30 de abril de 2024 Doar
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Papa se refere a Mateus como modelo de acolhida da misericórdia divina

Na manhã de hoje o Papa Bento XVI se reuniu na Sala Paulo VI com mais de sete mil peregrinos vindos de todo o mundo e continuando suas reflexões sobre os apóstolos meditou sobre São Mateus, destacando que quem aparentemente se encontra mais longe da santidade pode chegar a converter-se em um modelo de acolhida da misericórdia de Deus.

O Pontífice fez notar a dificuldade ao apresentar o apóstolo Mateus, pois "as notícias que a ele se referem são poucas e fragmentárias. O que podemos fazer, entretanto, é delinear nem tanto sua biografia, mas o perfil que transmite o Evangelho".

Em seguida lembrou como no Evangelho de Marcos "vem identificado com o homem sentado no banco dos impostos, que Jesus chama a segui-lo".

Deste modo fez notar que "depois da descrição do chamado se faz referência a um milagre realizado por Jesus em Cafarnaum e menciona a proximidade do mar da Galiléia, quer dizer do Lago Tiberíades. Disto se pode deduzir que Mateus exercia sua função em Cafarnaum, onde Jesus era hóspede na casa de Pedro".

Continuando com sua reflexão o Papa disse que "Jesus acolhe no grupo de seus íntimos havia um homem que, segundo as concepções de Israel naquele tempo, era considerado um pecador público".

"Mateus –prosseguiu- não só dirigia dinheiro considerado impuro por vir de gente estranha ao povo de Deus, mas também colaborava com uma autoridade estrangeira odiosamente avara, cujos tributos podiam ser determinados de modo arbitrário".

Depois de explicar o contexto, o Santo Padre explicou como "Jesus não exclui ninguém da própria amizade", e recordando novamente o Evangelho do Marcos citou aquela parte em que Jesus afirma: "Não são os saudáveis que precisam de médico, mas os que estão doentes: não vim chamar justos, mas os pecadores".

Mais adiante afirmou: "na figura de Mateus, os Evangelhos nos propõem uma verdadeiro e autêntico paradoxo: quem está aparentemente mais afastado da santidade pode chegar a ser inclusive um modelo de acolhida da misericórdia de Deus e deixar ver os maravilhosos efeitos na própria existência".
Retornando ao chamado de Mateus na frase: "ele se levantou e o seguiu", o Papa destacou "a prontidão de Mateus em responder o chamado".

"Isto –continuou- significava para ele o abandono de tudo, sobretudo daquilo que lhe garantia um ganho seguro, embora freqüentemente injusto e desonroso. Evidentemente Mateus entendeu que a familiaridade com Jesus não lhe consentia perseverar em atividades desaprovadas por Deus".

E atrás de tal afirmação Sua Santidade recordou aos pressente que "também hoje é inadmissível o apego a coisas incompatíveis com o seguimento de Jesus, como é o caso das riquezas desonestas".

Finalmente o Pontífice indicou que "a tradição da Igreja antiga concorda em atribuir a Mateus a paternidade do primeiro Evangelho. Não temos mais o Evangelho escrito por Mateus em hebraico ou em aramaico, mas no Evangelho em grego ainda continuamos escutando a persuasiva voz do publicano Mateus que nos anuncia a salvadora misericórdia de Deus".

Terminada a catequese e a leitura de traduções da missa em diversas línguas, o Papa entoou o Pater Noster e deu a Bênção Apostólica.

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