5 de dezembro de 2025 Doar
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Conferência Episcopal Venezuelana pede libertação de presos políticos antes de canonizações

Cartaz promocional da campanha "Santos para Todos". | Arquidiocese de Caracas.

Numa carta pastoral por ocasião da canonização de José Gregorio Hernández e Madre Carmen Elena Rendiles, a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) pediu às autoridades estatais "medidas de clemência que permitam a libertação de presos por motivos políticos".

A carta, publicada na última terça-feira (7), fala sobre como esse evento histórico para a Venezuela envolve todas as esferas da sociedade. A CEV falou inicialmente sobre o longo processo que culminará na elevação dos primeiros santos da Venezuela aos altares em 19 de outubro.

Depois de apresentar uma breve biografia de José Gregorio e Madre Carmen, a conferência episcopal disse que ambos "brilham pelo esplendor de suas virtudes e por serem pessoas que passaram por este mundo testemunhando um grande amor a Jesus Cristo e sua Igreja, e um sério compromisso com as tarefas que foram chamadas a desempenhar".

Isso, disse a CEV, marca um caminho para todos os venezuelanos: o da santidade, "que é a vocação do cristão". A conferência episcopal exorta os fiéis a "fazer um esforço para compreender a vida e as virtudes desses compatriotas que a Igreja canoniza", porque neles "não encontraremos muitas coisas extraordinárias, mas simplesmente sua vida de fé enraizada no mundo".

Santidade que inspira a ação pastoral

No contexto da canonização e em meio às muitas necessidades atuais do povo venezuelano, a CEV pede "uma insistência para que Deus venha em nosso auxílio e nos ajude a responder com o apoio de todos os filhos e filhas desta terra".

A conferência episcopal diz que o que acontecerá em 19 de outubro é uma honra "para toda a nação" e que, nesse sentido, a canonização "não pode ser reduzida a gestos externos de júbilo", mas deve "promover uma profunda reflexão sobre o presente e o futuro do nosso país, à luz das virtudes vividas por esses santos".

"É um forte incentivo para que todos os venezuelanos se unam e se valorizem como filhos da mesma pátria e irmãos e irmãs; para defender a vida e a dignidade da pessoa humana desde a concepção até a morte natural; para aceitar nossas diferenças como uma fonte de riqueza; e para construir uma sociedade mais baseada no respeito mútuo, na coexistência e na busca constante da paz", escreve a CEV.

A conferência episcopal pede também que a ocasião — em homenagem ao "médico dos pobres" — seja aproveitada para aprimorar o sistema de saúde pública venezuelano. Do mesmo modo, falando sobre a vocação docente dos dois futuros santos, a CEV pede que "nossas crianças e jovens tenham garantida uma educação de qualidade e que os professores sejam remunerados de modo justo por seu trabalho".

Sobre as centenas de presos políticos na Venezuela, a conferência episcopal pede ao Estado que conceda perdões que lhes permitam recuperar a liberdade.

"Acreditamos que isso promoverá paz e harmonia não só para as famílias e entes queridos desses indivíduos, mas para a sociedade como um todo", disse também a CEV.

Por fim, a conferência episcopal diz que a Igreja exorta os venezuelanos a se entusiasmar com “a aventura da santidade”, cujos frutos são “a paz, a harmonia, a construção da convivência humana, a misericórdia e a compaixão”.

“A santidade também dá sentido ao sofrimento e à dor que muitas vezes nos acompanham ao longo da vida”, diz a CEV.

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