Sep 10, 2025 / 16:03 pm
Estudantes de escolas públicas nos EUA falaram sobre discriminação anticristã e anti-religiosa em audiência sobre educação da pela Comissão de Liberdade Religiosa instalada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
Os comissários ouviram de vários alunos e ex-alunos de escolas públicas sobre ações discriminatórias que enfrentaram ao tentar proclamar publicamente sua fé num ambiente escolar público.
Hannah Allen falou sobre um caso ocorrido em 2019, quando estava no ensino fundamental e o diretor da escola impediu os alunos de rezar por um colega que havia se ferido num acidente de carro. O diretor disse que eles só poderiam rezar escondidos dos outros alunos.
“Ele violou nosso direito de exercer livremente nossa religião”, disse Allen.
Depois de obter aconselhamento jurídico da organização sem fins lucrativos First Liberty Institute, a escola recuou e disse aos alunos que eles poderiam rezar em público. Allen disse que "o que aconteceu na escola não foi certo” e que “sabe que isso está acontecendo em outras escolas também".
Justin Aguilar, recém-formado no ensino médio, disse que, quando entregou seu discurso de orador da turma, que fazia referência a Jesus Cristo, aos funcionários da escola, "eles simplesmente riscaram Seu nome" e o instruíram a reenviar o discurso sem nenhuma referência religiosa.
Ele obteve apoio jurídico da organização de defesa da liberdade religiosa Liberty Counsel, para transmitir seus direitos religiosos à escola. Ele disse que reenviou o discurso “com tudo o que queria dizer" e os funcionários da escola permitiram que ele fizesse referência a Cristo.
Aguilar disse que a situação o deixou nervoso ao mencionar Cristo em seu discurso, mas que a multidão aplaudiu quando ele mencionou sua fé, e "sentiu uma enorme alegria e alívio". Ele disse que, de tudo o que foi dito na formatura, "nada teve uma resposta tão grande quanto o Nome de Jesus".
Lydia Booth falou sobre um incidente quando sua escola primária no Estado do Mississippi retomou aulas presenciais depois da pandemia de covid-19. Funcionários da escola forçaram a menina, então com nove anos de idade, a remover uma máscara facial com as palavras "Jesus me ama" escritas nela.
“Naquela época, tudo parecia incerto, mas aquelas três palavras simples me lembravam que eu não estava sozinha”, disse Booth à comissão.
A família dela obteve apoio jurídico do grupo de defesa jurídica da liberdade religiosa Alliance Defending Freedom e travou uma batalha jurídica de dois anos, que terminou num acordo com o distrito escolar, que concordou em deixá-la usar a máscara.
“Você nunca é jovem demais para que sua voz tenha importância”, disse Booth à comissão. “Se eu tivesse ficado em silêncio, nada teria mudado, mas, como nos manifestamos, agora outros estudantes podem usar mensagens de fé e amor sem medo de serem silenciados”.
Uma imposição de valores
Vários palestrantes também expressaram preocupações sobre escolas públicas tentarem impor valores às crianças que conflitam com as crenças dos pais, como o recente caso da Suprema Corte dos EUA sobre a exclusão dos pais de materiais didáticos que promovem ideologia de gênero.
Ideologia de gênero é a militância política baseada na teoria de que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher. A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.
O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador.
Sameerah Munshi, que atua no conselho consultivo da comissão, falou sobre a recusa da Escola Pública Montgomery County em permitir que os pais escolham não receber esse material.
“Muitos pais, entre eles pais muçulmanos, cristãos e judeus, e alunos ficaram preocupados, para dizer o mínimo”, disse Munshi, que é uma ativista pelos direitos dos muçulmanos.
“O que aconteceu no condado de Montgomery não foi sobre muçulmanos e outras pessoas de fé tentando impor seus valores aos outros”, disse também ela. “Tratou-se de nos recusar a ter os valores dos outros impostos sobre nós. Tratou-se do direito de discordar sem ser demonizado”.
Em junho, a Suprema Corte dos EUA ordenou que o conselho escolar oferecesse aos pais uma opção de exclusão.
Ryan Anderson, um membro católico da comissão, presidente do Centro de Ética e Políticas Públicas, disse que "frequentemente as violações da liberdade religiosa são resultado de leis injustas em primeiro lugar" e que a imposição da ideologia de gênero é inerentemente injusta.
“Não podemos simplesmente... nos esquivar disso”, disse ele. “Também precisamos combater isso diretamente”.
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Falando à comissão pela primeira vez na última segunda-feira, Trump criticou as falhas do sistema de educação pública nessa área e disse que "em muitas escolas hoje, os alunos são doutrinados com propaganda antirreligiosa" e punidos por praticar sua fé religiosa publicamente.
O presidente anunciou na audiência que o Departamento de Educação dos EUA vai desenvolver diretrizes para proteger o direito de rezar nas escolas públicas. Ele também lançou a iniciativa America Prays, incentivando os americanos a rezar pelo país e por seu povo antes do 250º aniversário da Declaração de Independência dos EUA.
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