5 de dezembro de 2025 Doar
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Sem vocações, carmelitas descalços abandonam igreja no México depois de 400 anos

Templo de Nossa Senhora do Carmo, em San Ángel, Cidade do México. | EWTN News

A ordem dos Carmelitas Descalços anunciou que, depois de cerca de quatro séculos, deixará o templo de Nossa Senhora do Carmo em San Ángel, Cidade do México, por falta de vocações religiosas.

Os carmelitas chegaram ao México em 1585 com a missão de evangelizar os povos indígenas. Por volta de 1615, o frade Andrés de San Miguel iniciou a construção da igreja do Carmo em San Ángel, que foi concluída e consagrada por volta de 1626. Desde então, a igreja permaneceu sob os cuidados da ordem. Em outubro próximo, ela será entregue à arquidiocese da Cidade do México.

O irmão José Miranda Martín, frade e ecônomo provincial, disse à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que “não há vocações, estamos reduzidos em número e a carga de trabalho está se tornando muito pesada para uns poucos”.

Ele disse também que a decisão foi tomada devido a uma visita das autoridades da ordem há um ano e meio, na qual notaram que há "muito poucos frades, muitos já adultos, com poucas possibilidades de vida apostólica, outros doentes, e que não há vocações suficientes".

Martín disse também que entregarão o templo de Nossa Senhora do Carmo, no centro do Estado de San Luis Potosí, e que a casa provincial na Cidade do México será transferida do bairro de Río Mixcoac para o convento de San Joaquín, em Tacuba. Atualmente, os carmelitas descalços têm 16 comunidades em nove Estados do México, além do ramo feminino — as freiras carmelitas Descalças — e da ordem secular, composta por leigos.

 

O problema não é exclusivo do México. Na Guatemala e na Nicarágua, a ordem também teve que abandonar igrejas pelo mesmo motivo.

"Temos um grande número de frades entre 70 e 90 anos”, disse Martín. “Muitos deles estão doentes, outros são de meia-idade e também têm algum problema físico que está diminuindo suas capacidades".

Segundo o frade, o principal desafio é que muitos jovens "não confiam na sua capacidade de receber uma vocação desse grau" e dizem a si mesmos: "Não fui feito para isto, não fui feito para ser frade para o resto da vida. Não fui feito para permanecer casto, obediente e pobre".

Por isso, ele exortou os fiéis a "crer em Deus que chama", enfatizando a importância de confiar que Ele "fala, que não é fantasia, que não são problemas psicológicos, que não é fanatismo, que não é radicalismo infundado. Que é Deus quem quer construir a sua Igreja conosco, não sem nós".

O frade Martín destacou que responder a esse convite é uma tarefa que envolve toda a Igreja, das famílias aos sacerdotes, para acompanhar os jovens e ajudá-los a "ouvir o chamado de Jesus. A acreditar que são capazes disso e que Deus os está chamando".

 

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