Vaticano, Dec 4, 2020 / 15:22 pm
O Papa Francisco afirmou nesta sexta-feira, 4 de dezembro, que a presença do Vaticano na comunidade internacional está "a serviço do bem comum global", chamando a atenção para as questões que afetam a vida das pessoas e das nações.
O Pontífice fez esta declaração durante a cerimônia em que recebeu as credenciais dos novos embaixadores junto à Santa Sé da Jordânia, Cazaquistão, Zâmbia, Mauritânia, Uzbequistão, Madagascar, Estônia, Ruanda, Dinamarca e Índia.
Em seu discurso, pronunciado no Palácio Apostólico do Vaticano, o Pontífice destacou que a missão dos novos embaixadores "tem início num período de grande desafio para toda a família humana. Mesmo antes da pandemia Covid-19, estava claro que 2020 seria um ano caracterizado por necessidades humanitárias urgentes devido a conflitos, violência e terrorismo em diferentes partes do mundo".
Em seguida, o Papa traçou um esboço geral da situação que o mundo atravessa, na qual "as crises econômicas estão causando fome e migrações de massa, enquanto as alterações climáticas aumentam o risco de desastres naturais, penúrias e secas".
"E agora a pandemia está agravando as desigualdades já presentes em nossas sociedades; de fato, os pobres e os mais vulneráveis dos nossos irmãos e irmãs correm o risco de ser negligenciados, excluídos e esquecidos", lamentou.
Sublinhou que "a crise nos fez entender que nos encontramos na mesma barca, todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários, todos chamados a remar juntos, todos necessitados de confortar-nos mutuamente".
"Hoje, talvez mais do que nunca, nosso mundo sempre mais globalizado requer urgentemente um diálogo e uma colaboração sinceros e respeitosos, capazes de unir-nos ao enfrentar as graves ameaças que recaem sobre nosso planeta e hipotecam o futuro das jovens gerações", propôs o Papa.
Nesse contexto, enfatizou que "a presença da Santa Sé na comunidade internacional se coloca a serviço do bem comum global, chamando a atenção para os aspectos antropológicos, éticos e religiosos das várias questões que dizem respeito à vida das pessoas, dos povos e de nações inteiras".
"Faço votos de que a atividade diplomática de vocês como representantes de suas nações junto à Santa Sé favoreça a 'cultura do encontro', necessária para superar as diferenças e divisões que tão frequentemente dificultam a realização dos altos ideais e dos objetivos propostos pela comunidade internacional", pediu o Pontífice aos novos embaixadores.
"Cada um de nós é convidado, com efeito, a trabalhar cotidianamente pela construção de um mundo sempre mais justo, fraterno e unido", afirmou.
Publicado originalmente em ACI Prensa. Traduzido e adaptado por Natalia Zimbrão.
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