Papa Francisco completa 47 anos como jesuíta
REDAÇÃO CENTRAL, 22/04/2020 (ACI).- Nesta quarta-feira, faz 47 anos da profissão solene religiosa de Jorge Mario Bergoglio, hoje Papa Francisco, o qual entrou na Companhia de Jesus em 11 de março de 1958 e professou em 22 de abril de 1973.
O primeiro Papa latino-americano da história foi ordenado em 13 dezembro de 1969 e depois continuou sua formação na Espanha entre 1970 e 1971. Dois anos mais tarde, realizou sua profissão perpétua como jesuíta.
Entre os anos 1972 e 1973, foi professor de noviços na Argentina, na localidade portenha de San Miguel, onde também atuou como professor da Faculdade de Teologia, consultor provincial da Ordem e Decano do Colégio. Em 31 de julho daquele ano, foi eleito Provincial dos jesuítas na Argentina. Tinha então 37 anos.
O dia 22 de abril é uma data clássica em que os jesuítas professam seus últimos votos religiosos, ao final de um longo período de formação religiosa. Nesse dia, em 1542, Santo Inácio de Loyola – fundador da Companhia de Jesus – e seus primeiros companheiros fizeram a profissão solene em Roma, depois da aprovação do Papa Paulo III da nova ordem nascente.
Santo Inácio de Loyola e seus companheiros fizeram sua profissão diante de uma imagem da Virgem Maria, na Basílica de São Paulo Extramuros de Roma, que naquele tempo era a Basílica Papal, pois São Pedro ainda estava sendo construída.
O Papa Francisco rezou diante dessa mesma imagem no final da Missa durante sua primeira visita à Basílica, em 14 de abril de 2013, uma semana depois de ter tomado posse como Bispo da diocese de Roma.
Hoje é celebrada a Virgem Santa Maria, Mãe da Companhia de Jesus
REDAÇÃO CENTRAL, 22/04/2020 (ACI).- Desde 22 de abril de 1541, celebra-se todos os anos a festa da Mãe da Companhia de Jesus, dia em que os primeiros jesuítas fizeram os votos solenes diante da imagem da Virgem Santa Maria, na Basílica romana de São Paulo Extramuros.
Santo Inácio narrou toda a experiência: “Quando chegamos a São Paulo, os seis nos confessamos, uns aos outros. Decidiu-se que Íñigo dissesse missa na igreja, e que os outros recebessem o Santíssimo Sacramento de suas mãos, fazendo seus votos da seguinte forma: Inácio dizendo missa e antes da comunhão, segurando um papel com a fórmula dos votos, se voltou para seus companheiros que estavam ajoelhados, e pronunciou as palavras dos votos”.
“Depois de dizê-las, comungou recebendo o Corpo de Cristo. Quando terminou de consumir, colocou as cinco hóstias consagradas na patena e se voltou para seus companheiros. Cada um tomou o texto dos votos em sua mão e disse em voz alta as palavras. Quando o primeiro terminou, recebeu o Corpo de Cristo. Em seguida, por turnos, os demais fizeram o mesmo. A missa aconteceu no altar da Virgem, no qual estava reservado o Santíssimo Sacramento”.
“Quando acabou a missa, depois de rezar diante dos outros altares, regressaram ao altar maior, onde todos se aproximaram de Íñigo. Deram-lhe um abraço e o beijo da paz, com muita devoção, sentimento e lágrimas; assim, finalizaram a cerimônia dos votos e deram início a sua vocação”.
Em 27 de setembro de 1540, meses antes que Santo Inácio de Loyola e os cinco companheiros (Salmerón, Laínez, Broet, Jay e Codure) fizessem os votos de pobreza, castidade e obediência, o Papa Paulo III aprovou a Fórmula da Companhia de Jesus e concedeu licença para fazer suas Constituições.
Papa chama a redescobrir a sacralidade da terra: "Também é a casa de Deus"
Vaticano, 22/04/2020 (ACI).- O Papa Francisco fez um chamado para "redescobrir o sentido do respeito sagrado pela terra, porque não é apenas a nossa casa, mas também a casa de Deus".
O Santo Padre se expressou assim durante a Audiência Geral desta quarta-feira, 22 de abril, na Biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano, na qual pronunciou uma catequese especial no contexto do Dia Mundial da Terra.
Para o Pontífice, a partir dessa concepção da terra como "casa de Deus", conclui-se "em nós a consciência de estar em uma terra sagrada".
Por ocasião deste Dia Mundial, o Papa nos encorajou a aproveitar a oportunidade para “renovar o nosso compromisso de amar a nossa Casa comum e cuidar dela e dos membros mais frágeis de nossa família".
"Como a trágica pandemia de coronavírus está nos mostrando, somente juntos e ajudando os mais frágeis podemos vencer os desafios globais", afirmou.
Explicou que “vivemos na Casa comum como uma única família humana e na biodiversidade com as outras criaturas de Deus. Como imagem de Deus, somos chamados a cuidar e respeitar todas as criaturas e nutrir amor e compaixão por nossos irmãos e irmãs, especialmente os mais frágeis, imitando o amor de Deus por nós, manifestado em seu Filho Jesus”.
Do mesmo modo, lamentou que "por causa do egoísmo, falhamos em nossa responsabilidade como guardiões e administradores da terra".
Denunciou que “nós a poluímos e depredamos, colocando em risco nossa própria vida. Por isso, vários movimentos internacionais e locais foram formados para despertar as consciências. Agradeço sinceramente essas iniciativas e ainda será necessário que os nossos filhos saiam às ruas para nos ensinar o que é óbvio, ou seja, que não há futuro para nós se destruirmos o ambiente que nos sustenta”.
“Falhamos em proteger a terra, nossa casa-jardim, e em proteger os nossos irmãos. Pecamos contra a terra, contra o nosso próximo e contra o Criador, o Pai bom que provê a todos e quer que vivamos juntos em comunhão e prosperidade”.
Nesse sentido, o Papa Francisco se perguntou: “Como podemos restabelecer uma relação harmoniosa com a terra e o resto da humanidade? Precisamos de uma nova maneira de olhar a nossa Casa comum. Ela não é um depósito de recursos a serem explorados. Para nós, fiéis, o mundo natural é o ‘Evangelho da Criação’".
Esse Evangelho da criação ao qual o Papa se referiu "expressa o poder criativo de Deus em plasmar a vida humana e em fazer o mundo existir junto com o que ele contém para sustentar a humanidade".
Reforçou que “precisamos de uma conversão ecológica expressa em ações concretas. Como uma família única e interdependente, precisamos de um plano compartilhado para afastar as ameaças contra nossa Casa comum".
Por fim, enfatizou que "somos conscientes da importância de colaborar como comunidade internacional para a proteção de nossa Casa comum".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Papa Francisco pede unidade fraterna entre as nações
Vaticano, 22/04/2020 (ACI).- O Papa Francisco pediu orações pela unidade fraternas entre as nações, em particular, pela unidade da Europa, para recordar os sonhos dos "pais fundadores da União Europeia".
"Neste tempo no qual é preciso muita unidade entre nós, entre as nações, rezemos hoje pela Europa, a fim de que a Europa consiga ter esta unidade, esta unidade fraterna que os pais fundadores da União Europeia sonharam".
Em seguida, o Papa Francisco, em sua homilia, comentou uma parte da narração bíblica do Evangelho de São João no capítulo 3, que descreve o diálogo de Jesus com Nicodemos, uma narração que descreveu como um "tratado de teologia" que contém o kerigma, a catequese, entre outros temas.
Nesse sentido, o Santo Padre destacou duas questões: a importância do Amor de Deus e da Luz que vem de Jesus, do Espírito Santo.
Por isso, o Pontífice recomendou olhar em silêncio para o crucifixo "que não é um objeto a ser colocado aqui ou acolá, mas é propriamente a expressão do amor de Deus". "Olhar o crucifixo, o Amor de Deus, a sabedoria cristã", encorajou o Papa.
Depois de refletir sobre o amor de Deus e o crucifixo, o Santo Padre convidou a se perguntar: “Eu caminho na luz ou caminho nas trevas? Sou filho de Deus ou acabei me tornando um pobre morcego?”.
Finalmente, o Papa Francisco encorajou a andar com amor e que a Luz de Jesus, do Espírito Santo, permita olhar com a Luz "e não com as trevas que o senhor das trevas nos dá".
Evangelho comentado pelo Papa Francisco:
São João 3, 16-21
Deus amou tanto o mundo,
que deu o seu Filho unigênito,
para que não morra todo o que nele crer,
mas tenha a vida eterna.
17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por ele.
18Quem nele crê, não é condenado,
mas quem não crê, já está condenado,
porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
19Ora, o julgamento é este:
a luz veio ao mundo,
mas os homens preferiram as trevas à luz,
porque suas ações eram más.
20Quem pratica o mal
odeia a luz
e não se aproxima da luz,
para que suas ações não sejam denunciadas.
21Mas quem age conforme a verdade
aproxima-se da luz,
para que se manifeste
que suas ações são realizadas em Deus.
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Papa Francisco: "O pecado nos cega, nos transforma em morcegos humanos"
Vaticano, 22/04/2020 (ACI).- O Papa Francisco lamentou que há pessoas que preferem as trevas à luz, pessoas cegas pelo pecado, porque o pecado cega e transforma os homens em "morcegos humanos que sabem deslocar-se somente na noite".
Foi assim que o Pontífice se expressou durante a Missa celebrada nesta quarta-feira, 22 de abril, na Casa Santa Marta.
Na homilia, o Santo Padre assinalou que “também nós, quando estamos no pecado, nos encontramos nesse estado: não toleramos a luz. Viver nas trevas é mais cômodo para nós; a luz nos esbofeteia, nos mostra aquilo que não queremos ver".
Mas o pior "é que os olhos, os olhos da alma de tanto viver nas trevas se acostumam a tal ponto que acabam por ignorar o que vem a ser a luz. Perder o sentido da luz porque me acostumo mais com as trevas”.
O amor de Deus no crucifixo
A partir do trecho do Evangelho de São João desta quarta-feira, que o Papa definiu como "um verdadeiro tratado de Teologia" e no qual se narra o diálogo entre Jesus e Nicodemos, Francisco refletiu sobre dois pontos: o amor de Deus em Cristo crucificado e a luz diante das trevas.
No primeiro ponto, o Pontífice lembrou que “Deus nos ama e nos ama com uma loucura. O amor de Deus parece uma loucura. ‘Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito’. Deu o seu Filho, enviou seu Filho e o enviou para morrer na cruz”.
“Toda vez que nós olhamos o crucifixo, encontramos este amor. O crucifico é o grande livro do amor de Deus. Não é um objeto a ser colocado aqui ou acolá, mais bonito, não tão bonito, mais antigo, mais moderno... não. É propriamente a expressão do amor de Deus”.
Ele destacou que “Deus nos amou assim: enviou seu Filho, (que) se aniquilou até a morte de cruz por amor. Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho”.
“Quantos cristãos passam o tempo olhando o crucifixo... e nele encontram tudo, porque entenderam, o Espírito Santo os fez entender que ali está toda a ciência, todo o amor de Deus, toda a sabedoria cristã”.
Ressaltou que “Paulo fala disso, explicando que todos os raciocínios humanos que ele faz servem até um certo ponto, mas o verdadeiro raciocínio, o modo de pensar mais bonito, mas também que mais explica tudo é a cruz de Cristo, é Cristo crucificado que é escândalo e loucura, mas é o caminho”.
Luz frente às trevas
O segundo ponto refere-se ao versículo que diz "a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más".
"Muitos escândalos humanos, muitas corrupções" ocorrem, pois há pessoas que, cegas pelo pecado, preferem as trevas à luz, elas só podem viver nas trevas, como morcegos, porque a luz as cega. Acostumaram-se a viver na escuridão e não podem mais viver na luz.
“Os corruptos não sabem o que é a luz, não conhecem. Também nós, quando nos encontramos em estado de pecado, em estado de distanciamento do Senhor, nos tornamos cegos e nos sentimos melhor nas trevas e caminhamos assim, sem ver, como os cegos, deslocando-nos como podemos”.
O Papa Francisco terminou a homilia nos convidando a deixar “que o amor de Deus, que enviou Jesus para salvar-nos, entre em nós e a luz que Jesus traz, a luz do Espírito entre em nós e nos ajude a ver as coisas com a luz de Deus, com a luz verdadeira e não com as trevas que o senhor das trevas nos dá”.
Evangelho comentado pelo Papa Francisco:
São João 3, 16-21
16 Deus amou tanto o mundo,
que deu o seu Filho unigênito,
para que não morra todo o que nele crer,
mas tenha a vida eterna.
17 De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por ele.
18 Quem nele crê, não é condenado,
mas quem não crê, já está condenado,
porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
19 Ora, o julgamento é este:
a luz veio ao mundo,
mas os homens preferiram as trevas à luz,
porque suas ações eram más.
20 Quem pratica o mal
odeia a luz
e não se aproxima da luz,
para que suas ações não sejam denunciadas.
21 Mas quem age conforme a verdade
aproxima-se da luz,
para que se manifeste
que suas ações são realizadas em Deus.
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Disney criticada após apresentar "pais gays" na série Ducktales
NOVA IORQUE, 22/04/2020 (ACI).- A empresa bilionária de entretenimento Disney foi criticada por apresentar um casal de "pais gays" no reinício de DuckTales, a popular série dos anos 80 baseada no universo do Pato Donald.
O evento ocorre no primeiro episódio da terceira temporada transmitido na Disney Plus e Disney XD.
O produtor executivo da série, Frank Angones, disse em uma publicação no blog de Tumblr que não fizeram "representações relevantes de LGBTQ [NdR: lésbicas, gays, bissexuais ou transgêneros ou queer]" na Disney e que têm "alguns temas e ideias que estão surgindo que tratam sobre narrativas relevantes para o LGBTQ ”para o futuro.
Também lamentou não ter dado aos "pais de Violet" um papel mais proeminente.
One Million Moms, um site fundado por American Family Association (AFA) com o objetivo de mobilizar os pais para "impedir a exploração de crianças" pelos meios de comunicação, está pedindo um boicote à Disney até que DuckTales retire o casal de pais homossexuais. A carta foi assinada por aproximadamente 10 mil pessoas.
"Advertência! DuckTales não é o mesmo desenho animado que os pais cresceram assistindo. Os pais compartilham o mesmo sobrenome e ambos usam camisetas com a frase 'Estou com papai' na frente e que têm flechas que apontam uma para a outra. Não há como negar seu relacionamento romântico. É extremamente evidente que são um casal”, escreveu a diretora do One Million Moms, Monica Cole, em um e-mail para seus seguidores na sexta-feira, 17 de abril.
“É evidente que esse produtor em particular” quis “doutrinar as crianças, expondo-as a relacionamentos homossexuais através de uma fachada de normalidade. Se alguém ainda tiver alguma dúvida sobre a posição da Disney sobre esse assunto polêmico, espero que isso deixe claro que existe uma agenda LGBTQ que estão forçando em audiências jovens”, alertou.
Cole disse que "não concordo com a agenda LGBTQ que está sendo imposta às famílias e às crianças na série de reinício do DuckTales. Minha família não assistirá DuckTales nem apoiará sua empresa enquanto a rede se desvie do entretenimento familiar. Incentivarei meus amigos a fazerem o mesmo”.
O blog One Angry Gamer também declarou que "não se pode negar que realmente existe uma agenda gay para inculcar nas crianças o conteúdo LGBTQIA+".
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Milhares exigem cancelar desfile gay na Disneylândia https://t.co/QuzKIDim3l
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Frente ao coronavírus, Arcebispo pede o fim da guerra civil nos Camarões
YAUNDÉ, 22/04/2020 (ACI).- O Arcebispo de Bamenda (Camarões), Dom Andrew Nkea Fuanya, pediu que frente à pandemia de coronavírus se alcance a paz e cesse o conflito entre as áreas de língua inglesa e francesa que afeta o país desde 2016.
"Depois de muitos anos de lutar e matar uns aos outros, agora é tempo para a paz" e de alcançar "a justiça e a reconciliação", escreveu o Prelado em uma carta pastoral de 17 de abril intitulada "Agora é tempo para a paz".
As relações entre a maioria de língua francesa e a minoria de língua inglesa são difíceis desde a independência dos Camarões, em 1961, após a unificação da região francesa e britânica.
Um conflito armado sangrento estourou em 2016, após fortes protestos contra a decisão do Governo de Yaoundé de usar apenas o idioma francês nos tribunais e nas escolas, o que fez com que os de língua inglesa proclamassem a independência de sua região à qual chamaram de Ambazonia.
Desde então, a violência não parou e o conflito se agravou com a delinquência comum. Como resultado dos confrontos, mais de 2 mil pessoas morreram, cerca de 700 mil foram deslocadas para países vizinhos, como a Nigéria, e cerca de 800 mil crianças não vão à escola.
Os de língua inglesa representam aproximadamente 20% da população do país e sempre se manifestaram contra a marginalização que sofrem por parte dos de língua francesa que governam o país.
O Arcebispo lamentou que, neste tempo, “cidades e instituições foram incendiadas e deixadas em ruínas. Milhares de pessoas foram deslocadas e outras estão agora refugiadas em países vizinhos e vivem em condições sub-humanas”.
“Inclusive, enquanto escrevo esta carta pastoral, os sequestros, os confrontos e os assassinatos continuam em várias áreas de nossa arquidiocese e parece que não há nenhum sinal de que isso acabará em breve. Para piorar tudo, temos o problema do coronavírus”, lamentou o Prelado.
O Arcebispo enfatizou que “a paz deve ser constantemente construída. É um caminho que fazemos juntos pelo bem comum, pela verdade e pelo respeito à lei. Escutar-nos uns aos outros pode levar a um entendimento e estima mútuos e inclusive poder ver no inimigo o rosto de um irmão ou irmã”.
Depois de incentivar a não recorrer à vingança, o Arcebispo de Bamenda enfatizou que "só podemos alcançar uma paz verdadeira e duradoura se estivermos prontos para o diálogo, um diálogo a serviço da justiça e da paz".
Segundo a Universidade Johns Hopkins, existem 1.163 casos confirmados de coronavírus nos Camarões, com 43 mortes.
Publicado originalmente em ACI África. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Bispos pedem a presidente de Camarões iniciar diálogos de paz para acabar com guerra civil https://t.co/fNwRNetXIs
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Vaticano planeja sua reativação após a paralisação pelo coronavírus
VATICANO, 22/04/2020 (ACI).- O Papa Francisco decidiu iniciar a partir de maio "a reativação gradual dos serviços ordinários do Vaticano" "salvaguardando ao mesmo tempo as precauções sanitárias para limitar o contágio" em uma segunda fase da emergência causada pela pandemia de coronavírus.
O Santo Padre tomou essa decisão depois de se reunir na manhã desta quarta-feira, 22 de abril, na antiga Sala do Sínodo do Vaticano, com o Secretário de Estado da Santa Sé, Cardeal Pietro Parolin, junto com os chefes dos Dicastérios e entidades da Santa Sé.
Segundo informou a Sala de Imprensa do Vaticano através de um comunicado, o objetivo é "garantir o serviço ao Santo Padre e à Igreja Universal".
No comunicado, informa-se que na reunião "foi sublinhado o esforço empregado pela Santa Sé para enfrentar a crise de uma forma sustentável".
Confira também:
Vaticano cria comissão sobre efeitos do coronavírus na sociedade https://t.co/0jZAExLTia
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Síria: Alertam sobre sistema de saúde precário frente ao COVID-19
ALEPPO, 22/04/2020 (ACI).- Um sacerdote sírio revelou à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN) que em seu país, o aumento percentual de idosos e o sistema de saúde precário são os principais fatores de preocupação na luta contra a pandemia de coronavírus COVID -19.
“A cidade síria perdeu muitos hospitais e centros de saúde, destruídos por terroristas, por exemplo, o Hospital Al-Kindi e o hospital oftalmológico. Muitos dos equipamentos e suprimentos médicos foram roubados, e muitos médicos migraram porque os terroristas sequestraram alguns deles ou ameaçaram matar outros. Como consequência, o sistema de saúde está em um estado precário e essa é a raiz do medo de que o vírus se espalhe na população, principalmente entre os soldados árabes e sírios”, explicou à ACN o sacerdote católico armênio Antoine Tahhan.
O sacerdote também acha que os respiradores que há nos hospitais, “especialmente nas unidades de cuidados intensivos, não são suficientes para combater o vírus”.
"Também precisaríamos de uma grande quantidade de máscaras cirúrgicas, esterilizadores e outras ferramentas. No entanto, precisamos conscientizar mais a população sobre a saúde. Até agora, muitas pessoas caminham pelos parques, ficam de mãos dadas ou se cumprimentam sem levar em conta as medidas recomendadas pela saúde pública”, assegurou.
Em 19 de março, o Governo sírio ordenou o fechamento de todas as lojas por medo da propagação do COVID-19 e impôs um toque de recolher a partir das 18h até 6h. Em 22 de março, os bispos católicos de Aleppo também decidiram fechar as igrejas. Desde então, Pe. Antoine vai e vem todas as manhãs à Igreja Católica Armênia da Santa Cruz, em Aleppo, para celebrar a Missa e depois volta para casa para cumprir a quarentena.
ACN indicou que, embora o coronavírus tenha se apresentado menos agressivo no país, não poupa a maltratada cidade de Aleppo, que foi duramente atingida durante a guerra e ainda está se recuperando desde que foi libertada em 24 de dezembro de 2016.
“Muitas pessoas dizem que sofreram por nove anos e sobreviveram à guerra e à fome. Algumas pessoas são mais cautelosas e usam esterilizadores, máscaras cirúrgicas, antissépticos e luvas de segurança para prevenção, mas a maioria não tem medo da disseminação do coronavírus. Eles já sofreram muito”, continuou Pe. Antoine.
O êxodo causado pela guerra teve efeitos devastadores, explica o padre. Recordou que o número de famílias cristãs em Aleppo antes da guerra "era de cerca de 30 mil".
"Agora esse número caiu para cerca de 10 mil. Além disso, estamos vivendo um envelhecimento massivo: o número de idosos aumentou para dois terços da população, não apenas em Aleppo, mas em toda a Síria. E a falta de força de trabalho jovem se agrava devido ao serviço militar”, lamentou.
O presbítero conta que "quando a cidade de Aleppo foi libertada, havia otimismo e por três anos muitos colocaram suas esperanças no trabalho, mas a situação econômica em geral vai de mal a pior".
“Muitos estão desempregados e os salários não são suficientes para sustentar uma família de quatro pessoas. As sanções econômicas estão fazendo a população sofrer muito e a má situação econômica no Líbano afetou a economia síria, o dólar disparou e, com isso, o custo de vida. A ajuda que entrava na Síria pelo Líbano também foi suspensa", afirmou.
Por esta razão, "para incentivar as famílias a voltarem à Síria, precisamos suspender as sanções econômicas - como o Papa pediu em seu discurso de Páscoa - e ajudar os jovens a encontrar emprego".
"Também precisamos de segurança, assistência médica e abolir a reserva militar, para que os jovens possam trabalhar, construir seu futuro e criar uma família", acrescentou Pe. Antoine.
Desde a libertação de Aleppo, 75 famílias armênio-católicas voltaram. Estas foram deslocadas de outras áreas do país e não da Europa.
Embora o coronavírus seja uma preocupação adicional entre muitas outras, a pandemia global na Síria é especialmente assustadora por causa das consequências econômicas.
"Do contato que temos com as dioceses do Oriente Médio, surge, sobretudo, uma preocupação, atribuível ao que foi descrito pelo Pe. Antoine Tahhan em relação ao aumento da idade média da comunidade cristã na Síria e no Iraque", comentou Alessandro Monteduro, diretor da ACN Itália.
Nesse sentido, disse que "uma população predominantemente mais velha, assistida por sistemas de saúde precários, é particularmente vulnerável ao coronavírus".
Se o vírus “se espalhar ainda mais, teme-se que possa causar um massacre. Ajuda à Igreja que Sofre nestas horas está intensificando o apoio às Igrejas do Oriente Médio para que este risco seja, na medida do possível, imobilizado”, concluiu Monteduro.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Vaticano doa material sanitário contra coronavírus para a Síria e a Terra Santa https://t.co/XTXoqiQ8Ls
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Arcebispo reza por vítimas de tiroteio massivo no Canadá
MONTREAL, 22/04/2020 (ACI).- O Arcebispo Anthony Mancini, de Halifax-Yarmouth (Canadá), ofereceu suas orações pelas vítimas do tiroteio do fim de semana em um pequeno povoado de Nova Escócia, entre os quais está um membro da Polícia Real Montada do Canadá.
Em uma carta de 20 de abril, dirigida à delegacia da Polícia Real Montada do Canadá (RCMP), o Arcebispo de Halifax-Yarmouth expressou suas condolências pela morte do oficial Heidi Stevenson.
"Desejo expressar, como Arcebispo de Halifax-Yarmouth, e em nome dos fiéis católicos, nossas sinceras condolências pela perda da vida do agente Heidi Stevenson", disse Dom Mancini. "Sua morte no cumprimento do dever indica o maior sacrifício que se pode fazer em nome dos cidadãos a quem serviu", acrescentou.
O Arcebispo assinalou que rezará por sua família e pelos oficiais do RCMP que estão de luto pelo lamentável falecimento.
Em um vídeo publicado na terça-feira, 21 de abril, Dom Mancini ofereceu suas condolências e orações aos fiéis de sua arquidiocese após o massacre com arma de fogo perpetrado pelo dentista Gabriel Wortman neste fim de semana.
"Estes últimos dias foram chocantes, já que todos fomos afetados pela morte inútil e prematura de muitos de nossos concidadãos", afirmou. “Por mais que tentemos compreender essa tragédia, continua sendo impossível. Estamos experimentando um grande sentimento de perda, frustração e até raiva", acrescentou.
Na manhã desta segunda-feira, foi confirmado que 18 pessoas foram mortas, o que fez com que este seja o ataque a tiros mais mortal da história do Canadá, chocando uma província que geralmente vê menos de 15 homicídios por ano.
As autoridades ainda precisam determinar as causas da morte do dentista de 51 anos e os motivos pelos quais cometeu o ataque.
Dom Mancini reconheceu que as circunstâncias atuais relacionadas à pandemia de COVID-19 complicaram o processo de luto.
“Essa perda ocorre no momento em que a ameaça do coronavírus já nos angustia. Neste momento de luto, deveríamos ser capazes de nos unir para ter o apoio e a atenção da comunidade. No entanto, aqui estamos, isolados para nos manter a salvos, tornando as circunstâncias atuais ainda mais trágicas", afirmou.
O Arcebispo encorajou as pessoas a usar "meios tecnológicos" para oferecer apoio mútuo durante o processo de luto e lembrou à Nova Escócia que "o amor é maior que a tragédia e a morte".
"Desejo estender a todas as famílias e amigos daqueles que morreram nossas orações e nossa solidariedade", disse. "Neste momento, quando celebramos a ressurreição de Jesus, é bom lembrar que a morte não é a última palavra", afirmou.
Dom Mancini também garantiu que seu rebanho rezará pelo "crescente número de vítimas de COVID-19" e "pelos que estão na frente fazendo todo o possível para nos proteger: os médicos, as enfermeiras e, é claro, a polícia".
Publicado originalmente em CNA. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
Confira também:
Bispos rezam por vítimas de tiroteio que deixou 11 mortos na Alemanha https://t.co/KH5OsZqacB
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"Para isso nos ordenamos": Sacerdote leva sacramentos aos doentes em tempos de coronavírus
Cidade do México, 22/04/2020 (ACI).- Um sacerdote mexicano está decidido a continuar cuidando dos fiéis doentes, inclusive nos hospitais, mesmo correndo o risco de ficar doente, pois "para isso nos ordenamos" e "temos que ser outro Cristo no mundo".
Em diálogo com ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, Pe. Juan José Cedeño, pároco da paróquia da Coroação de Nossa Senhora de Guadalupe, no bairro de Condesa, na Cidade do México, explicou que tomou esta decisão “compreendendo toda a dor e sofrimento que estamos experimentando a nível mundial e também no México”.
“Hoje precisamos de sinais de esperança, sinais de luz, de amor, de que Deus está comigo apesar da dor e do sofrimento. Por isso, ousei sair um pouco mais quando me pedem, me solicitam e vou aos hospitais para ungir”.
Segundo a universidade norte-americana especializada em medicina Johns Hopkins, em 22 de abril, foram confirmados em todo o mundo 2.594.724 casos de coronavírus COVID-19, totalizando 179.778 mortes.
O Governo do México informou, em 20 de abril, que no país "havia 8.772 casos e 712 mortes”.
Hugo López-Gatell, subsecretário de Prevenção e Promoção da Saúde do México, anunciou em 21 de abril que o México entrou na "fase de rápida ascensão" da pandemia de coronavírus COVID-19, conhecida no país como fase 3.
Pe. Cedeño garantiu que, ao ajudar os doentes, “procuro me cuidar com o que nos pedem, sempre que chego ao hospital nos indicam que devemos lavar as mãos, usar a máscara que já uso, colocar a bata e as luvas”.
"Sim, com medo, mas confio a Deus: Senhor, se for para a sua glória, cuida de mim, que eu cuido das pessoas que você está colocando na minha frente", disse.
O presbítero, que também celebra Missas de corpo presente para os falecidos, disse que quando o sacerdote visita os doentes e suas famílias "as pessoas ficam cheias de esperança".
“Há dor na família, há dor nas pessoas, e chega o Padre e celebra para eles. São sinais de muita esperança, de agradecimento. E as pessoas ficam dizendo ‘Deus está conosco, Deus nos visitou’”.
Pe. Cedeño enfatizou que este trabalho sacerdotal “faz parte da nossa vida”, uma vez que “o próprio Jesus se arriscou. Nosso Senhor Jesus Cristo deu tudo pelo seu povo”.
Além disso, destacou o exemplo de “quantos santos, santas, quantos missionários, religiosos, religiosas, continuam dando suas vidas para servir os pobres e os doentes. Penso em todas as freiras e sacerdotes que morreram nas casas de Aids, onde há leprosos, que podem se contagiar facilmente e, apesar disso, continuam prestando o serviço”.
"E nesses momentos de pandemia, de dor, de sofrimento, precisamos de luz, esperança, que Deus esteja lá e que as pessoas sintam Deus próximo a elas", assegurou.
Para o Pe. Cedeño, o importante para ter coragem diante do medo é confiar em Jesus. “Lembro-me da passagem da barca. Jesus vinha dormindo na barca e os discípulos cheios de medo, porque a barca estava afundando, porque havia muito vento, ondas, e eles acordam Jesus. Jesus acalma, mas há uma censura com o coração de Jesus aos seus discípulos, dizendo: 'Por que este medo, gente de pouca fé?'”.
"Acho que estamos na mesma passagem. Obviamente, há medo, mas é preciso aprender a confiar. E, além disso, faz parte do nosso serviço, para isso nos ordenados e temos que ser outro Cristo no mundo, ainda mais nesses momentos de desespero, desolação, tristeza".
Embora o sacerdote mexicano ainda não tenha levado os sacramentos a um doente de coronavírus, não se recusa a fazê-lo quando chegar a hora. "Se as autoridades médicas me permitirem, colocarei minha bata,colocarei minha máscara, colocarei minhas luvas e com muito amor e carinho iria ungir uma pessoa infectada com coronavírus”, assinalou.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Religiosas de clausura combatem COVID destas duas maneiras eficazes
SEVILHA, 22/04/2020 (ACI).- A Arquidiocese de Sevilha (Espanha) é uma das dioceses espanholas com o maior número de mosteiros e conventos de vida contemplativa. As religiosas dos 13 conventos de clausura da Arquidiocese intensificaram a oração pelos agentes de saúde e, além disso, confeccionam centenas de máscaras para evitar o contágio por COVID-19.
Segundo explicam da Arquidiocese de Sevilha, o grande número de conventos de clausura é "uma riqueza para a Igreja, um ‘pulmão espiritual’ que goza do respeito e do carinho do povo de Sevilha".
“Seu tempo geralmente se divide entre a oração e a preparação de doces, com cuja venda cobrem algumas despesas de suas comunidades, mas devido à pandemia de coronavírus, intensificaram a oração, participando nas redes criadas para rezar pelos agentes de saúde e nos grupos mais diretamente envolvidos nesta luta”.
Destacam também que nas últimas semanas "trocaram os fornos pelas máquinas de costura e, muitas delas, estão fabricando máscaras para os hospitais, residências e organizações que agradecem vivamente o serviço impagável destas mulheres”.
As religiosas Clarissas Capuchinhas do convento de Santa Rosalía "intensificaram a oração e o tempo de adoração". Segundo destaca a Arquidiocese "com a colaboração de algumas irmandades que lhes forneceram o material, até agora fizeram cerca de 500 máscaras. Alguns transportadores as recolhem e as enviam para as residências. As últimas 150 foram para a ANIDI, a Associação Nazarena para a Integração de pessoas com Deficiência Intelectual”.
Além disso, criaram uma emissora online: a Rádio Santa Rosalía, onde transmite o programa “La Puntada”, “uma gravação simples e fraterna, de poucos minutos, na qual animamos e queremos transmitir alegria e esperança”, asseguram.
Os áudios do programa "são encaminhados para a África do Sul, México, Estados Unidos, República Dominicana e vários lugares da Espanha".
Também colaboram com a Rede de Oração, na qual pedem pelos agentes de saúde, inclusive, algumas religiosas escreveram pessoalmente para os médicos e enfermeiros “para que saibam que rezamos por eles e agradeceram muito”.
As religiosas Carmelitas de Santa Ana também costuram máscaras para uma irmandade que lhes trouxe duas peças de pano. "A comunidade faz parte da Rede de Oração e cada uma das quinze religiosas que a compõem tem duas ou três pessoas designadas pelas quais rezam diariamente", afirmam.
As concepcionistas de Osuna, as Clarissas Santa Inês, também participam da Rede de Oração e rezam "um Terço especial e concreto com intenções pelos agentes de saúde, médicos e enfermeiros”.
Por sua vez, as 10 irmãs Clarissas de Estepa, além de intensificarem a oração em nível pessoal e comunitário, continuam produzindo doces, os quais são enviados à Polícia Local, agentes de saúde da localidade e pessoas que se dedicam a desinfetar as ruas.
As Clarissas de Alcalá já fizeram cerca de 4 mil máscaras que foram distribuídas em padarias, farmácias, Polícia Local e Nacional, Guarda Civil, além de várias fábricas e hospitais e centros de saúde.
As dominicanas de Bormujos também fazem máscaras para a Polícia Local e para o hospital de São João de Deus e para um serviço de ajuda domiciliar.
Enfatizaram também que a rede de oração pelos agentes de saúde está sendo “um grande presente do Senhor” porque receberam mais de 2 mil e-mails com pedidos de oração e “criou-se uma fraternidade preciosa entre os profissionais de saúde e as comunidades. A força da oração lhes concede o consolo que tanto eles como seus familiares precisam”.
As Salesas, além de se oferecerem para fazer máscaras, garantem que “no meio desta provação, despertou-se uma grande fome e sede de Deus. Recebemos telefonemas de pessoas que querem ser ouvidas, pois não têm ninguém para desabafar diante de tanto acúmulo de sofrimento, nos pedem para ensiná-las a rezar o Terço e outras devoções, que lhes expliquemos como aproveitar o tempo de confinamento tão duro e como fazer com que se sintam menos sozinhos”.
As Mercedarias de Osuna colaboram com o hospital local fazendo batas e mantêm uma rede de oração; as Dominicanas Madre de Dios reforçam o tempo dedicado à oração e também a fazer máscaras, destacam que "tem muita demanda". Os primeiros destinos para o qual enviaram foram o Hospital Macarena e uma casa de repouso de idosos, assim como Mercasevilla, para várias famílias, pessoas necessitadas e outros mosteiros. Produzem mais de duzentas máscaras por dia.
As religiosas do convento de São Leandro, por sua vez, ampliaram o tempo de adoração ao Santíssimo e produzem entre 500 e 600 máscaras diárias. Segundo destacam, algumas noites ficam costurando até meia noite.
As religiosas carmelitas, também conhecidas como “Las Teresas”, fizeram mil máscaras que a Irmandade de Nossa Senhora de la Antigua distribuiu.
Enquanto no convento do Espírito Santo, rezam por dezoito grupos, com um total de trinta pessoas, além de rezarem por várias equipes de farmacêuticos.
Publicado originalmente por ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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Governo de Santa Catarina pede celebração de missas com hóstias "pré-embaladas"
FLORIANÓPOLIS, 22/04/2020 (ACI).- A Arquidiocese de Florianópolis divulgou nesta terça-feira, dia 21 de abril, as novas orientações aos católicos dos 30 municípios de seu território. O documento esclareceu as dúvidas geradas na população após a publicação de uma portaria do governo de Santa Catarina no dia 20 de abril autorizando a abertura das igrejas, entretanto, pede que as hóstias usadas nas missas sejam pré-embaladas, para evitar a propagação do coronavírus.
A portaria estadual nº 254, assinada pelo governador Carlos Moisés, determinou que “nos cultos em que houver a celebração de ceia, com partilha de pão e vinho, ou celebração de comunhão, os elementos somente poderão ser partilhados se estiverem pré-embalados para uso pessoal”. (Diário Oficial - SC - Nº 21.251).
A medida surpreendeu os católicos, posto que é necessário que o presbítero toque na hóstia para a consagração e não está permitido na liturgia católica qualquer tipo de invólucro sobre as espécies. O tema foi um dos assuntos destacados pelo professor Felipe Nery durante a live do Instituto Borborema, realizada também no dia 20, pelo YouTube.
“O governador se tornou uma autoridade máxima para dizer como um rito religioso deve ser realizado? Acaso quer que cada um leve de casa sua hóstia?”, refletiu o professor.
Em seu site, a Arquidiocese de Santa Catarina esclareceu que “para a comunhão eucarística tanto o ministro (sacerdote, diácono ou leigo) quanto os fiéis deverão higienizar as mãos com álcool em gel 70% antes e depois da distribuição”.
O professor Felipe Nery alertou sobre o perigo das medidas drásticas que estão sendo tomadas em diversos lugares do Brasil e do mundo e que acabam prejudicam a vida de fé dos católicos ao proibir reuniões para rezar ou refletir sobre a Palavra de Deus.
“Em Foz de Iguaçu, foi divulgado um telefone para que fossem feitas denúncias de reuniões familiares e aglomerações nas casas. Foi criado um ‘Disque Denúncia’ para isso”.
Felipe ensinou que é preciso olhar esse fenômeno para poder questionar o que está por trás de todas essas coisas e citou o caso da Grécia.
“Na Grécia, os sinos foram proibidos de tocar para que a população não tenha vontade de ir à missa. Além disso, a costumeira saudação pascal dos ortodoxos também não pode mais ser feita. Atualmente, os gregos precisam avisar quando querem sair de casa, informando aonde vão. Se uma pessoa for pega na rua sem ter agendado a saída ou sem ter uma carta comprovando que trabalha num serviço essencial será multada em 150 euros”.
Para o professor Felipe Nery, o coronavírus está sendo utilizado para justificar este tipo ações contrárias ao direito de culto.
“É preciso parar um pouco e refletir. Estão sendo tomadas medidas de controle de comportamento. Está sendo observada a forma como a população reage diante de cada determinação ordenada, é um grande experimento social. O que está valendo não são verdades, mas o consenso da maioria. Verdades estão sendo relativizadas, em nome da tolerância universal”, observou.
Confira as orientações da Arquidiocese de Florianópolis:
https://arquifln.org.br/noticias/arquidiocese-lanca-novas-orientacoes-sobre-abertura-das-igrejas/
Assista a íntegra da live do Instituto Borborema:
https://www.youtube.com/watch?v=c6ZkEdDPXpY&feature=youtu.be