Oct 17, 2025 / 09:38 am
O papa Leão XIV nomeou hoje (17) o padre Josef Grünwidl para suceder o cardeal Christoph Schönborn como arcebispo de Viena, a arquidiocese mais populosa da Áustria.
Grünwidl supervisiona a arquidiocese de Viena interinamente desde janeiro, quando Schönborn, de 80 anos de idade, concluiu três décadas no comando da arquidiocese quando o papa Francisco aceitou sua renúncia.
Schönborn, teólogo que foi arcebispo de Viena por 30 anos, ajudou a escrever o Catecismo da Igreja Católica e foi presidente da Conferência dos Bispos Austríacos por 22 anos.
Schönborn nasceu numa família nobre em 1945 na Boêmia, que então fazia parte da Alemanha nazista e hoje faz parte da República Tcheca.
Ele cresceu no oeste da Áustria, perto da fronteira com a Suíça, e ingressou na Ordem dos Pregadores, também conhecida como dominicanos, em 1963.
Ele foi ordenado padre pela arquidiocese de Viena em 1970. Ele passou a estudar teologia sagrada em Paris e em Regensburg, Alemanha, com o então padre Joseph Ratzinger — futuro papa Bento XVI.
Schönborn recebeu um doutorado em teologia na década de 1970 e mais tarde foi nomeado membro da Comissão Teológica Internacional.
Ele foi secretário editorial do Catecismo da Igreja Católica e, em 1991, o papa são João Paulo II nomeou o teólogo bispo auxiliar de Viena.
Depois de ser nomeado arcebispo coadjutor de Viena em abril de 1995, ele sucedeu o cardeal Hans Hermann Groër, OSB, como arcebispo de Viena em 14 de setembro de 1995.
Schönborn foi feito cardeal pelo papa são João Paulo II em 1998.
Sucessor
Grünwidl, de 62 anos de idade, foi presidente do conselho dos padres de Viena e vigário episcopal do vicariato sul da arquidiocese de Viena antes de ser nomeado administrador apostólico.
Ex-concertista de órgão Grünwidl teve várias funções na arquidiocese desde sua ordenação em 1988, como as de pároco e moderador paroquial. O padre também foi secretário do cardeal Schönborn de 1995 a 1998, no início do mandato de Schönborn como arcebispo de Viena.
Segundo a emissora pública austríaca ORF, Grünwidl foi membro da controversa Iniciativa dos Pastores, grupo católico dissidente fundado na Áustria em 2006 com o objetivo de apelar à "desobediência" em certas questões da Igreja. O grupo defende a ordenação de mulheres, o celibato sacerdotal opcional e a comunhão para divorciados recasados e membros de outras religiões cristãs.
Segundo a ORF, Grünwidl, que não está listado entre os membros atuais da “Iniciativa do Pastor”, “enfatizou recentemente que o celibato é um modo de vida escolhido conscientemente por ele pessoalmente, mas não é uma questão de fé e, portanto, não deve ser um requisito obrigatório para padres”.
“Sobre o tema das mulheres na Igreja, ele identificou uma necessidade urgente de esclarecimento”, disse também a ORF. “O diaconato feminino deve ser discutido mais a fundo, e Grünwidl também considera concebível a admissão de mulheres ao Colégio de Cardeais”.
Falando no programa Orientação da emissora no início deste ano, Grünwidl disse que deixou a Iniciativa dos Pastores porque sentiu que as ideias do papa Francisco tinham "ultrapassado" as propostas do grupo, e ele não podia mais apoiar um lema de "desobediência". Ele enfatizou a "obediência crítica" e disse que "não consegue imaginar uma oposição aberta ao bispo na Igreja".
A agência de notícias católica Kathpress descreve o arcebispo eleito como um “líder com base pastoral, um pregador valioso e um conversador perspicaz”.
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