Mãos Unidas: ONG que não condiciona ajuda aos pobres com políticas anticoncepcionais

MADRI, Feb 7, 2007 / 09:37 am

O Bispo de Tarazona, Dom Demetrio Fernández, felicitou o eficiente e generoso trabalho que realiza Mãos Unidas a favor dos mais pobres e destacou a opção evangélica desta ONG católica que, diferente de outros órgãos, não condiciona sua ajuda aos países pobres com uma política anticoncepcional avassaladora.

Assim sustenta o Prelado em uma carta pela Campanha contra a fome 2007 organizada por Mãos Unidas, um órgão que brotou no seio das Mulheres de Ação Católica em 1960 e que se constituiu plenamente em 1978.

Em sua missiva, o Bispo sustenta que o “desastre ecológico” que significa que na Europa e, particularmente na Espanha, não exista a substituição geracional necessária causada por um estilo de vida e políticas anti-natalistas, queira impor aos países pobres.

“Aos países pobres pretenderam impor esta política, ir também por este caminho. No mundo há bens para todos, e sobram. Mas, para que a todos chegue ao necessário, terá que repartir e inclusive terá que privar-se de algo nosso. Há órgãos nacionais e internacionais que condicionam suas ajudas aos países pobres com uma política anticoncepcional avassaladora. 'Dou ajuda humanitária, se esterilizar às mulheres ou se reduzir drasticamente (como é) o número de nascimentos'”, denuncia Dom Fernández.

Em troca, diz o Prelado, “Mãos Unidas preferiu seguir outro caminho. que sugerido por Jesus Cristo e por seu Evangelho: movidos pelo amor, compartilham o que têm com os que não têm nada. Em vez de diminuir a mesa, para que toquemos a mais os que comemos, Mãos Unidas prefere aumentar a mesa para que, nos privando de algo nosso, possamos dar algo a quem não tem nada”.

“E é um caminho que resultou muito eficaz em mais de quarenta anos de Campanha. Só em 2005, Mãos Unidas distribuiu 44.305.687'56 euros”.

fome às vezes não é só de pão, mas também de cultura