30 de abril de 2024 Doar
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Denúncia razoável e raciocinada de crise econômica é dever da Igreja, precisa o Papa Bento

No habitual encontro do Santo Padre com os párocos e sacerdotes de Roma ao início da Quaresma, o Papa Bento XVI explicou que é dever da Igreja a denúncia razoável e raciocinada dos enganos que provocaram a atual crise econômica.
Conforme informa L'Osservatore Romano, assim o expressou o Pontífice no encontro realizado no Sala-de-aula da Bênção esta manhã em Roma. Este dever, disse Bento XVI, "faz sempre parte da missão da Igreja e é exercitado com valor e concreção, sem recorrer a moralismos porém motivando-o com razões concretas e compreensíveis para todos".
Nesta oportunidade, e ao responder a 8 perguntas dos sacerdotes presentes que servem em Roma, o Papa indicou que a atual crise deve ler-se em dois níveis. No primeiro, o macroeconômico, tem que entender-se "os fracassos de um sistema apoiado na idolatria do dinheiro e no egoísmo, que obscurecem no homem a razão e a vontade e o conduzem por caminhos errados".
"É aqui que a voz da Igreja está chamada a fazer-se sentir –a nível nacional e internacional– para contribuir a corrigir a direção. E mostrar assim o caminho da reta razão iluminada pela fé: em definitiva, o caminho da renúncia a si mesmo e da atenção dos necessitados".
Quanto ao segundo nível, o microeconômico, o Santo Padre lembrou que os grandes projetos de reforma não podem realizar-se "sem uma mudança de rota individual. Se não existem justos não pode tampouco existir justiça. Por isso convido a intensificar o trabalho humilde e cotidiano da conversão dos corações. Um trabalho que envolve sobre tudo às paróquias. Sua atividade, ao final, não está limitada sozinho à comunidade local mas sim se abre a inteira humanidade".
Ao falar do trabalho evangelizador, o Papa explicou a centralidade e a importância do testemunho pessoal, "de pessoas que vivam não para si mesmos mas sim para os outros. Este aspecto do testemunho vai unido ao da palavra: é o primeiro, de fato, o que dá credibilidade ao segundo, revelando que a fé não é uma filosofia nenhuma utopia porém uma realidade que se faz vida".
Neste serviço, disse logo o Santo Padre, é necessário o compromisso de sacerdotes, párocos e catequistas formados culturalmente, "mas sobre tudo capazes de falar com homem de hoje com a simplicidade da verdade. Para lhes mostrar que Deus, em realidade, não é um ser que fica longe senão uma pessoa que fala e atua na vida de cada um".
Terceira encíclica
Depois de ter sido interrompido afetuosamente várias vezes pelos aplausos dos assistentes e em meio da alegria geral por poder escutar ao Bispo de Roma, falando destes temas e outros mais também de importância, explica LOR, o Papa aproveitou a oportunidade para lembrar que está escrevendo sua terceira encíclica sobre temas sociais e econômicos.
Este animado encontro concluiu com a oração do Ângelus e com o Bento XVI distribuindo sua Bênção Apostólica.

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