Hoje é celebrado São João Crisóstomo, o “boca de ouro”
REDAÇÃO CENTRAL, 13/09/2019 (ACI).- A Igreja Católica celebra neste dia 13 de setembro a memória litúrgica de São João Crisóstomo, que significa “boca de ouro”. Foi chamado assim pelas pessoas por ser um dos mais famosos oradores que a Igreja teve.
São João, que também é Doutor da Igreja, nasceu na Antioquia (Síria), no ano 347. Estando na escola já causava admiração com suas declamações e intervenções nas academias literárias.
Depois de ter vivido como monge em sua casa e no deserto, foi ordenado sacerdote e começou a deslumbrar com seus maravilhosos sermões. O santo considerava como sua primeira obrigação o cuidado e a instrução dos pobres e jamais deixou de falar deles em seus sermões e de incitar o povo à esmola.
São João foi consagrado Arcebispo de Constantinopla no ano 398 e empreendeu a reforma do clero. Mandou tirar todos os luxos do palácio e com as cortinas elegantes se fabricaram vestidos para os pobres. Exigiu que seus sacerdotes e monges fossem pobres no vestir, comer e em seu mobiliário, para dar bom exemplo.
A eloquência e o zelo do santo levaram à penitência muitos pecadores e converteram muitos idólatras e hereges.
Outra das atividades às quais o São João consagrou suas energias foi a fundação de comunidades de mulheres piedosas, sendo a mais ilustre a nobre Santa Olímpia. O santo Bispo se distinguiu também por seu extraordinário espírito de oração, virtude esta que pregou incansavelmente, e exortou os fiéis à comunhão frequente.
Foi banido duas vezes por conspiração da rainha Eudóxia e do Bispo da Alexandria, Téofilo. No último desterro perante as penosas condições da viagem e a crueldade dos soldados imperiais, São Crisóstomo faleceu em 14 de setembro de 407, dizendo: “Seja dada glória a Deus por tudo”. Em 1909, São Pio X declarou o santo “Patrono dos Pregadores”.
Cardeal Orani reza por vítimas de incêndio em hospital no Rio de Janeiro
RIO DE JANEIRO, 13/09/2019 (ACI).- O Arcebispo do Rio de Janeiro, Cardeal Orani João Tempesta elevou “uma prece especial a Deus”, após incêndio que atingiu um hospital na cidade, que deixou 11 mortos.
“Tomamos conhecimento do incêndio que atingiu o Hospital Badim, localizado nas imediações do bairro da Tijuca/Maracanã, no final da tarde de hoje (12/09), quinta-feira, aqui no Rio de Janeiro”, afirmou o Arcebispo em uma publicação em seu Instagram.
Em nome da Arquidiocese do Rio de Janeiro, disse, “elevo uma prece especial a Deus, pela intercessão de São Sebastião, padroeiro da cidade, para que acalme e conforte o coração de todas as vítimas, pacientes, funcionários e familiares neste momento”.
“Que todos nós, homens e mulheres de boa vontade, possamos ser solidários aos que precisam do nosso gesto de amor neste momento difícil”, completou.
O incêndio no Hospital Badim começou por volta das 18h30 de quinta-feira, 12 de setembro, no prédio mais antigo dos dois que compõem o complexo. A fumaça logo se espalhou.
Após controlar o incêndio, os bombeiros realizaram uma varredura no local. De acordo com a direção do hospital, as buscas por mortos foram encerradas no fim da madrugada e onze corpos foram retirados do local.
Segundo a direção da unidade, a suspeita é de que ocorreu um curto-circuito em um gerador do prédio 1. Na ocasião, informaram, havia na unidade 103 pessoas internadas e 224 funcionários trabalhando.
Quando o incêndio começou, o centro médio foi evacuado. Colchões foram acomodados nas calçadas para acomodar alguns pacientes; outros foram levados para uma creche vizinha; e cerca de 90 foram transferidos para outras unidades de saúde do Rio de Janeiro.
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Arcebispo pede orações por vítimas de incêndio de barco na Califórnia https://t.co/VCHh765knB
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Papa viajará a Japão e Tailândia de 19 a 26 de novembro
Vaticano, 13/09/2019 (ACI).- O Papa Francisco viajará a Japão e Tailândia de 19 a 26 de novembro, segundo anunciou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, nesta sexta-feira, 13 de setembro.
O anúncio da viagem responde ao convite dos governos da Tailândia e do Japão, além dos episcopados de ambos os países asiáticos.
O Santo Padre estará de 20 a 23 de novembro na Tailândia e de 23 a 26 no Japão, onde visitará as cidades de Tóquio, Nagasaki e Hiroshima, estas duas últimas devastadas durante a Segunda Guerra Mundial pelo lançamento de bombas nucleares.
O Papa Francisco já havia anunciado sua intenção de viajar ao Japão na conversa que teve com os jornalistas que o acompanharam na viagem de volta da Jornada Mundial da Juventude no Panamá, em 23 de janeiro.
No entanto, naquela ocasião, não havia detalhado as datas concretas, embora estivesse pensando no mês de novembro.
Os logotipos das viagens
Além disso, o Vaticano também apresentou os logotipos e lemas de ambas as viagens. O logotipo da visita pastoral do Pontífice ao Japão consiste em uma chama vermelha que representa os mártires que fundaram a Igreja no Japão. Junto à chama vermelha se entrelaçam outra azul e uma terceira chama verde.
Crédito: Vatican Media
A chama azul representa a Virgem Maria abraçando toda a humanidade como seus filhos, enquanto a verde é um símbolo da natureza abundante que expressa a missão de proclamar o Evangelho da esperança. O círculo vermelho é uma imagem do sol, o emblema nacional do Japão, que envolve toda a vida. O lema da visita do Papa ao Japão é "Proteger cada vida".
O logotipo da viagem do Papa à Tailândia é composto por uma série de imagens simbólicas acompanhadas pela fotografia do Santo Padre.
Crédito: Vatican Media
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A caminho da JMJ, Papa anuncia que quer viajar para Japão e Iraque este ano https://t.co/KI3j7fJrks
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Papa aos Agostinianos Descalços: Não se separem de suas raízes para serem "modernos"
Vaticano, 13/09/2019 (ACI).- Dirigindo-se aos participantes do Capítulo Geral da Ordem dos Agostinianos Descalços, o Papa Francisco lhes disse que sempre aprecia "a alegria" que têm "de ser agostinianos", mas advertiu que nunca devem se separar de suas raízes para buscar ser "modernos", pois cometeriam um "suicídio".
“Algumas pessoas, para serem modernas, pensam que é necessário desprender-se das raízes. E esta é a ruína, porque as raízes, a tradição, são a garantia do futuro. Não é um museu, é a verdadeira tradição, e as raízes são a tradição que dá a seiva para que a árvore cresça, floresça, dê frutos. Nunca se separem das raízes para serem modernos, é um suicídio”, pediu-lhes o Santo Padre na quinta-feira, 12 de setembro, na Sala Clementina do Vaticano.
O Papa Francisco disse que "os agostinianos descalços têm suas raízes na longa tradição religiosa iniciada por Santo Agostinho". Em seguida, animou-os a “amar e aprofundar sempre de novo nessas raízes – ir às raízes –, buscando tirar delas, na oração e no discernimento comunitário, a linfa vital de sua presença na Igreja e no mundo hoje”.
No início de sua mensagem, pediu que juntos louvassem a Deus “pelos carismas que suscitou e continua suscitando na Igreja através do testemunho do grande Pastor e Doutor de Hipona (Santo Agostinho)”.
Depois, agradeceu ao prior geral pelas palavras com as quais apresentou este encontro, que encerra seu Capítulo Geral por ocasião do que chamam de "Ano do Carisma".
Mais adiante, o Papa Francisco lhes comunicou que aprecia “a alegria” que têm “de ser agostinianos”.
Também recordou Santo Agostinho como "uma dessas figuras que fazem sentir a fascinação de Deus, que levam a Jesus Cristo", e o classificou como "um gigante do pensamento cristão", que também recebeu de Deus a "vocação e missão da fraternidade".
“Ele não se fechou no horizonte, apesar de vasto, de sua mente, mas permaneceu aberto ao povo de Deus e aos irmãos e irmãs que compartilharam a vida comunitária com ele. Como sacerdote e bispo, viveu como um monge, apesar de seus compromissos pastorais, e quando morreu, deixou muitos mosteiros masculinos e femininos”, afirmou.
O Papa Francisco também lembrou que "a oração e a penitência não deixam de ser as pedras angulares nas quais o testemunho cristão se baseia", e que os pontífices anteriores pediram aos seus "antepassados" que não deixem de estar "disponíveis para evangelização ”e, assim, assumir “essa dimensão apostólica que está muito presente no padre fundador”.
Por outro lado, disse que "a qualificação de ‘descalços’ expressa a necessidade de pobreza, desapego, confiança na Providência Divina".
Destacou também o voto de humildade, "o quarto voto que os caracteriza" e que ajuda a abrir "seus corações para serem fiéis ao carisma original, para sempre se sentirem discípulos-missionários".
Em outro momento, o Santo Padre também recordou os "missionários agostinianos que deram a vida pelo Evangelho em diferentes partes do mundo".
"E vejo com alegria que atesouram esses testemunhos do passado para renovar sua disponibilidade para a missão hoje, da maneira que o Concílio Vaticano II e os desafios atuais nos pedem", assegurou.
Finalmente, o Papa Francisco disse aos presentes que continuem sendo felizes "por servir o Altíssimo em espírito de humildade".
"Continuem assim! Que o Senhor os abençoe, que a Virgem e Santo Agostinho os protejam. E, por favor, não se esqueçam de rezar por mim. Obrigado!”, concluiu.
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Papa Francisco pediu aos bispos proximidade a Deus e ao povo https://t.co/GjVywz7P8v
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Mais de 500 extremistas hindus atacam colégio católico durante quatro horas
NOVA DELHI, 13/09/2019 (ACI).- Um bando de mais de 500 extremistas hindus atacou uma escola católica na Índia com paus, ferros e armas por quatro horas, ferindo dois estudantes e um sacerdote jesuíta.
O sacerdote jesuíta Thomas Kuzhively informou à agência vaticana Fides que o bando de extremistas hindus atacou a escola St. John Berchmans, localizada em Mundli Tinpahar, cerca de 38 quilômetros ao sul de Sahibganj, uma das principais cidades do estado de Jharkhand, no Leste da Índia, perto da fronteira com Bangladesh.
Após o ataque, a escola permanece fechada. "A polícia e o governo do estado ainda não tomaram nenhuma providência", lamentou o sacerdote.
No dia do ataque, os extremistas chegaram à escola com paus, correntes, barras de ferro, facas e armas. Atacaram os estudantes na residência de Loyola Adivasi, deixando dois gravemente feridos.
Os jovens foram salvos pelas religiosas que servem na escola pois, segundo Fides, embora uma ambulância tenha sido chamada, a multidão não permitiu que os feridos fossem levados ao hospital.
"Mais tarde, a polícia os levou ao hospital Rajmahal", disse o presbítero. "A multidão também tentou assediar sexualmente alunas e funcionárias", denunciou.
Outro sacerdote, o jesuíta Nobor Bilung, tentou conversar com os agressores, mas eles o atingiram na cabeça. “O diretor e toda a equipe da administração estavam desamparados. Nenhum de seus esforços conseguiu acalmar a multidão”, disse Pe. Kuzhively.
Os agressores quebraram as janelas, danificaram a tubulação, os móveis, os sistemas elétricos e o sistema de áudio. Depois de destruir o colégio interno, a multidão foi para o prédio da residência. Também levaram o dinheiro das gavetas do escritório e três telefones celulares.
Três religiosas tentaram impedir a entrada do bando, assim como alguns policiais que também foram atacados. Após quatro horas de caos, a multidão se dispersou.
O colégio apresentou uma denúncia na qual estima que o dano às instalações seja superior a um milhão e meio de rúpias, aproximadamente 21 mil dólares.
"Pedimos uma ação concreta", indicou Pe. Kuzhively.
O sacerdote assinalou que a escola fez um chamado aos juízes, ao governador e ao primeiro ministro do estado de Jharkhand, ao presidente da comissão nacional de direitos humanos e ao presidente da comissão nacional de minorias, no qual pedem uma ação imediata contra os agressores.
As escolas da região pararão em protesto contra o ataque.
Confira também:
Prendem dois sacerdotes e um catequista na Índia https://t.co/2s9Hzmqy8D
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Afirmam que caso de Asia Bibi ajuda na defesa internacional da liberdade religiosa
REDAÇÃO CENTRAL, 13/09/2019 (ACI).- Jan Figel é o enviado especial da União Europeia para a Liberdade Religiosa fora da Europa, que desempenhou um papel importante na libertação da prisioneira paquistanesa Asia Bibi e manifestou o potencial da cooperação internacional para promover a liberdade religiosa.
Em entrevista concedida à CNA – agência em inglês do Grupo ACI –, elogiou Bibi como "uma mulher admiravelmente corajosa e uma mãe amorosa". "Ela não renunciou a sua fé cristã (em troca da liberdade), e representa um estímulo para muitos outros que enfrentam acusações de falsa blasfêmia", expressou.
Asia Bibi é uma mãe católica de cinco filhos que foi condenada por blasfêmia no Paquistão, em 2009, e condenada à morte por enforcamento. Foi falsamente acusada de fazer comentários depreciativos sobre o Profeta Maomé depois de uma discussão por um pouco de água. Esteve presa no corredor da morte até outubro de 2018, quando sua sentença foi revogada.
Nesta semana, através de uma mensagem, Bibi assinalou que a justiça deve estar destinada a buscar a verdade.
“Se quer castigar alguém, não o faça sem escutá-lo. E faça algo por todas as pessoas na prisão por blasfêmia: visite-as na prisão, ouça-as, discuta com elas”, exortou.
Segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos, estima-se que haja 77 pessoas presas no Paquistão sob as leis de blasfêmia, a maioria delas muçulmanas.
Bibi disse em sua mensagem que está agradecida à comunidade internacional que trabalhou por sua libertação e, em particular, a Figel, a quem descreveu como "um anjo que a salvou da prisão".
Após a absolvição, houve protestos dos intransigentes islâmicos, por isso, Bibi permaneceu no Paquistão sob custódia protetora até maio de 2019. Agora, está em um lugar secreto junto com a sua família no Canadá.
Nesse sentido, Figel disse que a razão pela qual Bibi permaneceu sob proteção no Paquistão por nove meses foi possivelmente porque "o governo de Imran Khan e o exército paquistanês usaram esse atraso para controlar a situação no país".
Por isso, lamentou que, durante o governo anterior, "grupos relativamente pequenos tenham saído às ruas e de fato ditado algumas decisões ao governo eleito".
"Agora, os líderes de grupos militantes e extremistas violentos foram presos após protestos públicos em massa", comentou.
Recentemente, Jan Figel divulgou a declaração acadêmica e política da Human Dignity for Everyone Everywhere (Dignidade humana para todos em todos os lugares). Além disso, espera que a história de Bibi se torne uma base para a reforma da lei de blasfêmia no Paquistão.
Figel explicou que só pôde visitar o Paquistão em dezembro de 2017 e fez uma segunda visita em 2018, e que sua participação no caso tinha a intenção de lançar luz sobre questões de liberdade religiosa, uma vez que “Asia Bibi era famosa em todo o mundo como um abuso óbvio da liberdade de religião e crenças".
"A defesa dos perseguidos, dos indefesos ou dos que não têm voz é nossa nobre obrigação", enfatizou.
Em uma reunião oficial, Figel manifestou “a importância da dignidade e justiça para todos os paquistaneses, especialmente as minorias” e enfatizou que o caso de Asia Bibi estava sendo observado de perto internacionalmente.
Do mesmo modo, enfatizou que o "status quo" das relações comerciais entre a UE e o Paquistão era insuficiente e pediu ao país que cumpra os tratados internacionais que protegem as minorias.
Apesar de todas as conversas, Figel disse que "o progresso real começou após as eleições de verão no Paquistão com o novo governo de Imran Kham".
"Foi corajoso o suficiente para assumir a responsabilidade (por si mesmo) dos grupos militantes que com sucesso fizeram o Estado como refém sob o governo anterior", disse.
Após a absolvição de Bibi, Figel falou "de maneira justa e séria" com os funcionários do governo paquistanês. Também ajudou os familiares de Bibi, com quem mantinha contato enquanto estava sob proteção, a pedir asilo em três países da União Europeia e Canadá, por medo de que eles também se tornassem alvos de violência.
"Com longos atrasos devido à revisão judicial e sem certeza sobre a solução completa esperada, ela precisou de apoio humano e psicológico em alguns períodos", assinalou.
Em dezembro de 2018, o Canadá concedeu asilo formalmente a Asia Bibi e sua família. Suas filhas foram imediatamente transportadas para o país norte-americano para depois se reunir com seus pais.
Também disse que a experiência "demonstra que a UE como ‘poder brando’ pode facilitar mudanças positivas no mundo em áreas como justiça, desenvolvimento sustentável e proteção dos direitos humanos através de uma promoção mais eficiente da liberdade de religião e de crenças”.
Confira também:
Em primeiro vídeo, Asia Bibi incentiva fiéis a se manterem firmes no que creem https://t.co/fupEpfAqid
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Papa celebra que relíquias de São Pedro e Santo André possam ser veneradas juntas
Vaticano, 13/09/2019 (ACI).- Durante a última solenidade de São Pedro e São Paulo, celebrada em 29 de junho, o Papa Francisco presenteou o Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu I, com uma urna que contém alguns fragmentos ósseos de São Pedro.
Trata-se de nove pequenos fragmentos de osso que o Papa Paulo VI ordenou retirar do túmulo de São Pedro, embaixo da basílica vaticana, e depositar em uma urna que, até agora, ficava guardada nos apartamentos pontifícios do Palácio Apostólico.
Dois meses após esse gesto, em 30 de agosto, o Pontífice escreveu uma carta ao Patriarca de Constantinopla, divulgada pela Sala de Imprensa na sexta-feira, 13 de setembro, na qual explica o significado desse presente.
Na carta, o Santo Padre destaca que se trata de um ato de significado ecumênico, pois agora essas relíquias de São Pedro repousarão junto às do apóstolo Santo André, padroeiro da Igreja de Constantinopla.
“Este gesto quer ser uma confirmação do caminho que nossas igrejas empreenderam para se aproximarem: um caminho que às vezes é exigente e difícil, mas que vai acompanhado por sinais claros da graça de Deus”, explica o Papa.
“Continuar esse caminho exige, acima de tudo, uma conversão espiritual e uma fidelidade renovada ao Senhor, que quer de nós um maior compromisso e passos novos e corajosos. As dificuldades e os desacordos – agora e no futuro – não devem nos distrair de nosso dever e responsabilidade como cristãos e, em particular, como pastores da Igreja, diante de Deus e diante da história”.
Nesse sentido, destaca que “a reunificação das relíquias dos dois apóstolos também pode ser uma lembrança e um estímulo constantes, para que, nesse caminho contínuo, nossas diferenças não sejam mais um obstáculo para o nosso testemunho comum e para a nossa missão evangelizadora a serviço da família humana, que hoje está tentada a construir um futuro puramente mundano, um futuro sem Deus”.
Além disso, em sua carta, o Papa Francisco assinala que o envio dessas relíquias de São Pedro é uma resposta ao ícone de São Pedro e Santo André que o Patriarca Atenágoras deu de presente a Paulo VI, em Jerusalém, há mais de 50 anos.
Esse ícone também tinha uma forte representação ecumênica. Nele, os dois irmãos Pedro e André se abraçavam, unidos na fé e no amor a Cristo.
"Este ícone – explica Francisco –, que por vontade do Papa Paulo VI se encontra exposto no Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, se tornou para nós sinal profético da restauração daquela comunhão visível entre as nossas Igrejas, à qual aspiramos e pela qual rezamos e trabalhamos com fervor”.
Portanto, “na paz que vem da oração, senti que teria tido um significado importante que alguns fragmentos das relíquias do apóstolo Pedro fossem colocados ao lado das relíquias do apóstolo André, que é venerado como padroeiro celeste da Igreja de Constantinopla".
"Acho que esse pensamento me vem do Espírito Santo, que de muitas maneiras exorta os cristãos a redescobrirem a plena comunhão pela qual Nosso Senhor Jesus Cristo havia rezado na véspera de sua gloriosa paixão", destaca.
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Papa Francisco deu relíquias de São Pedro de presente? Isso é o que deve saber https://t.co/PS9al3LAPU
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Cavaleiros de Colombo reúnem mais de 100 mil dólares para danificados por furacão Dorian
FLORIDA, 13/09/2019 (ACI).- Após a passagem do furacão Dorian nas Bahamas, o Conselho dos Cavaleiros de Colombo, na Flórida, desenvolveu uma campanha de arrecadação de fundos para ajudar as pessoas afetadas pelo desastre natural.
"Estamos em contato com o arcebispo de Nassau, Dom Patrick Pinder, por mensagem de texto", expressou Ronald Winn, que mora em Pensacola (Flórida) e é presidente estadual do "Programa de Resposta a Desastres" dos Cavaleiros de Colombo.
Desde 1º de julho, os Cavaleiros de Colombo intensificaram seus esforços nesse programa, por meio do qual colocam sua "fé em ação". Por esse motivo, assim que Dorian passou pelas Bahamas, a cerca de 110 quilômetros a leste da costa de West Palm Beach, começaram a fazer publicações em seus sites pedindo ajuda.
Segundo o jornal oficial da Arquidiocese de Miami, "o Conselho dos Cavaleiros de Colombo da Flórida tem um relacionamento de longa data com os Cavaleiros das Bahamas, que se considera parte da jurisdição da Flórida".
“Então, quando o furacão Dorian atingiu as Bahamas, os textos entre o arcebispo e seus irmãos Cavaleiros na Flórida foram trocados de um lado para o outro”, expressaram.
A acolhida foi tão grande que em 24 horas a organização conseguiu arrecadar 100 mil dólares para comprar bens em benefício das vítimas.
A organização está trabalhando em coordenação com a Arquidiocese de Nassau, com sede em Providence Island. Também está unindo esforços com organizações como Catholic Charities, Crossroads Alliance, Aerobridge e Angel Flight para levar ajuda às diferentes ilhas das Bahamas.
“Falamos com o arcebispo duas ou três vezes por dia. Ele nos deu uma lista do que precisa. Estamos trabalhando no transporte dos itens. Não estamos sem recursos”, expressou Winn.
O encarregado do programa também disse que "as coisas mudam dia a dia" e que é um desafio enviar ajuda diante dos problemas causados pelo desastre, como estradas inseguras e em más condições.
Segundo a Arquidiocese, quando a temporada de furacões começou, Dom Patrick Pinder, que é membro do Conselho dos Cavaleiros de Colombo nº 11755, incentivou os bahamenses a se prepararem.
“Este é um exercício anual para nós, mas não podemos enfatizar o suficiente a importância de estarmos preparados caso ocorra a passagem de um furacão em nossa costa. Nunca devemos correr o risco de ser pegos sem preparação. Enquanto nos preparamos, vamos rezar para evitar os furacões este ano”, disse.
Segundo o governo das Bahamas, há 50 falecidos, mais de 2.500 pessoas desaparecidas e cerca de 70 mil danificados após a passagem de Dorian, considerado por especialistas como "um dos furacões mais poderosos da história", que produziu até 889 milímetros de chuva e ventos de até 354 quilômetros por hora, "um monstro para o qual ninguém estava preparado o suficiente".
O programa na Flórida
A ideia surgiu dos Cavaleiros de Colombo da Flórida como um plano de ação contra furacões, depois que o furacão Harvey atingiu o Texas em 2017. Quando começa a temporada de furacões, começa também o “Programa de Resposta a Desastres”. Este foi inaugurado após o furacão Michael em 2018.
Como parte do programa, os Cavaleiros locais estão criando um banco de dados de voluntários, talentos e equipes que permitam oferecer assistência depois da ação dos socorristas. As coordenações são feitas com as jurisdições e com a liderança do conselho supremo.
O "Programa de Resposta a Desastres" foi iniciado pelo Conselho Supremo dos Cavaleiros de Colombo, motivo pelo qual está presente em todos os Estados Unidos e permite a adaptação às necessidades de cada estado em relação ao clima, condições e tipos de desastres que ocorrem.
O programa que está sendo desenvolvido na Flórida tem como foco principal “a resposta e o alívio a desastres por furacões no estado, mas também para ajudar outros em outras áreas com problemas”.
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Será necessária muita ajuda, diz Arcebispo nas Bahamas após furacão Dorian https://t.co/froqEv6X1K
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O coração orientado para Deus sempre! O convite do Papa Francisco aos Agostinianos
Vaticano, 13/09/2019 (ACI).- O Papa Francisco convidou os membros da Ordem de Santo Agostinho a manterem sempre seus corações direcionados a Deus.
“Seus corações orientados para Deus. Sempre! Cada membro da comunidade deve se orientar, como o primeiro ‘propósito santo’ de cada dia, à busca de Deus, ou a se deixar buscar por Deus”, destacou o Pontífice durante a audiência concedida nesta sexta-feira, 13 de setembro, no Vaticano, aos participantes do Capítulo Geral da Ordem, reunidos em Roma.
O Santo Padre assinalou que "as comunidades de consagrados são lugares onde se vive a experiência de Deus, a partir de uma profunda interioridade e comunhão com os irmãos".
O Papa citou o principal desafio dos consagrados no mundo de hoje: “Fazer juntos a experiência de Deus para transmitir Deus de modo claro, corajoso, sem resistências ou hesitações. É uma grande responsabilidade!”.
Convidou os agostinianos a testemunharem uma “caridade calorosa, viva, visível e contagiosa da Igreja, mediante a vida comunitária, que manifesta, claramente, a presença do Ressuscitado e do seu Espírito. A unidade na caridade é um ponto central da experiência e da espiritualidade de Santo Agostinho e um fundamento de toda a vida agostiniana”.
"Manter viva a chama da caridade fraterna não será possível sem o 'in Deum'" da Regra de Santo Agostinho. "Isto é, ‘em tensão para Deus’". “Este acréscimo à expressão dos Atos dos Apóstolos”, explicou Francisco, “é típico de Agostinho, para enfatizar que é esse profundo dinamismo de suas comunidades, a primeira grande fonte de onde brota todo o seu serviço à Igreja e à humanidade”.
“Seus corações orientado para Deus. Sempre!”, declarou o Pontífice. “Cada membro da comunidade deve se orientar, como o primeiro ‘propósito santo’ de cada dia, à busca de Deus, ou a se deixar buscar por Deus".
"Esta direção' deve ser declarada, confessada, testemunhada entre vocês sem falsa modéstia. A busca por Deus não pode ser obscurecida por outros propósitos, por mais generosos e apostólicos que sejam. Porque esse é o seu primeiro apostolado. Estamos aqui porque estamos caminhando em direção a Deus. E como Deus é Amor, caminhamos em direção a Ele no amor”, concluiu.
O Capítulo Geral da Ordem de Santo Agostinho começou no dia 1º de setembro, em Roma. O capítulo foi celebrado pela primeira vez em 1244 e é realizado a cada seis anos.
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Papa aos Agostinianos Descalços: Não se separem de suas raízes para serem "modernos" https://t.co/c0l3WbMcEf
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Fomos enviados para que o Evangelho chegue a todos, diz Papa a jovens
Vaticano, 13/09/2019 (ACI).- O Papa Francisco enviou uma mensagem aos participantes do XI Encontro Nacional de Jovens da Ação Católica, realizado em Maracaibo (Venezuela), para lembrá-los que Cristo enviou seus discípulos para transmitir o Evangelho a todos, sem excluir ninguém.
O Encontro Nacional dos Jovens da Ação Católica (ENJAC 2019) é realizado em Maracaibo, de 13 a 15 de setembro, com o lema "Não temas; doravante serás pescador de homens".
“A missão evangelizadora nasce da adesão ao dom da fé em Jesus Cristo, que recebemos através do Batismo. Este dom foi-nos dado gratuitamente, é vivido no seio da comunidade eclesial e gratuitamente nós o anunciamos e o partilhamos com os outros. Ou seja, vivemos em comunhão com todos e somos enviados para que chegue a todos, sem excluir ninguém", disse o Papa em sua mensagem ao Arcebispo de Maracaibo, Dom José Luis Azuaje.
Por isso, encorajou os jovens a “a viverem estes dias, como uma ocasião propícia para partilhar e renovar juntos a fé e o empenho apostólico, a partir da dinâmica de uma Igreja em saída, para que possam transmitir corajosamente a esperança e a alegria do Evangelho em cada um dos seus ambientes, tendo em conta sobretudo os mais necessitados e descartados da sociedade”.
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