27 de abril de 2024 Doar
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Abusos sexuais: Acusadores de sacerdote expulso do estado clerical se retratam

Imagem referencial. Crédito: Pixabay | Domínio público.

Os acusadores que inicialmente se declararam vítimas de abuso sexual de Antonio Molina, expulso do estado clerical pelo Vaticano, recentemente se retrataram perante os tribunais de El Salvador.

Em 8 de outubro, Isaí Ernesto Mendoza, de 36 anos, e um dos denunciantes de Molina, admitiram em um tribunal salvadorenho que "tudo o que disse é falso".

"Quero pedir uma desculpa pública pelas declarações que fiz falsamente diante do arcebispado", expressou.

Mendoza havia acusado Molina diante da Arquidiocese de San Salvador por supostamente realizar orgias e tê-lo estuprado quando era adolescente. Segundo Mendoza, neste tempo ajudava como acólito.

Durante o processo, ocorreram várias contradições, como a dúvida de que realmente tenha morado alguma vez no município salvadorenho de Panchimalco, onde supostamente teriam ocorrido os abusos.

No entanto, a Congregação para a Doutrina da Fé do Vaticano acabou o expulsando do estado clerical. A resolução foi comunicada a Antonio Molina pelo Arcebispo de San Salvador, Dom José Luis Escobar Alas, que explicou que a sanção era "inapelável".

Depois, duas gêmeas denunciaram Molina por toques indevidos, mas também se retrataram diante da justiça.

Em declarações ao jornal salvadorenho 'La Prensa Gráfica', em 8 de outubro, Molina disse que após as retratações ele se sente "como desde o início, inocente. Feliz também, não posso mentir que me sinto satisfeito".

"Dou graças a Deus porque toda esta história terminou. Ainda não sei o que está por vir, mas enfrentarei com maior paciência e serenidade. O que acho que vale a pena é que saiba que não tenho ódio, nem rancor nem desejo de vingança a ninguém", disse.

Em diálogo com o canal de televisão TN 21 sobre a possibilidade de retomar o sacerdócio, Molina disse que "não posso exigir nada. O Santo Padre, o Papa, acho que, se for devidamente informado por Dom José Luis Escobar Alas ou também pelo senhor Cardeal, que é meu grande amigo, Gregorio Rosa Chávez, o que o Papa decidir, vamos obedecer, sem nenhuma pretensão, o que a Igreja quer de mim".

Em um vídeo publicado pela Arquidiocese de San Salvador, Dom Escobar Alas explicou que, neste caso, existem "duas legislações diferentes e independentes: a legislação canônica da Igreja e a legislação civil, criminal e estadual".

"Nós, como diocese, o que fazemos é apenas escutar as vítimas, recolher sua denúncia e transferi-la para a Santa Sé. E também escutar, é claro, o sacerdote que vem denunciado. E, além disso, recolher as declarações das testemunhas, se houver".

"Mas o processo propriamente dito é realizado pelo Vaticano", acrescentou.

O Arcebispo de San Salvador disse que não sabe "que efeito as recentes retratações podem ter diante do Tribunal da Santa Sé" e acrescentou que a decisão "não está em nossas mãos".

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