27 de abril de 2024 Doar
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Testemunho católico de fé e santidade para transformar o mundo é urgente, afirmou Bento XVI

Em sua homilia da Missa do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo que presidiu na Catedral de Westminster esta manhã (hora local), o Papa Bento XVI assinalou a urgência do testemunho de fé e santidade dos católicos para transformar o mundo, especialmente por parte dos leigos, que anunciem ao mundo que o Evangelho não restringe a liberdade mas que libera a mente e orienta a vida para a verdadeira realização.

Em suas palavras dirigidas também aos milhares de jovens presentes nos subúrbios da Catedral e na presença do arcebispo anglicano de Canterbury, Rowan Williams, o Santo Padre se referiu ao princípio ao grande crucifixo que domina a nave central deste templo e meditou sobre o mistério da entrega de Cristo na Cruz e sua estreita relação com a Eucaristia.

O Papa recordou logo como a realidade do sacrifício eucarístico sempre esteve no coração da fé católica e como esta foi questionada no século XVI com sua conseguinte defesa no Concílio de Trento: "aqui na Inglaterra, como sabemos, houve muitos que defenderam incondicionalmente a Missa, freqüentemente a um preço custoso, incrementando a devoção à Santíssima Eucaristia, que foi um selo distintivo do catolicismo nestas terras", indicou.

Ao falar logo do mistério da paixão de Cristo, o Santo Padre explicou que nele se compreende as diversas tribulações e sofrimentos da Igreja como os dos cristãos perseguidos, e o de muitos fiéis anônimos que oferecem suas dificuldades "para a santificação da Igreja e a redenção do mundo. Penso agora de maneira especial em todos os que se unem espiritualmente a esta celebração eucarística e, em particular, nos doentes, os anciãos, os deficientes físicos e os que sofrem mental e espiritualmente".

Depois de referir-se à dolorosa realidade dos abusos sexuais cometidos por alguns membros do clero e explicando que aqueles que os sofreram devem necessariamente abrir-se à graça de Cristo, Bento XVI falou sobre o imprescindível papel dos leigos católicos na vida do mundo e a Igreja.

Os leigos, disse o Papa, "devem desempenhar-se na missão da Igreja, esforçando-se por ser fermento do Evangelho na sociedade e trabalhar pelo progresso do Reino de Deus no mundo. A exortação conciliar aos leigos, para que, em virtude de seu batismo, participem da missão de Cristo, ecoou as intuições e ensinamentos de John Henry Newman".

"Que as profundas idéias deste grande inglês sigam inspirando todos os seguidores de Cristo nesta terra, para que configurem seu pensamento, palavra e obras com Cristo, e trabalhem decididamente na defesa das verdades morais imutáveis que, assumidas, iluminadas e confirmadas pelo Evangelho, fundamentam uma sociedade verdadeiramente humana, justa e livre", exortou.

"Como a sociedade contemporânea necessita deste testemunho. Como necessitamos, na Igreja e na sociedade, testemunhas da beleza da santidade, testemunhas do esplendor da verdade, testemunhas da alegria e liberdade que nasce de uma relação viva com Cristo".

"Um dos maiores desafios aos que enfrentamos hoje –prosseguiu o Papa– é como falar de maneira convincente da sabedoria e do poder liberador da Palavra de Deus a um mundo que, com muita freqüência, considera o Evangelho como uma constrição da liberdade humana, em lugar da verdade que liberta nossa mente e ilumina nossos esforços para viver correta e sabiamente, como indivíduos e como membros da sociedade".

"Oremos, pois, para que os católicos desta terra sejam cada vez mais conscientes de sua dignidade como povo sacerdotal, chamados a consagrar o mundo a Deus através da vida de fé e de santidade. E que este aumento de zelo apostólico se veja acompanhado de uma oração mais intensa pelas vocações à ordem sacerdotal, porque quanto mais cresce o apostolado secular, com maior urgência se percebe a necessidade de sacerdotes; e quanto mais os leigos aprofundem na própria vocação, mais se sublinha o que é próprio do sacerdote".

Seguidamente o Pontífice fez votos para que "muitos jovens nesta terra encontrem a força para responder à chamada do Mestre ao sacerdócio ministerial, dedicando suas vidas, suas energias e seus talentos a Deus, construindo assim um povo em unidade e fidelidade ao Evangelho, especialmente através da celebração do sacrifício eucarístico".

Finalmente o Santo Padre convidou a unir-se "cada vez mais plenamente ao Senhor, participando de seu sacrifício na cruz e oferecendo-lhe um ‘culto espiritual’ que abrace todos os aspectos de nossa vida e que se manifeste em nossos esforços por contribuir à vinda de seu Reino. Rogo para que, ao atuar assim, unam-se à fileira dos fiéis que ao longo da história do cristianismo nesta terra edificaram uma sociedade verdadeiramente digna do homem, digna das mais nobres tradições de sua nação".

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