5 de maio de 2024 Doar
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Governo em Bangladesh rechaça lei de blasfêmia

D. Lawrence Subrato Howlader

Dom Lawrence Subrato Howlader, Bispo Auxiliar de Chittagong (Bangladesh), agradeceu ao Governo por assinalar que é “impossível” introduzir uma lei de blasfêmia no país, que embora seja apoiada por radicais islâmicos, é rechaçada por boa parte da população.

“Muitas organizações diferentes na sociedade civil lançaram iniciativas públicas para dizer não à nova proposta de lei sobre a blasfêmia. Em geral o povo não é favorável, só alguns grupos radicais a propõem. Como a Igreja Católica e outras minorias apreciamos o passado do governo, que disse que é impossível introduzi-la”, expressou em declarações à agência Fides.

Entretanto, uma nova e massiva manifestação pró-blasfêmia foi anunciada por grupos islâmicos radicais para os dias 4 e 5 de maio. A proposta de lei apresenta 13 petições, muitas das quais, assinalam os defensores dos direitos humanos “estão em conflito com a constituição de Bangladesh”.

Estas medidas levariam a ‘talibanizar’ Bangladesh, pois propõem a pena de morte para qualquer pessoa declarada culpada de blasfemar contra o Islã; quer impedir que as mulheres trabalhem com os homens, proibir todas as atividades culturais contrárias ao Islã, e fazer obrigatória a educação islâmica.

“Como cristãos nos opomos porque um dos pontos da lei está dirigido precisamente contra os cristãos e trataria de impedir que os sacerdotes e fiéis possam ir às aldeias para promover projetos e atividades sociais”, expressou o Prelado.

Entretanto, “o Governo deixou claro que não vai aprovar esta lei e que tem a intenção de manter um enfoque equitativo para todas as religiões. Do contrário o país poderia retroceder 60 anos”.

“Os direitos humanos, a liberdade religiosa, o direito e a dignidade das mulheres são princípios fundamentais que não podem ser detidos ou negados com uma lei”, recordou o prelado.

Na Diocese de Chittagong surgiu o movimento radical Hefajat-e-Islam, que pretende impor a lei islâmica no país. “São pequenos, mas poderosos e tentam aumentar sua influência na sociedade”, em um país 90% muçulmano. “Com os muçulmanos moderados continua o diálogo inter-religioso, e no âmbito social trabalhamos pacificamente junto com organizações muçulmanas. Estes grupos extremistas, entretanto, rechaçam qualquer relação conosco”, explicou o Bispo Auxiliar.

“Seguimos orando e mantendo a cautela. Quando há manifestações de protesto nos mantemos longe das zonas mais inseguras, porque pode a violência explodir”, expressou.

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