VATICANO, Nov 27, 2009 / 12:48 pm
Em sua mensagem pela 96° Jornada Mundial do Migrante e do Refugiado, que se celebrará no domingo 17 de janeiro de 2010, o Papa Bento XVI recorda que a Igreja trabalha incansavelmente pelos migrantes, especialmente os menores, e alentou a comunidade internacional e aos católicos a seguirem e melhorarem neste importante serviço.
Na mensagem datada em 16 de outubro deste ano e dada a conhecer hoje em conferência de imprensa, cujo tema é "Os Migrantes e os refugiados menores de idade", o Papa assinala que "a celebração da Jornada Mundial do Migrante e do refugiado me oferece novamente a ocasião para manifestar a solicitude constante da Igreja pelos que vivem, de distintas maneiras, a experiência da emigração".
Trata-se de um fenômeno que, prossegue, "como escrevi na encíclica Caritas in veritate, impressiona pelo número de pessoas implicadas, pelas problemáticas sociais, econômicas, políticas, culturais e religiosas que expõe, e pelos desafios dramáticos que supõe para as comunidades nacionais e para a internacional".
Depois de assinalar que não muitas vezes se respeita os direitos da criança, Bento XVI adverte que "embora na opinião pública cresce a consciência da necessidade de uma ação concreta e incisiva para o amparo dos menores de idade, de fato, muitos deles são abandonados e, de várias maneiras, correm o risco de ser explorados".
Por isso, expressa seu desejo que "se dedique a devida atenção aos Migrantes menores de idade, que necessitam um ambiente social que permita e favoreça seu desenvolvimento físico, cultural, espiritual e moral".
O Santo Padre se refere logo aos filhos nascidos em países estrangeiros que não vivem com seus pais e que formam parte de duas culturas. "É importante que lhes seja oferecida a possibilidade da freqüência escolar e da sucessiva inserção no mundo do trabalho, e que seja facilitada a integração social graças a oportunas estruturas formativas e sociais. Nunca se esqueça que a adolescência representa uma etapa fundamental para a formação do ser humano.".
"Uma categoria especial de menores é a dos refugiados que pedem asilo, fugindo por várias razões de seu país, onde não recebem um amparo adequado. As estatísticas revelam que seu número está aumentando. Trata-se, portanto, de um fenômeno que se deverá estudar com atenção e confrontar com ações coordenadas, com medidas de prevenção, amparo e acolhida adequados, de acordo com o previsto na Convenção dos Direitos da Criança".
Dirigindo-se logo às paróquias e as "numerosas associações católicas que, animadas por espírito de fé e de caridade, realizam grandes esforços para sair ao encontro das necessidades destes irmãos e nossas irmãs", o Santo Padre ressaltou que uma missão encomendada pelo mesmo Cristo é "a acolhida e a solidariedade com o estrangeiro, especialmente quando se trata de crianças" que "se converte em anúncio do Evangelho da solidariedade".
"A Igreja o proclama quando abre seus braços e atua para que se respeitem os direitos dos Migrantes e os refugiados, estimulando aos responsáveis pelas nações, dos organismos e das instituições internacionais para que promovam iniciativas oportunas em seu apoio", acrescenta.
Finalmente o Papa faz votos para que "a Santíssima Virgem Maria vele maternalmente sobre todos e nos ajude a compreender as dificuldades de quem está longe de sua pátria. A quantos têm relação com o vasto mundo dos Migrantes e refugiados lhes asseguro minha oração e reparto de coração a Bênção Apostólica".
Na conferência de imprensa de apresentação da mensagem participaram os arcebispos Antonio Maria Veglió e Agostino Marchetto, e Dom Novatus Rugambwa, respectivamente Presidente, Secretário e Subsecretário do Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes.
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