Nov 13, 2025 / 14:00 pm
José Marques, de 53 anos, e Alexandre Peres, de 49, viveram em situação de rua em Fortaleza (CE) e foram acolhidos em um projeto social da Comunidade Shalom. No próximo domingo (16), eles vão almoçar com o papa Leão XIV, por ocasião do Dia Mundial dos Pobres.
O Dia Mundial dos Pobres foi instituído em 2016 pelo papa Francisco e é celebrado no 33º Domingo do Tempo Comum. É antecedido por uma semana de atividades, a Jornada Mundial dos Pobres, que este ano começou dia 9 e segue até o dia 16. Francisco tinha o costume de almoçar com um grupo de pobres nessa data, tradição que será mantida pelo papa Leão XIV, que vai almoçar com 1,3 mil pobres, no Vaticano, no domingo.
Entre os participantes do almoço estarão José e Alexandre, que foram acolhidos na Casa São Francisco, projeto do Shalom Amigo dos Pobres. A casa oferece tratamento, acompanhamento espiritual e formação humana para homens em processo de recuperação da dependência química e reinserção social.
José, que foi morador de rua, hoje trabalha na Casa de Itapipoca, também da Comunidade Shalom, onde atua com alegria e gratidão, recebe por seu trabalho e serve àqueles que passam pelo mesmo caminho que um dia ele percorreu.
Alexandre, depois de um ano de tratamento e reintegração social, conquistou sua autonomia. Ele conta que o mais importante em seu processo foram as novas amizades com pessoas da Comunidade Shalom e profissionais que o ajudaram a enxergar a vida de outra forma. Atualmente tem um emprego e independência financeira. Com isso, conseguiu custear sua própria viagem para Roma.
Também participa da Jornada Mundial dos Pobres, em Roma, um grupo de Salvador (BA), incluindo cinco assistidos das Casas de Promoção Humana da Comunidade Shalom. Eles representam centenas de pessoas beneficiadas pelos projetos sociais da Igreja Católica no Brasil. Este grupo viaja também para divulgar a devoção a santa Dulce dos Pobres, com o apoio da prefeitura de Salvador.
A pobreza mais grave é não conhecer a Deus
Neste ano, o Dia Mundial dos Pobres tem como tema “Tu és a minha esperança” (Sl 71,5). Em mensagem para essa data publicada em junho, o papa Leão XIV disse que “a pobreza mais grave é não conhecer a Deus” e que, ao ter Deus como “companheiro de viagem”, as riquezas materiais se tornam relativas, porque “se descobre o verdadeiro tesouro de que realmente precisamos”.
Leão XIV disse que “os pobres não são um passatempo para a Igreja, mas sim os irmãos e irmãs mais amados, porque cada um deles, com a sua existência e também com as palavras e a sabedoria que trazem consigo, levam-nos a tocar com as mãos a verdade do Evangelho”.
Para o papa, “o Dia Mundial dos Pobres pretende recordar às nossas comunidades que os pobres estão no centro de toda a ação pastoral”. “Não só na sua dimensão caritativa, mas igualmente naquilo que a Igreja celebra e anuncia. Através das suas vozes, das suas histórias, dos seus rostos, Deus assumiu a sua pobreza para nos tornar ricos. Todas as formas de pobreza, sem excluir nenhuma, são um apelo a viver concretamente o Evangelho e a oferecer sinais eficazes de esperança”, disse.
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