Como lucrar indulgência plenária no Domingo da Divina Misericórdia?
REDAÇÃO CENTRAL, 18/04/2020 (ACI).- No segundo domingo da Páscoa – neste ano, dia 19 de abril –, é celebrada a Divina Misericórdia. Esta festa litúrgica permite ao fiel alcançar a graça do perdão dos pecados.
“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores (...). Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças”, prometeu Jesus em suas aparições à Santa Faustina Kowalska.
“Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate”, assegurou-lhe o Senhor.
No ano 2000, o Papa São João Paulo II instituiu esta Festa da Misericórdia e, em 2002, foi publicado pela Santa Sé o “decreto sobre as indulgências recebidas na Festa da Divina Misericórdia”, um dom que também pode ser alcançado pelos doentes e navegantes em alto mar.
Concede-se indulgência plenária no segundo domingo de Páscoa ao fiel que, com as condições habituais (confissão sacramental, comunhão eucarística e oração pelas intenções do Santo Padre), “participe nas práticas de piedade em honra da Divina Misericórdia, ou pelo menos recite, na presença do Santíssimo Sacramento da Eucaristia, publicamente exposto ou guardado no Tabernáculo, o Pai-Nosso e o Credo, juntamente com uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso (por ex., ‘Ó Jesus Misericordioso, confio em Ti’)”.
E a indulgência parcial é concedida “ao fiel que, pelo menos com o coração contrito, eleve ao Senhor Jesus Misericordioso uma das invocações piedosas legitimamente aprovadas”.
Também os doentes e as pessoas que os ajudam, os navegantes, os afetados pela guerra, conflitos ou clima severamente adverso “e a todos os que, por uma justa causa, não podem abandonar a casa ou desempenham uma atividade que não pode ser adiada em benefício da comunidade, poderão obter a Indulgência plenária no Domingo da Divina Misericórdia”.
Para isso, devem, com total rechaço de qualquer pecado e com a intenção de cumprir logo que possível as três condições habituais, rezar “diante de uma piedosa imagem de Nosso Senhor Jesus Misericordioso, o Pai-Nosso e o Credo, acrescentando uma invocação piedosa ao Senhor Jesus Misericordioso”.
Além disso, se nem mesmo essas exigências puderem ser cumpridas, poderão obter a indulgência plenária “todos os que se unirem com a intenção de espírito aos que praticam de maneira ordinária a obra prescrita para a Indulgência e oferecem a Deus Misericordioso uma oração e juntamente com os sofrimentos das suas enfermidades e os incômodos da própria vida, tendo também eles o propósito de cumprir logo que seja possível as três condições prescritas para a aquisição da Indulgência plenária”.
Conheça a santa a quem Jesus revelou a devoção da Divina Misericórdia
REDAÇÃO CENTRAL, 18/04/2020 (ACI).- “As almas que divulgam o culto da Minha misericórdia, Eu as defendo por toda a vida como uma terna mãe defende o seu filhinho e, na hora da morte, não serei para elas Juiz, mas sim, Salvador misericordioso”, disse o Senhor à sua serva Santa Faustina Kowalska, a quem revelou o desejo de instituir a Festa da Divina Misericórdia, sua devoção, bem como a imagem de Jesus Misericordioso.
Santa Faustina nasceu na Polônia em 1905. No dia em que foi receber a Primeira Comunhão, beijou as mãos de seus pais para demonstrar sua pena por tê-los ofendido. Costumava ajudar em casa com as tarefas da cozinha, ordenhando as vacas e cuidando de seus irmãos. Frequentou a escola, mas só pôde completar três trimestres porque foi dada uma ordem que os alunos mais velhos tinham que sair para dar lugar às crianças mais novas.
Aos 15 anos, começou a trabalhar como empregada doméstica e sentiu mais fortemente o chamado à vocação religiosa. Contou esta inquietude a seus pais em várias ocasiões, mas eles se opuseram. Foi assim que se entregou às vaidades da vida, sem fazer caso do chamado que experimentava, até que escutou a voz de Jesus que lhe pediu para deixar tudo e ir a Varsóvia para entrar em um convento.
Sem despedir-se pessoalmente de seus pais, foi para Varsóvia apenas com um vestido. Lá, falou com um sacerdote, o qual conseguiu hospedagem na casa de uma paroquiana. Batia à porta de vários conventos, mas era rejeitada.
Foi recebida na Casa Mãe da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora da Misericórdia, mas antes teve que trabalhar como doméstica um ano para pagar seu ingresso. Poucas semanas depois, teve a tentação de deixar o convento e teve uma visão na qual Jesus apareceu com seu rosto destroçado e coberto de chagas.
Ela perguntou: “Jesus, quem te feriu tanto?”. O Senhor respondeu: “Esta é a dor que me causaria deixar este convento. É aqui onde te chamei e não a outro; e tenho preparadas para ti muitas graças”.
Mais tarde, foi enviada para o noviciado, tomou o hábito religioso e chegou a pronunciar seus primeiros votos e os perpétuos. Entre suas irmãs, serviu como cozinheira, jardineira e até mesmo porteira.
A esta simples mulher, piedosa, mas também alegre e de caritativa, Jesus apareceu em diversas ocasiões mostrando-lhe o seu infinito amor misericordioso pela humanidade. Da mesma forma, Deus lhe concedeu estigmas ocultos, dons de profecia, revelações e o Terço da Divina Misericórdia.
“Nem as graças, nem as revelações, nem os êxtases, nem nenhum outro dom concedido à alma a fazem perfeita, mas sim a comunhão interior com Deus... Minha santidade e perfeição consistem na íntima união da minha vontade com a vontade de Deus”, escreveu certa vez.
Em 5 de outubro de 1938, após longos sofrimentos suportados com grande paciência, partiu para a Casa do Pai. No ano 2000, foi canonizado pelo seu compatriota João Paulo II, que estabeleceu o segundo domingo de Páscoa como “Domingo da Divina Misericórdia”.
10 frases de Jesus à Santa Faustina
REDAÇÃO CENTRAL, 18/04/2020 (ACI).- Foi em suas aparições a Santa Faustina Kowalska que Jesus apresentou ao mundo a devoção da Divina Misericórdia, sua festa, a imagem, o Terço. À religiosa polonesa, o Senhor deixou também palavras que expressam essa imensa graça, as quais foram registradas por ela em seu Diário.
A seguir, confira algumas frases ditas pelo Senhor Jesus à Santa Faustina:
“... necessito de sacrifício repleto de amor, porque apenas este tem valor diante de Mim. Grandes são as dívidas contraídas pelo Mundo diante de Mim. Podem pagá-las as almas puras, pelo seu sacrifício, praticando a misericórdia em espírito” (Diário, 1316).
“Se a alma não praticar a misericórdia de um ou outro modo, não alcançará a Minha misericórdia no dia do Juízo. Oh! Se as almas soubessem armazenar os tesouros eternos, não seriam julgadas, antecipando o Meu julgamento com obras de misericórdia” (Diário, 1317).
“Às três horas da tarde, implora à Minha misericórdia especialmente pelos pecadores e, ao menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia" (Diário, 1320).
“Esta é a Hora de grande misericórdia para o Mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa hora nada negarei à alma que Me pedir pela Minha Paixão” (Diário, 1320).
“Ainda que a alma esteja em decomposição como um cadáver e ainda que humanamente já não haja possibilidade de restauração, e tudo já esteja perdido, Deus não vê as coisas dessa maneira. O milagre da misericórdia de Deus fará ressurgir aquela alma para uma vida plena” (Diário, 1448).
“A humanidade não encontrará a paz enquanto não se voltar, com confiança, para a minha misericórdia” (Diário, 300).
“Como desejo a salvação das almas! Minha caríssima secretária, escreve que desejo derramar a Minha Vida Divina nas almas dos homens e santificá-los, desde que queiram aceitar a Minha graça. Os maiores pecadores atingiriam uma grande santidade, desde que tivessem confiança na Minha misericórdia. As Minhas entranhas estão repletas de misericórdia, que está derramada sobre tudo o que criei. O Meu prazer é agir na alma humana, enchê-la da Minha misericórdia e justificá-la. O Meu reino está sobre a terra – a Minha vida, na alma humana" (Diário, 1784).
“Recita, sem cessar, este Terço que te ensinei. Todo aquele que o recitar alcançará grande misericórdia na hora da sua morte. Os sacerdotes o recomendarão aos pecadores como a última tábua de salvação. Ainda que o pecador seja o mais endurecido, se recitar este Terço uma só vez, alcançará a graça da Minha infinita misericórdia" (Diário, 687).
“Oh! Que grandes graças concederei às almas que recitarem esse Terço. (...) Anota estas palavras, Minha filha, fala ao mundo da Minha misericórdia, que toda a humanidade conheça a Minha insondável misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos; depois dele virá o dia da justiça. Enquanto é tempo, recorram à fonte da Minha misericórdia, tirem proveito do Sangue e da Água que jorraram para eles” (Diário, 848).
“Meu Coração está repleto de grande misericórdia para com as almas, e especialmente para com os pobres pecadores. Oxalá possam compreender que Eu sou para eles o melhor Pai, que por eles jorrou do Meu Coração o Sangue e a Água como de uma fonte transbordante de misericórdia. Para eles resido no Sacrário e como Rei de Misericórdia desejo conceder graças às almas (...) Oh! Como é grande a indiferença das almas para com tanta bondade, para com tantas provas de amor. (...) para tudo têm tempo, apenas não têm tempo para vir buscar as Minhas graças” (Diário, 367).
Organização católica chama a proteger migrantes e refugiados durante pandemia
WASHINGTON DC, 18/04/2020 (ACI).- Catholic Relief Services (CRS) e mais de 40 organizações sem fins lucrativos solicitam recursos e testes adequados de coronavírus COVID-19 para a proteção das pessoas mais vulneráveis contra a pandemia que são os migrantes, refugiados e pessoas sem-teto.
Em 16 de abril, CRS anunciou sua adesão a uma rede de mais de 40 "organizações sem fins lucrativos locais, nacionais e internacionais que pedem a proteção das pessoas sem-teto, migrantes e refugiados em meio à pandemia mortal de coronavírus" e assinalou que são as pessoas mais vulneráveis ao COVID-19, porque não têm sequer “um refúgio seguro para chamar de lar”.
A vice-presidente do Departamento de Resposta Humanitária da CRS, Jennifer Poidatz, disse que essas pessoas “geralmente carecem das necessidades mais básicas, como água limpa, alimentos e saneamento adequado” e alertou que, se em tempos normais elas já correm um risco maior de doença, “precisam de ainda mais proteção agora”.
Esta rede assinou uma declaração solicitando "o fornecimento de moradia adequada, alimentação, acesso a higiene básica e saneamento e equipamentos de proteção para os deslocados e aqueles que os ajudam". Indicou que "testes adequados para COVID-19" são urgentemente necessários, já que servirão para "mitigar a disseminação e fornecer tratamento" aos infectados, assinalou a CRS.
O COVID-19 representa mais do que apenas uma emergência de saúde pública para os mais de 70 milhões de pessoas deslocadas de suas casas ao redor do mundo que vivem em "circunstâncias extremamente frágeis", assinalou a CRS, pois "podem causar interrupções massivas nos meios de vida, a segurança e a coesão social das pessoas”, o que ameaçaria o seu já “limitado acesso à moradia, alimentação, educação e capacidade de trabalhar”.
Poidatz também alertou que “as condições em que homens, mulheres e crianças se encontram, depois de serem deslocados de suas casas, poderiam significar que esse vírus se propague como um incêndio florestal através de refúgios e acampamentos, cobrando muito mais vidas e colocando em risco muitos outros”.
Por exemplo, CRS assinalou que, no México e El Salvador, "os refúgios para migrantes estão fechando para os recém-chegados, deixando as pessoas desabrigadas sem apoio". Enquanto em Mianmar, "as pessoas que vivem em campos precisam urgentemente de abrigo, água potável e saneamento" e nas Filipinas e na Indonésia, existem milhares de pessoas que, depois de serem deslocadas por tempestades mortais, "ainda vivem em refúgios de emergência" e "precisam ser transferidas para espaços com a possibilidade de distanciamento e isolamento social”.
CRS explicou que, como os refugiados moram em um acampamento, "o entorno congestionado e o acesso limitado a itens de higiene, como água limpa e sabão, podem dificultar o cumprimento das diretrizes para impedir a propagação do COVID-19". Por isso, assinalou que é essencial que haja "suprimentos de higiene, informações claras e práticas de distanciamento social" nos locais dos acampamentos. Do mesmo modo, afirmou que é essencial durante esta crise ter "a capacidade de isolar e cuidar dos doentes".
Diante dessa situação, “a CRS e seus parceiros em mais de 30 países estão expandindo e adaptando a programação para prevenir a disseminação e reduzir o risco do COVID-19”, que inclui “priorizar áreas com esforços contínuos de ajuda de emergência, inclusive nos assentamentos de refugiados e deslocados internos, devido ao alto nível de vulnerabilidade e as necessidades existentes das pessoas muito antes dessa pandemia”, concluiu.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz.
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