28 de abril de 2024 Doar
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Conferência episcopal da França expressa sua "estima" por quem celebra missa tradicional

Padre Dominique Aubert, reitor da Catedral de Chartres, França, celebra a missa na forma extraordinária do Rito Romano | Maxime800 via Wikimedia (CC BY-SA 3.0).

A conferência dos bispos católicos da França expressou "estima" pelo povo e pastores das comunidades que celebram a missa tradicional latina no país em resposta à publicação do motu proprio Traditionis custodes com o qual o papa Francisco impôs restrições ao uso da liturgia anterior ao Concílio Vaticano II (1963-1965).

Revogando a carta apostólica Summorum Pontificum de 2007 de Bento XVI, que concedia a todos os padres o direito de rezar a missa segundo o Missal Romano de 1962, o Francisco determinou que é de "competência exclusiva" do bispo autorizar o uso do Missal Romano de 1962 em sua diocese.

"Os bispos da França, juntamente com todos os fiéis de suas dioceses, receberam o motu proprio Traditionis custodes do Papa Francisco, que foi tornado público ontem", diz a declaração da conferência episcopal publicada no sábado, 16 de julho. "Eles desejam expressar aos fiéis que habitualmente celebram segundo o Missal de São João XXIII, e a seus pastores, seus cuidados, a estima que têm pelo zelo espiritual desses fiéis, e sua determinação de continuar a missão juntos, na comunhão da Igreja e de acordo com as normas em vigor".

A declaração continua: "Cada bispo terá no coração o dever de estar à altura dos desafios descritos pelo Santo Padre para exercer a responsabilidade que lhe é lembrada na justiça, na caridade, no cuidado de um e de todos, no serviço à liturgia e à unidade da Igreja. Isto será feito através do diálogo e levará tempo".

A conferência episcopal conclui sua mensagem citando a Lumen gentium, a constituição dogmática do Concílio Vaticano II sobre a Igreja. "Os bispos invocam o Espírito Santo para que a Eucaristia, 'fonte e ápice da vida cristã', o sacrifício do Senhor e o memorial de sua Paixão e Ressurreição, possa ser o lugar onde a Igreja se esforça a cada dia para tornar-se o que ela é: 'em Cristo como um sacramento ou como sinal e instrumento tanto de uma união muito estreita com Deus como da unidade de todo o gênero humano'".

A França viu recentemente uma tensão entre os partidários da missa tradicional latina e um arcebispo local. Os paroquianos protestaram após o arcebispo de Dijon, dom Roland Minnerath, ter ordenado aos membros da Fraternidade Sacerdotal de São Pedro (FSSP) que deixassem a basílica de Fontaine-lès-Dijon após 23 anos na arquidiocese. A FSSP é uma sociedade clerical de vida apostólica estabelecida pelo papa São João Paulo II em 1988 para a celebração da missa tradicional. A fraternidade tem mais de 300 sacerdotes e 150 seminaristas de 30 países.

A Fraternidade Sacerdotal São Pedro, afirmaram em 16 de julho que seus membros estavam "desanimados e ansiosos" com o novo motu proprio. Em uma declaração publicada no mesmo dia em que o papa emitiu as novas normas, os padres da fraternidade disseram: "Continuamos comprometidos em servir os fiéis que atendem nossos apostolados de acordo com nossas Constituições e nosso carisma. Devemos nos esforçar para ver esta Cruz como um meio de nossa santificação, e para lembrar que Deus nunca abandonará Sua Igreja. Nosso Senhor nos promete, ele próprio, as graças necessárias para carregar nossas cruzes com força e coragem. Não devemos, no entanto, negligenciar em fazer nossa parte como fiéis católicos; oremos e ofereçamos sacrifícios em nossa vida diária, e confiemos na intercessão de Nossa Senhora, São José, e de nosso patrono, São Pedro".

Na Diocese de Fréjus-Toulon, o bispo, dom Dominique Rey tem defendido que "as duas formas do mesmo rito são uma imagem da unidade da Igreja na diversidade de suas sensibilidades". Em declarações feitas à ACI Digital antes da publicação de Traditiones custodes, dom Rey defendeu a convivência entre o rito pré-Vaticano II e a missa tradicional. "Parece-me desnecessário e contraproducente abrir novas tensões. As duas formas do rito não se opõem uma à outra, elas se complementam", disse dom Rey. "Há um medo, que eu acho injustificado, de ver a herança do Concílio Vaticano II posta em questão pelos fiéis apegados ao rito extraordinário do rito romano".

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