10 de dezembro de 2025 Doar
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Diocese nos EUA anuncia dispensa da missa dominical para migrantes que temem deportação

Mãos segurando terço. | chayanuphol/Shutterstock

O bispo de Baton Rouge, Louisiana, EUA, dom Michael Duca, concedeu dispensa da frequência à missa dominical para imigrantes que temem a deportação. Essa é a quarta diocese dos EUA a fazer isso.

A notícia da dispensa surge em meio à presença reforçada de agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) no Estado da Louisiana, como parte da Operação Varredura do Pântano do governo Trump, que, segundo relatos, tem o envio de 250 agentes da Patrulha da Fronteira para a região e planos para prender 5 mil pessoas nos Estados de Louisiana e Mississippi.

“Com a recente chegada, amplamente divulgada, de agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) ao sul da Louisiana e à região metropolitana de Baton Rouge, e considerando que muitos fiéis temem genuinamente as ações de fiscalização da imigração, o que torna insustentável a participação na missa aos domingos e dias santos de guarda, concedo, por meio deste documento, dispensa da obrigação de participar da missa para os católicos que, justificadamente, temem participar da missa por causa desse medo”, disse Duca “com o coração pesado” numa carta pastoral datada de 4 de dezembro.

O bispo de Baton Rouge disse que a dispensa permaneceria em vigor “até que o católico individualmente determine que é seguro frequentar a missa novamente” ou até que a dispensa seja revogada.

Duca instruiu os fiéis que optaram por ficar em casa, conforme a dispensa, a se reunirem em família para orar no domingo. "Ler as leituras da missa diária, rezar o terço ou recitar uma novena de intercessão são práticas espirituais alternativas adequadas para aqueles que aceitam essa dispensa", disse.

Duca se une aos bispos das dioceses de San Bernardino, Califórnia; Nashville, Tennessee; e Charlotte, Carolina do Norte, na concessão de tal dispensa este ano.

“A segurança nacional e a proteção da dignidade humana não são incompatíveis”, disse Duca em sua carta, exortando “uma solução justa para essa difícil situação em nosso país”. Ele disse que os esforços de deportação afetaram não só a comunidade católica hispânica, mas também refugiados e imigrantes de várias denominações. “Esses são nossos vizinhos, colegas de trabalho e paroquianos”, disse.

“Por agora, oremos por aqueles que foram diretamente afetados, especialmente neste período do Advento — uma época em que deveríamos estar antecipando a alegria do Natal, rodeados pela nossa família em celebração, em vez de viver ansiedade e medo”, pediu.

“Que, por meio de nossas orações e ações, aqueles que estão sofrendo saibam que as palavras de Jesus são dirigidas pessoalmente a cada um deles”, concluiu.

A carta de Duca foi divulgada depois da Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB) ter emitido uma mensagem especial condenando "a deportação em massa indiscriminada de pessoas" no mês passado.

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