11 de maio de 2024 Doar
Um serviço da EWTN News

Núncio apostólico pede que bispo emérito não more mais no Marajó, diz prelazia

Dom José Luis Azcona na 56ª assembleia geral da CNBB em Aparecida (SP) em 2018. | CNBB

O núncio apostólico no Brasil, dom Giambattista Diquattro, pediu para que o bispo emérito dom José Luis Azcona Hermoso não more mais no território da prelazia, disse hoje (9) em comunicado o administrador diocesano da prelazia de Marajó, o padre Kazimierz Antoni Skorki.

Núncio apostólico é o representante da Santa Sé que tem as funções de um embaixador do papa nos países que têm relações diplomáticas com a sede do catolicismo.

A prelazia do Marajó foi criada pelo papa Pio XI em 14 de abril de 1928. Atualmente, abrange nove municípios da ilha que pertence ao Estado do Pará. A prelazia é sufragânea da arquidiocese de Belém do Pará.

“Não recebemos da Nunciatura nenhuma notificação das motivações para tal pedido e nem mesmo detalhes. Apenas foi confirmado para nós, pelo próprio Dom José o pedido do Sr. Núncio”, disse a prelazia em nota publicada hoje (9) no Instagram.

Dom José Luis Azcona, nascido em Pamplona, Espanha, foi bispo de Marajó de 1987 a 2016. Já bispo-emérito, dom Azcona participou do Sínodo da Amazônia, em 2019. Foi uma das poucas vozes conservadoras no sínodo, que foi marcado por pedidos de ordenação de homens casados, mulheres e o estabelecimento de um rito amazônico que incorporasse elementos indígenas no catolicismo.

O bispo criticou a “ausência de Cristo Crucificado” no Instrumentum Laboris, o texto de trabalho do sínodo, chamando atenção para a ausência do elemento central do anúncio evangelizador no documento. Dom Azcona também alertou sobre nenhuma menção ao pecado nos povos indígenas no documento de trabalho e defendeu o celibato sacerdotal, além de alertar para o escândalo e a idolatria causados pelo uso de imagens de Pachamama em eventos no sínodo da Amazônia.

Em 2009, Dom Azcona denunciou casos de pedofilia e exploração sexual de crianças e adolescentes no Marajó por políticos e empresários locais. A denúncia deu origem à CPI da Pedofilia na Assembleia Legislativa do Pará e no Congresso Nacional.

Segundo o jornal O Liberal, do Pará, dom Azcona deve deixar Marajó até janeiro, quando toma posse o novo bispo, dom José Ionilton Lisboa de Oliveira nomeado pelo papa Francisco no início de novembro.

Dom José Ionilton era vice-presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT) desde 2018. Em 2021 assumiu interinamente a presidência da CPT. Ele também faz parte da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam Brasil), criada pelo papa depois do Sínodo da Amazônia.

As melhores notícias católicas - direto na sua caixa de entrada

Inscreva-se para receber nosso boletim informativo gratuito ACI Digital.

Suscribirme al boletín

Nossa missão é a verdade. Junte-se a nós!

Sua doação mensal ajudará nossa equipe a continuar relatando a verdade, com justiça, integridade e fidelidade a Jesus Cristo e sua Igreja.

Doar