Por que hoje a Igreja Católica celebra a “Segunda-feira do Anjo”?
REDAÇÃO CENTRAL, 13/04/2020 (ACI).- Hoje, Segunda-feira da Páscoa, a Igreja celebra a chamada “Segunda-feira do Anjo”, que recebe este nome porque foi precisamente um anjo que, no sepulcro, anunciou às mulheres que Jesus tinha ressuscitado.
Em um dia como hoje, em 2017, Vatican News recordou a explicação dada por São João Paulo II em 1994.
“Por que se chama assim?”, perguntou o Pontífice, colocando em evidência a necessidade de destacar a figura daquele anjo, que disse das profundezas do sepulcro: “Ele ressuscitou”.
Estas palavras “eram muito difíceis de pronunciar, de expressar, para uma pessoa. Além disso, as mulheres que foram ao sepulcro, o encontraram vazio, mas não puderam dizer ‘ressuscitou’; só afirmaram que o sepulcro estava vazio. Mas o anjo disse: ‘Ele não está aqui, ressuscitou’”.
Assim narra o Evangelho de Mateus: “Mas o anjo, respondendo, disse às mulheres: Não tenhais medo; pois eu sei que buscais a Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito. Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia. Ide pois, imediatamente, e dizei aos seus discípulos que já ressuscitou dentre os mortos. E eis que ele vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis. Eis que os disse”. (Mt 28, 5-7)
Os anjos são servidores e mensageiros de Deus. Como criaturas puramente espirituais, têm inteligência e vontade: são criaturas pessoais e imortais. Superam a perfeição de todas as criaturas visíveis.
O resplendor da sua glória testemunha isso: Cristo é o centro do mundo dos anjos e estes lhe pertencem, ainda mais, porque os tornou mensageiros do seu plano de salvação.
A partir de hoje, até o final da Páscoa no dia de Pentecostes, se reza a oração do Regina Coeli em vez da Oração do Ângelus.
O Sumo Pontífice Emérito Bento XVI, em 2009, assinalou que o “Alegrai-vos” Maria pronunciado pelo anjo é um convite à alegria: “Gaude et laetare, Virgem Maria, aleluia, quia Surrexit Dominus vere, aleluia”, “Alegrai-vos e exultai, Virgem Maria, aleluia, pois o Senhor ressuscitou verdadeiramente, aleluia”.
Judas se salvou depois de trair Jesus? Sacerdote responde
REDAÇÃO CENTRAL, 13/04/2020 (ACI).- Muitos crentes ao longo da história se perguntaram sobre o destino de Judas Iscariotes, o apóstolo que entregou Jesus às autoridades romanas para ser condenado à morte.
Pe. Samuel Bonilla, conhecido como “Padre Sam”, fez uma reflexão em um vídeo publicado no Youtube sobre o destino deste apóstolo, cuja morte está relatada em duas versões das Sagradas escrituras.
No começo do vídeo, Padre Sam cita Mateus 27,5, que diz: “Ele jogou então no templo as moedas de prata, saiu e foi enforcar-se”; e depois, nos Atos dos Apóstolos 1,18, no qual se indica que Judas morre ao tropeçar. “Esse homem adquirira um campo com o salário de seu crime. Depois, tombando para a frente, arrebentou-se pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram”.
Diante da pergunta sobre se a Misericórdia de Deus poderia ter salvado um Judas arrependido, Padre Sam disse que não se pode “responder com certeza, porque o arrependimento é uma atitude interior” e não existe um sinal na Bíblia que o afirme.
Entretanto, ressaltou que a Misericórdia de Deus é infinita e que, para responder sobre o final de Judas é preciso se apoiar tanto em uma história como em uma revelação privada.
Em primeiro lugar, destaca a revelação privada que Jesus faz a Santa Faustina Kowalska, na qual o Senhor lhe diz: “Se soubessem o destino de Judas, abusariam de minha Misericórdia”.
“(Disse isso) como que para fazer ver que a Misericórdia de Deus é infinita sempre e quando haja arrependimento. Ou seja, se Judas se arrependeu, e isso não sabemos, a Misericórdia de Deus sempre está aberta para aquele que se arrepende”, disse o sacerdote.
A segunda resposta nasce de uma história que se encontra em um dos escritos de Santo Antônio de Pádua.
“Conta que uma mulher idosa, em seu tempo, foi visita-lo muito triste, porque seu filho tinha falecido. Havia se suicidado, havia se jogado de uma ponte em um rio e ali tinha morrido. Naquele tempo, cabe ressaltar que não se permitia a Santa Missa a pessoas que tinham se suicidado”.
“O santo, quando esta senhora lhe pergunta sobre seu filho, sobre como podia rezar por ele, responde: ‘Entre ele e o rio há um espaço e esse espaço é o da Misericórdia de Deus”, relatou Padre Sam.
Nesse sentido, o presbítero disse “que a pessoa que se suicida, por exemplo, nos últimos momentos, quando percebe que está perdendo sua vida, ali há um espaço provavelmente quando se dá conta do valor da vida, é um espaço onde ela está sozinha com Deus e pode ser que nesses momentos se arrependa”.
“Sempre há oportunidade, inclusive no último momento da vida, para alguém que se arrepende de verdade. A Misericórdia de Deus é infinita”, concluiu Padre Sam.
Papa Francisco destaca anúncio das mulheres frente à ressurreição de Cristo
Vaticano, 13/04/2020 (ACI).- O Papa Francisco disse em sua homilia da Missa na Casa Santa Marta, nesta segunda-feira, 13 de abril, conhecida como "Segunda-feira do Anjo" que Jesus no Evangelho apresenta uma opção cotidiana: "entre a alegria, a esperança da ressurreição de Jesus, e a saudade do sepulcro”.
"O Evangelho de hoje nos apresenta uma opção, uma opção de todos os dias, uma opção humana, mas que rege desde aquele dia: a opção entre a alegria, a esperança da ressurreição de Jesus, e a saudade do sepulcro", indicou o Santo Padre.
Além disso, referindo-se à passagem do Evangelho de São Mateus (28, 8-15) que descreve quando "as mulheres seguem adiante levando o anúncio", o Papa acrescentou "Deus sempre começa com as mulheres, sempre. Abrem caminhos. Não duvidam: sabem; viram-No, tocaram-No. Viram também o sepulcro vazio. É verdade que os discípulos não podiam acreditar nisso e disseram: ‘Mas estas mulheres talvez sejam de certo modo demasiadamente fantasiosas’… não sei, tinham suas dúvidas. Mas elas tinham certeza e acabaram seguindo adiante nesse caminho até os dias de hoje”.
Nesta linha, o Santo Padre assinalou no primeiro dia da oitava de Páscoa que "Jesus ressuscitou, está vivo entre nós" e advertiu àqueles que acreditam que "é melhor não viver com o sepulcro vazio".
“Esse sepulcro vazio nos trará muitos problemas. E a decisão de esconder o fato. É como sempre: quando não servimos a Deus, o Senhor, servimos ao outro deus, o dinheiro. Recordemos aquilo que Jesus disse: são dois senhores, o Senhor Deus e o senhor dinheiro. Não se pode servir a ambos”.
Nesse sentido, o Pontífice enfatizou que, após a morte de Jesus Cristo "os sacerdotes, os doutores da Lei escolheram o outro caminho, o (caminho) que o deus dinheiro lhes oferecia, e eles pagaram: pagaram o silêncio. O silêncio das testemunhas".
E continuou: "um dos soldados tinha confessado: ‘Verdadeiramente, este homem era o Filho de Deus!’. Esses coitados não entendem, têm medo porque arriscam a vida… e foram até os sacerdotes, os doutores da Lei. Eles pagaram: pagaram o silêncio, e isso, queridos irmãos e irmãs, não é um suborno: isso é pura corrupção, corrupção em estado puro”, afirmou o Papa.
Convite para anunciar Jesus Cristo
Da mesma forma, o Pontífice reconheceu que “é verdade que muita gente não confessa Jesus porque não o conhece, porque nós não o anunciamos com coerência, e isso é nossa culpa. Mas quando diante das evidências se toma esse caminho, é o caminho do diabo, é o caminho da corrupção. Paga-se e fique calado".
“Também hoje, diante do próximo – esperamos que seja logo – fim desta pandemia, há a mesma opção: ou nossa aposta será pela vida, pela ressurreição dos povos ou será pelo deus dinheiro; voltar ao sepulcro da fome, da escravidão, das guerras, das fábricas de armas, das crianças sem instrução… aí está o sepulcro.", afirmou.
Por esse motivo, o Santo Padre convidou “que o Senhor, seja em nossa vida pessoal, seja em nossa vida social, sempre nos ajude a escolher o anúncio: o anúncio que é horizonte, é aberto, sempre; nos leve a escolher o bem das pessoas. E jamais cair no sepulcro do deus dinheiro".
Evangelho comentado pelo Papa Francisco:
Mateus 28, 8-15
Naquele tempo, 8as mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés.
10Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar a meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão”. 11Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido. 12Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13dizendo-lhes: “Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis. 14Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis”.
15Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até o dia de hoje.
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Por que hoje a Igreja Católica celebra a “Segunda-feira do Anjo”? https://t.co/cfIPRJl9Fn
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Papa: Que os governantes encontrem o caminho certo para 'depois' da pandemia
Vaticano, 13/04/2020 (ACI).- Ao começar a Missa na capela da Casa Santa Marta, nesta segunda-feira, 13 de abril, o Papa Francisco pediu orações pelos governantes, cientistas e políticos para que encontrem o “caminho certo” para o “depois da pandemia” do coronavírus, COVID-19.
"Rezemos hoje pelos governantes, os cientistas, os políticos, que começaram a estudar a saída, o pós-pandemia, este ‘depois’ que já começou: a fim de que encontrem o caminho certo, sempre em favor das pessoas, sempre em favor dos povos”, indicou o Santo Padre.
No dia anterior, depois de celebrar a Missa da Páscoa do Domingo, 13 de abril, o Pontífice recordou em particular aqueles que “foram afetados diretamente pelo coronavírus: os doentes, os que faleceram e as famílias que choram pela morte de seus seres queridos, e que em alguns casos nem sequer puderam lhes dar o último adeus".
"Que o Senhor da vida acolha junto de Si no seu Reino os falecidos e dê conforto e esperança a quem ainda está na prova, especialmente aos idosos e às pessoas sem ninguém", implorou.
Da mesma forma, o Papa Francisco rezou para que Deus "não deixe faltar a sua consolação e os auxílios necessários a quem se encontra em condições de particular vulnerabilidade, como aqueles que trabalham nos centros de saúde ou vivem nos quartéis e nas prisões".
"Para muitos, é uma Páscoa de solidão, vivida entre lutos e tantos incômodos que a pandemia está causando, desde os sofrimentos físicos até aos problemas econômicos", alertou.
Nesta linha, o Santo Padre também enfatizou que "esta epidemia não nos privou apenas dos afetos, mas também da possibilidade de recorrer pessoalmente à consolação que brota dos Sacramentos, especialmente da Eucaristia e da Reconciliação".
Hoje o anúncio da Igreja ecoa em todo o mundo: “’Jesus Cristo ressuscitou’; ‘ressuscitou verdadeiramente!’", exclamou o Papa, acrescentando que "como uma nova chama, se acendeu esta Boa Nova na noite: a noite dum mundo já a braços com desafios epocais e agora oprimido pela pandemia, que coloca a dura prova a nossa grande família humana".
Contágio de esperança
Por fim, o Pontífice explicou que "nesta noite, ressoou a voz da Igreja: ‘Cristo, minha esperança, ressuscitou!’" e acrescentou que é "um ‘contágio’ diferente, que se transmite de coração a coração, porque todo o coração humano aguarda esta Boa Nova".
"É o contágio da esperança: ‘Cristo, minha esperança, ressuscitou!’. Não se trata duma fórmula mágica, que faça desvanecerem-se os problemas. Não! A ressurreição de Cristo não é isso. Mas é a vitória do amor sobre a raiz do mal, uma vitória que não ‘salta’ por cima do sofrimento e da morte, mas atravessa-os abrindo uma estrada no abismo, transformando o mal em bem: marca exclusiva do poder de Deus”, concluiu no domingo, 12 de abril, antes de conceder a solene Bênção Urbi et Orbi (à cidade - de Roma - e ao mundo).
Confira também:
Mensagem Urbi et Orbi 2020 do Papa Francisco neste Domingo de Ressurreição https://t.co/szTBAKhFcq
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Egito legaliza 74 igrejas e locais de culto cristãos
CAIRO, 13/04/2020 (ACI).- As autoridades do Egito, um país predominantemente muçulmano, legalizaram 74 igrejas ou locais de culto cristão, com isso, chega-se a um total de 1.568 edifícios eclesiais de um total de 5.540 solicitações, no âmbito da lei de construção de lugares de culto de agosto de 2016.
No passado, as permissões para a construção ou renovação de igrejas ou locais de culto eram concedidas por agências de inteligência e segurança, agora estas são uma responsabilidade dos governadores provinciais, segundo informa Asia News.
De acordo com especialistas do grupo de defesa dos direitos humanos e da liberdade religiosa Christian Solidarity Worldwide (CSW), a nova legislação de 2016 tornou o processo de legalização de locais de culto cristão menos complicado, mas a norma continua sendo discriminatória porque não se aplica aos muçulmanos.
Entre as principais autoridades que apoiam a lei de 2016 está o presidente do Egito, Abdel-Fattah al-Sisi, que fez da liberdade religiosa e da defesa dos cristãos um dos lemas para o seu Governo e, ao mesmo tempo, tenta reprimir as numerosas violações de direitos humanos que ainda existem no país.
Segundo Asia News, a falta de permissões no passado foi um foco de controvérsia que levou, em várias ocasiões, à violência, manipulada pela maioria muçulmana sunita. Às vezes, mesmo tendo conseguido, os cristãos tinham que se comprometer a construir igrejas sem torres ou sinos.
Mervyn Thomas, diretor executivo da CSW, agradeceu "os esforços do Governo egípcio" para acabar com as "injustiças históricas que afetam a comunidade cristã".
Thomas também exortou as autoridades a "seguirem o caminho da reforma" e comprometer-se mais "para enfrentar as injustiças e práticas sociais que continuam limitando a liberdade de culto".
Os cristãos no Egito são majoritariamente ortodoxos coptas. No total, são aproximadamente 10% da população egípcia, estimada em cerca de 95 milhões de habitantes.
Entre 2016 e 2017, foram registrados graves ataques contra cristãos no país, como o ocorrido em dezembro de 2016 contra a Catedral Copta de São Marcos durante a Missa, no qual dezenas de pessoas morreram.
Confira também:
Desde 2016, governo do Egito legalizou mais de 1.100 igrejas https://t.co/CUN2xGIEd5
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Do hospital, Bispo com covid-19 envia mensagem de Páscoa
ÁVILA, 13/04/2020 (ACI).- Dom José María Gil Tamayo, Bispo de Ávila (Espanha), continua internado no Hospital Nossa Senhora de Sonsoles, em Ávila, onde evolui favoravelmente após ser diagnosticado com Covid-19.
Dom Gil Tamayo enviou uma mensagem de Páscoa por ocasião do Domingo da Ressurreição.
"Cristo ressuscitou. O Senhor que triunfa sobre o pecado e a morte nos abraça e nos abre à esperança em letras maiúsculas. Que Maria os acompanhe e os encha de alegria. Estou próximo de vocês e sinto que estão perto de mim”, assegurou.
Além disso, expressou seus sinceros agradecimentos "àqueles que cuidam de nós, nos protegem e nos servem", especialmente a todos os agentes de saúde por seu trabalho abnegado durante esta pandemia, às forças e órgãos de segurança por seu serviço humano e a todas as pessoas que trabalham incansavelmente para o bem da nossa sociedade.
Da diocese de Ávila, pediram que “unidos ao nosso bispo em oração, continuemos pedindo pela cura dos doentes e pelo conforto daqueles que perderam algum ser querido. Que a luz de Cristo ressuscitado seja nosso conforto e ilumine nossas trevas”.
Confira também:
Bispo recuperado de coronavírus lança esta mensagem de esperança https://t.co/Ln4JnEm0V6
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Superiora religiosa pede não esquecer os migrantes que sofrem durante a pandemia
Roma, 13/04/2020 (ACI).- A irmã Neusa de Fátima Mariano, Superiora Geral das Irmãs Missionárias de São Carlos Borromeo, mais conhecidas como Scalabrinianas, pediu para não esquecer as condições sanitárias de milhares de migrantes que sofrem as consequências desastrosas da pandemia de COVID-19.
“A crise imposta pelo coronavírus não pode fazer com que se abandone o trabalho que está sendo feito para proteger os últimos. O chamado do Santo Padre não pode cair no esquecimento, pelo contrário, deve dar como fruto uma nova melhoria das comunidades, das instituições e das realidades de saúde que estão comprometidas de diferentes pontos de vistas”, disse a religiosa à agência vaticana Fides.
"Entre os últimos, também gostaria de mencionar os milhares de migrantes desembarcados na costa de Malta, que testemunham a necessidade de não interromper a rede de ajuda", frisou a irmã Neusa.
As missionárias scalabrinianas se dedicam à catequese, à educação dos jovens, ao atendimento aos doentes, idosos e órfãos de imigrantes italianos em várias partes do mundo.
A irmã Neusa reconhece que as nações europeias "agora têm uma nova frente em sua própria casa", mas recordou que "graças à solidariedade e à unidade, poderemos vencer essa pandemia e levantar uma economia que nestes momentos está de joelhos".
"Na Itália, estamos direcionando toda a nossa atenção para esta pandemia que, entre outras coisas, atingiu vários campos de refugiados", destacou.
A religiosa enfatizou a importância de não discriminar os migrantes: "Não podemos fazer a equação 'COVID-19 igual a migrantes' ou [dizer] que os migrantes são imunes a esse vírus".
“Pelo contrário, gostaríamos de chamar a atenção para as condições em que os migrantes vivem, justamente nos centros de acolhida. A promiscuidade e as condições de saúde precárias não deveriam existir. Hoje, a higiene do local onde estão é mais essencial do que nunca. Isso vale para eles, mas também para as muitas pessoas que vivem nos lares de idosos”, concluiu a irmã Neusa.
Confira também:
Papa Francisco reza pelos idosos que sofrem a pandemia do coronavírus sozinhos https://t.co/vbdgCUi9vd
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Regina Caeli: A fidelidade das mulheres rendeu-lhes a predileção do Ressuscitado, afirma o Papa
Vaticano, 13/04/2020 (ACI).- Destacando hoje o importante papel das mulheres na evangelização tanto hoje, em tempos de emergência sanitária, como desde os primórdios da Igreja, o Santo Padre recordou que foram mulheres as primeiras que anunciaram a Ressurreição de Cristo, e destacou que a sua fidelidade, começando pela fidelidade de Maria, a Mãe de Jesus, foi recompensada com a predileção do Ressuscitado.
O Papa Francisco comentou a passagem do evangelho de hoje, que narra como as mulheres foram as primeiras anunciadoras da Ressurreição, em uma breve reflexão antes da oração do Regina Coeli, que substitui o Angelus na época da Páscoa: "Elas deram um exemplo admirável de lealdade, dedicação e amor a Cristo no tempo de sua vida pública, bem como durante sua paixão; agora são recompensadas por ele com este gesto de atenção e predileção”.
Assim, o anúncio da Ressurreição "se espalha por toda parte e atinge todos os cantos da terra, tornando-se a mensagem de esperança para todos. A ressurreição de Jesus nos diz que a última palavra não é a morte, mas a vida".
"Se Cristo ressuscitou – prossegue o Pontífice- é possível olhar com confiança para todos os eventos de nossa existência, mesmo os mais difíceis e cheios de angústias e incertezas".
"Essa certeza fortalece a fé de toda pessoa batizada e encoraja acima de todos aqueles que eles estão enfrentando maiores sofrimentos e dificuldades”, frisou.
Finalmente, o Papa destaca a confiança de Maria "testemunha silenciosa da morte e ressurreição de seu filho Jesus”, afirmando que esta “ajuda-nos a acreditar fortemente neste mistério de salvação que, aceito com fé, pode mudar a vida. Esta é a saudação de Páscoa que renovo para todos".
“Que o Senhor nos dê a coragem das mulheres, de seguir sempre adiante”, exortou o Papa Francisco.
Por último, o Santo Padre lembrou que reza pelos que sofrem com a pandemia de COVID-19 que afeta vários países do mundo, e de modo particular alguns na Europa, afirmando:
“Nesta semana pascal gostaria de recordar com proximidade e afeto todos os países fortemente atingidos pelo coronavírus, alguns com grande número de contagiados e de mortos, de modo especial a Itália, os EUA, a Espanha, a França... a lista é longa. Rezo por todos eles. E não se esqueçam que o Papa reza por vocês, se faz próximo de vocês.
“Permaneçamos unidos na oração e no compromisso de ajudar-nos uns aos outros como irmãos”, concluiu.
Confira também:
Papa Francisco destaca anúncio das mulheres frente à ressurreição de Cristo https://t.co/Fu9WlC08Om
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Cristãos perseguidos no Oriente Médio dão esta lição frente à pandemia de coronavírus
BAGDÁ, 13/04/2020 (ACI).- Um sacerdote missionário no Iraque, país que sofreu uma dura guerra com o grupo terrorista Estado Islâmico até poucos anos atrás, destaca a mensagem que os cristãos missionários transmitem para o resto do mundo diante da pandemia de coronavírus: “É um momento muito apropriado para se voltar a Deus".
Pe. Luis Montes, sacerdote argentino missionário do Instituto do Verbo Encarnado, que vive há mais de duas décadas no Oriente Médio, enfatizou que "nós estamos em contato permanente com a morte e isso nos faz esquecer-nos das nossas pequenezes e pensar no que realmente importa”.
A guerra desencadeada pelo grupo terrorista do Estado Islâmico deixou dezenas de milhares de mortos e mais de cinco milhões de deslocados no Iraque. Os extremistas muçulmanos tinham como alvos de seu massacre especialmente cristãos, muçulmanos xiitas e yazidis.
Entre suas distintas denominações, os cristãos não representam mais de 1% dos 38 milhões de cidadãos do Iraque.
Até o dia 13 de abril, segundo a Universidade Johns Hopkins, havia 1.863.406 de casos confirmados de coronavírus COVID-19 no mundo, assim como 114.983 mortes.
No Iraque, foram confirmados 1.352 casos e 76 mortes.
Pe. Montes, atualmente encarregado da Catedral do Rito Latino em Bagdá junto com Pe. Jorge Cortez, assinalou que “uma realidade daqui, nesses países onde o cristianismo é perseguido, é que durante a guerra, com os atentados, com a violência, com o terrorismo jihadista, as pessoas têm muito presente a morte e isso faz com que muitas das bobagens que as pessoas vivem em outros lados percam força e que as pessoas se centrem no que verdadeiramente importa: a união com Deus, viver bem, fazer o bem, ter o olhar posto no Céu, onde o Senhor nos espera para que gozemos d’Ele por toda a eternidade”.
"A mensagem que nós gostaríamos que chegue a todo o mundo", disse, é que o momento atual com a pandemia de coronavírus COVID-19 é "muito apropriado para se voltar a Deus. Deus derrama abundantes bênçãos e nos espera, e é por isso que é um momento apropriado para olhar pra Ele. Como dizia João Paulo II lindamente, "olhar para Ele".
"E mudar de vida, arrepender-se dos pecados, pensar no prêmio eterno que nos espera se vivermos de acordo com os mandamentos que nosso Senhor Jesus Cristo nos dá", assinalou.
Pe. Montes assinalou que “conhecemos casos muito bonitos em diferentes partes do mundo. Como as pessoas, ao não poderem ir à Missa, ao se sentirem trancadas, de certo modo confrontadas com a morte, estão rezando mais, estão voltando para Deus, estão sentindo saudade de receber os sacramentos”.
"Deus é todo-poderoso e até do mal tira coisas boas. Somos testemunhas disso", indicou, e explicou que "o coronavírus, essa pandemia, os fez pensar um pouco mais sobre o fim da vida e que isso fez com que muitos agora estejam se aproximando a Deus e essa é uma grande bênção que Deus tira desta tragédia”.
O sacerdote concluiu dizendo que "rezamos pelo fim da pandemia. Rezamos para que as pessoas aproveitem esta catástrofe da pandemia para se aproximarem a Deus”.
Confira também:
Papa na Vigília Pascal: Hoje conquistamos o direito à esperança, que vem de Deus https://t.co/WMp3FVSHdI
— ACI Digital (@acidigital) April 11, 2020
Bispos da Espanha doaram 6 milhões de euros para lutar contra COVID-19
MADRI, 13/04/2020 (ACI).- O Cardeal Juan José Omella, Arcebispo de Barcelona (Espanha) e presidente da Conferência Episcopal Espanhola (CEE) concedeu uma entrevista à Rede COPE, onde explicou que o número de pedidos de ajuda à Cáritas se multiplicou por três nas últimas semanas, pela crise derivada do estado de alarme devido ao coronavírus e que o Episcopado doou 6 milhões de euros para ajudar os mais necessitados.
O presidente da CEE explicou que viveu esta Semana Santa com um "sentimento agridoce, ao celebrar a liturgia na catedral de [Barcelona] a portas fechadas e com transmissão pela TV”, "sentindo que o povo cristão não estava ali presente, embora sim virtualmente e em espírito, e isso sempre causa dor e tristeza, mas faz crescer na visão mais profunda de saber que está acompanhado pelo povo”.
Durante a entrevista, o Cardeal Omella também explicou o trabalho da Igreja neste tempo de crise por causa do coronavírus, porque “dá a impressão de que a Igreja não aparece muito, mas temos o princípio evangélico de que ‘sua mão direita não veja o que faz a sua mão esquerda’".
Nesse sentido, recordou que triplicaram os pedidos de ajuda recebidos pela Cáritas, “que é a caridade organizada da Igreja", mas que também há muitas pessoas que se ofereceram para ajudar no que for necessário, além disso, a Conferência Episcopal "doou 6 milhões de euros para que a Cáritas de todas as dioceses os distribuam, com o sistema que fazemos de alocação de impostos, para que chegue a todas e possam atender os pobres nestes momentos”.
E recordou que a Igreja, como instituição, dioceses, paróquias, emprestou numerosos edifícios, como seminários e casas de retiro ou instalações paroquiais, para as necessidades de cada local.
Em concreto, explicou que em Barcelona “foi disponibilizada uma casa de retiros. Os médicos e enfermeiros, para evitar ir para casa e contaminar seus familiares, dormem lá, tomam banho e moram lá, na casa de retiro”.
Recordou também que somente em Barcelona também disponibilizaram quatro instalações da igreja para que, se necessário, possam instalar camas.
"A Igreja está fazendo tudo o que pode e mais", assegurou e lembrou que “também em muitas dioceses, disponibilizaram telefones para que as pessoas possam ligar e falar com um sacerdote, com um psicólogo, com voluntários, que estão disponíveis para falar com quem quiser”.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz. Publicado originalmente em ACI Prensa.
Confira também:
Coronavírus: Bispos italianos realizam doação extraordinária de 2 milhões de euros https://t.co/zREGSGNg4F
— ACI Digital (@acidigital) April 9, 2020
Esta religiosa era professora, agora ajuda em lar de idosos afetados por Covid
MADRI, 13/04/2020 (ACI).- Irmã Isabel García é uma religiosa josefina trinitária que trabalha no colégio Santíssima Trindade de Plasencia, Cáceres (Espanha). Lá, ensina Idioma para os alunos do ensino fundamental e Religião para os de ensino médio.
No entanto, há algumas semanas, em 28 de março, lendo o jornal, descobriu que “havia problemas no lar de idosos ‘Virgen del Puerto’ em ‘Ciudad Jardín’, que havia casos positivos tanto entre os moradores como entre os funcionários e que a administração do centro estava com dificuldades para encontrar trabalhadores”, explicou ao jornal Hoy.
Então, tomou uma decisão. Decidiu começar a ajudar nessa residência onde há mais de 80 idosos.
"Senti que, com o que está acontecendo, eu não podia ficar de braços cruzados, que tinha que ajudar e que tinha que fazer isso com aqueles que hoje são os mais fracos, os idosos", explicou.
Segundo narra ao jornal Hoy, naquele mesmo dia entrou em contato com a administração do lar e se ofereceu para trabalhar. Um dia depois, no domingo, 29 de março, a irmã Isabel começou no centro. Desde então, não o abandonou.
“Decidi ficar como interna porque, embora nossa escola seja perto do lar, temos irmãs mais velhas e não quero colocar ninguém em perigo; pensamos que é o melhor para evitar ao máximo o risco de contágios”, destacou.
Segundo explica, faz tudo o que é necessário todos os dias "ajudo na cozinha, servindo refeições, outras vezes estou na lavanderia... Passo por todos os serviços, porque há muitas coisas que precisam ser feitas e, no meu tempo livre, vou para os quartos dos idosos e converso com eles”.
Esse contato com os idosos é o que ela mais gosta, porque, como assinalou, “estão sozinhos e tristes, isolados em seus quartos para o seu próprio bem, é claro, mas sentem muita falta de seus parentes, de seus amigos na própria residência, porque embora possam conversar com seus seres queridos por telefone, não basta, eles precisam de muito amor”.
Também explicou que teme que, se essa situação se prolongar por muito tempo, "essa tristeza, em alguns casos, pode se tornar depressão".
Irmã Isabel explicou que quer continuar trabalhando na residência de Ciudad Jardín "se possível, até que isso termine, conciliando-o, como estou fazendo, com meu trabalho como professora, envio tarefas aos alunos e as corrijo através do computador".
Destacou também “a maravilhosa atenção que recebem de todos os trabalhadores desta residência, para os quais não é nenhum sacrifício vir aqui todos os dias, mas pelo contrário; são pessoas que cuidam dos idosos com entusiasmo, amabilidade e carinho”.
Traduzido e adaptado por Nathália Queiroz. Publicado originalmente em ACI Prensa.
Confira também:
Bispos da Espanha doaram 6 milhões de euros para lutar contra COVID-19 https://t.co/kN1uwpGmI2
— ACI Digital (@acidigital) April 13, 2020
Aos pés do Cristo Redentor "vestido de médico", o Brasil é novamente consagrado ao Sagrado Coração
RIO DE JANEIRO, 13/04/2020 (ACI).- Neste domingo de Páscoa, 12 de abril, o Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom João Orani Tempesta, renovou a Consagração do Brasil ao Sagrado Coração de Jesus diante do Santíssimo Sacramento exposto, numa cerimônia transmitida pelos meios de comunicação, sem a presença do povo, devido às medidas de contenção da pandemia do Covid 19. O Cristo também se iluminou para agradecer aos profissionais de saúde que têm trabalhado em favor dos enfermos que contraíram a doença no Brasil.
El Cristo Redentor de Río de Janeiro fue iluminado con un traje de médico como signo de agradecimiento a todo el personal de salud que está frente a la batalla de esta pandemia. pic.twitter.com/gzWvhMVbfF
— Católicos Con Acción (@CatolicosAccion) April 13, 2020
“Como meu predecessor, Cardeal Dom Sebastião Leme, subo como peregrino esta montanha para, trazendo no coração de pastor, as angústias e esperanças do nosso povo, renovar a consagração realizada há noventa anos e muitas vezes renovada no decorrer desses decênios. Ele consagrou o Brasil ao Vosso Sagrado Coração. Trago comigo o povo de nosso país que clama por dias melhores e sonha por novos tempos”, afirmou o arcebispo do Rio de Janeiro, na noite deste Domingo de Páscoa, no Santuário do Cristo Redentor.
Já na segunda-feira, 13, durante a Oração do Regina Caeli, que Dom Orani tem realizado diariamente às 12h, o arcebispo fez memória de outras iniciativas importantes que aconteceram neste domingo de Páscoa, como a consagração da América latina e do Caribe a Nossa Senhora de Guadalupe. “Como nas Bodas de Caná, rogamos a intercessão de Nossa Senhora para que peça a Jesus por nós”, sublinhou.
Também neste domingo de Páscoa, às 15h, no mesmo momento em que o reitor do Santuário do Cristo Redentor, Padre Omar Raposo, sobrevoou a cidade com o Santíssimo Sacramento, o cardeal conduziu um momento de oração pelos estúdios da Rádio Catedral, a emissora oficial da Arquidiocese do Rio pedindo pelos enfermos.
“O Santíssimo Sacramento foi em procissão aérea pelas principais regiões da cidade e a presença de Cristo abençoou as pessoas. Jesus é aquele que confiamos nossa vida, que Ele nos olhe e nos salve. Queremos bendizer o Senhor, somos pessoas de esperança pelo fato de termos encontrado Jesus Vivo e Ressuscitado. Assim como os discípulos de Cristo, nós somos chamados a testemunhar. Cristo ressuscitou e por isso é possível olhar com serenidade para tudo o que acontece em nossas vidas, inclusive para os momentos mais difíceis. A última palavra não foi o túmulo fechado, mas o encontro com o ressuscitado. Também hoje somos chamados a encontrá-lo e enxergá-lo presente”, incentivou o cardeal.
Homenagem aos profissionais de saúde no Corcovado
No ato de consagração do Brasil ao Coração de Jesus, Dom Orani fez eco à realização de seu antecessor, o terceiro arcebispo do Rio, Cardeal Sebastião Leme, ao inaugurar o monumento do Cristo Redentor, no dia 12 de outubro de 1931. Dom Orani fez a mesma oração, dando destaque ao que Dom Sebastião disse no dia: “Cristo vence, Cristo reina, Cristo impera”.
El Cristo Redentor de #RiodeJaneiro se ilumina en un homenaje a los trabajadores de la salud en #Brasil #coronarvirus #COVID-19 pic.twitter.com/wSDEaRAXRf
— Reuters Latam (@ReutersLatam) April 13, 2020
Antes da oração, a estátua do Cristo Redentor foi “vestida” por um jaleco branco e iluminada com diversas imagens de profissionais de saúde. Em diversos idiomas a palavra “Obrigado” simbolizou o agradecimento a todos que estão cuidando dos enfermos nesta época de emergência sanitária. Por sua parte, Dom Orani assegurou aos médicos e profissionais da saúde que “Todo o povo está rezando por eles”.
Confira a íntegra da Oração do Cardeal Tempesta:
Consagração aos pés da imagem do Cristo Redentor
12 de abril de 2020
Domingo de Páscoa
“Senhor Jesus, Salvador e Redentor nosso, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que sois para o mundo a única fonte de luz, de paz, de progresso e de felicidade.”
Como meu predecessor, Cardeal Leme, subo como peregrino esta montanha para, trazendo no coração de pastor, as angústias e esperanças do nosso povo, renovar a consagração realizada há noventa anos e muitas vezes renovada no decorrer desses decênios. Ele consagrou o Brasil ao Vosso Sagrado Coração. Trago comigo o povo de nosso país que clama por dias melhores e sonha por novos tempos.
Hoje, novamente, subimos a este “monte pascoal” e vos consagramos a Terra de Santa Cruz (como foi chamada já naquela 4ª feira de Páscoa de 1500). Hoje é Domingo de Páscoa: acolhemos a maior notícia já veiculada no mundo: a morte foi vencida e estais ressuscitado no meio de nós, Aleluia! E para que esta consagração seja realmente eficaz e duradoura, também renovamos hoje, aqui aos vossos pés, as promessas do nosso batismo.
Ó Cristo Redentor dos homens, já se passaram dois mil anos de quando, abrindo vossos braços clamastes em alta voz: “Vinde a mim, todos vós, e eu vos aliviarei! Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração!” (cf. Mt 11, 28-30).
Para sinalizar que esse país Vos reconhece como seu único Rei e Senhor foi aqui neste alto entronizada esta vossa imagem, de braços abertos sobre a Baía da Guanabara, sobre o Brasil e sobre o mundo repetindo o mesmo convite: “Vinde a mim! Aprendei de mim!”
Aqui viemos Senhor, neste local simbólico para nosso país, para trazer nossas vidas e sonhos. Por isto, neste momento tão difícil que passa nosso povo, venho neste Solene Domingo de Páscoa, prostrado aos vossos pés, junto com o todo o povo clamar: “Eis-nos aqui, Senhor!”, venha em nosso auxílio e salvai-nos!”.
Sim, nós brasileiros queremos, mais uma vez, nos abrigar debaixo da proteção de vossos braços, entregar-nos ao Vosso Sagrado Coração, manso e humilde, e depositar em Vosso lado aberto, que é fonte de salvação, a súplica pela proteção de nossas famílias e lares.
Reconhecemos nossas infidelidades mas confiamos na vossa misericórdia e nos colocamos solidários com todos, especialmente com os que passam pela tribulação e os que sofrem com a doença, a miséria e a fome.
Nosso povo solidário demonstra seu coração generoso, em meio a tantas dores, partilhando uns com os outros o necessário para a vida, especialmente a esperança de um amanhã melhor, porque confiamos totalmente em Vós e sabemos que não seremos decepcionados. Somos um povo de esperança que se traduz em atitudes de caridade porque temos fé.
Nestes tempos de pandemia, são tantos os brasileiros que devem permanecer em casa, e também outros que devem sair para trabalhar, especialmente nos serviços essenciais, como, por exemplo, os serviços de saúde: a todos Vos suplicamos que proteja com seu divino amor. Nós nos aconchegamos no seu Coração com todas as nossas famílias.
Senhor Jesus Cristo, Redentor do mundo, diante da vossa imagem, símbolo de nossa nação eis aos vossos pés o Brasil, a Terra de Santa Cruz, que novamente se consagra solenemente a vosso Coração Sacratíssimo e vos reconhece, para sempre, por seu único Rei e Senhor”, a fim de obter dias seguros com vida em abundância, segurança e paz constante.
Jesus, desde lugar, o alto do Corcovado, Santuário Arquidiocesano, nós Vos pedimos abençoai o nosso Brasil!
Abençoai o Mundo e livrai-nos de todos os males!
Assim seja para sempre,
Amém.
Confira:
Aos pés do Cristo Redentor, Dom Orani reza pelos países atingidos por coronavírus https://t.co/ejxIoWk6xz
— ACI Digital (@acidigital) March 19, 2020