5 de dezembro de 2025 Doar
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Missionária leiga, menino de três anos e outros seis reféns são libertados no Haiti

A missionária Gena Heraty foi sequestrada no Haiti em 3 de agosto por uma gangue violenta. | Cortesia da NHP International

Com “profunda gratidão e alívio indescritíveis”, a organização humanitária Nos Petits Frères et Sœurs (Nossos Pequenos Irmãos e Irmãs) (NPH), parceira local da ONG Manos Unidas, confirmou a libertação de oito reféns que estavam mantidos em cativeiro no Haiti desde 3 de agosto.

Entre eles estavam um menino de três anos e a missionária leiga irlandesa Gena Heraty, que dedica sua vida a crianças com deficiência no Haiti há cerca de 30 anos.

Heraty, de 58 anos, é diretora dos programas de necessidades especiais da NPH e líder no trabalho com crianças no Haiti desde 1993. Ela também é responsável pelo orfanato St. Helena, administrado pela NPH na comuna de Kenscoff, cerca de 10 km a sudeste da capital do Haiti, Porto Príncipe.

Eles levaram à força vários funcionários e até uma criança de três anos

O sequestro ocorreu em 3 de agosto, quando um grupo armado invadiu a unidade e sequestrou à força vários funcionários e a criança de três anos. Todos foram libertados depois de semanas de grande tensão e incerteza.

Num comunicado divulgado na última sexta-feira (29) pela NPH, a família de Heraty confirmou que a missionária e os outros reféns foram libertados: "Estamos profundamente aliviados. Somos profundamente gratos a todos, no Haiti e no exterior, que trabalharam incansavelmente nessas semanas terríveis para garantir o retorno deles em segurança".

A NPH expressou sua gratidão pela coordenação de indivíduos, instituições e comunidades, tanto locais quanto internacionais, "que deram apoio e solidariedade nessas semanas de crise" e participaram da libertação. 

Eles também confirmaram que os reféns "estão seguros, recebendo cuidados médicos e psicológicos e estão com seus entes queridos". Eles também confirmaram a libertação dos cidadãos haitianos, cujos nomes não foram divulgados publicamente por razões de segurança.

Um dos funcionários da organização disse: "Apesar de tudo o que aconteceu, Gena sempre se manteve forte. Assim que voltou, foi direto cumprimentar as crianças. Todos estavam chorando; as crianças e a equipe a esperavam de braços abertos".

“A demonstração global de preocupação, amor, orações e solidariedade demonstrada por amigos, vizinhos, comunidades, colegas e até mesmo pessoas sem nenhuma ligação conosco tem sido uma imensa fonte de conforto e apoio”, disse ele.

No entanto, "embora hoje agradeçamos por seu retorno, sabemos que o processo de recuperação será longo".

A libertação ocorre depois de semanas de angústia e profunda incerteza, e depois do apelo do papa Leão XIV no Ângelus de 10 de agosto pela libertação imediata dos reféns.

Até o momento, nenhum pedido de resgate foi feito, nem o grupo armado responsável pelo sequestro foi identificado. O jornal haitiano Le Nouvelliste noticiou que membros de uma gangue seriam os responsáveis ​​pelo ataque.

85% de Porto Príncipe está nas mãos de grupos armados

A violência de gangues e os sequestros também são comuns em outras áreas dentro e ao redor de Porto Príncipe, onde, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), grupos armados controlam cerca de 85% da cidade.

Nos primeiros seis meses deste ano, segundo dados da ONU, cerca de 350 pessoas foram sequestradas no Haiti.

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