2 de maio de 2024 Doar
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Bispos no Paquistão pedem pela católica presa por suposta blasfêmia

Os bispos católicos do Paquistão expressaram sua preocupação por outra injusta acusação de blasfêmia contra Agnes Nuggo, uma católica de Faisalabad, na província de Punjab, que foi condenada à prisão sob a controvertida lei da blasfêmia e pediram ao novo governo que seu caso seja resolvido em breve.

Segundo fontes da Agência Fides na Igreja local que seguem de perto o caso, Agnes, uma católica de 50 anos casada e mãe de cinco filhos, foi acusada de blasfêmia por alguns vizinhos muçulmanos, que reivindicam a posse de um terreno.

Agnes se diz inocente e define falsas as acusações contra ela. Segundo a agência Fides, Agnes é vítima de uma vingança, mas também cometeu erros: de fato, nas últimas semanas por causa de uma briga particular, tinha acusado injustamente três cristãos, dizendo o imã local que eles tinham insultado o profeta Maomé.

Verificada a inocência deles, Agnes fez um pedido público de desculpas, admitindo o seu erro e pediu desculpas. Mas depois ela foi vítima de uma falsa acusação de blasfêmia e o mesmo imã local testemunhou contra ela.

Por sua parte, o Bispo e os sacerdotes de Faisalabad se reuniram nestes dias por uma semana de retiro espiritual que lhes dará a oportunidade para também analisar o caso e decidir a estratégia a seguir.

A assembleia do clero diocesano está engajada numa fervorosa oração por Agnes e sua família, que a Igreja local está auxiliando através de alguns padres e freiras, para atender as vítimas inocentes da lei sobre blasfêmia, pela paz e a harmonia no país.

Dom Lawrence Saldanha, Arcebispo de Lahore e Presidente da Conferência Episcopal, manifestou a preocupação do episcopado paquistanês à Agência Fides após este novo caso:

"É lamentável que tenha acontecido novamente isso. Continuam acontecendo casos de falsas acusações de blasfêmia contra os cristãos, contra membros de outras minorias religiosas e também contra os muçulmanos. A lei favorece abusos que realmente acontecem: isso nos preocupa”, afirmou.

Dom Saldanha também assinalou à Fides que os prelados não podem “parar os nossos esforços e a nossa mobilização para ser capaz de mudá-la. Esperamos que a história de Agnes possa ser esclarecida e resolvida rapidamente. Continuamos a esperar que a parte saudável do país concorde sobre a urgência de eliminar ou, pelo menos, rever a lei".

“Ao novo Governo - continua o arcebispo -, pedimos uma política de igualdade e respeito pelos direitos fundamentais para todos, e para realizar um sistema mais democrático no país, segundo os princípios de transparência e justiça: somente de tal maneira poderão crescer a paz e a harmonia” .

“Nós, cristãos e outras minorias religiosas somos parte do país, queremos viver em paz numa nação que respeita todos os cidadãos, sem discriminação", conclui o pedido do bispo.

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