Anúncio de justiça e paz é parte de evangelização, afirma Cardeal Martino

VATICANO, Aug 29, 2008 / 10:49 am

O Presidente do Pontifício Conselho Justiça e Paz, Cardeal Renato Martino, lembrou que para a Igreja "o anúncio da justiça e da paz é parte integrante do dever de evangelização" e por isso toda comunidade cristã deve tomar estes valores e aplicá-los em seus programas pastorais.

"A Igreja existindo no mundo e pelo mundo –embora não é do mundo – não pode esquecer sua missão de testemunhar a vida cristã no mundo", precisa o Cardeal em sua intervenção durante a Conferência Panafricana sobre a Missão Católica na África, que se celebra em Dodoma (capital da Tanzânia).

Do mesmo modo, assinala que "quando a Igreja se interessa na promoção humana, quando proclama normas para uma nova coexistência em paz e justiça, quando obra com todas as pessoas de boa vontade para criar relações e instituições que sejam mais humanas", o que faz é mostrar o caminho que "o homem deve seguir neste mundo para entrar no Reino de Deus", conforme informa Rádio Vaticano.

Ao referir-se ao Compêndio da Doutrina Social da Igreja (CDSI), o Cardeal Martino indica que é o "instrumento de referência mais autorizado para inspirar a obra que procura chegar a uma ordem social mais justa".

Como lembra o CDSI, "a Igreja católica vê no homem, em todo homem, a imagem viva de Deus", afirma. Por isso a evangelização –continua– se dirige a homens e mulheres que nas circunstâncias concretas da história, são o coração e a alma do pensamento social católico".

"Toda a Doutrina social da Igreja, em efeito, desenvolve-se a partir do princípio que afirma a dignidade inviolável da pessoa humana" e por isso é muito importante que se elaborem novas modalidades "para dar um novo impulso à missão evangelizadora da Igreja,  inculturando a doutrina social no contexto africano", precisou.

A Conferência Panafricana sobre a Missão Católica na África, que teve como lema: "Para uma nova evangelização das sociedades africanas", foi organizada pelo Conselho Pontifício Justiça e Paz, e pelas Conferências Episcopais de África e Madagascar.