Jul 17, 2025 / 12:29 pm
A Secretaria Linguística Portuguesa da Associação Internacional dos Exorcistas (AIE) promove de 18 a 20 de julho um curso de formação para leigos, em Goiânia (GO). “Um dos objetivos da AIE, segundo os seus estatutos, é promover formações sobre a temática do combate espiritual e da ação do maligno, tanto para o clero quanto para os leigos”, disse o secretário-geral da associação, padre João Paulo Veloso à ACI Digital. “Há muita desinformação e fantasia neste campo”, disse o padre e, portanto, cursos como este são “uma ferramenta preciosa para a formação dos leigos”.
O curso “Livrai-nos do Mal” é uma formação a partir das diretrizes da AIE. Segundo o padre Veloso, “em geral, os participantes são pessoas que já atuam em suas paróquias ou dioceses como ministros que oram por cura e libertação, mas não apenas”. Essas pessoas não são exorcistas, pois este é um ministério próprio dos sacerdotes.
“O Código de Direito Canônico da Igreja Católica, em seu cânon 1172, §1, determina que apenas o sacerdote com uma licença expressa do bispo diocesano pode realizar exorcismos naquela Igreja local”, disse o secretário-geral. O padre Veloso ressaltou que, “para nomear um exorcista, o bispo deve escolher um sacerdote que tenha piedade, ciência, prudência e integridade de vida, conforme regula o § 2 do mesmo cânon”. Essa escolha do bispo, disse, “é feita, de forma geral, após ter consultado as instâncias de governo da diocese e o próprio padre a ser nomeado, em espírito de comunhão e fraternidade”.
Os leigos, porém, podem colaborar com o ministério dos exorcistas, disse o padre Veloso. Primeiramente podem atuar “como intercessores, oferecendo suas boas obras e mortificações pelo ministério dos exorcistas e pelas pessoas por eles atendidas”.
“Em alguns casos, leigos aptos podem também ser convidados pelos exorcistas para atuarem como auxiliares”.
Segundo o padre João Paulo Veloso, da arquidiocese de Palmas (TO), pode ser chamado para ser auxiliar de exorcista “o leigo que apresente uma sólida vida de oração e testemunho coerente de vida cristã, bem formado espiritual e catequeticamente, além da disponibilidade de tempo e de apresentar bom estado de saúde física e psicológica”.
O auxiliar de exorcista terá como suas “tarefas principais” “aquelas da oração e da tutela do bom nome do exorcista”. Em seguida, “o auxiliar colabora com a sua presença nos atendimentos”, disse o padre Veloso.
Os requisitos e as tarefas do auxiliar de exorcista será um dos temas tratados no curso “Livrai-nos do Mal”, que vai falar também sobre discernimento espiritual, oração de libertação e ação ordinária e extraordinária do demônio.
Entre os palestrantes, além do padre João Veloso, estará o coordenador da Secretaria de Linguística Portuguesa da AIE, padre Pedro Paulo Alexandre, da arquidiocese de Florianópolis, e o exorcista Cesare Truqui, padre mexicano radicado na Itália e na Suíça, que foi aluno do padre Gabriele Amorth, exorcista da diocese de Roma e fundador da Associação Internacional de Exorcistas, morto em 2016.
O padre João Veloso ressaltou que, para a inscrição no curso ser confirmada, “é necessário uma carta de recomendação do pároco ou superior de comunidade religiosa”.
Mais informações sobre o curso podem ser acessadas AQUI.
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