5 de dezembro de 2025 Doar
Um serviço da EWTN News

Cardeal Müller chama Charlie Kirk de ‘mártir de Cristo’ e condena a ‘celebração satânica’ de sua morte

Cardeal Gerhard Ludwig Müller. | Alan Koppschall/EWTN.

O cardeal alemão Gerhard Ludwig Müller referiu-se a Charlie Kirk como "mártir de Jesus Cristo" e condenou a "celebração satânica" de seu assassinato por alguns detratores, em uma entrevista publicada uma semana depois do assassinato do ativista cristão conservador.

Kirk, um cristão evangélico conservador, foi morto em 10 de setembro quando falava a estudantes em um evento na Universidade Utah Valley. No momento do ataque, ele respondia a uma pergunta sobre transgêneros e violência armada. O suspeito, Tyler Robinson, mantém um relacionamento com um homem que se identifica como mulher e que, segundo as autoridades, está cooperando com a investigação.

“Do ponto de vista sobrenatural, [Kirk] não morreu como vítima de um assassinato político, mas como um mártir de Jesus Cristo, não no sentido daqueles que são canonizados, mas como alguém que deu testemunho (do grego martyros) através de sua vida”, disse Müller à jornalista católica Diane Montagna, publicada na plataforma Substack na quarta-feira (17).

Kirk “entregou a sua vida seguindo seu Senhor, como um sacrifício pela verdade de que o ser humano foi criado à imagem de Deus, homem e mulher, e em oposição às mentiras e automutilação promovidas pela chamada 'ideologia trans' e 'pelos tratamentos de afirmação de gênero'”, acrescentou o cardeal.

Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher.

A ideia contraria a Escritura e a doutrina da Igreja. O livro do Gênesis 1, 27 ensina que “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.

O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador.

Para Müller, Kirk "defendeu e viveu em defesa da beleza e da santidade do matrimônio e da família, segundo o desígnio de Deus Criador, e lutou pela dignidade de toda vida humana, desde a concepção até a morte natural".

Meses antes de sua morte, Kirk declarou seu desejo de "ser lembrado pela coragem de sua fé". Ele era um ferrenho defensor do direito à vida do nascituro e um ativo opositor da ideologia de gênero em sua atuação pública. Em seus discursos para estudantes universitários, ele costumava proclamar a divindade de Cristo e incentivá-los a priorizar Deus e a família acima de tudo.

Embora a maioria das figuras públicas tenha condenado o assassinato de Kirk, alguns opositores de suas ideias foram às redes sociais para celebrar a morte dele. Segundo diversos meios de comunicação, professores, profissionais de saúde, um funcionário do Serviço Secreto e outros perderam seus empregos depois de divulgarem mensagens celebrando o crime.

“Kirk foi vítima de uma ideologia ateísta, cujos seguidores irromperam em celebração satânica pelo assassinato atroz de um marido e pai exemplar”, disse Müller. “O diabo sempre se apodera daqueles que odeiam a vida e a verdade. Pois, segundo as palavras do Senhor Jesus Cristo, o diabo é ‘homicida desde o princípio’ e ‘pai da mentira’ (Jo 8,44). E somente aqueles que ouvem as palavras de Deus são de Deus (cf. Jo 8,47)”.

Embora protestante, Kirk foi visto diversas vezes participando da missa em uma paróquia católica local com sua mulher, Erika, que é católica. Ele frequentemente falava bem de católicos e discutia temas teológicos com amigos católicos, como o vice-presidente dos EUA, JD Vance.

Em um podcast no início deste ano, Kirk elogiou os fiéis católicos, dizendo: "Eles lutam pela vida, lutam pelo casamento, lutam contra o transgenerismo".

Na mesma ocasião, ele acrescentou que os protestantes "subestimam Maria" e se referiu à Virgem como a solução para "corrigir o feminismo tóxico nos EUA".

O cardeal Müller concluiu lembrando que, por meio do "sim" de Maria à encarnação de Deus, "ela se tornou a mãe de Jesus, o único redentor da humanidade, e que somente Ele nos liberta da mentira, do pecado e da morte, e de todas as ideologias assassinas".

"Pedimos ao Senhor Jesus e à santa Maria que tragam conforto à esposa e aos filhos de Charlie", concluiu Müller.

As melhores notícias católicas - direto na sua caixa de entrada

Inscreva-se para receber nosso boletim informativo gratuito ACI Digital.

Suscribirme al boletín

Nossa missão é a verdade. Junte-se a nós!

Sua doação mensal ajudará nossa equipe a continuar relatando a verdade, com justiça, integridade e fidelidade a Jesus Cristo e sua Igreja.

Doar