30 de abril de 2024 Doar
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Padres que deram a vida por Cristo na Guerra Civil Espanhola serão beatificados

Os mártires da Guerra Civil que serão beatificados | Fraternidade dos Sacerdotes Operários

No próximo dia 30 de outubro acontecerá a beatificação de quatro sacerdotes operários que morreram mártires da perseguição religiosa durante a Guerra Civil na Espanha (1936-1939).

Os padres Francisco Cástor Sojo López, Millán Garde Serrano, Manuel Galcera Videllet e Aquilino Pastor serão beatificados na na catedral de Tortosa, Tarragona, Espanha.

Padre Francisco Cástor Sojo López nasceu em Madrigalejo, Cáceres, e morreu em Ciudad Real, em 12 de setembro de 1936, quando tinha 55 anos. Padre Millán Garde Serrano era natural de Vara del Rey, Cuenca. Ele morreu em Cuenca em 7 de julho de 1938, aos 62 anos. Padre Manuel Galcera Vidallet nasceu em Caseras, Tarragona. Morreu em Ibros, Jaén, em 3 de setembro de 1936, aos 59 anos. Padre Aquilino Pastor Camberos era natural de Zarza de Granadilla, Cáceres. Morreu em Úbeda, Jaén, no dia 29 de agosto de 1936, com apenas 25 anos e depois de um ano de sua ordenação sacerdotal.

Em 29 de setembro de 2020, o papa Francisco autorizou a promulgação do decreto do martírio para esses quatro sacerdotes operários diocesanos. Eles deram suas vidas por Cristo durante a Guerra Civil Espanhola, quando eram formadores nos seminários de Ciudad Real, León e Baeza, Espanha.

Os primeiros mártires padres operários foram beatificados por são João Paulo II em 1º de outubro de 1995, era o grupo do padre Pedro Ruiz de los Paños e oito companheiros mártires.

O segundo grupo de padres mártires foi o do padre Joaquín Jovaní Marín e 14 companheiros, a beatificação ocorreu em Tarragona, em 13 de outubro de 2013.

Mais dois sacerdotes operários foram beatificados em 25 de março de 2017, dentro da causa do padre José Álvarez-Benavides y de la Torre e 114 companheiros, da diocese de Almería.

Fraternidade dos Sacerdotes Operários

A Fraternidade dos Sacerdotes Operários Diocesanos é uma associação de padres diocesanos que se unem para ajudar-se como padres no caminho da santidade e para ser mais eficazes no exercício do ministério. Ela foi fundada em 1883 pelo beato Manuel Domingo y Sol, conhecido como Mosén Sol.

Em 1898, a Santa Sé reconheceu oficialmente a peculiaridade da fraternidade: padres seculares com uma vida comum, por isso só em 1927 a Fraternidade foi aprovada pela Santa Sé como uma Sociedade de vida comum sem votos; e mais tarde, em 1952, como Instituto Secular.

Atualmente a Fraternidade é uma Associação Pública Clerical de Direito Pontifício, aprovada como tal por Bento XVI em 2008 e está presente na Alemanha, Angola, Argentina, Brasil, Cuba, Espanha, Estados Unidos, Itália, Peru, Portugal, República Democrática do Congo, Venezuela e Zâmbia.

Os objetivos da fraternidade são a promoção, o apoio e o cuidado das vocações eclesiásticas, religiosas e apostólicas, a formação cristã dos jovens e o aumento do espírito de reparação e devoção ao Coração de Jesus, especialmente na Eucaristia.

Segundo o site da fraternidade, o operário é um padre secular incardinado na sua própria diocese, mas que, com a permissão do bispo, se vincula à fraternidade para se dedicar aos ministérios que lhe são próprios.

O sacerdote operário continua mantendo uma relação pessoal com o seu bispo e com o presbitério da sua diocese de incardinação e vive uma incardinação afetiva com a diocese onde trabalha, em estreita colaboração com o bispo e os padres. E tem uma especial disponibilidade e liberdade para ir trabalhar em qualquer lugar do mundo.

A cerimônia de beatificação dos quatro novos mártires será presidida pelo cardeal Marcello Semeraro, prefeito da Congregação para as Causas dos Santos.

A missa será concelebrada pelo bispo de Tortosa, dom Enrique Benavent; pelo diretor-geral da fraternidade, padre Florencio Núñez; quatro cardeais, 20 bispos e mais de 80 padres.

O postulador da causa do martírio, o sacerdote operário padre Carlos Comendador, disse que "estes padres não buscaram a morte diretamente, mas também não fugiram, e ofereceram suas vidas permanecendo fiéis à fé cristã e ao seu sacerdócio sem negá-los. São, portanto, testemunhas da fé e do seu sacerdócio".

O padre Comendador destacou a vida anterior ao martírio dos próximos quatro beatos, dedicados à formação sacerdotal e lembrou que atualmente muitos cristãos em diversas partes do mundo também sofrem perseguição por causa da fé, assim como estes padres em seu momento.

O diretor-geral da fraternidade, padre Florencio Núñez, expressou sua alegria pela próxima beatificação. "Elevamos juntos a nossa ação de graças a Deus por este bem que faz à Igreja e à Irmandade. Que o testemunho dos beatos Francisco Cástor, Millán, Manuel e Aquilino ilumine nossas vidas. Que o seu sangue derramado seja fonte de novas vocações e ajude todos os padres e todos os crentes a descobrir na configuração com Cristo o único projeto verdadeiro para as suas vidas".

A Fraternidade dos Sacerdotes Operários Diocesanos fará realizada uma vigília de oração pelas vocações, por ocasião da beatificação.

No domingo, 31 de outubro, às 10 horas, será celebrada a missa de ação de graças pela beatificação dos mártires operários na catedral e, à tarde, o seminário acolherá um encontro de seminaristas com dom Jorge Carlos Patrón Wong, secretário para os seminários da Sagrada Congregação para o Clero.

Na segunda-feira, 1º de novembro, a eucaristia será celebrada na solenidade de Todos os Santos, na igreja da Reparação.

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