5 de dezembro de 2025 Doar
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Juiz da Suprema Corte dos EUA fala sobre justiça e misericórdia no Vaticano

O juiz Samuel A. Alito Jr. fala sobre sua perspectiva sobre como um sistema legal pode proporcionar misericórdia numa conversa com monsenhor Laurence Spiteri (à esquerda) na sede judicial do Vaticano em 20 de setembro de 2025. | Hannah Brockhaus/CNA

Samuel A. Alito Jr., juiz da Suprema Corte dos EUA, falou sobre o papel que a misericórdia pode desempenhar no sistema legal num evento no Vaticano.

O debate na sede judicial do Vaticano foi organizado pela Embaixada dos EUA na Santa Sé, pela Conferência de Bispos Católicos dos EUA (USCCB, na sigla em inglês) e pelo Dicastério para a Evangelização. O evento realizado no sábado (20) fez parte do Jubileu dos Operadores de Justiça, parte do Jubileu da Esperança da Igreja, que dura um ano.

Alito, que é católico, cumprimentou o papa Leão XIV depois de uma audiência para o Jubileu dos Operadores de Justiça na praça de São Pedro, no Vaticano.

Numa conversa de uma hora, na parte da tarde, com monsenhor Laurence Spiteri, um padre americano e juiz aposentado do tribunal de apelações do Vaticano para casos de casamento, Alito falou sobre sua perspectiva sobre como um sistema legal pode proporcionar misericórdia.

“Justiça é o que todos têm direito, é o que lhes é devido... Misericórdia é algo que não necessariamente merecemos”, disse Alito. “A reconciliação completa dessas duas coisas, creio eu, é um mistério que talvez só possamos perceber vagamente neste mundo”.

Alito, de 75 anos de idade, que atua na Suprema Corte dos EUA desde 2006, disse: “A misericórdia deve ser incorporada às leis... a autoridade para fazer as leis cabe ao Congresso, e o Congresso deve incorporar a misericórdia quando promulga as leis”.

“A responsabilidade do Executivo, chefiado pelo presidente, é fazer cumprir a lei”, disse também ele. “Mas a aplicação da lei frequentemente envolve uma certa dose de discricionariedade, e quem tem a discrição para fazer cumprir a lei deve fazê-la cumprir com misericórdia”.

“Os juízes precisam seguir a lei. Às vezes, a lei é formulada de forma a permitir que o juiz exerça a misericórdia”, disse Alito.

“Um sistema jurídico, é claro, deve promover a justiça, e em termos humanos, conciliar completamente a misericórdia com a justiça é provavelmente impossível”, disse o juiz. “Acho que só Deus pode fazer isso”.

No público da palestra de Alito havia autoridades da Santa Sé, como o cardeal Raymond Burke, ex-prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, e o bispo Juan Ignacio Arrieta, secretário do Dicastério para Textos Legislativos.

Advogados católicos em peregrinação a Roma para o Jubileu dos Operadores de Justiça também estavam presentes na discussão, feita numa sala da Cancelleria, edifício do século XVI no centro de Roma que abriga os três tribunais da Santa Sé: a Penitenciaria Apostólica, a Assinatura Apostólica e a Rota Romana.

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