5 de dezembro de 2025 Doar
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Papa demonstrou 'grande cordialidade' em audiência, diz dom Athanasius Schneider

Papa Francisco com dom Athanasius Schneider no Vaticano na última segunda-feira (20). | Mario Tomassetti / Vatican Media

Dom Athanasius Schneider, bispo auxiliar de Astana, Cazaquistão, disse que o papa Francisco “demonstrou grande cordialidade” para com ele em audiência privada na segunda-feira (20) e que eles “falaram sobre alguns temas importantes da vida da Igreja”.

Dom Schneider disse na terça-feira (21) ao jornal National Catholic Register, da EWTN, que pediu aos fiéis que “rezassem pelo papa Francisco para que ele pudesse confirmar a Igreja na Fé”.

O bispo é um crítico frequente do papa Francisco e seu pontificado. Ele disse que solicitou ao papa a reunião.

Dom Athanasius foi ordenado sacerdote em Anápolis (GO), em 1990 e viveu cerca de nove anos no Brasil.

Uma das críticas mais recentes de dom Schneider foi à fala do papa Francisco em Singapura, em setembro do ano passado, de que “todas as religiões são um caminho para nos aproximarmos de Deus”.

Segundo o bispo, a afirmação do papa contradiz a Revelação divina e a singularidade de Cristo como único Salvador.

Em uma profissão de fé escrita em resposta às palavras do papa e outras ambiguidades que vê nos ensinamentos do papa Francisco, dom Schneider disse que os cristãos “não são simplesmente ‘companheiros de viagem’ junto com adeptos de falsas religiões”.

A profissão também pede fervorosamente “a ajuda da graça divina para todos os clérigos de hoje que, por suas palavras e ações, contradizem a verdade divinamente revelada sobre Jesus Cristo e Sua Igreja como o único caminho pelo qual os homens podem alcançar Deus e a salvação eterna”.

O bispo do Cazaquistão, que cresceu sob o comunismo da União Soviética, também não teve medo de fazer outras críticas diretas. Entre elas, às mudanças de Francisco para permitir que católicos divorciados e em segunda união civil recebam a Comunhão em alguns casos; a declaração Fiducia supplicans, publicada pela Santa Sé em 2023, que permite bênçãos não litúrgicas de uniões homossexuais; e críticas às reformas sinodais do papa Francisco, como a carta que Schneider assinou junto com o prefeito emérito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica cardeal Raymond Burke pouco antes do Sínodo da Amazônia, que critica uma "confusão doutrinária quase geral" na Igreja hoje.

O bispo condenou veementemente o apoio do papa às uniões homossexuais civis em 2020 e se opôs consistentemente às limitações do papa Francisco à missa tradicional em latim, vendo-as como um ataque à tradição católica e uma fonte de divisão dentro da Igreja.

No ano passado, ele se opôs à excomunhão do ex-núncio apostólico emérito nos EUA, dom Carlo Viganò, dizendo que, embora as críticas de Viganò fossem “irreverentes e desrespeitosas”, ele acreditava que excomungá-lo “aumentaria ainda mais as divisões”.

Embora crítico, dom Schneider sempre tentou ser respeitoso, dizendo que suas críticas são "uma expressão de amor verdadeiro e sincero pelo papa" e que parte do dever de um bispo é se manifestar quando acredita que o papa está errado.

Dom Schneider se opõe à ideia de que o papa Francisco não foi eleito validamente, ou que Francisco se retirou do cargo por dizer heresias. Os fiéis devem “manter a cabeça fria e, ao mesmo tempo, uma verdadeira visão sobrenatural e confiar na intervenção divina e na indestrutibilidade da Igreja”, disse o bispo em setembro de 2023.

A audiência de segunda-feira não foi a primeira vez que dom Schneider e o papa Francisco se encontraram: eles tiveram um encontro numa visita ad limina da Conferência Episcopal do Cazaquistão ao Vaticano em 2019 e se encontraram quando Francisco visitou o Cazaquistão em 2022.

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