Hoje celebra-se São Cosme e São Damião, gêmeos mártires e padroeiros dos médicos
REDAÇÃO CENTRAL, 26/09/2019 (ACI).- Neste dia 26 de setembro, a Igreja celebra os mártires Cosme e Damião, irmãos gêmeos que, junto com São Lucas, são os padroeiros dos médicos católicos.
No Oriente, são chamados “os não cobradores”, porque exerciam a medicina sem cobrar nada aos pacientes pobres. A única coisa que pediam aos pacientes era que lhes permitissem falar por alguns minutos a respeito de Jesus Cristo e de seu Evangelho.
Lisias, o governador de Cilícia, desgostou-se muito porque estes dois irmãos propagavam efetivamente o cristianismo. Tentou inutilmente que deixassem de pregar e, como não conseguiu, mandou atirá-los ao mar. Mas, uma onda gigantesca os levou sãs e salvos à margem.
Então, o governador mandou que fossem queimados vivos, mas as chamas não os tocaram e, em troca, queimaram aos verdugos pagãos que queriam atormentá-los. O mandatário pagão mandou que lhes cortassem a cabeça. Finalmente, derramaram seu sangue por proclamar o amor ao Divino Salvador.
Junto ao túmulo dos dois irmãos gêmeos começou a realizar-se milagrosas curas. O imperador Justiniano de Constantinopla, padecendo de uma grave enfermidade, encomendou-se a estes dois santos mártires e foi curado inexplicavelmente.
São Cosme e Damião também são padroeiros dos cirurgiões, farmacêuticos, dentistas e faculdades de medicina.
Papa Francisco adverte que a mornidão espiritual transforma a vida em um “cemitério”
Vaticano, 26/09/2019 (ACI).- O Papa Francisco advertiu o povo cristão contra a “mornidão espiritual” que transforma “a nossa vida em um cemitério”,
Durante a Missa celebrada na Casa Santa Marta nesta quinta-feira, 26 de setembro, o Santo Padre comentou a primeira leitura do dia, correspondente ao Livro de Ageu, no qual se narra como Deus repreende o povo de Israel por sua falta de compromisso na hora de reconstruir o Templo de Jerusalém, que estava em ruínas.
Aquelas pessoas, disse o Papa em sua homilia, “não tinham vontade de se levantar, não se deixavam ajudar pelo Senhor que queria resgatá-los”. A desculpa era que o momento adequado ainda não havia chegado.
“E este é o drama dessas pessoas, e também o nosso”, lamentou o Pontífice. Um drama que se produz “quando vem aquela mornidão da vida, quando dizemos: ‘Sim, sim, Senhor, tudo bem... mas com calma, calma, Senhor, vamos deixar assim… Amanhã eu faço!’”.
“Para repetir o mesmo amanhã e amanhã adiar para depois de amanhã e depois de amanhã adiar ainda… e assim, uma vida para adiar decisões de converter o coração, de mudar de vida”.
O Pontífice lamentou que essa atitude leva muitas pessoas a desperdiçarem sua vida e a terminar como “como um farrapo porque não fizeram nada, só mantiveram a paz e a calma dentro de si”. Mas esta paz, advertiu Francisco, “é a paz dos cemitérios”.
“Quando nós entramos nesta tepidez, nesta atitude de mornidão espiritual, transformamos a nossa vida em um cemitério: não há vida. Há somente fechamento para que não entrem os problemas”, afirmou.
Leitura comentada pelo Papa Francisco:
Ageu 1,1-8
1No segundo ano do reinado de Dario, no sexto mês, no primeiro dia, foi dirigida a palavra do Senhor, mediante o profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote: 2“Isto diz o Senhor dos exércitos: Este povo diz: Ainda não chegou o momento de edificar a casa do Senhor”. 3A palavra do Senhor foi assim dirigida, por intermédio do profeta Ageu: 4“Acaso para vós é tempo de morardes em casas revestidas de lambris, enquanto esta casa está em ruínas?
5Isto diz, agora, o Senhor dos exércitos: Considerai com todo o coração, a conjuntura que estais passando: 6tendes semeado muito, e colhido pouco; tende-vos alimentado, e não vos sentis satisfeitos, bebeis e não vos embriagais; estais vestidos e não vos aqueceis; quem trabalha por salário, guarda-o em saco roto. 7Isto diz o Senhor dos exércitos: Considerai, com todo o coração, a difícil conjuntura que estais passando: 8mas subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; ela me será aceitável, nela me glorificarei, diz o Senhor.
Confira também:
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Este é o caminho principal para seguir o Evangelho, segundo o Papa Francisco
Vaticano, 26/09/2019 (ACI).- O Papa Francisco afirmou que o “caminho principal” para viver o Evangelho consiste em um duplo “estar”: “estar com Cristo e estar com os irmãos em dificuldade”. “Esta é a chave”, assegurou o Pontífice.
O Papa se expressou assim durante a audiência que concedeu nesta quinta-feira, 26 de setembro, no Vaticano a cerca de 400 membros da Comunidade Emmanuel, nascida na cidade italiana de Lecce em 1980, como inciativa do sacerdote jesuíta Pe. Maria Marfioti.
Sua missão é se entregar às pessoas mais desfavorecidas e lhes dar ajudar por meio de casas familiares onde, atualmente, são acolhidas quase 500 pessoas, muitas das quais menores de idade.
O Santo Padre recordou que “sua comunidade nasceu no dia de Natal e expressa uma fé encarnada no serviço”.
“Surgiram de um gesto de acolhida”, destacou. “Sempre acontece assim nas obras de caridade da Igreja: o Senhor bate à porta através do rosto dos irmãos e irmãs que vivem na pobreza, no abandono, na escravidão... E vocês abriram, responderam , continuaram oferecendo respostas porque a coisa mais difícil é perseverar, seguir em frente”.
Explicou que é Deus, “com o seu Espírito, que inspira as escolhas e dá força para realizá-las; é Ele que dá amor para servir aos irmãos com compaixão, com proximidade, com gratuidade”.
“Vocês podem testemunhar, pela experiência vivida, que tudo vem de Deus, é dom dele. E isso faz com que vocês permaneçam em gratidão, em louvor, na alegre consciência de que a obra não é sua, mas de Deus”.
O Papa assinalou que esta com Cristo e com os mais desfavorecidos é “um caminho indicado pelo próprio nome da comunidade: Emmanuel. Deus nos mostra este caminho: Ele, que é Amor, é Deus conosco. E não como uma ideia, ou pior uma ideologia, mas como uma vida, a vida de Jesus. É Ele Emanuel, Deus conosco, que testemunhou o amor do Pai compartilhando até o fim a nossa condição humana”.
Finalmente, o Papa enfatizou que “desta fonte se obtém a água viva para ir adiante, para não se deixar roubar a alegria, a esperança, a coragem de doar-se; para estar juntos sem ferir-se mutuamente; para lançar novas redes depois das desilusões e fracassos; para continuar a trabalhar com alegria mesmo com dificuldade e cansaço; para permanecer fiel ao espírito originário da vocação e da missão”.
Confira também:
Papa Francisco adverte que a mornidão espiritual transforma a vida em um “cemitério” https://t.co/EfKkcfxG9K
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Núncio pede aos bispos da Alemanha fidelidade ao Papa
BERLIM, 26/09/2019 (ACI).- O Núncio Apostólico na Alemanha, Dom Nikola Eterovic, escreveu uma carta aos bispos do país europeu, na qual lhes pediu para serem fiéis ao Papa Francisco e compartilhou a recente carta do Santo Padre com uma encíclica do Papa Pio XI escrita no tempo dos nazistas.
Em sua carta enviada aos bispos alemães reunidos em assembleia plenária, o Núncio recordou o chamado do Papa Francisco à Igreja na Alemanha para que se centre na evangelização e mantenha a unidade com a Igreja universal durante seu “processo sinodal” vinculante.
No dia 29 de junho, Solenidade de São Pedro e São Paulo, o Papa Francisco escreveu uma carta à Igreja na Alemanha na qual ofereceu suas prioridades e metodologias para o processo sinodal, cujos primeiros trabalhos já começaram no país. Durante sua assembleia plenária, os bispos votarão os estatutos do processo sinodal para a criação da chamada assembleia sinodal.
Na assembleia sinodal, os bispos seria uma minoria com 69 membros entre 200, para debater temas como a separação de poderes na Igreja, a vida sacerdotal, o acesso de mulheres a diversas funções na Igreja e a moral sexual.
O Núncio ressaltou em sua missiva que “a carta do Santo Padre merece especial atenção. De fato, é a primeira vez desde a encíclica de Pio XI, Mit brennender sorge – Com profunda preocupação –, que um Papa dedicou uma carta aos membros da Igreja Católica na Alemanha.
Dom Eterovic explicou que a “encíclica de 14 de março de 1937 denuncia as inadmissíveis intervenções do regime nacional socialista nos assuntos da Igreja Católica, mas a carta atual se refere a assuntos internos da Igreja”.
“Como representante do Santo Padre na Alemanha, alegra-me que os conteúdos da carta papal sejam objeto de estudo durante a assembleia. Não duvido de que a carta do Papa influenciará positivamente o chamado processo sinodal”, escreveu o Arcebispo de origem croata.
O Núncio ressaltou a importância da unidade, como ressalta o Papa Francisco. “A unidade entre a Igreja universal e as igrejas particulares é essencial para a efetividade da evangelização”, escreveu.
“É assim especialmente nestes tempos de forte fragmentação e polarização, para assegurar que o Sensus Ecclesiae realmente esteja em toda decisão que tomemos e que nutra e cubra todos os níveis”, acrescentou.
O Núncio explicou que o Papa quis recordar aos bispos alemães que a comunhão “nos ajuda a superar o medo que nos isola em nós mesmos e nossas particularidades, para que possamos olhar nos olhos e escutar os que estão ali, ou para que possamos renunciar a necessidades e assim acompanhar quem ficou no caminho”.
Finalmente, o Arcebispo advertiu os bispos alemães de qualquer tentação de buscar soluções fáceis diante da crise de fé no país.
Citando Dietrich Bonhoeffer, um teólogo protestante assassinado pelos nazistas, Dom Eterovic disse que confiar na “graça barata” não pode ser a base da renovação, pois é “o inimigo moral de nossa Igreja”. Ao contrário, incentivou os bispos a “lutar” pela “graça cara” que se encontra centrando-se na evangelização, como o Papa incentiva.
Para concluir, o Núncio Apostólica na Alemanha sublinhou que, “como uma comunidade de fiéis, como comunhão de esperança vivida e pregada, como comunidade de amor fraterno, a Igreja tem que escutar de si mesma o que deve crer e as razões de sua esperança, e o que é o novo mandamento do amor”.
A grave crise da Igreja na Alemanha
A carta do Núncio Apostólico chega aos bispos em um momento em que a Igreja no país vive uma grave crise.
Nos primeiros dias deste mês de setembro, o Cardeal Marx disse que "pode-se chegar à conclusão de que faz sentido, sob certas condições e em certas regiões, permitir sacerdotes casados".
O Cardeal também fez outras declarações contrárias à doutrina da Igreja, nas quais encorajou o acesso à comunhão dos divorciados em nova união, promoveu que os sacerdotes católicos concedam a bênção a casais homossexuais e sugeriu que os leigos pregassem na Missa.
Além disso, e no âmbito do Sínodo dos Bispos para a Amazônia que será realizado em outubro, em uma entrevista em 2018, o vice-presidente da Conferência Episcopal Alemã, Dom Franz-Josef Bode, disse que, se a ordenação de sacerdotes casados na Amazônia for autorizada, os bispos alemães insistirão em ter a mesma permissão.
Em janeiro desse ano, ele também disse que era a favor de abençoar casais homossexuais.
Da mesma forma, Dom Franz-Josef Overbeck, Bispo de Essen e presidente da Adveniat, instituição de ajuda da Igreja na Alemanha para a América Latina, disse que o Sínodo da Amazônia "é um ponto sem retorno" para a Igreja e que "nada será como antes” depois deste encontro.
O Prelado também apoiou publicamente a “greve das mulheres” contra a Igreja na Alemanha, convocada por um grupo de católicas após o não do Papa Francisco à ordenação de diaconisas.
Em meados de julho deste ano, a Conferência Episcopal da Alemanha divulgou algumas estatísticas do ano de 2018, entre as quais destaca que, no período, mais de 216 mil fiéis decidiram abandonar a Igreja Católica.
Além disso, dos 23 milhões de batizados no país, de uma população total de 83 milhões, a porcentagem daqueles que participam da Missa Dominical é de 9,3%, ou seja, cerca de 2,1 milhões.
No caso dos sacerdotes que servem nas dioceses do país, o número caiu para 1.161 em 2018, quando havia mais de 17.000 no ano 2000.
As estatísticas também indicam que no ano 2000 havia 13.241 paróquias na Alemanha. Em 2018, caíram para 10.045.
As estatísticas de 2018 não fornecem nenhuma informação sobre o sacramento da Reconciliação ou da Confissão, uma prática que parece ter sido quase completamente abandonada pelos católicos do país, incluindo os sacerdotes.
Confira também:
Levem o Papa muito a sério, adverte Cardeal a bispos alemães https://t.co/cSUJ5hsE4a
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Incêndio provocado danifica gravemente paróquia no Canadá [VÍDEO]
QUEBEC, 26/09/2019 (ACI).- Um incêndio provocado danificou gravemente a estrutura de uma paróquia localizada na província de Quebec, no Canadá, sendo este o terceiro incidente desde que o prédio foi construído em 1844.
DERNIÈRE HEURE : Incendie de l’église Sainte-Philomène à Mercier. Plusieurs municipalités demandées en entraide. #rcmtl pic.twitter.com/ERj2hTTIcv
— Simon-Marc Charron (@SMCharronRC) September 19, 2019
A Rádio Canadá informou que o incêndio começou no início da manhã de quinta-feira, 19 de setembro, na paróquia de Santa Filomena (paroisse de Sainte-Philomène, em francês), na cidade de Mercier. Segundo o diretor do Corpo de Bombeiros de Mercier, Eric Steingue, o incêndio começou na sacristia e as chamas se espalharam rapidamente para o resto da estrutura.
Os bombeiros chegaram por volta das 5h54 (hora local), quando toda a parte de trás do edifício estava em chamas. Steingue indicou que os bombeiros de outros quatro municípios foram chamados para atender a emergência.
No entanto, a rádio canadense assinalou que no final foi necessária a ajuda de sete municipalidades – aproximadamente 50 bombeiros – para apagar o incêndio, que foi controlado após as 7h. Não se informou sobre nenhum ferido.
“Toda a sacristia e o altar estão completamente destruídos. O interior está quente, mas o prédio ainda está de pé”, disse Steingue.
Depois que a polícia encontrou evidências de que teria sido um incêndio provocado, um posto de comando foi instalado no estacionamento em frente à igreja, que permanece desativada. Nesse mesmo dia, durante a tarde, um suspeito foi preso.
Confira também:
FBI revela tentativas de incêndio em três igrejas católicas dos Estados Unidos https://t.co/vk0iOXRQjI
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Grupo armado assalta seminaristas no México
Cidade do México, 26/09/2019 (ACI).- Um grupo armado interceptou e assaltou um grupo de seminaristas da diocese mexicana de Tlaxcala, no dia 24 de setembro.
A Diocese de Tlaxcala assinalou em um comunicado que o assalto ocorreu na região de Huixcolotla, no estado de Puebla, "onde oito seminaristas iam a cada quinze dias para solicitar apoio na Central de Abastecimento dessa comunidade".
"Antes de chegar, foram parados por um grupo armado que os reteve junto com os dois veículos que utilizavam", assinalou a diocese mexicana.
Os seminaristas foram finalmente libertados em terremos próximos à localidade de Acatzingo, também em Puebla, e “felizmente não receberam nenhum dano físico”.
"Todos estão bem e no seminário", assinalou a Diocese de Tlaxcala.
"No entanto, os criminosos levaram uma caminhonete e um carro compacto”, assinalou.
📄Comunicado con respecto al asalto a seminaristas. pic.twitter.com/FmWQSLp4Qo
— @dioctlaxcala (@dioctlaxcala) September 25, 2019
A diocese mexicana agradeceu às autoridades “por seu apoio e atenção para realizar os devidos processos legais. Esperamos que os veículos sejam recuperados em breve e que a situação tão difícil que todos vivemos seja superada”.
"Rezamos pela paz do nosso país", concluiu.
Confira também:
Massacre no México: Bispo pede que criminosos abandonem “trevas cheias do mal” https://t.co/oYrfHFqS9P
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As religiosas argentinas que salvam crianças com deficiência em Belém
BELÉM, 26/09/2019 (ACI).- Milhares de peregrinos visitam diariamente a famosa Igreja da Natividade, na Terra Santa, e passeiam no entorno para visitar os lugares santos do nascimento e dos primeiros dias do Senhor Jesus na terra.
Mas, poucos sabem que, apenas 300 metros do famoso templo, um grupo de irmãs da família religiosa do Verbo Encarnado, nascida na Argentina, literalmente salva a vida de crianças e jovens com deficiência de Belém e dos arredores.
A Casa Menino Deus foi criada pelas irmãs da Família Espiritual do Verbo Encarnado, em 2005, assim que descobriram que a Autoridade Palestina, carente de recursos, não provê assistência aos pequenos com deficiência mental ou física com mais de cinco anos de idade.
A maioria dos pais não possui recursos para fornecer tratamento adequado e algumas dessas crianças acabam abandonadas nas ruas de Belém ou em cidades próximas.
“Nós tentamos lhes proporcionar, em primeiro lugar, uma vida digna, de filhos de Deus, e a melhor terapia possível, embora saibamos que muitos deles, pela natureza de sua deficiência, sempre viverão aqui conosco”, explica à ACI Prensa, agência em espanhol do Grupo ACI, a irmã María de Roncesvalles, natural de Buenos Aires.
Cinco missionárias do Verbo Encarnado, quatro argentinas e uma espanhola, se encarregam da Casa Menino Deus; mas contam com o apoio de voluntários da Ação Católica Italiana, da organização espanhola Youth Wake up e da italiana UNITALSI.
"Mantemo-nos da Divina Providência, que é o nosso carisma em todo o mundo, viver da providência", explica a irmã María.
A irmã Mariam Qalb Iesua, natural de Salta (Argentina), explica a um visitante chegado à Terra Santa, como parte do ambicioso programa de compreensão da região promovido pelo Projeto Philos nos Estados Unidos, que a rotina da casa é muito importante para a vida dos residentes.
O dia começa às 5h30. Às 7h30, após o café da manhã, frequentam a escola vizinha Casa de Anjos, também administrada pelas religiosas. Às 13h, fazem uma sesta e, à tarde, realizam atividades recreativas e terapêuticas. Depois do jantar, rezam o Terço e, antes de dormir, concluem com o Anjo da Guarda.
Somente então as religiosas podem se dedicar a suas atividades espirituais pessoais e comunitárias.
A irmã Mariam explica que a ideia é recuperar as crianças o máximo possível e, por isso, promovem um projeto ambicioso: acrescentar mais dois andares a Casa para incluir uma parte ortopédica e uma neurológica para “fazê-los o mais independente possível”.
Filippo De Grazia, um voluntário italiano que apresentou aos participantes do Projeto Philos a Casa Menino Deus, disse a ACI Prensa que “em poucos lugares desenvolvo mais a minha vida cristã. Para mim, ainda que estejamos a poucos metros da Basílica, experimento a Natividade diariamente aqui, onde estas crianças são transformadas”.
Filippo participa como voluntário diariamente há 14 meses e não sabe o que Deus vai querer dele no futuro. Mas, está convencido de que seu presente está intimamente ligado a esse "serviço de amor cristão que está mudando vidas no mesmo lugar em que Jesus nasceu".
Confira também:
Igrejas são mais do que lugares de peregrinação na Terra Santa https://t.co/eVcUd2tKMO
— ACI Digital (@acidigital) July 29, 2019
Membros do ISIS são processados por tentativa de ataque a Notre Dame em 2016
PARIS, 26/09/2019 (ACI).- Cinco mulheres francesas seguidoras do Estado Islâmico (ISIS) foram levadas a julgamento na segunda-feira, 23 de setembro, por acusações de terrorismo, especificamente por tentar explodir um carro perto da Catedral de Notre Dame, em 2016.
Segundo a BBC, os promotores disseram que os "seis botijões de gás no veículo, que tinham sido envolvidos em óleo diesel, não explodiram quando jogaram um cigarro neles". Além disso, informou-se que uma das acusadas teria esfaqueado um policial no ombro depois de ter sido seguida até um apartamento próximo.
O advogado de Inès Madani, Ornella Gilligmann, Sarah Hervouët, Amel Sakaou e Samia Chalel assegurou, segundo a BBC, que fizeram lavagem cerebral nelas através da internet. Quatro delas enfrentam prisão perpétua.
O meio de comunicação também assinala que há uma suspeita de que todas as mulheres planejaram o ataque seguindo as instruções de Rashid Kassim, um suposto recrutador do Estado Islâmico que naquele momento estava na Síria.
Kassim, que também é nomeado como acusado e que teria orientado as mulheres “remotamente”, será julgado em ausência. Acredita-se que foi assassinado em um ataque com aviões não tripulados no Iraque, em fevereiro de 2017.
A BBC acrescentou que o julgamento continuará até 11 de outubro de 2019.
A França sofreu uma série de ataques terroristas nos últimos anos. Em novembro de 2015, em Paris, 130 pessoas morreram e mais de 350 ficaram feridas em um dos maiores ataques terroristas realizados pelo autodenominado Estado Islâmico na Europa.
Em 14 de julho de 2016, em Nice, dezenas de pessoas morreram devido a um caminhão que atropelou uma multidão que presenciava os fogos de artifício do Dia Nacional da França.
Confira também:
França: Encontram carro com material explosivo próximo a Catedral de Notre Dame https://t.co/xyMOddV1W8
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Este é o relicário que será entregue ao Papa na canonização de Irmã Dulce
SALVADOR, 26/09/2019 (ACI).- A Arquidiocese de Salvador (BA) apresentou o relicário que será entregue ao Papa Francisco no dia 13 de outubro, no Vaticano, durante a cerimônia de canonização de Irmã Dulce dos Pobres.
O relicário conterá um fragmento ósseo da costela da religiosa, que será a primeira santa nascida no Brasil. A peça é composta por uma pedra ametista em formato de coração e ficará guardada na Capela das Relíquias, no Vaticano.
Em artigo publicado em 21 de setembro, o Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, explicou que a “relíquia é um fragmento do corpo de um santo, geralmente dos ossos, venerados com grande respeito pelos católicos pois os corpos dos santos foram templos do Espírito Santo e eles o utilizaram para realizar boas obras”.
Conforme especificou o Prelado, “normalmente, as relíquias são classificadas como de primeiro grau (se são parte do corpo), de segundo grau (se objetos de uso pessoal do santo) ou de terceiro grau (quando se trata de um objeto que eventualmente tenha tocado o corpo do santo – p.ex.: um lenço)”.
Dom Murilo citou ainda algumas referências bíblicas a relíquias, como em Atos dos Apóstolos 19,11-12, onde se diz que “Deus realizava prodígios extraordinários pelas mãos de Paulo, a tal ponto que pegavam lenços e panos que tivessem tocado seu corpo, para aplicá-los sobre os doentes, e as doenças os deixavam, e os espíritos maus se retiravam”.
Outro trecho bíblico é de Mateus 9,20, “faz referência mulher que tocou a túnica de Jesus, confiante em sua cura, e, por sua confiança e esse gesto, foi realmente curada de sua doença”.
No Brasil, fiéis também podem rezar diante de relíquias da futura santa. No último dia 18 de setembro, foi reinaugurada a Capela das Relíquias de Irmã Dulce, no Santuário da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Salvador (BA).
Na capela, encontra-se uma urna de vidro, na qual estão depositados os restos mortais e uma representação em tamanho real da religiosa.
Na ocasião da reinauguração da capela, Dom Murilo Krieger assinalou que “neste túmulo vão repousar os seus restos mortais até raiar o dia Glorioso do Senhor”, acrescentado que, “a partir de agora nós criamos toda uma proximidade das relíquias com as pessoas”.
Confira também:
Reinaugurada Capela das Relíquias de Irmã Dulce, em Salvador https://t.co/PZFhCFSsYp
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Em carta, Bispos da Ucrânia pedem ao Papa que salve identidade do Instituto João Paulo II
Vaticano, 26/09/2019 (ACI).- Os bispos ucranianos de rito latino escreveram uma carta ao Papa Francisco lhe pedindo que salve a identidade do Instituto João Paulo II de estudos sobre o matrimônio.
A carta é assinada pelo presidente da Conferência Episcopal da Igreja Católica Romana na Ucrânia, Dom Bronislaw Bernacki, e também é dirigida ao prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, Cardeal Kevin Joseph Farrell.
"Queremos expressar a profunda gratidão a Deus pela pessoa e o serviço de São João Paulo II, em particular por sua enorme contribuição à teologia do matrimônio e da família", assinala o texto. "O sinal visível deste ministério foi certamente o Pontifício Instituto de Estudos sobre o Matrimônio e a Família", afirmaram.
Nesse sentido, asseguraram que, “em nossa prática pastoral de trabalho com os casais jovens, imersos em uma concepção profana do corpo e da sexualidade, o ciclo de catequese de São João Paulo II, ‘Homem e mulher os criou’, e também a sua ‘Teologia do Corpo’, oferecem uma ajuda particularmente significativa.
No entanto, "nos últimos meses, notamos com dor como essa grande obra, construída com a graça de Deus por João Paulo II, pode perder sua identidade e, consequentemente, deixar de cumprir a missão de seu chamado".
Os bispos expressaram: “Não compreendemos que o Instituto tenha retirado professores eminentes, como José Noriega Bastos, Livio Melina, Maria Luisa Di Pietro, Stanislaw Grygiel, Monika Grygiel, Przemyslaw Kwiatkowski e Vittorina Marini. Pessoas que dedicaram sua existência a atividades nobres e importantes foram tratadas de acordo com a cultura da exclusão social”.
"Também nos coloca em alerta a mudança dos estatutos do Instituto mencionado e a modificação de sua atividade”, acrescentaram.
No texto, os prelados ucranianos fazem memória de um fato que lança luzes "sobro o valor do Instituto" e que remonta ao início de sua missão.
“13 de maio de 1981. O atentado contra o Santo Padre não permitiu o início de sua atividade. Acreditamos que, assim como a bem-aventurada Virgem Maria venceu o ataque do mal, também nesta ocasião na qual, como relatou a Irmã Lúcia de Fátima, o 'campo de batalha decisivo' da luta contra o mal está representado pelo matrimônio e pela família, a Igreja experimentará a vitória, também nesta dimensão específica, ou na atividade do Instituto, segundo a identidade designada por São João Paulo II”, expressaram.
Finalmente, os bispos concluem: “Pedimos e nos confiamos a sua intervenção concreta. Acreditamos que o Instituto é um grande presente para a Igreja e contribuirá para fortalecer, santificar e fazer crescer espiritualmente milhares de famílias”.
A carta foi escrita por iniciativa da Comissão de Pastoral da Família e também enviada aos presidentes das comissões de relações familiares dos episcopados da Europa.
Confira também:
Prossegue o debate após mudanças no Instituto João Paulo II https://t.co/64NcNiqCYC
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Faleceu Cardeal Levada, Prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé
Vaticano, 26/09/2019 (ACI).- O Cardeal William Joseph Levada, Prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé, faleceu aos 83 anos de idade.
O Cardeal Levada foi o primeiro sucessor do Cardeal Joseph Ratzinger à frente da Congregação após sua eleição como Papa com o nome de Bento XVI.
Além de ser prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o Cardeal Levada também foi membro da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, da Congregação para as Causas dos Santos, da Congregação para os Bispos, da Congregação para a Educação Católica e do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
Nasceu em 15 de junho de 1936, em Long Beach, Arquidiocese de Los Angeles (Estados Unidos). Frequentou o ensino fundamental e médio em Long Beach e ingressou no Seminário da Arquidiocese de Los Angeles. Em 1958, foi enviado a Roma para continuar sua formação no Colégio norte-americano. Formou-se em estudos teológicos na Pontifícia Universidade Gregoriana, recebendo o doutorado em Sagrada Teologia Magna.
Foi ordenado sacerdote em 20 de dezembro de 1961, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Realizou diversos trabalhos pastorais em diferentes paróquias e ensinou teologia no St. John's Seminary School of Theology.
Em 1976, foi nomeado oficial da Congregação para a Doutrina da Fé e ensinou teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma. Em 1982, foi designado como diretor executivo da Conferência Episcopal da Califórnia, em Sacramento.
Foi eleito Bispo Titular de Capri em 24 de março de 1983 e consagrado em 12 de maio do mesmo ano na Catedral de Santa Viviana de Los Angeles.
Serviu como vigário episcopal no Condado de Santa Bárbara até sua nomeação, em 1986, como chanceler e moderador da Cúria. Em 1º de julho de 1986, foi promovido à sede metropolitana de Portly, Oregon.
De 1986 a 1993, serviu como o único bispo norte-americano no comitê editorial da Comissão Vaticana para o Catecismo da Igreja Católica. Foi o autor do Glossário do Catecismo, publicado na segunda edição em inglês do Catecismo.
Foi nomeado Arcebispo Coadjutor de San Francisco, em 17 de agosto de 1995. Sucedeu na sede metropolitana de San Francisco, em 27 de dezembro de 1995. Em 1997, participou da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a América.
Foi nomeado prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé em 13 de maio de 2005 e criado cardeal no consistório de 24 de março de 2006, por Bento XVI.
Confira também:
Papa lamenta falecimento do cardeal mais idoso do mundo https://t.co/tI6lcSCPK2
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Esta pintura de Cristo ficava perto de uma cozinha e hoje vale milhões de euros
PARIS, 26/09/2019 (ACI).- Um pequeno quadro de 25,8 por 20,3 centímetros que ficava pendurado perto da cozinha da casa de uma idosa, na França, foi identificada como uma obra do século XIII, do pintor italiano Cimabue, com um valor estimado entre quatro e seis milhões de euros.
O quadro do pintor pré-renascentista estava em uma casa na cidade de Compiegne, ao norte de Paris (França), e representa "O Cristo menosprezado". A obra, realizada sobre madeira de álamo, fazia parte de uma série de quadros que Cimabue pintou para representar as cenas da paixão de Jesus.
A família desconhecia o valor da pintura que estava no corredor entre a sala de estar e a cozinha. Assim, a idosa, que não soube explicar como chegou à sua casa, levou a obra à casa de leilões Actéon, acreditando que era um pequeno ícone sem valor.
Actéon levou a pintura para o gabinete de especialistas Turquin, especializado em mestres antigos, que confirmou a autenticidade do ícone como obra de Cimabue e anunciou seu leilão para o próximo dia 27 de outubro, em Senlis, que será a primeira venda de uma pintura deste pintor italiano em décadas.
Segundo informações obtidas, até o momento, eram conhecidas apenas duas cenas da série pintada por Cimabue. Uma é a Flagelação de Cristo, que está conservada na coleção Frick de Nova York, e outra é uma imagem de Nossa Senhora que está na National Gallery de Londres.
O gabinete de Turquín disse que a atribuição a Cimabue é "óbvia" devido à semelhança que tem com outras obras. Além disso, indicou que os testes de infravermelho mostram que seu estado de conservação é excelente.
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— ACI Digital (@acidigital) October 14, 2017
Bispo critica silêncio de documento de trabalho do Sínodo sobre pecado nos indígenas
REDAÇÃO CENTRAL, 26/09/2019 (ACI).- O Bispo Emérito do Marajó, Dom José Luis Azcona Hermoso, que serviu nessa jurisdição da Amazônia durante quase 30 anos, criticou o silêncio sobre o pecado nos indígenas no Instrumentum laboris ou documento de trabalho do Sínodo da Amazônia, que será realizado de 6 a 27 de outubro no Vaticano.
O Prelado já se referiu em outras ocasiões ao texto e criticou, entre outras coisas, a “visão distorcida do chamado rosto amazônico”, a “interculturalidade” e a ordenação de homens casados.
Nesta oportunidade, Dom Azcona compartilhou com ACI Prensa – agência em espanhol do Grupo ACI – um artigo intitulado “O pecado dos indígenas no Instrumento de trabalho do Sínodo”, no qual se refere ao silêncio sobre este tema que há no texto que guiará as reflexões dos padres sinodais.
A seguir, o artigo completo do Bispo Emérito de Marajó:
O pecado dos indígenas no Instrumento de Trabalho do Sínodo
Entre os silêncios do Instrumento de Trabalho (IT) do Sínodo está a eliminação do conceito, a realidade do pecado nos indígenas, com consequências irreparáveis para a fé cristã, a Igreja, os sacramentos e a evangelização.
O reducionismo do pensamento único que caracteriza o IT alcança aqui extremos insustentáveis. O indígena amazônico é, segundo o IT, o homem em sua pureza original, nascido na selva e capaz de desenvolver sua inocência primitiva de uma maneira perfeita, o homem chamado pelo destino para salvar a humanidade, o homem no paraíso, o homem prelapsariano, o novo homem, o super-homem (Übermensch).
Este indígena seria o protótipo do ser humano chamado a amazonizar a Igreja e, assim, amazonizar o mundo. Este destino histórico teria uma oportunidade única durante a celebração do Sínodo em Roma. Desta maneira, as religiões indígenas pagãs seriam anunciadas, assim como seus rituais, celebrações, espíritos, conhecimentos da natureza e cosmovisões, sabedoria dos antepassados, dos grupos étnicos dos ancestrais que interpretam a terra como a mãe terra, sempre fiel, integrando e interligando todo o cosmos.
De fato, o IT nega a existência do pecado original e suas consequências na história, nas sociedades, em todas as culturas e nações, como ensina repetidamente o Catecismo da Igreja Católica e todo o magistério pós-conciliar.
Mas a verdade é essa. O conhecimento de Deus sobre os povos indígenas, assim como sobre os povos pagãos de Romanos 1 (Sabedoria 13-14), não os levou à obediência nem à glorificação de Deus, apesar de tê-lo conhecido por suas obras, especialmente por seu poder (Dynamis) e sua eternidade.
Amarraram a justiça na impiedade, como todos os povos da terra. Convencidos de ser sábios por meio da sabedoria de seus anciões, mitos, cosmovisões, culturas, domínio sobre os espíritos, forças ocultas ou evidentes, fizeram-se estúpidos (Romanos 1, 22), e exatamente como os gregos e os romanos adoraram amuletos, fetiches, totens, animais, plantas, pedras, espíritos (Romanos 1, 23).
Em uma palavra, como todos os povos, serviram às criaturas e não ao Criador que é bendito pelos séculos (Romanos 1, 25). Por isso, também entre os indígenas não são exceção os adúlteros, os violentos, os bêbados, indígenas sem misericórdia, invejosos, infanticidas, suicidas, cruéis, etnias belicosas que historicamente eliminaram outras etnias e nações indígenas, vários tipos de família indígena completamente alheios ao plano do Deus sobre o casal humano e a estrutura familiar.
Por que o IT ignora e não aplica aos indígenas amazônicos a palavra apostólica da carta aos Romanos: Todos pecaram e todos necessitam da glória do Deus? (3, 23). Ou também esquece Jesus de Nazaré, o Filho de Deus vivo que diz: aqueles que têm saúde não necessitam de médico, mas sim os doentes; Eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores? (Mt 9, 12-13).
Onde está a misericórdia e a compaixão de Jesus, o amigo dois pecadores que se demonstra na pregação do ‘Arrependei-vos e crede, porque o Reino de Deus chegou’ (Mc 1, 15) completamente esquecido por parte do IT ou de teologias como a assim chamada Teologia indígena?
E como falar de liberdade, reconhecer e servir à dignidade dos povos indígenas, se também a eles não se proclama com alegria que são justificados, salvos gratuitamente pela graça (e com eles suas culturas e nações) por meio da Redenção realizada em Cristo Jesus (Romanos 3, 24), se eles o desejarem?
Em Jesus, a quem Deus constituiu (unicamente) como vítima de expiação pelos pecados em seu sangue pela fé (Ibid 25) e na qual todos e cada um dos homens são perdoados, também os indígenas, seus ancestrais pajens, culturas e povos.
Diante de tudo isso, que sentido tem a presença da assim chamada Tenda comum em Roma durante o Sínodo com seus incensos, defumações, rituais de aldeia, celebrações? Chegou a hora de abandonar os devaneios da arrogância (káujesis) prometeica e assumir a atitude de Maria, a única atitude eclesial digna: Aqui está a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo sua palavra.
Tenhamos de uma vez a coragem de permitir que ressoe em nossa mente a palavra de Pablo: De que te glorias se tudo o que recebeste como se não o tivesses recebido?
Levemos no coração esta outra do mesmo: Onde abundou ou pecado (também na Amazônia) superabundou a graça (Romanos 5, 20).
Tenhamos a coragem de entrar de uma vez na onda onipotente da Graça que Deus prepara para a Amazônia e para toda a humanidade.
Confira também:
Cardeal venezuelano analisa o Instrumentum Laboris do Sínodo da Amazônia https://t.co/QO2Xxmbl6r
— ACI Digital (@acidigital) September 24, 2019