Paz estável e liberdade religiosa na Terra Santa e Oriente Médio, alentou o Papa Bento XVI

Vaticano, Jun 25, 2010 / 19:38 pm

Ao receber este meio-dia aos participantes da Reunião das Obras para a Ajuda às Igrejas Orientais (ROACO), cujos trabalhos se centraram fundamentalmente na preparação do próximo Sínodo para o Oriente Médio, o Papa Bento XVI os alentou a trabalhar pela paz estável e o respeito à liberdade religiosa na Terra Santa e em toda a região.

Ao início de seu discurso, o Papa afirmou que "todos desejamos o dom de uma paz estável e de uma convivência segura em Terra Santa, Iraque e Oriente Médio, que nascem do respeito dos direitos humanos, das famílias, comunidades e povos e da superação de toda discriminação religiosa, cultural ou social".

Por isso animou a "os irmãos e irmãs no Oriente a perseverarem na fé, e a permanecerem, apesar dos numerosos sacrifícios, no lugar de nascimento. Ao mesmo tempo, exorto os emigrantes orientais a que não se esqueçam das suas origens, sobre tudo religiosas. Sua fidelidade e sua coerência humanas e cristãs dependem disso".

O Santo Padre recordou de modo particular os "cristãos que sofrem violência a causa do Evangelho", e os encomendou a Deus. "Sigo contando com os responsáveis pelas nações para que garantam realmente, sem distinção e em todas partes, a profissão pública e comunitária das crenças religiosas de cada um", acrescentou.

Bento XVI manifestou seu agrado pelo fato que as Igrejas orientais católicas tenham participado com entusiasmo no Ano Sacerdotal recentemente concluído, e recordou que Oriente foi antigamente berço de grandes escolas de espiritualidade sacerdotal. Neste contexto, citou em particular a Igreja da Antioquia, pátria de extraordinários Santos e pediu que os sacerdotes das Igrejas orientais seguissem fazendo-se eco dessa herança espiritual.

Referindo-se à Assembléia Especial para o Oriente Médio, que se celebrará de 10 a 24 de outubro, o Papa manifestou sua satisfação "pela ampla cooperação proporcionada pelas Igrejas do Oriente e pelo trabalho que a ROACO fez desde o começo e segue fazendo em vista deste acontecimento histórico. Este esforço conjunto terá frutíferos resultados pela presença de alguns de seus representantes nesta reunião eclesiástica e por sua relação constante com a Congregação para as Igrejas Orientais".

O Papa pediu aos participantes na reunião que contribuíram com suas "obras a manter viva a ‘esperança que não defrauda’ entre os cristãos do Oriente. Nós gostaríamos de estar sempre ao seu lado!"

"Por intercessão da Santíssima Mãe de Deus e dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, confio ao Senhor aos benfeitores, amigos e colaboradores vivos e defuntos, relacionados de alguma forma com a ROACO, com uma particular lembrança de Dom Padovese, recentemente falecido", concluiu.