Aug 1, 2025 / 15:49 pm
A fase arquidiocesana da causa de beatificação do servo de Deus monsenhor João Benvegnú foi encerrada ontem (31) com uma sessão solene no salão da Paróquia de São Domingos, em São Domingos do Sul (RS), onde ele exerceu seu ministério por mais de 50 anos e onde está sepultado.
João Benvegnú nasceu em 12 de agosto de 1907, no distrito de Muçum, pertencente naquela época a Guaporé (RS), hoje município de São Valentim do Sul (RS). Era o oitavo filhos dos imigrantes italianos Fedele Benvegnú e Maria Moretti. Em 1921, aos 14 anos, entrou para o seminário dos padres passionistas em Pinto Bandeira, município de Bento Gonçalves (RS). Foi ordenado padre em 16 de setembro de 1934.
O padre João Benvegnú começou seu ministério sacerdotal atendendo no convento de Nossa Senhora do Carmo e depois assumiu como vigário cooperador da paróquia de Osório. Em 20 de outubro de 1935, assumiu como pároco da paróquia de São Domingos, então pertencente à arquidiocese de Porto Alegre. Ali permaneceu até sua morte, em 3 de janeiro de 1986.
Foi distinguido com a honra de cônego honorário do cabido metropolitano de Porto Alegre, em 29 de junho de 1956. No dia 15 de agosto de 1959, a paróquia de São Domingos passou a pertencer à diocese de Passo Fundo e o bispo dom Cláudio Coling lhe concedeu o mesmo título. Em 16 de setembro de 1984, o papa lhe conferiu o título de monsenhor.
“Um dos títulos mais merecidos por monsenhor João é o de apóstolo das vocações sacerdotais e religiosas”, diz a biografia. O padre “costumava dizer que a maior riqueza de uma família é poder entregar a Deus um (a) filho (a) para a vida sacerdotal ou religiosa”.
Ele também tinha a eucaristia como centro de sua vida, permanecia horas no confessionário, incentivava a devoção a Nossa Senhora, exerceu o ministério de catequista e preparou catequistas, promovia retiros com jovens e casais, incentivava os jovens aos estudos, visitava as famílias e os doentes.
Monsenhor João Benvegnú morreu aos 79 anos, com fama de santidade. O processo de beatificação teve início em dezembro de 2011. A expectativa é que este ano seja encerrada a fase diocesana e o processo seja encaminhado para a Santa Sé.
Próximos passos
O processo de beatificação do monsenhor João Benvegnú foi aberto na arquidiocese de Passo Fundo (RS) em agosto de 2011. A sessão de encerramento foi conduzida pelo arcebispo de Passo Fundo, dom Rodolfo Luís Weber, presidente do Tribunal da Causa e contou com a presença dos demais membros do tribunal.
Os documentos coletados na arquidiocese serão levados ao Dicastério para as Causas dos Santos da Santa Sé em 24 de agosto pelo padre Eberson Fontana, dando início à fase romana. O dicastério verifica se os processos aconteceram de acordo com as normas da Santa Sé e nomeia um relator que acompanha a elaboração da positio.
A positio é um documento que contém uma biografia documentada dos candidatos a veneráveis e testemunhos de pessoas sobre a vida deles, relatando a prática das virtudes teologais (fé, esperança e caridade) e virtudes cardeais (prudência, justiça, fortaleza e temperança).
Com a positio aprovada, são feitas duas comissões: uma histórica e uma teológica, ambas formadas por nove membros, dos quais sete precisam aprovar a causa. Por fim, há um congresso de bispos e cardeais que em sua maioria também tem que aprovar a causa para que ela seja apresentada ao papa. Passando por todas essas etapas, a Santa Sé reconhece as virtudes heroicas e o candidato é proclamado venerável.
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