmente para cometer abortos", disse Live Action.
A plataforma de defesa da vida explica que a IPPF já "expressou sua preocupação de que, quando a pandemia finalmente terminar, não será possível reabrir todas as suas instalações".
No entanto, IPPF anunciou que está tentando expandir suas capacidades de telemedicina, para que as mulheres tomem "os medicamentos em suas próprias casas, como medicamentos para o aborto químico".
Diante disso, a Live Action assegura que "os abortos com medicamentos não ajudarão as mulheres", porque as "complicações da pílula abortiva poderiam levá-las para as salas de emergência já carregadas e aumentar o risco de exposição ao COVID-19".
"O aborto é tão perigoso para as mulheres como sempre foi, mas quando as empresas de aborto como a IPPF adotam atalhos para manter seus negócios funcionando como estão fazendo agora, o fazem às custas das mulheres, pelas quais dizem que se preocupam ”, concluiu a plataforma.
Publicado originalmente por ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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STF rejeita despenalização do aborto no caso de mulheres infectadas pelo Zika vírus https://t.co/lw9WksBLk4
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Bispos italianos criticam governo por manter proibição de missas públicas
Roma, 28/04/2020 (ACI).- Os bispos da Itália criticaram o primeiro-ministro Giuseppe Conte por não suspender a proibição das Missas públicas.
A Conferência Episcopal Italiana (CEI) denunciou o decreto de Conte, em 26 de abril, porque as restrições para a "fase 2" do coronavírus "excluem arbitrariamente a possibilidade de celebrar a Missa com o povo".
Em uma coletiva de imprensa realizada no domingo, Conte anunciou que a próxima fase das restrições na Itália começará em 4 de maio e que, entre algumas medidas, os funerais poderão ser retomados com um máximo de 15 pessoas presentes. No entanto, outras celebrações religiosas, incluindo Missas públicas, serão retomadas "nas próximas semanas".
Em sua declaração, os bispos se referiram a duas entidades que aconselharam Conte: a Presidência do Conselho de Ministros e o Comitê Técnico-Científico para o COVID-19.
"Recorda-se à Presidência do Conselho e ao Comitê Técnico-Científico o dever de distinguir entre suas responsabilidades, dando indicações precisas de natureza de saúde, e a da Igreja, chamada a organizar a vida da comunidade cristã, em cumprimento com as medidas estabelecidas, mas com plena autonomia”, expressaram em um comunicado.
O gabinete do primeiro-ministro respondeu na noite de domingo à declaração dos bispos, segundo a agência de notícias ANSA. A mensagem dizia que "será estudado um protocolo que permitirá aos fiéis participar das celebrações litúrgicas o mais rápido possível em condições de máxima segurança".
Por sua vez, a CEI afirmou estar em "diálogo livre e contínuo" com o Governo há semanas.
Durante essas negociações "a Igreja aceitou, com sofrimento e senso de responsabilidade, as limitações governamentais tomadas para enfrentar a emergência de saúde", disseram os bispos, acrescentando que durante essas conversações "enfatizou-se explicitamente que, quando fossem reduzidas as limitações tomadas para enfrentar a pandemia, a Igreja exigiria poder retomar sua ação pastoral”.
A declaração afirma que os bispos italianos também apresentaram suas próprias diretrizes e protocolos para uma fase de transição que atenderia a todos os padrões de saúde.
As Missas públicas em toda a Itália foram suspensas por quase sete semanas depois que o governo italiano, em 8 de março, emitiu um decreto suspendendo todas as cerimônias religiosas públicas, incluindo funerais.
Segundo o anúncio do primeiro-ministro em 26 de abril, a flexibilização das medidas de fechamento permitirá que lojas de varejo, museus e bibliotecas reabram a partir de 18 de maio, e restaurantes, bares e salões de beleza em 1º de junho.
Continua proibida a movimentação entre as regiões italianas, dentro de regiões e dentro de cidades e povoados, exceto em casos estritos de necessidade.
Em uma carta em 23 de abril, o Arcebispo de Perugia e presidente da CEI, Cardeal Gualtiero Bassetti, disse que “chegou a hora de retomar a celebração da Eucaristia dominical e dos funerais na igreja, além dos batismos e de todos os outros sacramentos, seguindo naturalmente as medidas necessárias para garantir a segurança na presença de mais pessoas em locais públicos”.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Presidente dos bispos italianos: Chegou o momento de voltar a celebrar Missa com os fiéis https://t.co/eJtV1dKiLM
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8 dados sobre a vida de Santa Gianna Beretta Molla
REDAÇÃO CENTRAL, 28/04/2020 (ACI).- "Jamais acreditei estar vivendo com uma santa. Minha esposa tinha infinita confiança na Providência e era uma mulher cheia de alegria de viver", expressou Pietro, esposo de Gianna Beretta Molla, em uma ocasião.
Por ocasião da celebração desta mãe coragem italiana, que se celebra em 28 de abril, fornecemos oito dados inspiradores que talvez não conhecia sobre a sua vida.
1.- Foi "médica dos pobres"
Santa Gianna Beretta obteve o título de doutora em medicina e cirurgia, em 1949, na Universidade de Pavia, e em 1952, especializou-se em pediatria na Universidade de Milão.
Segundo indica sua biografia, ela “preferia os pobres entre seus pacientes”, assim como as mulheres grávidas, as crianças e os idosos.
“Não esqueçamos que no corpo de nossa paciente existe uma alma imortal. Sejamos honestos e médicos de fé”, costumava dizer santa Gianna.
2.- Difundiu sua devoção por Nossa Senhora
Santa Gianna foi muito devota de Nossa Senhora. Quando sua mãe morreu, ela disse a Maria: "Confio em vós, doce mãe, e tenho certeza de que nunca me abandonareis".
Ela falava da Mãe de Deus para as jovens da Ação Católica e nas cartas dirigidas ao seu namorado Pietro, que mais tarde se tornou seu marido.
Em seu livro “Gianna Molla Beretta. Escritos, lembranças, testemunhos", Pietro indicou que, no dia de seu matrimônio, a santa "doou seu buquê de flores ao altar da Virgem da qual era muito devota".
3.- É possível alcançar a santidade no matrimônio
Gianna conheceu o seu marido em uma Missa, em 1954. Ele era engenheiro e também pertencia à Ação Católica. A biografia da santa descreve que, durante o namoro, ela foi "muito clara em seus propósitos e em projetar sua nova família e, ao mesmo tempo, foi maravilhosa, transmitindo a Pietro sua grande alegria de viver".
Casaram-se em 24 de setembro de 1955. Gianna foi "uma esposa feliz" e "soube harmonizar, com simplicidade e equilíbrio, seus deveres como mãe e médica".
Pietro apoiou-a em sua decisão de não abortar seu bebê, como alguns médicos sugeriram, para salvar sua vida, e após a morte de Gianna, o marido nunca se casou novamente e cuidou dos quatro filhos.
4.- Recusou-se a fazer um aborto "terapêutico"
No início de sua quarta gravidez, os médicos detectaram-lhe um tumor no útero e sugeriram que fizesse um aborto "terapêutico" para se salvar. Ela recusou e pediu ao cirurgião que protegesse o seu bebê a “todo custo”.
Foi operada e o bebê conseguiu se salvar. Antes do parto, Santa Gianna disse aos médicos: “se for necessário decidir entre a minha vida e a da criança, não duvidem; eu exijo que escolham a dele. Salvem-no”.
Segundo indica sua biografia, a santa considerava que seu bebê "tinha os mesmos direitos de viver" que seus outros três filhos e que ela "era apenas o instrumento da Providência para que aquela nova criaturinha viesse ao mundo".
5.- Sua última filha nasceu no Sábado Santo
A biografia da santa destaca que, em 21 de abril de 1962, um Sábado Santo, ela deu à luz a sua quarta filha, Gianna Emmanuela, por cesariana.
Uma hora após o parto, Santo Gianna começou a sofrer dores abdominais e febre devido à peritonite séptica. Sua condição piorou nos dias seguintes. No meio dos sofrimentos, recebeu a Eucaristia e não parou de pronunciar jaculatórias de amor a Jesus.
Morreu em 28 de abril, aos 39 anos.
6.- Uma carta de amor foi lida diante de milhares de famílias
Em 26 de setembro de 2015, durante o Encontro Mundial das Famílias (EMF), realizado na Filadélfia (Estados Unidos), Gianna Emanuela leu uma carta de amor que sua mãe escreveu ao seu pai quando ambos ainda namoravam.
Depois, a filha da santa cumprimentou o Papa Francisco e lhe presenteou com uma relíquia de sua mãe.
7.- Teve três irmãos consagrados
Segundo sua biografia, Santa Gianna foi a décima de treze filhos e três de seus irmãos optaram pela vida consagrada.
Seu irmão Enrico pertenceu à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e foi missionário no Brasil. Giuseppe, outro de seus irmãos foi sacerdote na diocese italiana de Bérgamo, e sua irmã Virginia foi religiosa na congregação das Filhas da Caridade Canossianas.
A irmã Virginia disse uma vez que, enquanto eu estava na Índia como missionária, “de forma inesperada e providencial, o Senhor me fez voltar para a Itália a tempo para ver Gianna, apenas quatro dias antes de sua morte. Assim, pude ajudá-la e confortá-la naqueles momentos tão dolorosos e preciosos aos olhos de Deus, e guardo uma lembrança viva destes momentos”.
8.- Foi beatificada e canonizada por São João Paulo II
Gianna Beretta Molla foi beatificada por São João Paulo II em 24 de abril de 1994, durante o Ano Internacional da Família; e canonizada pelo mesmo Pontífice em 16 de maio de 2004.
Santa Gianna Beretta é considerada padroeira da defesa da vida.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Igreja celebra hoje de Santa Gianna, padroeira das mães, médicos e crianças por nascer https://t.co/JCb2hIhAPc
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