30 de abril de 2024 Doar
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Lembram na Argentina a Jordán Bruno Genta a 30 anos de seu assassinato

Na próxima segunda-feira 27 de outubro se celebrará na paróquia São Paulo Apóstolo uma Eucaristia em sufrágio do Jordán Bruno Genta, catedrático católico assassinado na década do 70 por um comando terrorista marxista quando se dirigia a participar da Missa dominical.

Os organizadores lembraram que Genta foi assassinado "pelo delito de ter sido um catedrático católico que jamais foi sossegado, face às ameaças, em seu inquebrável pregaçãoda Doutrina da Igreja". Nesse sentido, afirmaram que se trata de "um verdadeiro mártir da Igreja, porque morreu por Cristo".

Sua vida

Jordán Bruno Genta nasceu em Buenos Aires em 2 de outubro de 1909. Sua mãe, Carolina Coli, faleceu de uma enfermidade do coração quando seu filho tinha treze anos de idade. Seu pai, Carlos Luís Genta, era ateu e anticlerical, motivo pelo qual Jordán nem seus dois irmãos foram batizados.

Terminado o colégio, Jordán ingressou na Faculdade de Filosofia e Letras da Universidade de Buenos Aires, anos nos que se inclinou pela ideologia marxista.

Em 1934 se casou com a Maria Lilia Losada, filha de uma família católica espanhola. A tuberculose que sofria o marido obrigou ao jovem matrimônio a partir para a serra de Córdoba.

Durante este período de repouso, Jordán Bruno começa a ler os clássicos, especialmente Platão e Aristóteles.

Em 1935 se restabelece da enfermidade e viaja a Paraná, onde trabalha como professor na Universidade Nacional do Litoral e no Instituto Nacional do Professorado de Paraná. Neste período lê ao filósofo francês Jacques Maritain e se interessa por Santo Tomás de Aquino.

Sua amizadecom  Álvarez Prado, professor do Seminário Diocesano, permite-lhe conhecer a fundo o catolicismo. Fruto desta relação e os contatos com personalidades do clero local, é sua conversão que o leva a batizar-se em 1940. Esse mesmo dia contrai matrimônio religioso com sua esposa.

O Governo militar de então o nomeia Reitor Interventor na Universidade Nacional do Litoral. mantém-se neste cargo até maio de 1944, logo depois de duros enfrentamentos com os grupos radicais da esquerda universitária.

Em junho desse ano assume o Reitorado do Instituto do Professorado Secundário, em Buenos Aires. Em agosto inaugurou a Escola Superior do Magistério.

Tem enfrentamentos com o Governo militar de Perón e em 1945 as autoridades dispõem o afastamento de todos os cargos docentes, com o qual Genta é afastado das salas-de-aula. Jordán fracassa em seu intento de fundar a Universidade Livre Argentina. Entretanto, em sua casa consegue fundar uma Cadeira Privada de Filosofia em 1946.

Em 1950 funda o periódico opositor Veta Militaris. Logo depois da Revolução Libertadora, em 1955, funda o diário Combate, que funcionou até 1967.

Em 1952, à idade de 43 anos, Jordán recebe a Primeira Comunhão, consolidando sua conversão ao catolicismo. Segundo os organizadores da próxima comemoração, "desde esse dia adorou com ardor ao Deus Oculto que está sob essas formas escondido".

Nos anos 60 a esquerda radical inicia na Argentina a chamada "Guerra Revolucionária". Genta, preocupado pela realidade de seu país, inicia da docência, a oposição intelectual ao marxismo.

Entretanto, este assumir posição levou a que em 27 de outubro de 1974 um comando do Exército Revolucionário do Povo atirasse onze disparos quando saía de sua casa para participar da Missa dominical.

Este assassinato nunca foi investigado pela justiça argentina e conforme lembram os organizadores da próxima Missa, houveram algumas tentativas por abrir sua causa de beatificação.

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